sábado, 29 de maio de 2010

Mural Reflexivo: "Não espere acontecer".



Era uma vez um rei que possuía larga extensão de terras.

Habituado a caminhar pelo seu reino, certa ocasião o soberano irritou-se com a aspereza do solo que lhe feria os pés.

Determinou que todas as estradas e todos os caminhos fossem cobertos por macios e belos tapetes.

Todos os súditos se empenharam em realizar a louca e difícil tarefa imposta pelo monarca.

Passaram-se alguns anos sem que o trabalho pudesse ser concluído.

Um dia, o exigente soberano, tomado por uma febre violenta, acabou morrendo sem ver seu desejo realizar-se.

Um velho sábio, ao tomar conhecimento daquela estranha história, comentou: “pobre rei! Morreu sem concretizar seu sonho e sem saber o quão fácil isso poderia ter sido!”

Ante a surpresa e a discordância manifestada por aqueles que o ouviam, esclareceu:

“Se o rei não queria ferir-se com a aspereza dos solos, bastaria que cortasse dois pedacinhos de tapete e os colasse na sola de seus próprios pés. Se assim tivesse agido, para ele, todo o seu reino seria acarpetado.”

Críticos sagazes, somos hábeis em tecer comentários cruéis a respeito de pessoas e de situações.

Somos ágeis em relacionar o que não nos agrada nos mais diversos lugares e ambientes.

Temos olhos de águia para criticar e condenar.

Estabelecemos listas infindáveis de coisas a serem melhoradas e corrigidas pelos outros.

Temos a convicção de que “se não fosse pelos erros dos outros o mundo poderia ser muito melhor.” Agimos como se fôssemos meros espectadores e como se não nos coubesse qualquer responsabilidade perante a vida.

Esperamos que as coisas se resolvam por si só, ou ainda, que as outras pessoas façam algo por nós.

Queremos um mundo onde as estradas sejam acarpetadas para garantir maciez aos nossos pés.

Mas, esperamos que os outros cubram nossos caminhos com belos e ricos tapetes.

Delegamos ao resto da humanidade a responsabilidade por toda a nossa desdita e pela nossa ventura.

Em virtude disso, vemo-nos destinados a reclamar infinitamente pela não realização de nossos sonhos.

Sonhos esses que teriam grandes chances de se concretizar se nos dispuséssemos a fazer a parte que nos cabe.

Não aguardemos pela iniciativa dos que nos cercam na realização do que a todos compete efetuar.

Quem cruza os braços em função da inércia alheia, confunde-se na multidão dos que nada fazem.

Responsabilizar os outros não produz nada de útil.

Apontar equívocos alheios não nos autoriza a ignorar os nossos próprios.

Ser capaz de reclamar não nos aprimora, nem garante a correção das falhas que apuramos.

Abandonemos a acomodação que há tanto nos acompanha e livremo-nos das garras da preguiça que nos alicia.

Tenhamos disposição para fazer o que nosso conhecimento e nossa capacidade nos permitem.

Pouco a pouco, a gota corrompe a pedra.

O raio de luz vence a escuridão.

O vento move a montanha e esculpe as rochas.

Demonstra a natureza que cada qual detém a possibilidade de alterar o que parece imutável.

Cada um, singela e constantemente agindo, pode marcar a face da história e transformar o rumo da vida.

Atos simples que não exigirão heroísmo, nem bravura, de nenhum de nós.

Atos cotidianos e aparentemente banais, mas que, em verdade, integram a missão individual de cada um perante Deus.

Pensemos nisso.

(Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Parábolas Eternas, organização Legrand, 3ª ed., Editora Sóler, pp 108/109. www.momento.com.br . http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1182&stat=3&palavras=NÃOESPEREACONTECER&tipo=t )

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Notícia: " Escocesa vende a própria casa para pagar mimos da filha".

Moya gastou 5 mil libras mensais em salão de beleza para a jovem. Terapeuta tenta ajudar mulher a rever educação da garota.

Do G1, em São Paulo.

A escocesa Moya Wren-Campbell vendeu a própria casa para pagar as dívidas que fez com o banco em prol dos mimos para a filha Madison, de 9 anos de idade.

A escocesa de 40 anos não suportou pagar mais de 5 mil libras mensais em tratamentos de beleza para a filha, muito menos a manutenção de um guarda-roupa repleto de peças de grifes famosas.

Em entrevista ao tabloide inglês "The Sun", Moya contou que fez tudo o que pode para que sua filha se tornasse uma modelo-mirim reconhecida mundialmente. "As competições ensinaram Madison a ser mais sofisticada", argumentou a mãe ao jornal. A menina ganhou alguns concursos, mas está longe de reaver o que gastou para participar deles.

A família da escocesa convocou um programa de TV britânico em que uma terapeuta ajudará Moya a rever a educação do "pequeno monstrinho", como Madison vem sendo chamada pela vizinhança. Desde que perdeu a mordomia e a casa onde morava, a menina tem dado muito trabalho para a mãe.

Notícia publicada no Portal G1, em 10 de fevereiro de 2010.

***

Comentário:

A escola do lar é a primeira da vida. É lá que se forma um cidadão. Seja o resultado bom ou ruim, é de lá que saem os milionários ou os pedintes, os sábios ou os ignorantes, os pacifistas ou os delinquentes. É a primeira e a fundamental na vida de um ser humano. É lá que é cultivado e burilado um espírito na sua caminhada evolutiva.

Por tudo isso, educar um filho é muito mais do que alimentar suas vontades e mimos, ou projetar neles o que gostaria de ter tido ou sido na sua caminhada. É dever dos pais prover suas necessidades materiais, intelectuais e morais, que vão acrescentar não só na formação de caráter e de personalidade de um ser humano de bem, mas, acima de tudo, de uma sociedade bem estruturada. É saber dizer não na hora certa, colocando limites para aquele espírito, ainda rebelde, que está dentro de cada um.

“A MELHOR ESCOLA AINDA É O LAR, ONDE A CRIATURA DEVE RECEBER AS BASES DO SENTIMENTO E DO CARÁTER.” (Emmanuel, O Consolador, pergunta 110.)

Fazendo uma reflexão sobre o texto acima, vemos, resumidamente, a responsabilidade que a Doutrina Espírita nos esclarece sobre a função dos pais diante da educação dos filhos. É grande o número de textos encontrados na literatura espírita alertando sobre essa importante e maravilhosa função dos pais.

Na pergunta 208, de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questiona aos espíritos sobre a influência que os pais exercem sobre os filhos, e eles responderam que é uma missão desenvolver neles a educação. E vai mais além, torna-os culpados se vierem a falir no seu desempenho.

Que essa missão é a responsabilidade quanto ao futuro e que Deus nos coloca os filhos como tutela a fim de que sejam dirigidos pela senda do bem. Muitos há, no entanto, que mais cuidam de aprumar as árvores do seu jardim e de fazê-las dar bons frutos em abundância, do que de formar o caráter de seu filho. Se este vier a sucumbir por sua culpa, suportarão os desgostos resultantes dessa queda e partilharão dos sofrimentos do filho na vida futura, por não terem feito o que lhes estava ao alcance para que ele avançasse na estrada do bem.

É difícil essa tarefa, bem o sabemos, por termos que, antes de tudo, respeitar a individualidade de cada um deles. Cabe aos pais desenvolver neles virtudes, caso não tragam na sua bagagem espiritual, preparar para uma vida futura digna, dentro dos preceitos que Jesus nos ensinou.

O exemplo é o maior recurso que os pais dispõem na educação de seus filhos. Amá-los e respeitá-los, acima de tudo, com as suas individualidades, mesmo que oriundos do mesmo ventre.

Assim, e só assim, seremos colaboradores de Deus na evolução da humanidade.

Comentário por: Sonia Maria Ferreira da Rocha reside em Angra dos Reis, RJ, estuda o Espiritismo há mais de 30 anos e é colaboradora regular do Esspiritismo.net.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Pergunta Feita: "Medo de pessoas que morreram..."

Pergunta: Eu stou precisando de ajuda tenho muito medo de pessoas que morreram até mesmo das que eu nem conhecia. Não sei o que devo ter... se puderem por favor me ajudem a entender

Obrigada,
H

================

Olá, H!

Muita paz a você!

No seu relato você nos fala do seu medo da morte, e especialmente dos mortos. Isso é muito natural quando desconhecemos sobre o assunto, porém, pode-se ser resolvido com estudos e esclarecimentos sobre o assunto.

A morte ainda é para nós um grande enigma, desde os tempos mais antigos. A humanidade, de um modo geral, sempre a envolveu no véu dos mistérios, e cada cultura a decorou com elementos diversos, desde os mais bizarros e assustadores, até os mais serenos e pacificadores. Entretanto, independente do que se pensa, ela acolhe a todos nós. Como diz o ditado, “a única certeza da vida é a morte”.

Diante dessas dúvidas, faltava uma filosofia que tratasse desse processo sem o misticismo e as fantasias da mente humana, algo que a nossa razão, a nossa inteligência pudesse compreender com maior equilíbrio. Mais que isso, pudéssemos encarar não apenas o fato em si, mas o que viria depois.

O Espiritismo, no seu início, veio responder a muitas dessas questões ouvindo as vozes dos próprios habitantes do mundo espiritual: os Espíritos. Falaram sobre suas experiências em vida terrena, da passagem que cada um teve no momento do desencarne, do estado em que se achavam após concluído o processo, as relações que tinham com os encarnados, enfim, destrinchou esse mistério abordando cada um de seus detalhes.

Embora seja um processo natural, tão normal como a própria vida, ainda há muitos de nós que sentem grande temor de qualquer tema relacionado à morte, e sua origem está ligada a diversos fatores, como traumas na atual encarnação relacionadas a perdas de pessoas amadas, a fantasias geradas na infância, ao medo do desconhecido, entre outros; em encarnações anteriores, as desencarnações por que passaram, por deixarem marcas dolorosas registradas no psiquismo, provoca uma ansiedade que acompanha a pessoa por grande parte de sua vida, muitas vezes a imobilizando para viver com tranquilidade e equilíbrio. Sabemos que o medo nos imobiliza, e ele nada mais é que uma reação de autodefesa. Porém, o entendimento sobre a causa nos faz olhá-la de um modo diferente.

O que consideramos, e não há como nos desligarmos disso, é que em nossa trajetória terrena nos deparamos com várias situações que provocam em nós reações, muitas das quais bastante perturbadoras. Vemos, então, que o problema não está nas situações em si, já que cada pessoa reage de um modo diferente quando expostas a elas, como diante da morte, por exemplo, mas ele está na mente de cada um de nós, e é isso que devemos trabalhar.

O processo de autocura começa com nossa espiritualização. A aproximação de Deus nos inspira confiança e nos dá a certeza de que nossos destinos não se fazem ao acaso, mas é fruto de nossas escolhas e ações, e Ele sempre nos conduz de forma a conquistarmos a felicidade que todos desejamos. Como emissários de Deus, temos a espiritualidade amiga que também nos acompanha, protegendo-nos e orientando-nos, para que sigamos sempre o caminho da retidão.

Você refere o imenso medo dos Espíritos, o que, nesse caso, já não é o medo deles, propriamente, mas do que eles representam, ou seja, a morte. Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, nos lembra que os Espíritos são apenas os homens fora do corpo físico. Assim, devemos vê-los como o que de fato são, pessoas que pensam, sentem e agem como nós, mas numa outra dimensão e vivenciando experiências diferentes da nossa. Não há mistério, nem segredos, nem fantasias, apenas estão invisíveis, e essa conclusão não nos chega por “achismos”, mas pelas manifestações que observamos e com o diálogo com os próprios desencarnados.

H, há, sem dúvida, ainda muito a ser dito a você sobre a morte, os Espíritos e o modo como lidarmos com eles, mas não conseguiremos dissipar todas as dúvidas, que certamente possui, através dessa nossa simples resposta. Temos muitas informações estão disponíveis no acervo espírita, como livros, áudios e vídeos, que lhe oferecemos como meio de instrução, ao final de nossa resposta. Acesse cada arquivo e reflita sobre a mensagem transmitida. Todo medo se apaga com o conhecimento, isso é uma realidade. Assim, informando-se e equilibrando suas emoções, você será capaz de lidar com esses fatos que fazem parte de nossas vidas.

Participe das reuniões públicas de um Centro Espírita próximo à sua residência. Essa instituição não é um teatro para manifestações espirituais, mas um local de esclarecimento e auxílio. As reuniões mediúnicas acontecem reservadamente para proporcionar tranquilidade a todos os presentes, aos encarnados e aos desencarnados. No centro, assistindo às palestras públicas oferecidas, prestando a devida atenção, sempre encontraremos respostas para as nossas dúvidas, por meio dos ensinamentos dos oradores e a assistência inspiradora dos nossos mentores e protetores espirituais. A Casa Espírita proporciona também o benefício do passe, o qual constitui-se duma transfusão de energias, que nos revigoram e reanimam. O tratamento magnético (passes) vem como um poderoso recurso para o equilíbrio que todos precisamos e nele encontramos o suporte espiritual para nossas lutas cotidianas.

Transforme seu medo em trabalho ao próximo, H, doando o maior tesouro que carrega dentro de si, que é o amor de Deus. Realize trabalhos assistenciais dentro de uma instituição que lhe ofereça essa oportunidade, independente da religião que a sustente. Lembremos que o amor realiza verdadeiras transformações em nossas vidas quando assim o permitimos. O amor edifica, fortalece, liberta e acolhe.

Emocionalmente, é de grande importância que procure ajuda psicoterápica, preferencialmente atuando na linha espiritualista, para que possa, aos poucos, assimilar os esclarecimentos que serão prestados sobre a vida e a morte, assim como aprender a lidar com seus medos e receios. Se deixarmos que esses sentimentos temerosos nos dominem, podemos desenvolver patologias mais graves, e esse recurso proporcionará a você a oportunidade de conversar sobre o que a incomoda sem precisar revivê-los. Procure essa ajuda o quanto antes.

Sugerimos, também, fazer a Reunião do Evangelho no Lar para que não somente você, mas todos da família, e auxiliares, possam receber os seus benefícios, que envolvem todo o ambiente doméstico.

Segundo Emmanuel, Espírito, não devemos esquecer a necessidade de trazer o Cristo para o cenário de amor onde nos refugiamos. É um trabalho simples. Escolhemos alguns minutos por semana e nos reunimos com todos aqueles que vivem conosco, para o aprendizado das lições de Jesus.

Recomendável seja feito esse estudo no mesmo dia da semana e horário. Iniciamos com uma prece espontânea, abrimos uma página do Evangelho e lemos, em voz alta, alguns trechos, comentando-os em seguida. Os companheiros participantes devem expor suas dúvidas, seus temores e dificuldades. Através da conversação edificante produzida, os benfeitores da espiritualidade superior "distribuirão a todos ideias e forças, em nome do Cristo, para que horizontes novos iluminem o espírito de cada um."

Um Roteiro e outros esclarecimentos sobre o assunto poderão ser encontrados no seguinte endereço: http://www.espiritismo.net/evangelho_no_lar.

Recomendamos, caso seja possível e haja interesse, participar de nossas atividades na Internet (estudos, palestras, vibrações e Atendimento Fraterno), via Paltalk (programa de áudio-conferência). Informe-se sobre o programa - instalação e uso - no site www.espiridigi.net/paltalk, além da programação semanal de nossos grupos de trabalho, com as atividades e horários.

Como complemento para nosso atendimento, convidamos você, sua família e interessados, para conhecer nosso trabalho de vibração, desenvolvido no Paltalk - sala Espiritismo Net Vibração -, aos domingos, categoria Central & South America / subcategoria Brazil", das 22h às 22h30, que lhes proporcionará momentos de harmonia e reflexão. Você também pode encaminhar nomes para a vibração através do formulário no endereço www.espiritismo.net, seção "Preces Online".

Instrua-se com leituras edificantes – caso seja do seu interesse, a Codificação Espírita e outros livros espíritas instrutivos podem ser obtidos no link www.espiritismo.net/portugues_download ou www.virtual.espiridigi.net (Biblioteca Virtual).

Para conhecer melhor o Espiritismo, acesse www.espiridigi.net/videos e assista aos vídeos apresentados abordando os diversos aspectos da Doutrina.

Que Deus abençoe nossos propósitos de entendimento.
Esperamos ter podido ajudar.

Equipe do Atendimento Fraterno e do Perguntas e Respostas do Espiritismo.net.
Visite http://www.espiritismo.net

No intuito de melhorar nosso atendimento, gostaríamos de saber se nossa resposta foi bem compreendida e aceita por você, bem como receber algum comentário adicional que você tenha sobre esse assunto. Além disso, seu retorno é grande incentivo para que continuemos nosso trabalho.

==============================

Para suas reflexões sobre a dificuldade que enfrenta, ouça as mensagens abaixo:

Tensão Emocional - http://www.universoespirita.org.br/audio/arq/20030926.mp3
Atitudes de Urgência - http://www.universoespirita.org.br/audio/arq/20030922.mp3
No Campo da Vida - http://www.universoespirita.org.br/audio/arq/20030923.mp3
Paciência conosco - http://www.universoespirita.org.br/audio/arq/Paciencia%20conosco!20021222.mp3
Confiança - http://www.universoespirita.org.br/audio/arq/20031006.mp3

============================

Para melhor aprofundar nosso atendimento, recomendamos que assista, ouça e leia, com atenção, o material abaixo:

Livros:
- “O Céu e o Inferno” - 1ª Parte, Capítulo II, "Temor da morte" - Allan Kardec - http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/ci/ci-1-02.html
- “Quem tem medo da Morte?” - Richard Simonetti
(Vídeo sobre o livro - http://www.youtube.com/watch?v=B_ETwWeX0p8)

Palestras:
- "Finados" - Marlio Lamha - Centro Espírita León Denis - RJ / 2006 - http://www.espacoespirita.net/diversos.htm
- "Quem tem medo da Morte?" (Palestra sobre o livro) - Richard Simonetti - www.espiridigi.net/arquivos/a_morte.zip

- “Ansiedade e Reencarnação” - Sérgio Breves - www.espiridigi.net/arquivos/ansiedade.zip

Vídeos:
- www.espiridigi.net/videos
Revista Informação
- Sobre a Morte e o Morrer
- Atitude Mental
- A Influência Espiritual

- www.virtual.espiridigi.net - seção Multimídia > vídeos
Programas Espíritas
- Terceira Revelação - 15 - Emoções Perturbadoras
- Terceira Revelação - 20 - Influência dos Espíritos
- Terceira Revelação - 37 - Prece

- Medo da Morte - Divaldo Franco - http://duplavista.com.br/arquivo/programa-transicao-visao-espirita-26-out-medo-da-morte

Um abraço,

André.
Equipe Espiritismo Net Jovem

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Mural Reflexivo: "A impiedade".


A falta de piedade e de indulgência na apreciação do comportamento dos outros, tem causado infelicidade e desgosto na vida de muitas pessoas.

Um dia desses uma senhora narrava o seu desconforto, quando percebia os comentários ácidos a seu respeito, quando ela e o marido buscavam os primeiros lugares para se sentar, nos eventos de que participavam.

Ela, uma senhora muito jovial, sempre sorridente, simpática e cordial, é portadora de uma deficiência auditiva grave.

Mesmo com a ajuda dos aparelhos precisa da leitura labial para entender o que as pessoas falam.

É esse o motivo pelo qual sempre busca os primeiros lugares, e o esposo lhe faz companhia.

Na tentativa de evitar os comentários maldosos, ela costumava se justificar, sempre que havia alguém por perto, quando ia se sentar na primeira fila.

Com o passar do tempo, notou que não bastava dar satisfação a uns, pois sempre restava alguém para comentar maldosamente a sua atitude.

Como o casal se tornou conhecido em muitos dos lugares que freqüenta, é comum encontrar duas poltronas reservadas, bem à frente, para se sentar. E isso incomoda os impiedosos de plantão.

Mais uma vez temos que dar razão a Jesus, quando recomendou o não julgueis.

Quem desconhece todos os porquês das atitudes de cada pessoa, e estabelece julgamentos precipitados e maldosos, acaba agindo com impiedade e injustiça.

Foi o que ocorreu com uma jovem cantora, portadora de deficiência visual, que se apresentava num restaurante.

Um cliente, que simpatizou com a moça, passou a fazer gestos de aprovação e a lhe mostrar, vez ou outra, um copo com bebida, oferecendo-lhe um drinque.

Como a moça não demonstrava nenhum sinal de interesse ou agradecimento, ao final da apresentação ele foi até o palco e despejou um copo de bebida com pedras de gelo sobre os pés da cantora, e falou:

“Isto é para você deixar de ser mal-educada e indiferente aos meus galanteios!”

A moça, que não sabia o que estava acontecendo, saiu tateando, assustada, em busca de alguém que a ajudasse a entender a situação.

E o rapaz, só depois do vexame, se deu conta de que a cantora não era mal-educada, nem indiferente, apenas não podia vê-lo.

Casos como esses nos levam a refletir sobre como somos impiedosos ao julgar indivíduos que desconhecemos.

Não seria mais justo e coerente não julgar?

E o que é mais lamentável é que mesmo percebendo que fomos injustos e impiedosos, dificilmente pedimos desculpas.

A consciência nos acusa, mas o orgulho nos impede o gesto de humildade.

E o orgulhoso sofre mais, não há dúvida. Ele prefere a autopunição, com enfermidades variadas, a um pedido sincero de perdão.

É mais fácil para o orgulhoso amargar uma doença, causada pela consciência de culpa, do que reconhecer que falhou na apreciação de pessoas ou situações.

E como a consciência nos acompanha dia e noite, e não podemos fazê-la calar-se, é preciso ouvi-la com mais atenção.

* * *

Procure observar o mundo com olhos de fraternidade, de piedade, de compaixão.

Considere que as aparências podem nos enganar, muitas e muitas vezes.

Para construir um mundo onde a felicidade esteja mais presente, é preciso corrigir o nosso olhar e a nossa forma de apreciação de pessoas e situações.

Pensemos nisso, sempre que a tentação de julgar os outros se apresentar.

(Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em situações reais. http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1402&let=I&stat=0 )

terça-feira, 25 de maio de 2010

Artigo: "O Amor é daltônico"

Por Richard Simonetti.

O filme Chico Xavier teve retumbante estréia. Perto de 600.000 ingressos vendidos, um número não alcançado desde 1995, com a diferença de que naquele tempo o cinema ainda era a opção de lazer mais procurada.
Incrível como um mineiro humilde, filho de família paupérrima, que em linguagem atual viveu uma infância “abaixo da linha da pobreza”; que estudou apenas até o quarto ano do chamado “grupo escolar”, que foi modesto serventuário do Estado, tenha alcançado tal notoriedade, a ponto de arrastar multidões para apreciar um filme sobre sua vida.
Sem dúvida, em boa parte essa notoriedade sustenta-se na prodigiosa mediunidade que fez de Chico autêntica máquina linotipo do Além, a produzir livros à mão cheia, como diria Castro Alves, com espantosas revelações sobre o mundo espiritual e o inter-relacionamento entre o “lado de lá” e o “lado de cá”, incluindo mensagens dos mortos aos entes queridos.
Mas, meu caro leitor, o que realmente fez de Chico Xavier uma das figuras mais ilustres do Brasil, eleito o mineiro do século passado, reverenciado pela população brasileira, foi sua figura humana, de autêntico discípulo do Cristo, a ensinar e exemplificar, o amor preconizado por Jesus, amor em plenitude, que se exprime no empenho de servir, vendo no Bem prestado ao próximo um estilo de vida, uma razão para viver.
Dizia Chico:

O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que escalássemos o Everest ou fizéssemos grandes sacrifícios.
Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.

Foi exatamente isso que ele fez a vida inteira – amou o próximo, distribuindo bênçãos de auxílio ao redor de seus passos, atendendo necessitados, confortando aflitos, solidarizando-se com os sofredores, estendendo a esperança aos desesperados...
Por isso, independente de credo religioso, as pessoas empolgam-se com seu Espírito resplandecente, porquanto o amor, quando realizado em plenitude por alguém, é um fenômeno espantoso, que comove, atrai, motiva e jamais se esquece!
Abençoado Chico Xavier!

***

Na contramão do amor, o mais execrável de todos os preconceitos – o religioso.
Chico o combateu sempre, com a excelência do exemplo. Multidões de adeptos de outras religiões, incluindo até gente sem religião, foram atendidas ao longo de seus 75 anos de labores mediúnicos, sem que Chico jamais lhes perguntasse a crença.
Lamentável nesse aspecto a postura de jogadores famosos do Santos Futebol Clube que, conforme foi largamente noticiado pela mídia, recusaram-se a descer do ônibus que os conduzia para visita a uma entidade filantrópica que acolhe crianças com deficiência física e mental, ao serem informados de que se tratava de uma instituição espírita.
A razão: sua religião não permitia.
Religião? Cristã?
Está faltando um Chico Xavier, ou uma Madre Teresa de Calcutá, ou um Albert Schwartzer em seitas que se dizem cristãs, mas não aprenderam o elementar – o amor ao próximo, incansavelmente ensinado e exemplificado por Jesus é daltônico, não tem cor religiosa

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Notícia: " Pesquisador argentino testa consciência de pacientes em coma."

Tristán Bekinschtein desenvolveu com cientistas franceses um método para definir se é hora de desligar os aparelhos ou se ainda há esperança

Andres Vera.

Ele abre os olhos e move os braços, mas não reage às perguntas do médico nem às súplicas de sua família. É um paciente em coma. Antes que a decisão de desligar os aparelhos seja tomada, é preciso resolver um dos grandes enigmas da neurologia: e se ele estiver consciente? O biólogo argentino Tristán Bekinschtein, de 33 anos, e um grupo de pesquisadores franceses criaram um teste simples para responder à pergunta. Publicado no começo de fevereiro na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo conclui que uma combinação específica de sons ativa uma área do cérebro relacionada à cognição. A descoberta é crucial para o tratamento de pessoas em estado de coma. Bekinschtein explicou o motivo nesta entrevista a ÉPOCA.


ENTREVISTA – TRISTÁN BEKINSCHTEIN

QUEM É
Nascido na Argentina, tem 33 anos, é biólogo, ph.D. em neurociência e pesquisador da Universidade de Cambridge, na Inglaterra

O QUE FEZ
Desenvolveu com um grupo de pesquisadores franceses um método para detectar consciência em pacientes em coma

O QUE PUBLICOU
Neural signature of the conscious processing of auditory regularities (“Comprovação neurológica do processamento consciente de regularidades auditivas”), PNAS, 2009

ÉPOCA – Como é possível detectar a consciência de um paciente em coma?
Tristán Bekinschtein – Criamos um teste que não necessita de resposta voluntária. Os pacientes ouvem um padrão sonoro com alguns desvios e um eletroencefalograma detecta a resposta do cérebro. Testamos isso em três grupos de pacientes normais. Então comparamos os resultados com pacientes em estado de coma e em pacientes em estado vegetativo com um mínimo de consciência. Os resultados foram parecidos. Nenhum paciente em estado de coma detectou os sons, e três dos quatro pacientes em estado de mínima consciência responderam como os pacientes normais distraídos. Eles saíram do estado vegetativo pouco tempo depois. Estavam conscientes, só não podiam responder.

ÉPOCA – Por que outros cientistas não conseguiram chegar ao mesmo resultado na última década?
Bekinschtein – Os médicos pensavam que a melhor maneira para identificar a consciência era por meio de palavras. Davam-se ordens: faça isso, imagine isso, tente se mexer. Essa ideia de verbalizar o tratamento é muito complexa. Um paciente pode não entender o pedido porque teve uma lesão no cérebro que o impede de decodificar a linguagem. Além disso, todos esses testes eram feitos com ressonância magnética funcional, que exige equipamentos muito caros. O teste sonoro faz um uso inédito da encefalografia, mais fácil e mais barata.

ÉPOCA – Quais são as diferenças entre seu estudo e a escala de Glasgow, que também mede a intensidade do coma?Bekinschtein – A escala de Glasgow é simples, grosseira e pouco informativa. Ela é aplicada no paciente durante um minuto e meio para medir o grau do coma numa escala de 3 a 15. Há muita subjetividade nisso. Ela não pergunta concretamente se o paciente está consciente, mas se ele é capaz de responder. Isso serve para quando o paciente dá entrada numa UTI e está inconsciente, mas não detecta a consciência em si. Nos últimos três ou quatro anos, a escala de Glasgow está sendo repensada e substituída por escalas melhores de comportamento, como a de recuperação de coma. Nosso teste é mais objetivo e pode ser usado depois da aplicação desses métodos.

ÉPOCA – Um médico poderia manter ligados os aparelhos de um paciente se soubesse que ele tem consciência?Bekinschtein – Sim, o médico certamente daria ao paciente um tempo maior de recuperação. Quando um paciente não responde nas duas ou três semanas que sucedem a um acidente automobilístico ou a uma parada cardíaca, os médicos concluem que ele tem prognóstico negativo. É nesse momento que se costuma perguntar à família se os aparelhos que mantêm o paciente vivo devem continuar ligados. Se obtivéssemos um resultado positivo no teste de consciência, significaria que esse paciente ainda pode se recuperar e voltar ao estado consciente. Isso pode marcar a diferença entre a vida e a morte. (Matéria publicada na Revista Época, em 13 de março de 2009).

***

Comentário:

Interessante ver como tudo aquilo que pensamos e temos como certo pode ser questionado, substituído por novas verdades, e, de repente, estamos a frente de uma revolução. Interessante notar também que, muitas vezes, os homens que provocam mudanças de tal ordem não obram isoladamente no mundo, mesmo pensando que apenas ele ou sua equipe trabalha com aquela ideia. Neste caso, basta ver a pesquisa(1) das universidades de Cambridge (Inglaterra) e Liège (Bélgica), similares a do argentino Tristán Bekinschtein. Segundo nos dizem os espíritos, isto pode ocorrer porque estes verdadeiros missionários preparam-se no mundo espiritual para trazer novas ideias ao mundo e, então, nascem em lugares diferentes, aparentemente sem conexão. Assim, estas novas ideias encontram menos resistência e alavancam o avanço tecnológico do planeta.

Acredito que seja o caso, porque as duas pesquisas chegam à mesma conclusão: os métodos usados atualmente nem sempre identificam se um paciente em coma tem algum nível de consciência. E o mais importante é que estes trabalhos podem ter também a mesma consequência: o fim da eutanásia – atitude prejudicial ao aprendizado do espírito encarnado segundo a Doutrina Espírita(2). Isto porque estes novos métodos identificam que, apesar de ser incapaz de responder a determinados estímulos, um paciente pode ter alguma consciência, o que indica que ainda existe chance de recuperação, e permite até que ele mesmo manifeste sua vontade.

Deus abençoe estes homens de ciência!

Referências:

1) Cientistas conseguem detectar sinais de consciência em cérebro de paciente em coma:
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2010/02/04/cientistas-conseguem-detectar-sinais-de-consciencia-em-cerebro-de-paciente-em-coma-915781530.asp ;

2) O Evangelho Segundo o Espiritismo, Ed. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA, 112ª edição – Allan Kardec, Cap V, item 28 - Será lícito abreviar a vida de um doente que sofra sem esperança de cura?

Comentário por: José Antonio M. Pereira coordena o ESDE e é médium da Casa de Emmanuel, além de integrante da Caravana Fraterna Irmã Scheilla, no Rio de Janeiro. Também é colaborador da equipe do Serviço de Perguntas e Respostas do Espiritismo.net.

domingo, 23 de maio de 2010

Mural Reflexivo: "Em torno da gratidão".

Parcela considerável da humanidade presta atenção exclusivamente ao que lhe falta.

Entre inúmeras e grandes bênçãos, valoriza pequenos problemas.

Essa característica é lamentável, pois pode tornar mesquinho aquele que a possui.

Constitui um triste espetáculo a pessoa abençoada que se lamenta sem cessar.

Esquecida de agradecer pelas alegrias, considera-se mais necessitada do que as outras.

Com esse estado de espírito, não se comove com a miséria alheia.

Deixa de valorizar e utilizar seus recursos na construção de um mundo mais justo e fraterno.

Assim, se você não aprova a ingratidão, cuide para não adotar esse gênero de comportamento.

Preste atenção nas inúmeras graças com que é continuamente brindado pela vida.

Se tem familiares complicados, pense em quem é completamente sozinho.

Inúmeros órfãos não contam com o apoio de ninguém.

Reflita também sobre os velhos sem amparo.

Seus parentes podem ser difíceis, mas estão ao seu lado.

Apesar de todos os embates, são uma presença familiar e fazem parte da sua história.

Valorize-os.

Talvez seu emprego não seja o de seus sonhos.

Mas há tantos desempregados!

É bom que você esteja disposto a lutar por uma colocação profissional melhor.

Contudo, enquanto ela não chega, aprecie a que já tem.

Muitos se sentiriam vitoriosos se estivessem em seu lugar.

Quem sabe você não seja portador de grande beleza.

Mas são tão raras as pessoas com aparência excelente. E nem sempre são as mais felizes.

A beleza física geralmente suscita a vaidade e atrai grandes tentações.

Possuir aparência modesta não o impede de ser amado.

Se não tem um exterior cintilante, valorize sua saúde e seu espírito.

Torne-se atraente pela nobreza de seu caráter, por seu bom humor, por suas virtudes.

Mais importante do que ter um corpo belo é ser um espírito equilibrado e bondoso.

A beleza apartada da saúde, física e moral, de pouco adianta.

Antes de reclamar, olhe a sua volta.

Emprego, saúde, família, amigos, instrução, moradia, fé em Deus...

São tantos os tesouros que a vida derrama sobre você!

Se há alguma dificuldade em determinado aspecto de seu viver, lute para vencê-la.

Entretanto, não se amargure por pouca coisa.

Volte sua atenção para o conjunto e alegre-se.

Emocione-se com a bondade divina e adquira o hábito de agradecer.

A gratidão manifesta-se no louvor a Deus.

Mas um homem agradecido também é um refrigério na vida dos semelhantes.

Quem percebe a beleza e a abundância do universo converte-se em uma presença agradável e benfazeja.

Alegre e risonho, espalha bem-estar ao seu redor.

Ao perceber os tesouros de que é dotado, dispõe-se a reparti-los.

Ao invés de atacar os moralmente decaídos, ampara-os.

Arregimenta recursos para atender os necessitados.

Dá exemplos de ética e bom proceder.

Auxilia o próximo em suas dificuldades.

Torna-se um ouvinte atento e um ombro amigo.

Você é rico de talentos e de opções.

Pode valorizar o pouco que lhe falta ou o muito que possui.

Pode ser reclamão e desagradável.

Ou pode optar por lançar um olhar positivo sobre o mundo que o rodeia.

Encantado com suas bênçãos, tornar-se também uma bênção para o seu próximo.

Pense nisso.

(Equipe de Redação do Momento Espírita. www.momento.com.br)