sexta-feira, 8 de junho de 2018

"Vida é mais bonita do que era nas drogas", diz jovem que arrancou os olhos

Da Universa, em São Paulo

A americana Kaylee Muthart, de apenas 20 anos, voltou para casa nessa semana depois de passar quase um mês em hospitais e clínicas psiquiátricas. A jovem deu entrada no Greenville Memorial Hospital no dia 6 de fevereiro deste ano, após ser encontrada arrancando os próprios olhos do lado de fora de uma igreja na cidade de Anderson, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos.
O incidente ocorreu quando a jovem estava sob efeito de metanfetamina, droga altamente viciante que pode induzir a comportamentos psicóticos. À "PEOPLE", ela contou que experimentou a droga pela primeira vez influenciada por um colega de trabalho. "Eu fiz um vídeo de mim mesma quando usei metanfetamina, eu fiquei acordada por três dias seguidos. Por fim, fui levada para casa, fiquei sóbria e assisti aos vídeos. Então decidi que tiraria essa pessoa da minha vida e parei de usar a droga".

Vozes e alucinações

Depois de um período sem usar, Kaylee voltou a consumir metanfetamina porque sentiu-se sozinha e isolada. Na manhã do dia 6 de fevereiro, ela conta que teve uma alucinação que distorceu sua percepção de seu relacionamento com Deus e a levou ao terreno de uma igreja em sua cidade. "Eu pensei que todas as pessoas que já morreram estavam presas em suas covas, que Deus estava sozinho no céu, e que eu tinha que sacrificar alguma coisa importante para poder libertar todo mundo", contou.
"Foi assustador. Eu não entendia o que Deus queria de mim, mas fui tomada por um senso de justiça e senti que eu teria que ser a pessoa a fazer aquilo", lembra. "E fiquei feliz em fazê-lo, porque sempre tive um grande coração e ninguém nunca me deu esse amor de volta".
À medida que ela se aproximava da igreja, sentia que o tempo estava se esgotando, então ela fez seu "sacrifício". "Eu comecei puxar meus olhos para fora com as minhas mãos, então os torci e arranquei", conta. Ela foi encontrada por um pastor, e disse que pediu a ele que rezasse por ela.
Quando Katy Tompkins, mãe de Kaylee, chegou ao hospital, recebeu a notícia que sua filha tinha ficado cega.
Já em casa, a jovem conta que está aprendendo a viver sem a visão, mas está tranquila. "É a mesma vida, mas eu estou aprendendo tudo de uma nova maneira. A vida é mais bonita agora do que era quando eu estava nas drogas. Era um mundo horrível para se viver", disse.
Aos poucos, ela está tentando se reconectar com a sua fé e tem se surpreendido com a nova maneira como "vê" o mundo. "Às vezes eu esqueço que sou cega porque eu sei o que tem ao meu redor. Eu sei como é a casa da minha mãe, por exemplo. Você ainda enxerga, mas não com os olhos. É difícil explicar porque nem eu entendo ainda".
"Eu finalmente posso ser a Kaylee de novo, assim como era 10 anos atrás. Apenas melhor", finaliza.
Notícia publicada na Universa, em 10 de março de 2018.

Glória Alves* comenta


Kaylee precisou sofrer com a perda da visão física para poder valorizar a vida, a sua saúde como a recebeu de Deus, e conforme ela mesma diz: “A vida é mais bonita agora do que era quando eu estava nas drogas; finalmente posso ser a Kaylee de novo, assim como era 10 anos atrás. Apenas melhor”. Esse caso, como outros tantos que nos chegam pela mídia, em nossas próprias famílias, ou ainda em nossa vida de relação profissional, são casos de adolescentes, meninos e meninas, jovens que se perdem num labirinto sombrio, almas sem rumo, sem um sentido para as suas vidas, oscilando entre a angústia e o tédio.
O que vai na alma desses jovens? Por que chegam ao ponto de se mutilarem, de se suicidarem, sem dar chance à vida de mostrar que tudo pode ser melhor, diferente? Kaylee se sentia sozinha e isolada, e diz que sempre teve um grande coração e que ninguém nunca lhe deu esse amor de volta.
Amor, eis toda a questão da Humanidade terrestre. A resposta a todas as perguntas, a chave que abre o coração daqueles que como Kaylee se drogam, se matam e não veem um significado para as suas vidas. O amor é dádiva divina, é dom e não se cobra, vive-se. Conforme nos ensina o Mestre Incomparável de nossa vida, quando interrogado por um doutor da lei sobre o maior mandamento da lei de Moisés, que devemos amar a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso espírito, esse é o maior, o primeiro de todos os mandamentos, mas Jesus nos dá um segundo, que devemos amar ao próximo como a nós mesmos.
Esse é o ponto crucial; quando me respeito, quando me amo, procuro fazer o melhor para mim, e dessa maneira devo fazer ao outro, respeitando e desejando o melhor para ele também. Ora, ninguém se maltrata, se fere, quando entende que isso lhe prejudicará.
O uso das drogas, seja ela qual for, lícitas, substâncias naturais ou sintéticas que possuem a capacidade de alterar o comportamento do indivíduo e cuja produção, distribuição e consumo é permitida por lei, como o álcool, o cigarro e os medicamentos... No caso do álcool, vemos através da própria mídia que o incentiva, pois o dinheiro fala mais alto e cada um que se cuide, cada vez mais vem sendo consumido pela população mundial, principalmente pelos jovens, que experimentam a bebida cada vez mais cedo, e muitas vezes com o incentivo dos próprios pais, quando molham o dedo no líquido e dão aos pequenos, e acham engraçado. E quanto mais cedo uma pessoa começa a beber, maior é a possibilidade de se tornar dependente.
E as drogas ilícitas, substâncias em que a produção, comercialização e consumo são proibidos por lei... No caso de Kaylee, ela usou metanfetamina, o cristal devastador, droga altamente viciante que pode induzir a comportamentos psicóticos. Um pequeno comprimido que provoca uma explosão, uma euforia extrema, agitação e movimentos repetitivos, deixa o usuário acordado até 30 horas, conforme a jovem narra, “eu fiquei acordada por três dias seguidos”.
Falávamos do amor; hoje, com a vida corrida que muitos de nós levamos, pais que saem pela manhã para suas atividades profissionais, enquanto os filhos, uns vão para a escola e outros para a universidade, outros ainda em idade de trabalhar saem apressados para pegar a condução. No final do dia todos retornam à casa, ao lar, é nesse momento, quando estamos juntos, que é bom aproveitar a presença de todos para uma conversa, trocar abraços, beijos, dizer "eu te amo meu filho", "eu te amo meu pai, minha mãe". Em quantos lares isso acontece?
O diálogo é muito importante entre os membros da família, pois é nesse núcleo, nessa pequena sociedade, que Deus, em sua Infinita Sabedoria, nos colocou para aprendermos a amar. Me aproximando do meu filho posso perceber que algo não está bem; eu conheço meu filho, há algo acontecendo, e vou conversar com ele, buscar estar ao lado e me colocar como o principal amigo.
Quais são e onde se encontram os verdadeiros amigos de nossos filhos? Os pais devem estar ao lado de seus filhos, não importa se os pais estão casados ou divorciados, continuam pais; não há ex-pais! Pai e mãe é para sempre.
Muitas vezes cada um se recolhe ao seu ambiente, ou melhor ao seu celular; cansados, após o jantar ou lanche, vão dormir, e assim sucessivamente durante os 365 dias do ano. Os pais conhecem seus filhos, sabem seus gostos, quais são suas aflições? Quem são seus amigos, seus ídolos? Como estão na escola? E os filhos, por sua vez, o que pensam dos pais?
“Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pelo caminho do bem”.(1) É uma missão, um dever que muitos descuram, pois se preocupam muito mais em cuidar e de “aprumar as árvores do seu jardim e de fazê-las dar bons frutos em abundância, do que de formar o caráter de seu filho”.(2) “Os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho.”(3) Todavia, não são responsáveis se apesar de todos os cuidados os filhos enveredarem pela senda do mal.
Portanto, o lar é o grande formador do caráter do educando; além dos pais, os educadores são responsáveis pela educação das crianças e jovens; não falamos aqui da educação intelectual, educação acadêmica, mas a educação moral. “Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres, àquela que cria hábitos, uma vez que a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos.”(4) “Aquela que trabalha a inteligência e a emoção, os hábitos e as aspirações, o ser integral, que é de duração eterna.”(5)
Somos Espíritos Imortais, trazemos em nossas bagagens as nossas histórias, todo um passado de muitos erros, conflitos, enganos, de lutas, mas também de acertos... E a reencarnação é essa porta aberta que o Supremo Criador deixa ao Espírito, a fim de que possa passo a passo ir se libertando dos “resquícios e sequelas decorrentes do trânsito por onde peregrinou, sendo indispensável incutir-lhe ensinamentos cujas estruturas transcendem às ambições do gozo e do egoísmo, numa concepção humanista a princípio, humanitária depois, conforme compreende a educação moral”.(6)
Juntamente com o amor, essa contribuição moral formará pessoas de hábitos e sentimentos disciplinados, de comportamentos saudáveis, que envolverão todos os familiares e se propagarão a toda sociedade.
“As drogas liberam componentes tóxicos que impregnam as delicadas engrenagens do perispírito, atingindo-o por largo tempo. Muitas vezes, esse modelador de formas imprime nas futuras organizações fisiológicas lesões e mutilações que são o resultado dos tóxicos de que se encharcou em existência pregressa. (...) Além de facilitar obsessões cruéis, atingem os mecanismos da memória, bloqueando os seus arquivos e se imiscuem nas sinapses cerebrais, respondendo por danos irreparáveis.”(7)
O autoamor, respeito a si mesmo e direito à vida, à felicidade que o indivíduo tem e merece... Trata-se de um amor preservador da paz, do culto aos hábitos sadios e dos cuidados morais, espirituais e intelectuais para consigo mesmo. O autoamor proporciona uma visão mais clara de quem se é, do que se deseja e do que não se deseja para si.
Kaylee diz em sua entrevista: “Sempre tive um grande coração e ninguém nunca me deu esse amor de volta.” E alucinada pela ação da metanfetamina: “Comecei a puxar meus olhos para fora com as minhas mãos, então os torci e arranquei.”
“A vida é mais bonita agora do que era quando eu estava nas drogas. Era um mundo horrível para se viver, eu finalmente posso ser a Kaylee de novo, assim como era 10 anos atrás. Apenas melhor.”
"Ninguém dilapida os dons de Deus, permanecendo livre da reparação."(8)

Bibliografia:

(1) “O Livro dos Espíritos” - Allan Kardec - Q. 582;
(2) Idem (1);
(3) Idem (1) - Q. 208;
(4) Idem (1) - Q. 685 (a) - comentário de Allan Kardec;
(5) “Dias Gloriosos” - Espírito Joanna de Ângelis - Divaldo Franco - Cap. 26;
(6) Idem (5);
(7) “Nas Fronteiras da Loucura” - Manoel P. de Miranda - Divaldo Franco - cap. 11 - Efeitos das Drogas;
(8) Idem (7).
* Glória Alves nasceu em 1º de agosto de 1956, na cidade do Rio de Janeiro. Bacharel e licenciada em Física. É espírita e trabalhadora do Grupo Espírita Auta de Souza (GEAS). Colaboradora do Espiritismo.net no Serviço de Atendimento Fraterno off-line e estudos das Obras de André Luiz, no Paltalk

quinta-feira, 7 de junho de 2018

A Gênese: Capítulo 18 - item 20


Reflexão...


vídeo FEB - O Planeta Marte

"O Espírito Humberto de Campos fornece este relato de uma excursão que ele e outros espíritos fizeram ao planeta Marte. O vídeo a seguir tem base nas descrições. Ele contém detalhes significativos relacionados à estrutura física do planeta e às condições gerais da sociedade marciana. A descrição da viagem encontra-se no livro "Novas Mensagens", psicografado por Francisco Cândido Xavier,no capítulo 6, denominado Marte. Vale a pena conferir." (FEB)

Clique aqui:

Show de Tim e Vanessa na FEB

CLIQUE AQUI:

terça-feira, 5 de junho de 2018

VI Congresso Espírita Paraibano - Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho

VI Congresso Espírita Paraibano - Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho - 1a parte


VI Congresso Espírita Paraibano - Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho - 2a parte



HAROLDO DUTRA _ O BRASIL CONTINUA SENDO A PÁTRIA DO EVANGELHO? _ ESTUDO ESPIRITA


EU NÃO PRECISO DO SEU AMOR, MAS NÃO ABRO MÃO DO SEU RESPEITO - Rossandro Klinjey


O AUTO PERDÃO E A CONVIVÊNCIA - ROSSANDRO KLINJEY


Desenvolva o tema à luz da Doutrina Espírita - Documentário - Pacificar (versão reduzida com Rossandro Klinjey, Divaldo Franco, Haroldo Dutra)


segunda-feira, 4 de junho de 2018

Estudo revela geração de novas células cerebrais até os 79 anos

AFP
Em Tampa


Pessoas de até 79 anos ainda podem gerar novas células cerebrais, disseram pesquisadores americanos nesta quinta-feira, estimulando novos debates entre cientistas sobre se ou quando nossa capacidade mental para de crescer.
O relatório de cientistas da Universidade de Columbia, em Nova York, publicado na revista científica Cell Stem Cell, vai diretamente contra um estudo publicado na revista Nature no mês passado, que não encontrou evidências de que novos neurônios são criados após os 13 anos de idade.
Embora nenhum dos estudos seja visto como a última palavra no assunto, a pesquisa está sendo observada de perto enquanto a população mundial envelhece e os cientistas buscam entender melhor como o cérebro envelhece, em busca de pistas para evitar a demência.
O ponto focal da pesquisa é o hipocampo, o centro do cérebro para aprendizado e memória.
Especificamente, os pesquisadores estão procurando as bases de novas células cerebrais, incluindo células progenitoras, ou células-tronco qque eventualmente se tornariam neurônios.
Usando amostras cerebrais autopsiadas de 28 pessoas que morreram subitamente entre 14 e 79 anos, os pesquisadores analisaram "os neurônios recém-formados e o estado dos vasos sanguíneos em todo o hipocampo humano logo após a morte", disse o estudo na Cell Stem Cell.
"Descobrimos que pessoas mais velhas têm uma capacidade semelhante às das pessoas mais jovens de produzir milhares de novos neurônios do hipocampo a partir de células progenitoras", disse a autora principal, Maura Boldrini, professora associada de neurobiologia da Universidade de Columbia.
"Também encontramos volumes equivalentes do hipocampo em todas as idades".
Os resultados sugerem que muitos idosos podem reter suas habilidades cognitivas e emocionais por mais tempo do que se acreditava anteriormente.
No entanto, Boldrini alertou que esses novos neurônios podem ser menos aptos a fazerem novas conexões em pessoas idosas, devido ao envelhecimento dos vasos sanguíneos.
Animais como ratos e macacos tendem a perder a capacidade de gerar novas células cerebrais no hipocampo com a idade.
O modo como o cérebro humano reage ao envelhecimento tem sido controverso, embora a visão amplamente aceita seja que o cérebro humano continua gerando neurônios até a idade adulta, e que esse processo poderia um dia ajudar os cientistas a combaterem a degeneração cerebral ligada à idade.
No mês passado, um estudo liderado por Arturo Alvarez-Buylla, da Universidade da Califórnia, em San Francisco, encontrou o resultado oposto.
Analisando amostras cerebrais de 59 adultos e crianças, "não encontramos evidências de neurônios jovens ou progenitores divididos de novos neurônios" nos hipocampos de pessoas com mais de 18 anos, disse à AFP quando o estudo foi publicado.
Eles encontraram alguns em crianças entre o nascimento e um ano, "e alguns aos sete e 13 anos de idade", disse.
Esse estudo foi descrito por especialistas como "sério", porque indica que o hipocampo humano é gerado em grande parte durante o desenvolvimento do cérebro fetal.
O laboratório de Alvarez-Buylla reagiu à pesquisa recente em um comunicado, dizendo que eles não estavam convencidos de que a Universidade de Columbia havia encontrado evidências conclusivas de neurogênese adulta.
"Com base nas imagens representativas que eles apresentam, as células que eles chamam de novos neurônios no hipocampo adulto são muito diferentes em forma e aparência do que seria considerado um neurônio jovem em outras espécies", disse a resposta, publicada pelo Los Angeles Times.
Boldrini, por sua vez, disse que sua equipe usou amostras de cérebro congeladas, enquanto os pesquisadores da Califórnia usaram amostras que foram preservadas quimicamente em um processo que pode ter afetado a detecção de novos neurônios.

Notícia publicada no BOL Notícias, em 6 de abril de 2018.

Breno Henrique de Sousa* comenta


O Espírito Move a Matéria
Constantemente a ciência nos brinda com surpresas sobre as capacidades humanas, antes subestimadas. Acreditamos que muitas dessas capacidades ainda são desconhecidas, inclusive algumas relacionadas com a capacidade de autocura e faculdades ainda mais desconhecidas como a mediunidade e o magnetismo.
Ainda estamos distantes de utilizar todas as nossas potencialidades, algumas delas estão em estado latente aguardando o momento evolutivo que despertarão naturalmente, dando ao ser humano possibilidades muito mais amplas. O Espiritismo estuda uma série dessas capacidades humanas através do registro e análise de suas manifestações; cabe à ciência, porém, desvendar os mecanismos fisiológicos através dos quais ocorrem esses fenômenos, ou pelo menos a dimensão física dos mesmos, pois, para o Espiritismo, existe também uma dimensão espiritual que não é registrável pela ciência.
Quando estimulados, somos capazes de desenvolver essas capacidades em qualquer época de nossas vidas e isso é o que destaca a reportagem. Várias outras notícias do mundo científico indicam que um cérebro bem estimulado retarda o aparecimento de enfermidades senis como a demência. Em sentido mais profundo, quando estimulada pela vontade do espírito, a matéria responde a esses estímulos produzindo o que for necessário para a manifestação das nossas capacidades.
Não devemos nos limitar acreditando que somos velhos e que já é tarde para aprender algo novo ou iniciar um novo projeto. O espírito pode e deve ser sempre jovem; a jornada da vida terrestre pode ser interrompida a qualquer momento, mas nada está perdido. As experiências aqui vividas se somarão à bagagem de conhecimentos espirituais que carregaremos ao longo de nossas vidas. É certo que cada momento da nossa existência física nos aponta limitações e possibilidades diferentes. Saibamos aproveitar cada momento para extrair deles o melhor que a vida pode nos oferecer.
* Breno Henrique de Sousa é paraibano, professor da Universidade Federal da Paraíba nas áreas de Ciências Agrárias e Meio Ambiente. Está no movimento Espírita desde 1994, sendo articulista e expositor. Atualmente faz parte da Federação Espírita Paraibana e atua em diversas instituições na sua região

Ele perdeu a mulher no parto e conta como retomou sua vida após a tragédia

Bárbara Therrie
Colaboração com o UOL


Uma complicação no parto levou à morte a mulher do administrador Gledson Fonseca, 43. Keila morreu aos 34 anos e os gêmeos Samuel e Maria Luiza ficaram com sequelas e nasceram com paralisia cerebral. "Fiquei sem chão". A seguir, Gledson relata como foi encarar a tragédia e ainda cuidar dos filhos. Ele conta como reconstruiu sua vida com a morte de um dos bebês um mês depois dele se casar pela segunda vez, com Sueli, 46.
"Após quatro anos tentando engravidar, eu e a Keila ficamos muito felizes de saber que teríamos gêmeos. A gestação foi ótima. Tanto ela quanto os bebês estavam bem de saúde. Quatro dias antes dela completar 37 semanas e fazer a cesárea, ela sentiu falta de ar durante a madrugada. Fomos para o hospital, ela tomou inalação, fez alguns exames, mas piorou muito rápido e teve a primeira parada cardiorrespiratória. Ela ficou sem respirar por quase cinco minutos.
Quando os médicos conseguiram reanimá-la, decidiram fazer o parto às pressas. Os bebês passaram rapidamente por mim no corredor numa incubadora, direto para a UTI. Ao ver minha família naquela situação, fiquei sem chão, perdido, com a sensação de que eu estava sozinho. Foi um momento em que todo o sonho se transformou em pesadelo.

Keila queria ser mãe, ela lutou até o fim

O médico me chamou e disse que eles tentaram de tudo, que a Keila lutou por seis horas, mas não resistiu à quinta parada cardíaca. O sentimento que eu tenho é de que ela queria tanto ser mãe que lutou com todas as forças, porque não queria partir. Sofri pensando em como seria viver sem a minha parceira, mas me mantive forte. Não podia fraquejar, tinha dois filhos que dependiam de mim. Seria pai e mãe deles. Após os exames, foi constatado que a Keila pegou um vírus da família do H1N1.

Após enterrar minha mulher, fui conhecer meus filhos

No dia seguinte, depois de enterrar minha mulher, fui para o hospital conhecer o Samuel e a Maria Luiza. Eles tiveram sequelas e nasceram com paralisia cerebral. Procurei me manter calmo, mas, dentro de mim, só eu sabia a dor que eu estava sentindo. Eu me apeguei a Deus e aos meus pais para suportar tudo aquilo.
A situação dos gêmeos era grave e a batalha para mantê-los vivos era diária. Eles ficaram internados por três meses e foram submetidos a uma cirurgia para colocar um tubo na garganta para auxiliar na respiração. Como necessitavam de cuidados especiais, montei uma estrutura home care, numa casa em que aluguei perto dos meus pais. Cuidava deles com a ajuda de duas enfermeiras e da minha mãe.

Conheci a Sueli

Nesse período, recebi muitas mensagens de apoio pelo Facebook. Uma delas foi da Sueli, com quem tive um único contato havia alguns anos em um grupo de estudo bíblico. Ela disse que estava orando por mim e pelas crianças. Começamos a conversar e a nos conhecer melhor. Ela era viúva havia quase 12 anos e compartilhou comigo a experiência do luto.
A gente foi se aproximando e eu percebi que ela era uma mulher madura, que compartilhava os mesmos valores que eu. Precisava de alguém que não gostasse apenas de mim, mas que também amasse meus filhos. Começamos a namorar e dez meses depois de tudo o que havia acontecido, nos casamos, em abril de 2016.

Perdi meu filho com 11 meses

Eu tinha voltado a trabalhar e as coisas pareciam estar se ajustando, quando um mês depois do casamento, o Samuel faleceu após uma complicação respiratória. Ele teve o mesmo problema que a Keila. Foi uma pancada muito forte. Sofremos demais.

Minha segunda mulher abriu mão da carreira para ser tornar mãe da minha filha

Mais uma vez busquei forças em Deus e segui em frente. Passado um tempo, a Sueli decidiu abrir mão da carreira dela e abandonou o emprego de 18 anos para se dedicar integralmente a Maria Luiza, a quem trata como filha e provê todos os cuidados e o amor de uma mãe dedicada.
Como não mexe nenhuma parte do corpo, a comunicação da Mallu com a gente é pelo olhar. Ela suspira e fixa os olhos em nós quando está feliz e quando fazemos carinho, brincamos e conversamos com ela. A saúde dela está estável e isso nos tranquiliza.
Apesar de tudo o que passei, sou grato a Deus por ele ter me dado uma nova família, por ter uma filha maravilhosa e uma esposa que é muito companheira. Somos abençoados. Temos aprendido a celebrar e a dar valor a cada detalhe. A vida é passageira e não podemos desperdiçar momentos com as pessoas que amamos".

Notícia publicada no BOL Notícias, em 23 de fevereiro de 2018.

Marcia Leal Jek* comenta

“Ao ver minha família naquela situação, fiquei sem chão, perdido, com a sensação de que eu estava sozinho. Foi um momento em que todo o sonho se transformou em pesadelo (...). Procurei me manter calmo, mas, dentro de mim, só eu sabia a dor que eu estava sentindo. Eu me apeguei a Deus e aos meus pais para suportar tudo aquilo (...).”
Através desse relato, entendemos os momentos em que precisamos de uma palavra de conforto e ânimo para as nossas adversidades diárias; temos a prece como mecanismo para conversarmos com o nosso Anjo da Guarda e, assim, com a divindade.
Pela prece o homem atrai o concurso de bons espíritos, que vem nos ajudar a termos bons pensamentos.
Existem momentos onde pode parecer que estamos à deriva, mas Deus está sempre no controle. Podemos achar também que estamos sozinhos nestes momentos, mas temos a presença de Deus bem pertinho de nós, só esperando que não nos afastemos.
Não podemos deixar que momentos de tristeza possam vir a envolver em nossas descidas da vida.
A querida benfeitora Joanna de Ângelis, no livro "Alegria de Viver", psicografado por Divaldo Franco, nos ensina sobre a oração: "A mente que ora se revitaliza, fortalecendo o corpo. Portadora de altas cargas de energia positiva, a prece faculta a sintonia com as Fontes Geradoras da Vida, propiciando o intercâmbio com outras mentes que se movimentam nas faixas superiores do Cosmo. Por mais complexas se te apresentem as situações, faze uma pausa e ora. A atitude te oferecerá calma e lucidez. Diminuirá a tensão e o temor, renovando-te o ânimo e propiciando-te uma visão mais lúcida a respeito da questão que defrontas. Talvez não te proporcione a solução que almejas que te parece, no momento, a melhor. Desencadeará, porém, fatores transcendentes que irão contribuir para a equação correta em torno do problema, no instante próprio".
A reencarnação, como bênção de oportunidade, reflete a oportunidade que Deus nos dá de corrigir nossos erros, males e equívocos, ainda que parcialmente, de ajustar e reajustar contas; oportunidade de crescimento, de evolução, de progresso intelectual e moral; oportunidade ímpar de dar nova direção à nossa vida, com o ingresso definitivo na estrada do Bem, praticando-o onde quer que nos encontremos.
Em geral, as reencarnações são planejadas com antecipação e o tempo de preparo será proporcional às necessidades educativas do espírito. Quanto mais evoluído, maior seu tempo de intermissão, consequentemente, mais tempo terá ele para seu planejamento, que exigirá o concurso de muitos espíritos, participando, direta ou indiretamente, das relações futuras do reencarnante. Tais preparativos vão desde a escolha dos pais, ao tipo e detalhes do corpo de que se utilizará o espírito. Escolhe o gênero de provas que atravessará, o tipo de morte que terá, as principais experiências que deverão ocorrer após o nascimento, que reencontros se darão, que doenças terá, qual a época mais propícia para se reencarnar etc.
Tais experiências planejadas se dão no nível de probabilidades, podendo haver alterações, a depender das necessidades do espírito, bem como de seu livre-arbítrio e de terceiros. Fundamental é perceber que, embora planejado, no destino e na existência da pressão interna das experiências anteriores, o livre-arbítrio é soberano, podendo alterar quaisquer dos fatores. As escolhas havidas, que sejam diferentes do planejado, levarão a consequências - positivas ou negativas - para o espírito que, após a reencarnação, poderá alterar seu planejamento. Poderá adquirir novos compromissos, como fugir de outros, ampliar suas realizações previstas, tanto quanto diminuí-las.
São muitos os desafios, mas nenhum que não possamos vencer, nesta ou em encarnações que estão por vir. Nosso dia a dia é cheio de altos e baixos; todos, no entanto, instrumentos de crescimento e de burilamento para o Espírito imortal; nossas forças são ilimitadas, desde que estejamos confiantes no Pai, que nunca nos abandona e não nos dá nenhuma lição que não possamos fazer.
Deus criou as leis naturais, e tudo no Universo age de acordo com estas leis. Estudando-as e entendendo-as podemos compreender nosso papel aqui, bem como nossa vida atual.
Santo Agostinho afirmou em O Livro dos Espíritos, sobre o mundo de expiações e de provas: 13. “Que vos direi, que já não conheçais, dos mundos de expiações, pois que basta considerar a Terra que habitais? A superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado a encarnação de Espíritos ainda mal saídos das mãos do Criador. Suas qualidades inatas são a prova de que já viveram e realizaram um certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral. Eis porque Deus os colocou num mundo ingrato, para expiarem suas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que se façam merecedores de passar para um mundo mais feliz.”
Nem uma provação a que somos compelidos tem por finalidade a punição ou o castigo. Todas as provações, sejam elas originadas por nossos débitos do passado ou por nossas falhas presentes, têm por finalidade única o nosso aprendizado, forçando nosso aperfeiçoamento como seres em processo contínuo de evolução.
Seguindo o relato do Gledson:
“Apesar de tudo o que passei, sou grato a Deus por ele ter me dado uma nova família, por ter uma filha maravilhosa e uma esposa que é muito companheira. Somos abençoados. Temos aprendido a celebrar e a dar valor a cada detalhe.”
O Espírito Hammed, pela psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, na obra intitulada ”Renovando Atitudes”, nos diz: “Ter fé em Deus é reconhecer que a Natureza, “Arte Divina”, garante nossa própria evolução. Mesmo quando tudo pareça ruir em nossa volta, é ainda a fé amplamente desenvolvida que nos dará a certeza de que, mesmo assim, estaremos sempre ganhando, ainda que momentaneamente não possamos decifrar o ganho com clareza e nitidez. No Universo nada existe que não tenha sua razão de ser. Tudo aquilo que parece desastroso e negativo em nossa existência, nada mais é que a vida articulando caminhos, para que possamos chegar onde estão nossos reais anseios de progresso, felicidade e prazer. A criatura que aprendeu a ver o encadear dos fatos de sua vida, além de cooperar e fluir com ela, percebe que aquilo que lhe parecia negativo era apenas um “caminho preparatório” para alcançar posteriormente um Bem Maior e definitivo para si mesma. As grandes tragédias não significam castigos e punições, porém maiores possibilidades futuras para a obtenção de uma melhoria de vida íntima e, paralelamente, de plenitude existencial (...).”
Mais adiante, na mesma, mensagem Hammed nos esclarece que “a confiança em que tudo está justo e certo e em que não há nada a fazer, a não ser melhorar o nosso próprio modo de ver e entender as coisas, alicerça-se nas palavras de Jesus: “até os fios de cabelo da nossa cabeça estão todos contados”. (Evangelho de São Lucas, capitulo 12, versículo 7.) É a convicção perfeitamente ajustada a uma compreensão ilimitada dos desígnios infalíveis e corretos da Providência Divina.
Em muitas ocasiões, somente usando os recursos interpretativos da fé, nos grandes choques e tragédias, é que podemos notar o “processo de atualização” que a vida nos oferece, porquanto o significado de um acontecimento é captado em plenitude apenas quando “decifrado”.
É o único caminho que nos permitirá encontrar a verdadeira compreensão e entendimento dos fatos em si.
* Marcia Leal Jek é espírita e colaboradora do Espiritismo.net

4º Congresso Espírita de Alagoas - Tema central : "Os Construtores do Amanhã"

De 6 a 8 de julho de 2018 acontecerá no Centro de Convenções de Maceió o 4º Congresso Espírita de Alagoas.
O tema central será "Os Construtores do Amanhã". Na programação, palestras de Haroldo Dutra Dias, Marluce Ferreira, Jorge Godinho, Simão Pedro e Marcel Mariano. O evento celebra os 160 anos de lançamento de "A Gênese".
O Centro de Convenções de Maceió fica na Rua Celso Piatti, s/nº - Jaraguá, Maceió/AL. Mais informações podem ser obtidas em feeal.org.br ou pelo telefone (82) 3022-0325.


Encontro "Ciência e Espiritualidade na Obra de Léon Denis".

Será realizado no dia 14 de julho de 2018, de 15h às 18h na Associação Espírita Cabana de Antonio de Aquino (AECAA), o Encontro "Ciência e Espiritualidade na Obra de Léon Denis".
O evento marca o lançamento, com sessão de autógrafos, do livro "Um Novo Olhar Sobre 'O Problema do Ser, do Destino e da Dor', 100 anos depois", organizado por Carlos Eduardo Accioly e Marcus Vinicius Russo Loures, este que será um dos palestrantes, junto com André Luiz Oliveira Ramos e Marco Antonio Santos Reis. A entrada é franca.
A AECAA fica na Avenida Paula e Souza, 298 - Maracanã, Rio de Janeiro/RJ. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (21) 2264-6855.


Congresso Espírita em Minas Gerais - 2º Congresso Espírita do município de Pedro Leopoldo

De 29 de junho a 1º de julho de 2018 acontecerá no Centro Poliesportivo de Pedro Leopoldo (CEPPEL) o 2º Congresso Espírita do município.
Na programação, palestras de Divaldo Franco, Haroldo Dutra Dias, Célia Diniz, Geraldo Campetti Sobrinho, Eduardo Guimarães, entre outros. O evento é promovido pelo Centro Espírita Luiz Gonzaga.
O CEPPEL fica na Rua Anélio Caldas, 530 - Bairro Dona Julia, Pedro Leopoldo/MG. Mais informações podem ser obtidas em www.congressoespiritadepedroleopoldo.org ou através do telefone (31) 3662-5186. 

domingo, 3 de junho de 2018

Superando Desafios - Programa 030


Entre A Terra E O Céu - Programa 016

Memórias De Um Suicida - Programa 040

Pedagogia Espírita na Educação

Parábolas E Ensinos De Jesus - Programa 040