sábado, 22 de março de 2014

Mocidade – Com amor e criatividade a gente alcança esses corações

Mocidade – Com amor e criatividade a gente alcança esses corações


Patrícia Bolonha



Este artigo surgiu pela observação em um grande evento espírita, onde alguns jovens perambulavam pelo local sem que houvesse praticamente nenhuma atividade voltada para eles, enquanto se desenvolviam as atividades programadas. Todas as palestras eram direcionadas a um público provavelmente mais antigo de Doutrina, pois se utilizava de uma linguagem dificultosa, rebuscada, própria do Espiritismo e do espírita do século XIX e XX, mas que nos dias atuais, onde até a comunicação é “comprimida” para tornar-se mais ágil, certamente ainda não atinge, e talvez não vá atingir nunca essa faixa de público.
O tema era interessante, mas não parecia provocar naqueles jovens nenhum estímulo. O pouco interesse deles era explícito, talvez pelo formato adotado pelos palestrantes, pois pude sentir que estavam sequiosos por respostas que envolviam o assunto, já que estavam de alguma forma presentes, porém ignorados pela sua condição jovial no meio, como se despertassem uma certa “inveja” em quem já não pode mais desfrutar de tanta energia, vitalidade, criatividade e memória.
Era possível observar que enquanto as palestras “para adultos” “rolavam”, aquele pessoal entregava-se às ilusões de um “game” de mão e seus joguinhos nada educativos ou aos aparelhinhos de iPod, que os impediam de ouvir as boas mensagens do evento para ouvir os ídolos do momento e suas músicas com mensagens não tão boas, porém bastante dançantes.
Os Bons Educadores de que se tem relato na história, de Sócrates à Piaget, e outros mais atuais, que a maioria de nós tem na memória como sendo "aquele professor que marcou sua trajetória escolar...", se fossem colocados juntos, em uma mesa redonda, provavelmente concordariam que Educar é “LIBERTAR ALMAS”, e também que nenhuma fase é mais profícua para que essa libertação ocorra do que a adolescência, quando o Espírito finalmente desperta e anseia pelo seu espaço no universo.
Infelizmente, poucos são os preparados para compreender essa ansiedade, esse desassossego interior e essa busca exterior que causam um certo “rebuliço” na vida de familiares, professores e na sociedade em geral, que percebem essa movimentação, esse “grito pelo lugar ao sol” por causa da insegurança e do medo que vivem.
Por esta falta de compreensão e conhecimento, na maioria das vezes, acaba-se perdendo esse enorme potencial criativo e inteligente, essa busca pelo ser consciente para uma culturalização massificada e negligente, e para um modelo de educação obsoleto, onde raramente se permite que o jovem cresça e amadureça por suas próprias escolhas, impedindo-o de reinventar, de participar diretamente nas atividades e decisões, de trabalhar seus melhores dons e de explorar e fazer, à sua maneira, o que vem sendo feito igual há muito tempo.
Não se permite que fujam dos conceitos pré-estabelecidos, sem que sejam vistos com olhos de censura por aqueles que se julgam mais hábeis por serem mais “experientes”. Vivemos, porém, em um tempo onde temos uma explosão de informações que nos chegam com velocidade quase imensurável, informações estas que atingem com maestria os objetivos da influência, da sedução e do envolvimento, seja de forma subliminar ou diretamente, e que competem com este modelo educacional que muito se firma ainda na filosofia do “SIM é SIM, NÃO é NÃO...”, “FAÇA ASSIM QUE É MELHOR...”, “ESTE É O MELHOR MODELO...”, “ISTO NÃO É PARA VOCÊ...”, enfim, se contrapondo ao avanço e ao salto tecnológico da atualidade, que lhes permite argumentações, interrogações e investigações com um alto grau perceptivo, onde tudo é muito dinâmico e atrativo, e o que é o melhor agora já não será mais moderno e melhor amanhã. É assim que os jovens de hoje concebem o mundo ao seu redor.
Não se justifica mais tentar ensinar e orientar nos mesmos moldes em que fomos educados em meados do século XX, porque certamente seremos atropelados por outros meios talvez menos eficazes, contudo, mais pragmáticos, para os quais, infelizmente, perderemos o “alvo” que desejamos atingir, que são nossos jovens corações ou nossos corações jovens, que não terão a mínima motivação para seguir o que parece-lhes tedioso e ultrapassado.
O Educador atento precisa caminhar ao lado de seus educandos, se aproximando deles o mais que puder pela linguagem pura e simples, acompanhando tendências, instruindo e indicando o caminho, mas investindo nas capacidades das escolhas e nas habilidades, confiando a responsabilidade dos atos determinados pelas circunstâncias e oportunidades do cotidiano, pois o Espírito que cresce com liberdade aproxima-se muito mais da verdade.

* * *

Aos mais Moços...

Aos mais moços não ofereçam apenas as respostas, mas solicitem-lhes as dúvidas, agucem as curiosidades, proponham-lhes múltiplas escolhas para que atribuam-nas valores que os conduzirão a Deus e a verdade.
Não lhes deem apenas uma chance, deem-lhes credibilidade.
Eles não querem apenas ouvir, desejam ser ouvidos.
Não querem apenas o conhecimento do mestre; querem o abraço e a compreensão do amigo.
Não querem apenas um modelo para ser cegamente seguido; querem a visão de um herói e a vivência do ídolo, por isso não basta oferecer o guia, é preciso que sejam conquistados por ele, caso contrário os perderemos para os heróis e ídolos do dia a dia.
Não querem apenas defender seus direitos; sonham com um mundo justo e livre de desamor e preconceitos.
Não se apegam mais aos vocabulários de difícil entendimento; se informam e se comunicam pela linguagem do seu tempo.
Não querem apenas experiências; desejam e podem ser futuros formadores de opiniões e de consciências.
O fulgor da jovialidade em que lhes desabrocha todo o potencial para, por si mesmos, agirem, pensarem, interagirem, acreditarem, sonharem, defenderem, integrarem, doarem, provarem, descobrirem, aprenderem e ensinarem... Esse é o momento para que lhes aproveitemos essas vontades, direcionando-os para o BEM - Benevolência-Estudo-Moral, para que participem ativamente da construção de uma sociedade mais evoluída, com dinamismo, motivação e criatividade.
O bom mestre não se apoia em austeridades, mas em bons exemplos e desenvolvimento de suas capacidades, exercendo empatia e acreditando em habilidades. Ingressa no mundo de seus educandos, conhece seus interesses e multiplica talentos, animando qualidades, extrai-lhes o que tem de melhor, tal como se extraem seivas das árvores, purificam-nas, transformam-nas, aproveitando os melhores ativos para oferecerem como bálsamos curativos, alimentos nutritivos e maravilhosos perfumes à humanidade.
Paty Bolonha – 2011

sexta-feira, 21 de março de 2014

Mural reflexivo: Famílias Felizes



FAMÍLIAS FELIZES

 

Redação do Momento Espírita

 

 
    Elas existem. Não são exceção. Ao contrário, mais e mais proliferam nesta Terra bendita de todos nós.
 
    São famílias de pessoas felizes que fazem a outros felizes. As pessoas que as compõem se reencontram na Terra, pelos laços do afeto e do bem querer.
 
    Amam-se: pais, irmãos. E os que vêm de fora, para alargar esse universo familiar, genros, noras, são da mesma nobre estirpe.
 
    Não são pessoas incólumes ao sofrimento. Não. Pelo contrário, nelas registramos pesadas cargas expiatórias.
 
    Em algumas dessas famílias, é um filho que nasce como esperança de muitas alegrias para logo mais demonstrar a enfermidade de que é portador, envolvendo todo o conjunto familiar em redobradas preocupações.
 
    Em outras, é o filho que nasce portador de alguma deficiência, necessitando de especiais cuidados. E todos se reúnem para isso lhe proporcionar.
 
    Famílias assim superam tragédias que as atingem, em forma de morte súbita de um ente querido, ou reveses de qualquer outra ordem.
 
    Sustentam-se mutuamente pela força do amor e transmitem energias uns aos outros pela proposta de afetividade que registram.
 
    Nessas famílias cultua-se a ciência ou a religiosidade ou a arte ou tudo como um conjunto.
 
    São famílias nas quais os membros tendem para as carreiras de um mesmo ramo ou ramos diferentes, mas em que todos estudam e alcançam títulos universitários, de graduação, demonstrando seu grande potencial intelectivo.
 
    Elas se envolvem com a arte e cada membro apresenta uma qualidade específica na execução de instrumentos musicais, no canto, na composição, na arte dramática.
 
    Por vezes, parecem compor uma fenomenal orquestra, pois que cada um tem uma especial habilidade.
 
    E, quando à ciência, ou à arte, reúnem a religiosidade, transformam as comunidades onde se demoram. Atuam em benefício da dor que se espalha, erguendo instituições de amparo aos sofredores.
 
    Esmeram-se na ilustração das mentes alheias, erigindo escolas, oferecendo-se em voluntariado.
 
    O dinheiro que circula em suas mãos, simplesmente circula, direcionado para o bem geral. E parece que quanto mais oferecem, tanto mais lhes chega às mãos.
 
    Famílias felizes. Vivem a alegria do reencontro dos amores de muitas vidas.
 
    Vivem a união de ideais e de beleza. Chegam a causar, por vezes, uma certa inveja por neles se descobrir tantas bênçãos, tantas alegrias.
 
    Contudo, quem preste atenção, verificará que, em meio às marcas abençoadas dos sorrisos, as faces também registram a chibata da dor, em vincos dolorosos.
 
    São felizes por terem aprendido que na Terra tudo é transitório e que cada minuto deve ser vivido em plenitude.
 
    São felizes, acima de tudo, por terem descoberto que a divindade que lhes permitiu o renascer, abençoados pelos amores próximos e pelas venturas da beleza, de talentos variados e de bens da terra, lhes exige apenas que façam felizes a outros que cruzam seus caminhos.
 
    Famílias felizes. Famílias que amam e estendem seu amor para além das fronteiras do próprio lar, da própria cidade.
 
    Desde cedo, aprenderam que todos, afinal, somos cidadãos do mundo e herdeiros do universo.
 
    Por isso, não retêm riquezas em seus cofres. Somente multiplicam pérolas de luz em seus corações.

 


 

Campanha mostra como vive a criança com Síndrome de Down

Campanha mostra como vive a criança com Síndrome de Down

14 de março de 2014

 


Diferenças e limitações não são fáceis de ser encaradas, mas elas podem e devem ser enfrentadas. Mais uma vez, uma bela produção nos mostra como o ser humano pode ser forte e superar tudo, e mais do que isso, como uma simples mudança de atitude e pensamento pode fazer a diferença.
No dia 21 de março, comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Down. A Saatchi & Saatchi Itália em parceria com a CoorDown, associação italiana das pessoas com Síndrome de Down, preparou uma merecida homenagem para celebrar a data e promover a diversidade e integração social, principalmente nas escolas e trabalho.
O filme começa com o e-mail de uma futura mãe para o CoorDown. Na mensagem, a moça relata ter descoberto que seu bebê possui o distúrbio genético e está preocupada com o futuro do filho que irá nascer. Em resposta às suas inquietações, um grupo de 15 pessoas com a síndrome explica como será o futuro da criança.
“Ela poderá correr, escrever, ir à escola, amar... Tudo o que faz uma pessoa normal. Se isso será difícil? Sim, às vezes, muito. E não é assim para todas as mães? Mas o mais importante é que esta criança poderá ser feliz”, diz a mensagem.

ASSISTA AQUI:

OU AQUI:

quinta-feira, 20 de março de 2014

O Amor não é eterno

O Amor não é eterno

Best-seller de psicóloga americana derruba o mito que alimenta os românticos e mostra que o sentimento capaz de unir duas pessoas é momentâneo e pode durar apenas poucos segundos.

Por Eduardo Araia


O Mito do amor romântico, eterno e incondicional, desautorizado pela experiência moderna, a literatura e o cinema, pode ter recebido um golpe mortal da ciência no início deste ano. A autora do feito é a psicóloga norte-americana Barbara Fredrickson, diretora do Laboratório de Emoções Positivas e Psicofisiologia da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill (EUA), autoridade mundial na área. Seu mais recente livro, o best-seller Love 2.0: How Our Supreme Emotion Affects Everything We Feel, Think, Do, and Become (Amor 2.0: Como Nossa Emoção Suprema Afeta Tudo o Que Sentimos, Pensamos, Fazemos e nos Tornamos), propõe, baseado na biologia do corpo, uma redefinição radical do conceito.
Em primeiro lugar, ressalta Barbara, o amor não é o que gostaríamos que ele fosse. Trata-se de uma emoção – e emoções não duram para sempre. Ninguém vive permanentemente com raiva ou com medo. O amor não é a emoção duradoura e continuamente presente que sustenta um casamento, nem a ansiedade da paixão juvenil ou o vínculo de sangue do parentesco. Tampouco existe amor individual, autônomo, isolado, pois a conexão com o outro é fundamental para a deflagração fisiológica do seu processo.
“O amor não conhece tais fronteiras”, afirma a autora. “As evidências sugerem que quando você realmente tem um ‘clique’ com alguém, uma sincronia momentânea mas discernível, emerge entre os dois, conforme os gestos, a bioquímica e as descargas neurais, se espelhando um no outro em um padrão que denomino ressonância de positividade.”
Em termos fisiológicos, o amor não dura minutos. Na verdade, o período desse “ato único, desempenhado por dois cérebros”, como diz a psicóloga, dura frações de segundo. Trata-se de “micromomentos de ressonância de positividade”, explica Barbara, fluxos de emoções positivas que podem ser compartilhados com outra pessoa – qualquer pessoa – com quem nos conectamos ao longo do dia. Podemos experienciar micromomentos de amor com nossos parceiros românticos, os filhos ou os amigos. Podemos nos apaixonar, embora momentaneamente, por candidatos menos cotados, como um estranho na rua, um colega de trabalho ou um simpático vendedor da mercearia.
“Pensar no amor puramente como romance, ou compromisso compartilhado com uma pessoa especial, certamente limita a alegria e a saúde derivadas do amor”, diz a psicóloga. “Meu conceito valoriza caminhos mais curtos para experimentar o amor, abrindo esperanças para solitários, solteiros ou viúvos.” A ideia do amor eterno como paixão eterna não evanescente é um mito e uma impossibilidade biológica.

Três protagonistas
Há três protagonistas-chave no microcenário do amor. O primeiro é o cérebro, ou, mais precisamente, os neurônios-espelhos. Eles disparam quando um animal pratica um determinado ato ou observa outro animal (em geral da mesma espécie) fazer o mesmo. Já registrados em primatas, os neurôniosespelhos supostamente existem em aves e humanos. Nesses últimos há evidências de sua presença no córtex prémotor e no lobo parietal inferior.
Quando o amor aparece, os neurônios-espelhos se comportam de forma peculiar. Um estudo feito com imagens de ressonância magnética pelo psicólogo Uri Hasson, da Universidade Princeton, sugere que um espelhamento pode ocorrer com frações de segundo de diferença entre quem inicia a ação e o parceiro, simultaneamente, ou como uma antecipação do que se espera que o outro faça. Qualquer um desses casos de entendimento mútuo e compartilhamento de emoções é um micromomento de amor, define Barbara.
O segundo protagonista-chave é a oxitocina, o hormônio do amor e do afeto. Esse componente do ancestral sistema “acalmar-se e conectar-se” dos mamíferos (oposto ao “lutar ou fugir” relacionado ao cortisol, o hormônio do estresse) age tanto no cérebro quanto no resto do corpo, estimulando as pessoas a se sentir mais confiantes e abertas a entrar em conexão.
Produzida no hipotálamo, a oxitocina é liberada em grande quantidade no sangue durante a relação sexual, mas também aparece em outros instantes de relacionamento íntimo. As pesquisas mostram que, quando a mãe ou o pai interagem afetivamente com o seu bebê, olhando-o nos olhos, abraçando-o, sorrindo e brincando com ele, os níveis de oxitocina sobem sincronicamente tanto na criança como no adulto.
O terceiro personagem é o nervo vago, que liga o cérebro ao resto do corpo, e em especial ao coração. Ele tem papel importante na coordenação e no apoio à experiência amorosa. “Totalmente fora da consciência, o nervo vago estimula micromúsculos faciais que melhoram a capacidade visual e a sincronia com as expressões faciais da outra pessoa”, explica Barbara. “Ele também ajusta os pequenos músculos do ouvido médio de modo que se possa rastrear a voz do outro em meio a qualquer barulho.” De forma sutil, mas com importantes consequências, o nervo vago aumenta as chances de nos conectarmos a outras pessoas e, assim, de chegarmos à ressonância de positividade.
Os cientistas avaliam a força do nervo vago (o tônus vagal) medindo a frequência cardíaca em conjunção com a frequência respiratória. Assim como o tônus muscular, quanto mais elevado for o tônus vagal, mais a pessoa será capaz de regular processos biológicos como a taxa de glicose no sangue e as inflamações, além de reduzir as chances de ocorrência de diabete, derrames e doenças cardíacas. O tônus aprimora o controle da atenção e das emoções, torna a pessoa mais amorosa e aumenta suas conexões positivas. A consequência são mais micromomentos de amor.

Meditação
Em uma pesquisa de 2010, Barbara Fredrickson desmontou a tese de que o tônus vagal é sempre estável. Ela designou aleatoriamente metade dos participantes do estudo a dedicar uma hora por semana, durante vários meses, à prática da meditação budista da benignidade (lovingkindness meditation), enquanto os demais funcionavam como grupo de controle.
Nessa prática, feita num ambiente silencioso, a pessoa repete, mentalmente, frases de carinho e de compaixão com desejos de paz, amor, força e bem-estar geral – inicialmente para si própria, a fim de interiorizar esses sentimentos, e depois para os outros. Todos os participantes tiveram seu tônus vagal medido antes e depois. A psicóloga constatou que os praticantes da meditação elevaram seu tônus vagal, capacitando-se para viver mais momentos de amor.
Atingir a almejada ressonância de positividade, portanto, não é exclusividade de casais enamorados ou da relação entre um bebê e sua mãe. Embora a intensidade certamente não seja a mesma, muitos contatos simples do cotidiano geram micromomentos de amor e acarretam efeitos positivos. “A conversa rotineira com o cônjuge, no café da manhã, ou uma bem-humorada interação com um estranho estão no limite inferior do espectro. Mas o que a ciência das emoções diz é que experiências modestas como essas, mas frequentes, são computadas em nosso bem-estar”, afirma a autora.
“Certamente nos lembramos melhor de experiências superintensas, mas elas não são necessariamente mais importantes em termos da nossa saúde ou da força de um relacionamento. Partilhar uma história boba, ter orgulho do cônjuge, dizer ‘obrigado’ com sinceridade constituem microinjeções de reforço que mantêm saudáveis a nós e aos nossos relacionamentos.”
A mudança na forma de ver a situação se reflete em todo o corpo, diz a psicóloga, pois repercute nas células que ele produz rotineiramente para substituir as antigas. A pessoa que se sente só e desconectada dos outros, por exemplo, provavelmente assistirá à subida dos seus níveis de cortisol, o que induzirá o sistema imunológico a alterar a forma com que os genes são expressos na geração seguinte de células brancas, tornando-as mais sensíveis ao cortisol. Isso pode acarretar mais doenças crônicas baseadas em inflamações, como problemas cardiovasculares e artrite. “Em uma considerável medida, você orquestra as mensagens que suas células escutam, as mensagens que contam às suas células se elas devem crescer no rumo da saúde”, explica a pesquisadora.
No mínimo, salienta Barbara, devemos cultivar micromomentos de amor diariamente, sintonizando-se e conectando-se não só com as pessoas próximas, mas também com aquelas com que interagimos. Com o aumento dos divórcios e a diminuição dos casamentos, mais gente corre o risco de viver a vida sem relacionamentos íntimos. Se mudarmos de atitude, perceberemos que o amor pode alcançar mais longe do que se imagina.
“Promova esses momentos como algo importante na sua vida diária e priorize-os”, recomenda a pesquisadora. “Você verá que ganhará não só uma plástica emocional, mas também um aprimoramento da saúde, e não será o único a conseguir a melhora; na medida em que você induz o amor, o outro indivíduo também a consegue. Portanto, você está espalhando bem-estar e saúde, e não apenas cultivando-os para si mesmo.”
Matéria publicada na Revista Planeta, em junho de 2013.

Jorge Hessen* comenta
Pesquisadores situam o "Amor" como um subproduto oriundo da reação química regida pelo cérebro. No processamento biológico refere-se a feniletilamina(1) produzida pelo organismo, na medida em que surge uma atração sexual absorvente. Para Hellen Fischer, estudiosa do assunto, o romantismo tende a desaparecer em pouco tempo. Hellen crê que existe outra substância relacionada ao "Amor": a Oxitocina, que “sensibiliza os nervos nas contrações musculares, porém o efeito dessas substâncias é pouco duradouro, resultando no esfriamento afetivo e nas separações entre os casais, razão do grande número de divórcios”.(2)
Nessa direção perambula Barbara Fredrickson, diretora do Laboratório de Emoções Positivas e Psicofisiologia da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill (EUA), que sugere novo conceito sobre o Amor, baseado no arranjo biológico. Para ela a ideia do amor eterno é um mito e uma impossibilidade fisiológica, pois o “amor” é fugaz. Trata-se tão-somente de “micromomentos de ressonância de positividade”. Barbara destaca três protagonistas-chave no microcenário do amor. O primeiro é o cérebro, ou, mais precisamente, os neurônios-espelhos. O segundo é a oxitocina, produzida no hipotálamo, para ela um hormônio vinculado ao “amor” e ao “afeto”. O terceiro é o nervo vago, que liga o cérebro ao resto do corpo, e em especial ao coração – isso torna a pessoa mais amorosa e aumenta suas conexões positivas.(3)
O dicionarista Aurélio Buarque define o Amor como “um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa. Pode ser um sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra, e que engloba também atração física, ou ainda inclinação ou apego profundo a algum valor ou a alguma coisa que proporcione prazer, entusiasmo, paixão”.(4) Sobre que tipo de “amor” tais especialistas estão fazendo ilações?
Será plausível comparar o Amor com o mosaico das sensações fisiológicas do ser humano? Metaforicamente podemos até citar o amor conjugal, amor materno, amor filial ou fraterno, amor à pátria, da raça, da humanidade, como refrações, raios refratados do amor divino, que abrange, penetra todos os seres, e difunde-se neles, faz rebentar e desabrochar mil formas variadas, mil esplêndidas florescências de amor.
Não se pode, porém, definir Amor como se fosse a abrasadora paixão que provoca os desejos carnais. Esta não passa de uma imagem de um grosseiro simulacro do Amor. Nos dias de hoje, fala-se e escreve-se muito sobre sexo, sensualismo, erotismo; raramente sobre Amor. Certamente, porque esse sentimento (Amor) não se deixa decifrar academicamente, repelindo toda tentativa de definição científica.
O Amor verdadeiro vai muito além do cientificismo, do romantismo e do erotismo. Embora absorvidos pela condição animalizante, psicólogos e filósofos até hoje se interessam por estudar, quase que exclusivamente, essa forma lírica e dramática da paixão entre duas criaturas. A Psicanálise, nos primórdios da teoria freudiana, colocou o problema do “Amor” na dimensão do patológico. Em verdade, Freud teve de entrar no estudo e na pesquisa do “Amor” pelos porões da psicopatologia. O aspecto patológico é o mais dramático do “Amor” e o que mais toca o interesse humano.
Ao oposto do Amor, a paixão é exclusivista, egoísta, dominadora; é predominantemente desejo. Um sentimento que impõe o sequestro da consciência do outro, desenvolvendo uma forma possessiva, em que brota o ciúme e a vontade de domínio integral da pessoa "amada". O Amor é mais forte do que o desejo, mais poderoso que o ódio.
O vazio conceitual deve-se à dificuldade de manifestação do Amor na forma de solidariedade e fraternidade no mundo contemporâneo. A ampliação dos centros urbanos cunhou a “Era da alienação”, a síndrome da multidão solitária, das adesões afetivas frágeis. As pessoas estão lado a lado, mas suas relações são de contiguidade e brutal desconfiança. A presente geração, amputada de maiores anseios espirituais, intrinsecamente hedonista, sensual e consumista, conferindo a si mesma as mais elevadas aquisições de caráter prático na província da razão, produziu os mais extensos desequilíbrios nos cursos evolutivos do planeta, com o seu imperdoável alheamento do Amor.
Allan Kardec, comentando a questão 938 de O Livro dos Espíritos, certifica: “a natureza deu ao homem a necessidade de amar e de ser amado. Um dos maiores gozos que lhe são concedidos na Terra é o de encontrar corações que com o seu simpatizem. Dá-lhe ela, assim, as primícias da felicidade que o aguarda no mundo dos Espíritos perfeitos, onde tudo é amor e benignidade. Desse gozo está excluído o egoísta.”(5) O apóstolo dos gentios, escrevendo aos filipenses, ensinou que “o Amor deve crescer, cada vez mais, no conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa aprovar as coisas que são excelentes”.(6) Se atendermos ao conselho apostólico cresceremos em valores espirituais para a eternidade, mas se rumarmos por atalhos escorregadiços, “o nosso Amor será simplesmente querer e tão-somente com o “querer” é possível desfigurar, impensadamente, os mais belos quadros da vida”.(7)
Léon Denis decifrou: “o Amor, profundo como o mar, infinito como o céu, abraça todas as criaturas. Deus é o seu foco. Assim como o Sol se projeta, sem exclusões, sobre todas as coisas e reaquece a natureza inteira, assim também o Amor divino vivifica todas as almas; seus raios, penetrando através das trevas do nosso egoísmo, vão iluminar com trêmulos clarões os recônditos de cada coração humano”.(8)
O Convertido de Damasco anotou junto aos coríntios que "o Amor é paciente, o Amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O Amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."(9)
O Amor, enfim, “resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. O ponto delicado do sentimento é o Amor, não o Amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas”.(10)

Notas e referências bibliográficas:
(1) Líquido oleoso, incolor, redutor enérgico, uso como reagente [fórm.: C6H8N2];
(2) Fischer, Helen. The Anatomy of Love, New York: Norton, 1992;
(4) Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da língua portuguesa, 5ª Edição, Editora Positivo, 2010;
(5) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2002, questão 983-a;
(6) Filipenses, 1:9-11;
(7) Xavier, Francisco Cândido. Fonte Viva, Cap. 91, Problemas do amor, RJ: Ed. FEB, 1999;
(8) Denis, Léon. O Problema do Ser, do Destino e da Dor, RJ: Ed. FEB, 2000;
(9) 1 Coríntios, 13:4-7;
(10) Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Lázaro. (Paris, 1862.) 112ª edição. Livro eletrônico gratuito em <http://www.febnet.org.br>. Federação Espírita Brasileira, 1996.

* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Revista Espírita: Da perpetuidade do Espiritismo

Num artigo anterior falamos dos incessantes progressos do Espiritismo. Serão esses progressos duráveis ou efêmeros? É um meteoro que brilha com luz passageira, como tantas outras coisas? É o que vamos examinar em poucas palavras.
Se o Espiritismo fosse uma simples teoria, uma escola filosófica fundada numa opinião pessoal, nada garantiria a sua estabilidade, porque poderia agradar hoje e não agradar amanhã; num dado tempo poderia não estar mais em harmonia com os costumes e o desenvolvimento intelectual e, então, cairia, como todas as coisas velhas, que ficam para trás do movimento; enfim poderia ser substituído por algo de melhor. Assim é com todas as concepções humanas, todas as legislações, todas as doutrinas puramente especulativas.
O Espiritismo apresenta-se em condições completamente outras, como tantas vezes temos feito observar. Repousa sobre um fato, o da comunicação entre o mundo visível e o invisível. Ora, um fato não pode ser anulado pelo tempo, como uma opinião. Sem dúvida ainda não é admitido por todos. Mas que importam as negações de alguns, quando ele é constatado diariamente por milhões de indivíduos, cujo número cresce incessantemente, e que nem são mais tolos, nem mais cegos que outros? Virá, pois, um momento em que não encontrará mais negadores do que os que há atualmente do movimento da terra.
Quanta oposição não levantou este último fato! Há quanto tempo faltam aos incrédulos boas razões aparentes para o contestar. “Como crer, diziam eles, na existência dos antipodas, marchando de cabeça para baixo? E se a terra gira, como pretendem, como crer que nós mesmos estejamos, de vinte e quatro em vinte e quatro horas, nessa posição incômoda sem nos apercebermos? Nesse estado, não mais poderíamos ficar ligados à terra senão quiséssemos marchar contra o fecto, com os pés no ar, à maneira de moscas. E depois, que aconteceria aos mares? Será que a água não se derrama quando se inclina o vaso? A coisa é simplesmente impossível, portanto é absurda, e Galileu é um louco.”
Entretanto, sendo um fato essa coisa absurda, triunfou de todas as razões contrarias e de todos os anátemas. Que faltava para admitir a sua possibilidade? o conhecimento da lei natural sobre a qual ela repousa. Se Galileu se tivesse contentado com dizer que a terra gira, ainda agora não o acreditariam. Mas as denegações caíram ante o conhecimento do princípio. Será o mesmo com o Espiritismo. Desde que repousa sare um fato material, existente em virtude de uma lei explicada e demonstrada, que lhe tira todo caráter sobrenatural e maravilhoso, é imperecível. Os que negam a possibilidade das manifestações estão no mesmo caso dos que negaram o movimento da terra. A maioria nega a causa primeira, isto é, a alma, sua sobrevivência e sua individualidade. Então não é de surpreender que neguem o efeito. Julgam pelo simples enunciado do fato, e o declaram absurdo, como outrora declaravam absurda a crença nos antípodas. Mas, que pode sua opinião contra um fenômeno constatado pela observação e demonstrado por uma lei da natureza? Sendo o movimento da terra um fato puramente cientifico, sua demonstração não estava ao alcance do vulgo; foi preciso aceitá-lo sobre a fé nos cientistas. Mas o Espiritismo tem a mais, por si, poder ser constatado por todo o mundo, o que explica sua rápida propagação.
Toda descoberta nova de alguma importância tem conseqüências mais ou menos graves. A do movimento da terra e da lei da gravitação, que rege esse movimento as teve e incalculáveis. A ciência viu abrir-se à sua frente um novo campo de exploração e não se poderiam enumerar todas as descobertas, as invenções e as aplicações que foram sua conseqüência. O progresso da ciência acarretou o da indústria, e o progresso da indústria mudou a maneira de viver, os hábitos, numa palavra todas as condições de ser da humanidade. O conhecimento das relações do mundo visível e do mundo invisível tem conseqüências ainda mais diretas e mais imediatamente práticas, porque está ao alcance de todas os individualidades e do interesse de todos. Devendo cada homem necessariamente morrer, ninguém pode ser indiferente ao em que se transformará após a morte. Pela certeza que o Espiritismo dá do futuro, muda a maneira de ver e influi sobre a moralidade. Abafando o egoísmo, modificará profundamente as relações sociais de indivíduo a indivíduo e de povo a povo.
Muitos reformadores de pensamento generoso formularam doutrinas mais ou menos sedutoras; mas, em sua maioria, apenas tiveram um sucesso de seita, temporário e circunscrito. Foi assim e assim será sempre com as teorias puramente sistemáticas, porque na terra não é dado ao homem conceber algo de completo e perfeito. Ao contrário, o Espiritismo, apoiando-se não numa idéia preconcebida, mas em fatos patentes, está ao abrigo dessas flutuações e não poderá senão crescer, à medida que os fatos forem vulgarizados, melhor conhecidos e melhor compreendidos Ora, nenhuma força humana poderia impedir a vulgarização de fatos que cada um pode constatar. Constatados os fatos, ninguém poderá impedir as conseqüências dos mesmos resultantes. Estas conseqüências são aqui uma revolução completa nas idéias e na maneira de ver as coisas deste mundo e do outro. Antes que este século tenha passado ela será realizada.
Mas, dirão, ao lado dos fatos tendes uma teoria, uma doutrina; quem vos diz que essa teoria não sofrerá variações? Que em alguns anos a de hoje será a mesma?
Sem dúvida ela pode sofrer modificações em seus detalhes, à vista de novas observações; mas, uma vez adquirido o princípio, não pode variar e, menos ainda, anular-se; é o essencial. Desde Copérnico e Galileu tem-se calculado melhor o movimento da terra e dos astros, mas o fato do movimento ficou com o princípio.
Dissemos que o Espiritismo é, antes de tudo, uma ciência de observação. É o que faz a sua força contra os ataques de que é objeto e dá. aos seus adeptos uma fé inquebrantável. Todos os raciocínios que lhe opõem caem diante dos fatos, e esses raciocínios têm tanto menos valor aos seus olhos quanto mais os sabem interesseiros. Em vão se lhe diz que isto não é, ou é outra coisa. Respondem: Não podemos negar a evidência. Ainda quando se tratasse de um só, poderia julgar-se vítima de uma ilusão; mas quando milhões de indivíduos vêem a mesma coisa, em todos os países, conclui-se logicamente que são os negadores que abusam.
Se os fatos espíritas só tivessem como resultado satisfazer a curiosidade, certamente ocasionariam apenas uma preocupação momentânea, como tudo o que é inútil; mas as conseqüências que deles decorrem tocam o coração, tornam felizes, satisfazem as aspirações, enchem o vazio cavado pela dúvida, lançam a luz sobre a temível questão do futuro; ainda mais, neles se vê uma causa poderosa de moralização para a sociedade; elas têm, pois, um grande interesse. Ora, a gente não renuncia facilmente ao que é uma fonte de felicidade. Certamente não é com a perspectiva do nada, nem com a das chamas eternas que arrancarão os Espíritas de sua crença.
O Espiritismo não se afastará da verdade e nada terá a temer das opiniões contraditórias, enquanto sua teoria cientifica e sua doutrina moral forem uma dedução dos fatos escrupulosa e conscientemente observados, sem preconceitos nem sistemas preconcebidos. É diante de uma observação mais completa que todas as teorias prematuras e aventurosas, surgidas na origem dos fenômenos espíritas modernos, caíram e vieram fundir-se na imponente unidade que hoje existe, e contra a qual só se atiram raras individualidades, que diminuem dia a dia. As lacunas que a teoria atual pode ainda conter encher-se-ão da mesma maneira. O Espiritismo está longe de haver dito a última palavra, quanto às suas conseqüências, mas é inamolgável em sua base, porque esta base está assentada nos fatos.
Assim, que os Espíritas nada receiem: o futuro lhes pertence; que deixem os adversários se debatendo sob o aperto da verdade, que os ofusca, porque toda denegação é impotente contra a evidência que, inevitavelmente, triunfa pela mesma força das coisas. É uma questão de tempo, e neste século o tempo marcha a passos de gigante, sob o impulso do progresso. 

 Revista Espírita, fevereiro de 1865

E, aí?! Já viu?!


Título no Brasil:  Minha Vida na Outra Vida
Título Original:  Yesterday's Children

 
Sinopse :
        Pela primeira vez na história, um filme retrata, com fidelidade, lógica e respeito, a reencarnação, tema de interesse de milhões de pessoas em todo o mundo. Baseado em fatos reais relatos no livro autobiográfico de Jenny Cockell, Minha Vida na Outra Vida conta a história de Jenny, uma mulher do interior dos Estados Unidos, que tem visões, sonhos e lembranças de sua última encarnação, como Mary, uma mulher irlandesa que faleceu na década de 30. Intrigada, Jenny sai em busca de seus filhos da vida passada. Tem início uma jornada emocionante. Jenny é magistralmente interpretada pela renomada atriz Jane Seymour, de Em Algum Lugar do Passado. Só, que desta vez, não se trata de ficção, mas de realidade.

Comentário feito blog Rede Amigo Espírita:

        A música é linda e a história real. O tema é a reencarnação e o filme, "Minha Vida na Outra Vida", conta a história de Jenny, uma mulher do interior dos Estados Unidos, que tem visões, sonhos e lembranças de sua última encarnação, como Mary, uma mulher irlandesa que faleceu na década de 1930. Intrigada, Jenny sai em busca de seus filhos da vida passada. Tem início uma jornada emocionante. Jenny é magistralmente interpretada pela renomada atriz Jane Seymour, de Em Algum Lugar do Passado. Só que, desta vez, não se trata de ficção, mas de realidade.
        O filme emociona pelas profundas reflexões que provoca a quem o assiste. É impossível não se emocionar.
        Abordando conflitos familiares, vida e morte, mas especialmente lembranças de outras vidas e reencarnação, a produção soube bem reproduzir a realidade vivida por Jenny Cockell. Ela via-se em outra época e lugar, como jovem mãe, em recordações domésticas de sua pequena casa de campo. Mãe de vários filhos morreu de complicações de parto, 21 anos antes do novo nascimento, atualmente na personalidade de Jenny.
        As visões e sonhos levaram-na a pesquisar o próprio passado e a reencontrar os filhos da existência anterior, agora idosos. Uma autêntica lição de amor envolve os personagens, trazendo toda a lógica da reencarnação de maneira muito clara, simples, objetiva. E faz pensar

***
País de Origem:  EUA
Gênero:  Drama
Classificação etária: Livre
Tempo de Duração: 93 minutos
Ano de Lançamento:  2000
Site Oficial: 
Estúdio/Distrib.:  Versátil Home Vídeo
Direção:   Marcus Cole
 
Elenco
Jane Seymour ... Jenny Cole / Mary Sutton
Clancy Brown ... Doug Cole
Kyle Howard ... Kevin Cole
Denis Conway ... Father Kelly
Eoin McCarthy ... John Sutton
Cillian Caffrey ... Sonny
Stanley Anderson ... Dr. Christopher Garrison
Claire Bloom ... Maggie
Hume Cronyn ... old Sonny Sutton
Peadar Lamb ... Arthur McSweeney
Conor Evans ... Thomas Layden
Angus MacInnes ... Sam Casey
Frances Burke ... Elizabeth Sutton
Paul Kennedy ... Irish Doctor

terça-feira, 18 de março de 2014

Pergunta feita: sobre animais portadores do princípio inteligente...

Em vários textos há referência aos animais (excetuando-se os homens) como portadores do princípio inteligente. Isso não está claro no Livro dos Espíritos, muito pelo contrário, como podemos verificar na questão 71. Também se referem aos animais como tendo "alma", contrariando também ao livros dos espíritos. Neste último caso há uma confusão de alma como corpo espiritual. Gostaria que comentassem a respeito.

 

        O Livro dos Espíritos é muito claro quanto à existência de um princípio inteligente nos animais. Na resposta à questão 593, os Espíritos afirmam que os animais "têm inteligência, porém, limitada". Comentando, também Kardec afirma que "há neles uma espécie de inteligência, mas cujo exercício quase que se circunscreve à utilização dos meios de satisfazerem às suas necessidades físicas e de proverem à conservação própria".
        Mais adiante, na questão 597, ensinam os Espíritos que há nos animais uma inteligência que lhes faculta certa liberdade de ação, princípio independente da matéria e que sobrevive ao corpo. "É também uma alma, se quiserdes, dependendo isto do sentido que se der a esta palavra. É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e Deus", ensinam os Espíritos. Na questão 606, afirmam que o princípio inteligente dos animais é tirado do elemento inteligente universal, assim como o do homem, sendo que no homem passou por uma elaboração que o coloca acima da que existe no animal.
        Portanto, o princípio inteligente, tal qual somos hoje, espíritos, antes de atingir a chamada fase ou reino hominal em que nos encontramos, passou por um processo de desenvolvimento nos reinos inferiores da criação, ou seja, nos reinos mineral, vegetal e animal, como os Espíritos ensinam na questão 540: "...tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou pelo átomo."
        Criado por Deus, é nos reinos mineral, vegetal e animal que o princípio inteligente se elabora e se individualiza aos poucos, pois a Natureza não dá saltos. É uma fase de preparação para alçar voos mais altos. Uma espécie de germinação, que vai propiciar a esse princípio espiritual evoluir até sofrer uma transformação e se tornar espírito.
        Entra, então, a partir daí, no período de humanização, adquirindo pensamento contínuo e livre-arbítrio pleno, que o permite ter senso moral e consciência de sua existência. Desse momento em diante, o espírito passa a escolher livremente seus atos e pensamentos. Adquire a capacidade de distinguir o bem e o mal, o que o torna único responsável pelas consequências de seus atos e de seus pensamentos.
        Os reinos inferiores são, portanto, como que uma espécie de infância do princípio espiritual, que passa por ela até atingir a fase adulta, em que se torna espírito. Todo esse processo de elaboração e evolução do princípio inteligente até se tornar espírito demonstra a grandeza e a bondade de Deus, que não teria esses atributos se criasse seres destinados a serem eternamente inferiores.
        Portanto, o princípio inteligente que habita o animal é o mesmo do mineral, do vegetal e do homem, isto é, tem a mesma origem e natureza. A diferença que se constata é o momento evolutivo em que se encontra. Nos reinos inferiores, como vimos, ainda está em fase de elaboração. Na humanidade, já atingiu a sua condição máxima possível, de espírito.
        Vemos, assim, que os animais são dotados da mesma inteligência e dos mesmos sentidos que nós. O que ocorre é que essa inteligência e esses sentidos encontram-se em fases evolutivas diferentes, em desenvolvimento, cujo grau de evolução varia de acordo com a espécime do animal. Recomendamos o estudo do capítulo XI da parte 2a. do Livro dos Espíritos, intitulado "Os três reinos".

(Fonte CVDEE)

segunda-feira, 17 de março de 2014

Qual sua opinião?


Como vc comentaria?! - Preconceito

A Karina nos escreveu o seguinte, querendo trocar ideias sobre a questão:
"O trabalho de igualdade realizado pelas minorias deve tomar cuidado com isso...
Estou me lembrando quando fui ver roupas nas barracas africanas na prefeitura e a vendedora me disse: É roupa para negros! Então eu lhe respondi: Você vende pra brancos?
Ela me respondeu sem jeito que sim, mas precisava informar...
então me questionei... pra quê?
Sou a favor do trabalho  de e da igualdade, só penso que temos que refletir que igualdade é para todos os lados..."


domingo, 16 de março de 2014

Sobre o Lixo...

 
Quanto Tempo Leva o Lixo Para se Decompor no Meio Ambiente?
 
 
     Dentro do princípio de vida e ideal de "Clésia do Mercadorama", no tocante a sustentabilidade, é trazido o tema presente para ampla discussão e consequentemente o extensivo convite para que todos possamos transformar o município na "PARNAMIRIM dos SONHOS".
 
     A "sustentablidade" e "tempo de decomposição do lixo" há muito vem sendo a preocupação de "Clésia do Mercadorama", tanto que já desenvolve um trabalho de conscientização no bairro onde reside, e cercanias, e num passo mais ousado e desejosa de contar com seu apoio estende convite para formarmos uma corrente e participarmos de um projeto mais arrojado, que permitirá um futuro melhor para nossos filhos e um planeta que agradecerá!
 





 
Time decomposition of waste in the environment.
     Anualmente, bilhões de toneladas de lixo são produzidas em todo o mundo, e boa parte deste vai direta ou indiretamente parar nos mares. Uma vez no ambiente marinho, o lixo pode causar doenças e até a morte dos animais marinhos, bem como penetrar na cadeia alimentar, vindo a envenenar o próprio ser humano.
 
     Segundo o Projeto Tamar-IBAMA, é comum a ocorrência de tartarugas mortas por asfixia ao ingerirem sacos plásticos, que são confundidos com itens de sua cadeia alimentar, como águas-vivas ou algas. Outra conseqüência funesta produzida pelo acúmulo de lixo nos mares e praias é o prejuízo causado pela fuga dos turistas das praias poluídas. Vamos querer isso para o nosso litoral?

 O Que Será do Futuro Dos Nossos Filhos?

  O lixo que produzimos diariamente, seja o lixo urbano, industrial, etc., pode ser sólido, gasoso ou líquidos e ainda orgânico, biodegradável ou inorgânico. Boa parte de nosso lixo doméstico é orgânico, ou seja, tem origem vegetal ou animal, pois são compostos de restos dos alimentos, de folhas, etc. O lixo orgânico diferentemente dos outros tipos de resíduos tem uma maior capacidade de se decompor, o que não significa que não seja igualmente poluente. Mesmo o lixo orgânico quando depositado de forma inadequada pode ser altamente poluente do ar, do solo e da água, além de propiciar o desenvolvimento de bactérias e outros organismos transmissores de doenças. O lixo orgânico e o lixo biodegradável tem a capacidade de se decompor mais facilmente enquanto o lixo inorgânico quando jogado na natureza pode levar milênios até se decompor, reforçando assim a importância da coleta seletiva do lixo reciclável.
  


     A tabela de tempo de decomposição de materiais é um poderoso instrumento de sensibilização que, invariavelmente, faz as pessoas pensarem na sua responsabilidade individual com relação ao lixo. 
 
     Há porém, muita variação da informação e isso se deve ao fato de que o tempo de decomposição deverá variar de acordo com as condições do solo ou ambiente em que os materiais foram descartados.
 
Materiais descartados na água do mar, que tem condições de acidez, oxidação, entre outras que são próprias do mar, vão afetar o material de uma forma totalmente diferente do descarte dos mesmos materiais no solo.
 
     De qualquer forma, dados como estes são implacáveis quanto a seguinte verdade: o lixo não acaba no lixo! Ele continua existindo depois que o jogamos na lixeira. Portanto é de extrema necessidade verificarmos todas as possibilidades de reintroduzí-lo na cadeia produtiva da reciclagem ou de aumentar o seu ciclo de uso e vida.
 
     A natureza gasta uma energia vital para o equilíbrio do planeta nos longos processos de decomposição, assim os processos de tratamento do lixo como a reciclagem, os aterros sanitários, a incineração e a compostagem são ainda as melhores formas que o homem tem de lidar com o lixo que produz.
 
Fonte: Aquário de Ubatuba / Cultura
    
     Meio Ambiente é o espaço que rodeia e influencia todos os seres vivos e as coisas em geral. É Um conjunto de realidades ambientais, considerando a diversidade do lugar e a sua complexidade.
 
     Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à saída de qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para presentes e futuras gerações.
Essa Informação Pode Ser Importante Para Seus Amigos!
 
 
     Ao lado você irá conhecer a coleta seletiva do lixo, pois cada quadrinho que há nessa imagem, é uma lixeira, e cada cor de uma dessa lixeira, representa um tipo de lixo. Coleta Seletiva é um processo que consiste na separação e recolhimento dos resíduos descartados por empresas e pessoas. Desta forma, os materiais que podem ser reciclados são separados do lixo orgânico (restos de carne, frutas, verduras e outros alimentos). Este último tipo de lixo é descartado em aterros sanitários ou usado para a fabricação de adubos orgânicos. Veja na imagem como distribuir corretamente o lixo para reciclagem.







     Vejamos mais alguns restos que causam mal ao meio ambiente e seu tempo de decomposição:
- Preservativo - 300 anos;
     - Luvas de lã - 1 ano;
          - Pacote de leite - 3 semanas;
               - Rede de pesca - 600 anos;
                      - Casca de Banana - 2 anos;
                              - Faldas descartáveis - 200 anos.
 
     Logo, a reciclagem do lixo assume um papel fundamental na preservação do meio ambiente, pois, além de diminuir a extração de recursos naturais ela também diminui o acúmulo de resíduos nas áreas urbanas. Os benefícios obtidos são enormes para a sociedade, para a economia do país e para a natureza. Embora não seja possível aproveitar todas as embalagens, a tendência é que tal possibilidade se concretize no futuro.

 

(Paramirim dos sonhos)