sábado, 23 de maio de 2009

Biografia: Gabriel Delanne

(1857 - 1926)

Era filho de pais espíritas convictos e praticantes, sendo o seu pai um dos fundadores da Liga Parisiense de Ensino e afeiçoado amigo de Allan Kardec, fazendo parte com este da direção da Sociedade Espírita fundada por ambos. Sua mãe, portadora de mediunidade ostensiva, muito colaborou na codificação kardequiana com suas comunicações, transmitindo informações confiáveis filtradas do mundo espiritual através de seus dons.

Nasceu portanto esse grande defensor do Espiritismo em ambiente espiritual propício a sua preparação, o que se fez nos moldes rigorosamente científicos e com estrita fidelidade ao seu codificador. Afirmando sempre que a sua crença inabalável era a espírita, e dedicando-se desde cedo à pesquisa experimental dos fatos presenciados dentro da sua própria casa, veio a receber da espiritualidade uma mensagem cujo teor o faria mais dedicado e disciplinado para com suas pesquisas. Dizia a mensagem: "Nada temas. Tem confiança. Jamais ser rico do ponto de vista material. Coisa alguma, porém, te faltar na vida".

Em 1883 ele fundou a revista "O Espiritismo" graças à generosidade de uma inglesa, Elisabeth D'Esperance, que lhe doou o dinheiro para as despesas. Passou então a realizar experiências com grandes médiuns. Em 1904 juntamente com Charles Richet e outros estudiosos, presenciou os prodigiosos fenômenos de materialização de Vila Cármen, em Argel. A produção literária de Delanne não se apoia em especulações imaginárias, mas em fatos por ele mesmo investigados e confirmados. Dedicando-se de maneira especial ao trabalho de demonstrar que o Espiritismo se apoia em bases científicas, escreveu essas principais obras hoje conhecidas em todo o mundo: "Pesquisas sobre a Mediunidade", "A Alma é Imortal", "O Espiritismo perante a Ciência", "O Fenômeno Espírita ","A Evolução Anímica", "As Aparições Materializadas de Vivos e Mortos", "Documentos para o Estudo da Reencarnação". e finalmente "A Reencarnação".

Em "O Espiritismo perante a Ciência", ele traça com rara maestria um quadro completo dos dados que o psiquismo pode apresentar para merecer o respeito dos cientistas. E como demonstração da admirável segurança de sua argumentação, basta que se lance os olhos sobre suas páginas e verifique-se, que desde a época já distante em que apareceu a primeira edição desta obra, o seu autor teve a satisfação de verificar que algumas das mais importantes teorias expostas tiveram a consagração da Ciência.

Em sua luta para estabelecer a verdade espírita, sabedor dos males gerados pela ignorância, pelo fanatismo e pela paixão desregrada escreve: "A luta é inflamada e provavelmente será longa, de vez que os prejuízos religiosos e científicos se mostram obstinados. Insensivelmente, porém, a evidência acaba impondo-se. Temos agora a convicção de que a certeza da imortalidade se tornar uma verdade científica, cujas conseqüências benfazejas, fazendo-se sentir no mundo inteiro, mudarão os destinos da humanidade". Homem de mentalidade politécnica, afeiçoado desde cedo aos estudos exatos, às observações frias, às deduções rigorosas, foi o chefe supremo da parte experimental do Espiritismo à qual deu o maior desenvolvimento, ainda não suplantado.

Delanne fez ver através de suas obras que a Física moderna, o magnetismo, o hipnotismo, a sugestão verbal ou mental, a clarividência, a telepatia e o Espiritismo, todos esses conhecimentos novos são convergentes para as fronteiras espirituais. Tornou evidente que as provas das comunicações dos espíritos, sendo tão numerosas quão variadas tornariam o Espiritismo uma demonstração científica da imortalidade. Em sua luta incessante iniciada aos 13 anos, publicou aos 68 anos de idade uma obra de incomparável valor intitulada "A Reencarnação", última de seu gênio privilegiado. Pela solidez apresentada, pelo rigor de sua lógica, pelo valor de sua argumentação, pela escolha de suas provas, pela superioridade de sua tese, e pela imparcialidade com que apresenta os fatos, essa obra ‚ a primeira da coleção delanneana.

Abordando todas as angulações elaboradas pela codificação, Delanne sempre respondia com humildade sobre sua própria obra: "Nada tenho dilatado. Tudo que há é de Kardec. Apenas tenho feito constatações. Mostrei-as em meus livros e demonstro-as na prática diária. Nada acrescento". Excesso de modéstia dele. Sua obra complementa e solidifica os ensinamentos de Kardec, abordando temas correlatos e aprofundando outros onde o grande codificador não dispusera de tempo para considerações maiores.

Delanne foi o pesquisador que de maneira incansável soube aproximar a ciência da religião, certo que ambas teriam que caminhar unidas para uma compreensão lógica do universo e dos seus habitantes, os espíritos. O insigne pesquisador dedicou toda a sua vida à propagação do Espiritismo, pelo qual se sacrificou inutilmente aos olhos daqueles que só vêem no imediatismo a verdadeira razão do viver humano e por isso não podem compreender que, por força desse desprezo pelas vaidades e ambições terrenas, ele se cobriu de glórias espirituais pelo trabalho bem conduzido, sem vacilações e fielmente executado até seu derradeiro instante da vida corpórea.

Fonte: http://www.gesp.org.br/

Mural Reflexivo: A beleza interior


A beleza interior


Seria hipocrisia de nossa parte dizer que as aparências não contribuem nesse mundo onde a imagem funciona como um cartão de visitas: é o que se vê em primeiro lugar, o que chama a atenção ou provoca, de imediato, uma reação positiva ou contrária.

Ignorar fatores da realidade que vivemos não nos faz melhores, mais humildes, humanos ou sábios. Saber cuidar de si com o mesmo carinho e atenção com o qual cuidamos das coisas que mais amamos é sinal de sabedoria.

O que não podemos e devemos evitar é que as aparências nos enganem e maquiem as verdadeiras belezas que estão no interior de cada um. Aquelas coisas tão especiais e essenciais que só podem ser vistas quando abrimos os olhos do nosso coração e da nossa alma.

É quando vemos através das aparências e penetramos no eu de cada pessoa que percebemos as riquezas que se escondem, que as conhecemos verdadeiramente.

Aprendemos com a vida que as aparências não somente enganam ou criam idéias falsas e preconceitos, mas que com o tempo elas se apagam.

A beleza exterior não é eterna. Mas a que vem do interior não cria rugas, a terra não consome e se ela deve se modificar é para ficar ainda mais aprimorada com a idade e as vivências.

A bondade, o altruísmo, o amor que nos torna compreensivos e tolerantes são belezas invisíveis, mas tão enriquecedoras que tornam o mais comum e simples dos mortais em um ser excepcional.

Talvez seja por isso mesmo que, segundo a Bíblia, Jesus veio da forma mais simples e fisicamente não possuía atrativos. Tudo o que nos deixou e ensinou perdura até hoje, ficará amanhã e ainda por séculos e séculos.

E só aqueles que foram e são capazes de ver através das aparências é que souberam amá-lo de todo coração, de toda alma e de todo entendimento.

Só os que entendem isso nos dias atuais é que podem crescer em sabedoria, dão-se aos outros sem contar e se dirigem, passo a passo, na direção dos braços do Pai.

( Letícia Thompson - respeite a autoria e o texto)


(Pra gente refletir, né mesmo?! :))

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Biografia: Ernesto Bozano

Nasceu em 1862, em Gênova, Itália e desencarnou em 1943, na mesma localidade. Professor da Universidade de Turim, foi, antes de se converter ao Espiritismo, materialista, céptico, positivista.

Pesquisador profundo e meticuloso, escreveu mais de trinta e cinco obras, todas de caráter científico. Organizador de estudo experimental, com o valioso concurso de 76 médiuns. Elaborou nove monografias inconclusas. Essa a folha de serviço de um dos mais eruditos pensadores e cientistas italianos. Seu nome: Ernesto Bozzano.

Numa época em que o Positivismo empolgava muitas consciências, Bozzano demonstrava-lhe nítida inclinação. Dos postulados positivistas gravitou para uma forma intransigente de materialismo, o que o levou a proclamar mais tarde: Fui um positivista-materialista a tal ponto convencido, que me parecia impossível pudessem existir pessoas cultas, dotadas normalmente de sentido comum, que pudessem crer na existência e sobrevivência da alma.

O fato de representantes da Ciência oficial levarem a sério a possibilidade da transmissão de pensamento entre pessoas que vivem em continentes diferentes, a aparição de fantasmas e a existência das chamadas casas mal-assombradas escandalizava Bozzano.

Somente após ler diversas outras obras é que Ernesto Bozzano resolveu dedicar-se com afinco e verdadeiro fervor ao estudo aprofundado dos fenômenos espíritas, fazendo-o através das obras de Allan Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne, Paul Gibier, William Crookes, Alexander Aksakof e outros.

Como medida inicial para um estudo profundo, Bozzano organizou um grupo experimental, do qual participaram muitos professores da Universidade de Gênova.

No decurso de cinco anos consecutivos, graças ao intenso trabalho desenvolvido, esse pequeno grupo propiciou vasto material à imprensa italiana e, ultrapassando as fronteiras, chegou a vários países. Havia-se obtido a realização de quase todos os fenômenos, culminando com a materialização de seis Espíritos, de forma bastante visível, e com a mais rígida comprovação.

Dentre as mais de trinta e cinco obras escritas, citamos “A Crise da Morte”, A Hipótese Espírita e as teorias Científicas”, “Animismo ou Espiritismo”, “Comunicações Mediúnicas entre Vivos”, “Pensamento e Vontade”, “Fenômeno de Transfiguração”, “Metapsíquica Humana”, “Os Enigmas da Psicometria”, “Fenômenos de Talestesia”, etc.

O seu devotamento ao trabalho fez com que se tornasse, de direito e de fato, um dos mais salientes pesquisadores dos fenômenos espíritas, impondo-se pela projeção do seu nome e pelo acendrado amor que dedicou à causa que havia esposado e que havia defendido com todas as forças de sua convicção inabalável.

Um fato novo veio contribuir para robustecer a sua crença no Espiritismo. A desencarnação de sua mãe, em julho de 1912, serviu de ponte para demonstração da sobrevivência da alma. Bozzano realizava nessa época sessões semanais com um reduzido grupo e com a participação de famosa médium. Realizando uma sessão na data em que se dava o transcurso do primeiro ano da desencarnação de sua genitora, a médium escreveu umas palavras num pedaço de papel, as quais, depois de lidas por Bozzano o deixara assombrado. Ali estavam escritos os dois últimos versos do epitáfio que naquele mesmo dia ele havia deixado no túmulo de sua mãe.

Fonte: www.universoespirita.org.br

Artigo: Neuroses

Neuroses

O psiquiatra atende ao telefone.
A paciente, jovem senhora sob tratamento, reclama:
– Doutor, estou muito preocupada.
– O que houve?
– Venho notando que meu cocô está leve, boiando, ao invés de depositar-se no fundo do vaso. É grave?
– É normal. Não se preocupe. Acontece, às vezes.
Momentos depois, nova ligação.
– Desculpe, doutor, pela insistência… O senhor acha mesmo que não tem problema?
– Com certeza! Fique tranqüila.
Mais alguns minutos e…
– Doutor, estive pensando… O normal não seria um cocô mais pesado?
– Olhe, menina, vou lhe dizer o que realmente acontece. O problema é da cabeça. O cocô leve vem de seu cérebro!

Podemos enfatizar nesse episódio a impaciência do médico.

Não deveria estar presente num profissional de psiquiatria, treinado e muito bem pago para ouvir, ainda que, eventualmente, importunado, pela clientela. Psiquiatra sem paciência deve reciclar-se, revendo os fundamentos de sua especialidade.

Importante considerar a paciente. Ela é o exemplo típico das fantasias geradas pela neurose, esse problema que costuma envolver pessoas demasiadamente preocupadas consigo mesmas.

A ansiedade é sua principal característica, levando-as a superestimar seus problemas e dificuldades, como quem usa óculos de grau mal ajustados. O neurótico enxerga de forma “desfocada” as situações e as pessoas.

Alguns exemplos:

Riem para ele. Julga que riem dele.
Não o cumprimentam, por distração. Imagina desconsideração.
Recebe elogio sincero. Enxerga bajulação.
Não se comunica. Reclama que o ignoram.
Com semelhante visão, tem muita facilidade para sentir-se discriminado, isolado, injustiçado, perseguido, humilhado…
É dado a teorias conspiratórias, supondo que as pessoas tramam algo contra si. Resvala com facilidade para a hipocondria, preocupando-se até com a consistência de seus dejetos.
***
Há duas realidades:
O que vemos.
O que é.
A estabilidade íntima depende de nossa capacidade em aproximar uma da outra.

Quando menino, eu era míope, sem saber.
Na escola, sentava próximo ao quadro negro; no cinema, nos primeiros lugares, em face de minha limitação. Como a miopia é progressiva, vamos nos adaptando à redução da acuidade visual, sem perceber a própria deficiência. A paisagem, para mim, já com três graus, era um borrão, aparentemente natural.
Quando, finalmente, consultei o oftalmologista e usei o primeiro par de óculos, foi um deslumbramento. Encantei-me com a luminosidade dos objetos, a visão dos pássaros ao longe, os contornos da paisagem… Enxergava, sem problemas o letreiro nos filmes, os registros na lousa…
Nossas neuroses situam-se como uma miopia da alma, impedindo-nos de enxergar as realidades existenciais, detendo-nos em perturbadoras fantasias, a partir de meros borrões.

A maneira como enxergamos o mundo é decisiva em relação à própria saúde, física e psíquica.A visão desfocada, que caracteriza o comportamento neurótico, é extremamente desajustante.

Por isso Jesus proclama, em O Sermão da Montanha (Mateus, 6:22-23):

São teus olhos a lâmpada do corpo.
Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso.
Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas.
Portanto, caso a luz que há em ti sejam trevas, que grandes trevas serão.

( Richard Simonetti. Livro Para Rir e Refletir. Fonte: http://www.richardsimonetti.com.br/artigos/neuroses1.htm)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pergunta Feita : Sou iniciante...

Pergunta Feita:

Galerinha sou nova nesse meio e gostaria e aprender mais sobre o assunto, descobri sozinha e me apaixonei.(R - 19 anos)
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Resposta dada:


Olá!
Muita paz a você!
Agradecemos o carinho e o contato!

O Espiritismo tem como premissa o trabalho e o estudo. O trabalho direcionado ao próximo necessitado e estudo das obras que nos trazem os ensinamentos dos Espíritos. Sem esses dois ingredientes, não há teoria, nem prática espírita.

Muito há para se aprender e nunca podemos dizer que sabemos tudo ou que os estudos chegaram ao fim, ao contrário, sempre há o que se aprender, seja do mundo espiritual ou daqui, do nosso mundo de relações e compromissos. Somos Espíritos em constante evolução e cada luz que se acende em nossa mente nos leva um passo para além da escuridão (da ignorância). Albert Einstein disse: "A mente que se abre a uma nova idéia, jamais volta ao seu estado original".


Os estudos espíritas devem estar centrados, acima de tudo, nas obras básicas, que chamamos de Codificação Espírita, elaboradas e organizadas por Allan Kardec. Abaixo delas, devemos buscar as obras literárias que estejam em pleno acordo com suas instruções, pois, do contrário, seremos levados pelas ilusões, fantasias e enganos, o que ocorre muito freqüentemente. Devemos primar pelos autores e médiuns reconhecidos pelo bom-senso, pela concordância de suas idéias, pela linguagem e caráter sério de suas mensagens, enfim, as referências devem ser, sempre, as obras de Kardec. Ao final, uma coleção em vídeo para que tenha uma visão mais ampla da Doutrina Espírita.


Sendo iniciante no estudo do Espiritismo, é recomendável que comece conhecendo um Centro Espírita e suas atividades (acesse http://www.espiritismogi.com.br/centros/mogi.htm e veja alguns endereços em sua cidade, ou www.feesp.com.br para falar com a Fed. Esp. de São Paulo). Grupos de estudos orientam aqueles que se interessam pelo aprofundamento do conhecimento transmitido pelos livros, assim como atividades assistenciais levando o participante a integrar-se com a prática da caridade direcionada aos nossos semelhantes. As demais atividades vão sendo conhecidas aos poucos, conforme sua integração na casa.


Temos livros, palestras, vídeos, mensagens e outros materiais que podem instruí-la, conforme for ascendendo na escala de conhecimento doutrinário. Passaremos abaixo uma relação de sites que oferecem material para sua apreciação:


www.espiridigi.net – seção download
www.espiridigi.net/videos - Coleção Revista Informação
www.videosespiritas.com – Programas Espíritas diversos em vídeo
www.virtual.espiridigi.net – seção Multimídia – a áudio, vídeo e textos
www.espacoespirita.net – palestras diversas transmitidas pelo Centro Espírita Léon Denis - RJ
www.cvdee.org.br - Vários estudos, artigos e outros materiais


Sugerimos, também, como meio de harmonização em seu lar, fazer a Reunião do Evangelho no Lar para que não somente você, mas todos da família, e auxiliares, possam receber os seus benefícios, que envolvem todo o ambiente doméstico.
Um Roteiro e outros esclarecimentos sobre o assunto poderão ser encontrados no seguinte endereço: http://www.espiritismo.net/evangelho_no_lar

Procure sempre cultivar o hábito da oração e manter-se em vigilância, no pensamento, no falar e no agir. Outrossim, assistindo às palestras de uma Casa Espírita, prestando a devida atenção, sempre encontraremos respostas para as nossas dúvidas, por meio dos ensinamentos dos oradores e a assistência inspiradora dos nossos mentores e protetores espirituais. A Casa Espírita proporciona o benefício do passe, o qual constitui-se duma transfusão de energias, que nos revigoram e reanimam. O tratamento magnético (passes) vem como um poderoso recurso para o equilíbrio que todos precisamos e nele encontramos o suporte espiritual para nossas lutas cotidianas. Igualmente, a participação em atividades de caridade, de ajuda ao próximo, proporciona a higiene mental necessária à nossa renovação.

Recomendamos, caso seja possível e haja interesse, participar de nossas atividades na Internet (estudos, palestras, vibrações e Atendimento Fraterno), via Paltalk (programa de áudio-conferência). Informe-se sobre o programa - instalação e uso - no site www.espiridigi.net/paltalk, além da programação semanal de nossos grupos de trabalho, com as atividades e horários. No Paltalk: categoria "Central & South America" - subcategoria "Brazil", sala Espiritismo Net Jovem - Todas às sextas-feiras, 21h.
Um abraço,
André.
Equipe Espiritismo.net Jovem
Dúvidas e Sugestões: www.cvdee.org.br/netjovem.asp

terça-feira, 19 de maio de 2009

Biografia: Léon Denis

Léon Denis (lê-se: dení) nasceu numa aldeia chamada Foug, situada nos arredores de Tours, em França, a 1o. de Janeiro de 1846, numa família humilde. Cedo conheceu, por necessidade, os trabalhos manuais e os pesados encargos da família. Desde os seus primeiros passos neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis o auxiliavam. Ao invés de participar em brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o mais possível. Lia obras sérias, conseguindo assim, com esforço próprio desenvolvera sua inteligência. Tomou-se um autodidata sério e competente.

Aos 18 anos tomou-se representante comercial da empresa onde trabalhava, fato que o obrigava a viagens constantes, situação que se manteve até à sua reforma e manteve ainda depois por mais algum tempo. Adorava a música e sempre que podia assistia a uma ópera ou concerto. Gostava de dedilhar, ao piano, árias conhecidas e de tirar acordes para seu próprio devaneio. Não fumava, era quase exclusivamente vegetariano e não fazia uso de bebidas fermentadas. Encontrava na água a sua bebida ideal.

Era seu hábito olhar com interesse, para os livros expostos nas livrarias. Um dia, ainda com 18anos, o chamado acaso fez com que a sua atenção fosse despertada para uma obra de título inusitado. Esse livro era "O Livro dos Espíritos" de Allan Kardec. Dispondo do dinheiro necessário, comprou-o e, recolhendo-se imediatamente ao lar entregou-se com avidez à leitura. O próprio Denis disse:

"Nele encontrei a solução clara, completa e lógica, acerca do problema universal. A minha convicção tornou-se firme. A teoria espírita dissipou a minha indiferença e as minhas dúvidas".

O ano de 1882 marca, em realidade, o início dose u apostola do, durante o qual teve que enfrentar sucessivos obstáculos: o materialismo e o positivismo que olham para o Espiritismo com ironia e risadas e os crentes das demais correntes religiosas, que não hesitam em aliar-se aos ateus, para o ridicularizar e enfraquecer Léon Denis porém, como bom paladino, enfrenta a tempestade. Os companheiros invisíveis colocam-se ao seu lado para o encorajar e exortá-lo à luta. "Coragem, amigo" - diz-lhe o espírito de Jeanne - "estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estarás só. Meios ser-te-ão dados, em tempo, para bem cumprires a tua obra". A 2 de Novembro de 1882, dia de Finados, um evento de capital importância produziu-se na sua vida: a manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio século, havia de ser o seu guia, o seu melhor amigo, o seu pai espiritual - Jerônimo de Praga - que lhe disse: "Vai meu filho. Pela estrada aberta diante de ti. Caminharei atrás de ti para te sustentar".

A partir de 1910, a visão de Léon Denis foi, dia a dia, enfraquecendo. A operação a que se submetera, dois anos antes, não lhe proporcionara nenhuma melhora, mas suportava, com calma e resignação, a marcha implacável desse mal que o castigava desde a juventude. Aceitava tudo com estoicismo e resignação. Jamais o viram queixar-se. Todavia, bem podemos avaliar quão grande devia ser o seu sofrimento. Apesar deste, mantinha volumosa correspondência. Jamais se aborrecia; amava a juventude e possuía a alegria da alma. Era inimigo da tristeza. O mal físico, para ele, devia ser bem menor do que a angústia que experimentava pelo fato de não mais poder manejar a pena. Secretárias ocasionais substituíam-no nesse ofício. No entanto, a grande dificuldade para Denis, consistia em rever e corrigir as novas edições dos seus livros e dos seus escritos. Graças, porém, ao seu espírito de ordem e à sua incomparável memória, superava todos esses contratempos, sem molestar ou importunar os amigos.

Após a 1a. Grande Guerra, aprendeu braille, o que lhe permitiu fixar no papel os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham ao espírito, pois, nesta época da sua vida, estava, por assim dizer, quase cego.

Em Março de 1927, com 81 anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou de "O Gênio Céltico e o Mundo Invisível". Neste mesmo mês a "Revue Spirite" publicava o seu derradeiro artigo.

Terça-feira, 12 de Março de 1927 pelas 13horas, respirava Denis com grande dificuldade. A pneumonia atacava-o novamente. A vida parecia abandoná-lo, mas o seu estado de lucidez era perfeito. As suas últimas palavras, pronunciadas com extraordinária calma, apesar da muita dificuldade, foram dirigidas à sua empregada Georgette: "É preciso terminar, resumir e... concluir". Fazia alusão ao prefácio da nova edição biográfica de Kardec. Neste preciso momento, faltaram-lhe completamente as forças, para que pudesse articular outras palavras. Às 21:00 horas o seu espírito alou-se. O seu semblante parecia ainda em êxtase.

As cerimônias fúnebres realizaram-se a 16 de Abril. A seu pedido, o enterro foi modesto e sem o ofício de qualquer Igreja confessional. Está sepultado no cemitério de La Salle, em Tours.

Dentre os grandes apóstolos do Espiritismo, afigura exponencial de Léon Denis merece referência toda especial, principalmente em vista de ter sido o continuador lógico da obra de Allan Kardec. Podemos afiançar mesmo que constitui tarefa sumamente difícil tentar biografar essa grande vida, dada a magnitude de sua missão terrena, na qual não sabemos o que mais salientar: a sua personalidade contagiante, o bom senso de que era dotado, a operosidade no trabalho, a dedicação ímpar aos seus semelhantes e o acendrado amor que devotava aos ideais que esposava.

Léon Denis foi o consolidador do Espiritismo. Não foi apenas o substituto e continuador de Allan Kardec, como geralmente se pensa. Denis tinha unia missão quase tão grandiosa quanto à do Codificador Cabia-lhe desenvolver os estudos doutrinários, continuaras pesquisas mediúnicas, impulsionar o movimento espírita na França e no Mundo, aprofundar o aspecto moral da Doutrina e sobretudo consolidá-la nas primeiras décadas do Século. Nessa nova Bíblia ( o Espiritismo) o papel de Kardec é o sábio e o papel de Denis é o de filósofo. Léon Denis foi cognominado o APÓSTOLO DO ESPIRITISMO e pela magnífica atuação desenvolvida, pela palavra escrita e falada, em favor da nova Doutrina foi, também, o seu Consolidador O "filósofo do Espiritismo", de acentuadas qualidades morais, dedicou toda unia longa vida à defesa dos postulados que Kardec transmitira nos livros do pentateuco espírita, O aspecto moral (religioso) da Doutrina, os princípios superiores da Vida, a instrução, a família, mereceram dele cuidados extremos e, por isso mesmo, sua vida de provações, exemplo de trabalho, perseverança e fé, é um roteiro de luz para os espíritas, diremos mais, para os homens de bem de todos os tempos. Em palavras de confiança e fé, ele mesmo resumiu assim a missão que viera desempenharem favor de uma nobre causa: "Consagrei esta existência ao serviço de uma grande causa, o Espiritismo ou Espiritualismo moderno, que será certamente a crença universal, a religião do futuro".

A sua bibliografia é bastante vasta e composta de obras monumentais que enriquecem as bibliotecas espíritas. Deve-se a ele a oportunidade ímpar que os espíritas tiveram de ver ampliados novos ângulos do aspecto filosófico da Doutrina Espírita, pois, as suas obras de um modo geral focalizam numerosos problemas que assolam os homens, e também a sempre momentosa questão da sobrevivência da alma humana em seu laborioso processo evolutivo. Léon Denis imortalizou-se na gigantesca tarefa de dissecar problemas atinentes às aflições que acometem os seres encarnados, fornecendo valiosos subsídios no sentido de lançar novas luzes sobre a problemática das tribulações terrenas, deixou de lado os conceitos até então prevalecentes para apresentá-la aureolada de ensinamentos altamente consoladores, hauridos nas fontes inesgotáveis da Doutrina dos Espíritos.

Dedicando-se ao estudo aprofundado do Espiritismo, em seu tríplice aspecto de ciência, filosofia e religião, demorou-se com maior persistência na abordagem do seu aspecto filosófico. Concomitantemente com os seus profundos estudos nesse campo, também deu a sua contribuição, valiosa na abordagem e estudo de assuntos históricos, fornecendo importantes subsídios no sentido de esclareceras origens celtas da França e no tocante ao dramático episódio do martírio de Joana D'Arc, a grande médium francesa. Seus estudos não pararam aí; ele preocupou-se sobremaneira com as origens do Cristianismo e o seu processo evolutivo através dos tempos.

Dentre as suas múltiplas ocupações, foi presidente de honra da União Espírita Francesa, membro honorário da Federação Espírita Internacional, presidente do Congresso Espírita Internacional, realizado em Paris, no ano de 1925. Teve também a oportunidade de dirigir durante longos anos, um grupo experimental de Espiritismo, na cidade francesa de Tours.

A sua atuação no seio do Espiritismo foi bastante diversa daquela desenvolvida por Allan Kardec. Enquanto o Codificador exerceu suas nobilitantes atividades na própria capital francesa, Léon Denis desempenhou a sua dignificante tarefa na província. A sua inusitada capacidade intelectual e o descortino que tinha das coisas transcendentais, fizeram com que o movimento espírita francês, e mesmo mundial, gravitasse em torno da cidade de Tours. Após a desencarnação de Allan Kardec, essa cidade tornou-se o ponto de convergência de todos os que desejavam tomar contato com o Espiritismo, recebendo as luzes do conhecimento, pois, inegavelmente, a plêiade de Espíritos que tinha por incumbência o êxito de processo de revelação do Espiritismo, levou ao grande apóstolo toda a sustentação necessária a fim de que a nova doutrina se firmasse de forma ampla e irrestrita.

Enquanto Kardec se destacou como uma personalidade de formação universitária, que firmou seu nome nas letras e nas ciências, antes de se dedicar às pesquisas espíritas e codificar o Espiritismo, Léon Denis foi um autodidata que se preparou em silêncio, na obscuridade e na pobreza material, para surgir subitamente no cenário intelectual e impor-se com conferencista o escritor de renome, tornando-se figura exponencial no campo da divulgação doutrinária do Espiritismo. Denis possuía uma inteligência robusta, era um Espírito preclaro, grande orador e escritor, desfrutando de apreciável grau de intuição. Referindo-se a ele, escreveu o seu contemporâneo Gabriel Gobron: "Ele conheceu verdadeiros triunfos e aqueles que tiveram a rara felicidade de ouvi-lo falar a uma assistência de duas ou três mil pessoas, sabem perfeitamente quão encantadora e convincente era a sua oratória."

Denis jamais cursou uma academia oficial, entretanto, formou-se na escola prática da vida, na qual a dor própria e alheia, o trabalho mal retribuído, as privações heróicas ensinam a verdadeira sabedoria, por isso dizia sempre: "Os que não conhecem dessas lições, ignoram sempre um dos mais comovedores lados da vida." Com o concurso de sua inteligência invulgar furtar-se-ia à pobreza, mas ele preferiu viver nela, pois em sua opinião era difícil acumular egoisticamente para si, aquilo que ele recebia para repartir com os seus semelhantes.

Com idade bastante avançada, cego e com uma constituição física relativamente fraca, vivia ainda cheio de tribulações. Nada disso, entretanto, mudava o seu modo de proceder Apesar de todas essas condições adversas, a todos ele recebia obsequioso. Desde as primeiras horas da manhã ditava volumosa correspondência, respondendo aos apelos das inúmeras sociedades que fundara ou de que era presidente honorário. Onde quer que comparecesse, ali davam-lhe sempre o lugar de maior destaque, lugar conquistado ao preço de profunda dedicação, perseverança e incansável operosidade no bem.

Fonte: www.universoespirita.org.br

Estudo dirigido 2 : O Livro dos Espíritos IX

Estudo dirigido 2 : O Livro dos Espíritos IX

Ainda através do estudo dos itens de 166 à 221, analise as sentenças abaixo, dizendo se as mesmas são verdadeiras ou falsas e justificando sua resposta:

a) Quanto mais o homem se adianta na vida presente, menos longas e penosas serão as provas seguintes.

b) A alma de um homem perverso pode transformar-se na de um homem de bem e vice-versa.

c) As posições entre os homens são frequentemente determinadas pelo inverso da elevação dos sentimentos morais.

d) Não costuma acontecer que o Espírito da criança seja mais adiantado que o do pai.

e) A duração curta da vida da criança pode ser, para o seu Espírito, o complemento de uma vida interrompida antes do termo devido.

f) A desencarnação na infância configura para os pais quase sempre uma missão.

g) Não se deve considerar a infância como estado de inocência, pois muitas crianças mostram possuir instinto de perversidade.

h) Ao Espírito pouco importa nascer como homem ou mulher, pois isto vai depender das provas que ele tiver que sofrer.

i) Os pais transmitem aos filhos apenas a vida moral e não a vida animal.

j) Os Espíritos são freqüentemente atraídos a esta ou aquela família por causa de simpatias ou ligações anteriores.

k) A melhor forma de honrarmos nossos antepassados é fazermos o bem.

(adaptado de apostila de Estudo das Obras da Codificação e de Allan Kardec, promovido pelo Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora-MG)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Dica Legal : 05 livros

Oi, Turma! O André nos enviou o seguinte:

"Na literatura espírita, há livros que abordam temas variados, como comportamento do jovem, mundo espiritual, Deus, Jesus e fé, etc.


Alguns deles, que são legais, para se iniciar e que se relacionam com a vida do adolescente/jovem, são:

* Adolescente, mas de passagem - Paulo R. Santos

* Adolescer, verbo transitório - Edson de Jesus Sardano

* Aborrecente não! Sou Adolescente! - Vera Carvalho - Editora Petit

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domingo, 17 de maio de 2009

Notícia: Um terço dos adolescentes que fumam maconha usam droga como "remédio".

Achado vem de pesquisa feita com jovens de província canadense. Erva é usada contra depressão, ansiedade, insônia e outros problemas. - Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

A famosa Cannabis sativa (Foto: Reprodução)


Um terço dos adolescentes que usam maconha regularmente lançam mão da droga para aliviar problemas de saúde mental ou física, afirma uma pesquisa feita no Canadá. A equipe liderada por Joan L. Bottorff, do Centro de Vida Saudável e Prevenção de Doenças Crônicas da Universidade da Colúmbia Britânica, fez entrevistas detalhadas com 63 usuários da droga, tentando entender as razões do consumo.

Embora a maioria se encaixasse no chamado "uso recreacional", 20 dos adolescentes explicou que a principal função da droga era ajudá-los a enfrentar coisas como insônia, depressão, ansiedade, dor crônica, estresse e dificuldades de concentração.

Muitos dos jovens também afirmaram que o uso de maconha veio após a decepção com tratamentos convencionais para problemas mentais e emocionais, tais como o Prozac, remédio comumente usado contra depressão. O que afastou os adolescentes do uso desses remédios liberados foram principalmente os efeitos colaterais, dizem os pesquisadores. Ainda não dá para dizer se os resultados podem ser generalizados para a população consumidora de maconha em geral, mas alguns indícios em outros países, como o Reino Unido, podem indicar que sim.

A pesquisa será publicada na revista médica "Substance Abuse, Treatment, Prevention and Policy".

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A maconha é o nome dado no Brasil a uma planta chamada “Cannabis sativa”, também sendo conhecida por Cannabis ou Marijuana. É a droga ilícita mais consumida entre os jovens do mundo inteiro. “Fumar erva”, ou “fumar um charro” é uma atitude bastante comum no meio juvenil e é cada vez mais aceite passivamente pela sociedade, com os argumentos duvidosos de que se trata de uma “droga leve” que não provoca dependência e que até é usada medicinalmente.
Todos estes argumentos são falaciosos e por isso, na grande maioria dos países, é ilegal cultivar, possuir e consumir Cannabis. É verdade que é uma droga com efeitos mais ligeiros do que a cocaína ou a heroína, mas isso não chega para transformá-la em leve já que as consequências físicas, psicológicas e emocionais são assinaláveis. Os especialistas consideram-na uma droga de passagem, já que são raros os consumidores das chamadas “drogas duras” que não tenham começado pela Cannabis. O facto de não provocar dependência é um argumento contrariado pela evidência da necessidade que os usuários de Cannabis têm no seu consumo continuado. Poderá não haver dependência física, mas as sensações fáceis e artificiais de bem-estar e relaxe atingidos são um vício psicológico e emocional bastante forte. Em relação ao uso medicinal, é uma questão ainda está em estudo, estando neste momento em utilização para casos muito específicos, sob orientação médica e através de um rigoroso controlo sobre a dosagem e qualidade do produto. É que não podemos esquecer as consequências graves que a Cannabis tem na saúde humana: interfere com a capacidade de aprendizagem, memorização e pode induzir um estado de falta de motivação e apatia pela vida e pelo meio envolvente. Em níveis crescentes de utilização, pode provocar alucinações ou delírios com reações comportamentais exageradas e agressivas.
A estes dados precisamos acrescentar o argumento espiritual. Sabemos que os nossos pensamentos e atitudes atraem Espíritos vinculados com o tipo de comportamentos que cultivamos, que passam então ter uma influência crescente sobre nossa forma de agir e de nos comportar. No caso dos vícios, Espíritos desencarnados ainda não despojados dos seus antigos hábitos, permanecem intensamente vinculados às sensações que os narcóticos proporcionam, procurando os que usam a droga, de modo a receber a energia que emana das emoções e das formas de prazer sentidas através do seu consumo. Tudo isso afecta de forma significativa o perispírito dos usuários de droga, que regista toda a perturbação energética e as influências nocivas recebidas, desequilibrando-se e influenciando negativamente o corpo físico.
A busca pelo prazer imediato, de forma simplista e sem barreiras desnecessárias é uma imagem de marca da sociedade actual. É comum ouvirmos jovens e adultos afirmarem irresponsavelmente que bebem álcool ou fumam erva para os ajudarem a descontrair e integrarem-se mais facilmente num dado ambiente, colocando de lado as inibições naturais que qualquer indivíduo apresenta perante o desconhecido. É a procura do prazer pelo prazer, através de atalhos fictícios e passando por cima de algo que deve ser respeitado com muito carinho: Nós mesmos. O consumo de Cannabis, não é solução para depressões, ansiedade e falta de motivação pela vida, mas sim o oposto: Cannabis pode ser a causa dessa sintomatologia que se poderá agravar com o uso continuado da substância. É preciso ir mais fundo e procurar na transformação interior, o bem-estar e o equilíbrio mental necessários, que então se tornam uma verdadeira conquista íntima. Em vez de aceitarmos a carona que as drogas oferecem, sem sabermos para onde vamos e onde ficaremos, usemos a porta estreita da transformação íntima que nos acompanhará durante o resto da nossa viagem evolutiva.
Educar é um processo muito complexo e exigente, que começa em casa, passa pela escola mas também se estende a toda a sociedade. É necessário alertar os jovens para os desafios da sua juventude, mostrar-lhes a importância dessa fase no seu processo de crescimento e como isso vai afectar toda a sua vida. Conciliar juventude e responsabilidade não é impossível, para tal é necessário: um empenho de todos, principalmente dos pais, para que cada jovem se sinta especial e acarinhado, se ame profundamente e tenha respeito por si e pelo seu corpo; perceba a importância dos valores éticos e morais, mesmo que os não aceite completamente; não tenham constrangimento de colocar os seus valores éticos e morais em prática perante a sociedade. Urge educar os jovens, mais do que os reprimir ou os encurralar.


(Carlos Miguel Pereira é trabalhador do Centro Espírita Caridade por Amor (CECA), na cidade do Porto, e colaborador regular do Espiritismo.net)