sábado, 28 de julho de 2018

Vida Plena - Eu e as ilusões


13º Encontro Espírita Sobre Dependências - Tema central : "Vigiai e Orai: Em Busca do Aprendizado"

Será realizado no dia 5 de agosto, de 8h30 às 13h no Centro Espírita Léon Denis do Rio de Janeiro, o 13º Encontro Espírita Sobre Dependências.
O tema central é "Vigiai e Orai: Em Busca do Aprendizado", que será desenvolvido pela equipe de dinamização. O evento terá transmissão ao vivo pelo site da instituição.
O Centro Espírita Léon Denis fica na Rua Abílio dos Santos, 137 - Bento Ribeiro, Rio de Janeiro/RJ. Mais informações podem ser obtidas em www.celd.org.br ou através do telefone (21) 2452-1846.

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo


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EESE – Cap. XXVII – Itens 18 a 21
Tema: Da prece pelos mortos e pelos Espíritos sofredores
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A - Texto de Apoio:

Da prece pelos mortos e pelos Espíritos sofredores

18. Os Espíritos sofredores reclamam preces e estas lhes são proveitosas, porque, verificando que há quem neles pense, menos abandonados se sentem, menos infelizes. Entretanto, a prece tem sobre eles ação mais direta: reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevarem pelo arrependimento e pela reparação e, possivelmente, desvia-lhes do mal o pensamento. E nesse sentido que lhes pode não só aliviar, como abreviar os sofrimentos. (Veja-se: O Céu e o Inferno, 2ª Parte - "Exemplos".)

19. Pessoas há que não admitem a prece pelos mortos, porque, segundo acreditam, a alma só tem duas alternativas: ser salva ou ser condenada às penas eternas, resultando, pois, em ambos os casos, inútil a prece. Sem discutir o valor dessa crença, admitamos, por instantes, a realidade das penas eternas e irremissíveis e que as nossas preces sejam impotentes para lhes pôr termo. Perguntamos se, nessa hipótese, será lógico, será caridoso, será cristão recusar a prece pelos réprobos? Tais preces, por mais impotentes que fossem para os liberar, não lhes seriam uma demonstração de piedade capaz de abrandar-lhes os sofrimentos? Na Terra, quando um homem é condenado a galés perpétuas, quando mesmo não haja a mínima esperança de obter-se para ele perdão, será defeso a uma pessoa caridosa ir carregar-lhe os grilhões, para aliviá-lo do peso destes? Em sendo alguém atacado de mal incurável, dever-se-á, por não haver para o doente esperança nenhuma de cura, abandoná-lo, sem lhe proporcionar qualquer alivio? Lembrai-vos de que, entre os réprobos, pode achar-se uma pessoa que vos foi cara, um amigo, talvez um pai, uma mãe, ou um filho, e dizei se, não havendo, segundo credes, possibilidade de ser perdoado esse ente, lhe recusaríeis um copo d’água para mitigar-lhe a sede? um bálsamo que lhe seque as chagas? Não faríeis por ele o que faríeis por um galé? Não lhe daríeis uma prova de amor, uma consolação? Não, isso cristão não seria. Uma crença que petrifica o coração é incompatível com a crença em um Deus que põe na primeira categoria dos deveres o amor ao próximo.
A não eternidade das penas não implica a negação de uma penalidade temporária, dado não ser possível que Deus, em sua justiça, confunda o bem e o mal. Ora, negar, neste caso, a eficácia da prece, fora negar a eficácia da consolação, dos encorajamentos, dos bons conselhos; fora negar a força que haurimos da assistência moral dos que nos querem bem.

20. Outros se fundam numa razão mais especiosa: a imutabilidade dos decretos divinos. Deus, dizem esses, não pode mudar as suas decisões a pedido das criaturas; a não ser assim, careceria de estabilidade o mundo. O homem, pois, nada tem de pedir a Deus, só lhe cabendo submeter-se e adorá-lo.
Há, nesse modo de raciocinar, uma aplicação falsa do princípio da imutabilidade da lei divina, ou melhor, ignorância da lei, no que concerne à penalidade futura. Essa lei revelam-na hoje os Espíritos do Senhor, quando o homem se tornou suficientemente maduro para compreender o que, na fé, é conforme ou contrário aos atributos divinos.
Segundo o dogma da eternidade absoluta das penas, não se levam em conta ao culpado os remorsos, nem o arrependimento. É-lhe inútil todo desejo de melhorar-se: está condenado a conservar-se perpetuamente no mal. Se a sua condenação foi por determinado tempo, a pena cessará, uma vez expirado esse tempo. Mas, quem poderá afirmar que ele então possua melhores sentimentos? Quem poderá dizer que, a exemplo de muitos condenados da Terra, ao sair da prisão, ele não seja tão mau quanto antes? No primeiro caso, seria manter na dor do castigo um homem que volveu ao bem; no segundo, seria agraciar a um que continua culpado. A lei de Deus é mais previdente. Sempre justa, equitativa e misericordiosa, não estabelece para a pena, qualquer que esta seja, duração alguma. Ela se resume assim:

21. "O homem sofre sempre a consequência de suas faltas; não há uma só infração à lei de Deus que fique sem a correspondente punição.
"A severidade do castigo é proporcionada à gravidade da falta.
"Indeterminada é a duração do castigo, para qualquer falta; fica subordinada ao arrependimento do culpado e ao seu retorno a senda do bem; a pena dura tanto quanto a obstinação no mal; seria perpétua, se perpétua fosse a obstinação; dura pouco, se pronto é o arrependimento.
"Desde que o culpado clame por misericórdia, Deus o ouve e lhe concede a esperança. Mas, não basta o simples pesar do mal causado; é necessária a reparação, pelo que o culpado se vê submetido a novas provas em que pode, sempre por sua livre vontade, praticar o bem, reparando o mal que haja feito.
"O homem é, assim, constantemente, o árbitro de sua própria sorte; pertence-lhe abreviar ou prolongar indefinidamente o seu suplício; a sua felicidade ou a sua desgraça dependem da vontade que tenha de praticar o bem."
Tal a lei, lei imutável e em conformidade com a bondade e a justiça de Deus.
Assim, o Espírito culpado e infeliz pode sempre salvar-se a si mesmo: a lei de Deus estabelece a condição em que se lhe toma possível fazê-lo. O que as mais das vezes lhe falta é a vontade, a força, a coragem. Se, por nossas preces, lhe inspiramos essa vontade, se o amparamos e animamos; se, pelos nossos conselhos, lhe damos as luzes de que carece, em lugar de pedirmos a Deus que derrogue a sua lei, tornamo-nos instrumentos da execução de outra lei, também sua, a de amor e de caridade, execução em que, desse modo, ele nos permite participar, dando nós mesmos, com isso, uma prova de caridade. (Veja-se O Céu e o Inferno, lª Parte, caps. IV, VII, VIII.)

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Por que é necessário orar pelos desencarnados, principalmente pelos espíritos sofredores?

2 - A nossa prece terá alguma influência para o espírito sofredor, se não houver neste predisposição em melhorar-se?

3 - Como podemos entender a imutabilidade das leis, aplicada às penas futuras?

4 - Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique.

7ª Jornada Espírita de Coromandel. - Tema central: "Meu reino não é deste mundo"

De 23 a 26 de agosto de 2018 acontecerá na Casa de Cultura a 7ª Jornada Espírita de Coromandel.
O tema central é "Meu reino não é deste mundo". A programação prevê palestras, seminários, psicografia, música, teatro e feira de livros. A entrada é franca e haverá, em paralelo, a 2ª Jornadinha Espírita para jovens de 4 a 12 anos.
A Casa de Cultura fica na Rua Rio Branco, nº 1000 - Centro, Coromandel/MG. Mais informações podem ser obtidas em www.coromandelespirita.com.br ou através dos telefones (34) 3841-1102 e 3841-1147.

Superando Desafios - Programa 033

PARTE 01:


PARTE 02:

8ª edição do Encontro de Música Espírita "Catedral do Som".

Acontecerá no dia 19 de agosto de 2018, das 8h às 18h no Centro Espírita Luiz Sérgio, a 8ª edição do Encontro de Música Espírita "Catedral do Som".
O evento tem por objetivo divulgar a obra literária do espírito Luiz Sérgio e desta vez contará com as participações de Júnior Vidal, Ricardo Sardinha, João Vitor Ferreira, Ana Cláudia Bittencourt, Claudete Maria e Robertinho Rennó, além dos Grupos Arte e Consciência & Asas da Alma, Jhony e Carpe Diem. Também da palavra de Adeilson Salles, do Grupo Teatral Estrelas do Bem e da palestra de Vinícius Lara. Haverá uma réplica da Catedral do Som, como Luiz Sérgio descreveu em seu livro "O mundo que eu encontrei".
O Centro Espírita Luiz Sérgio fica na Travessa da Fontinha, 20 -  Bento Ribeiro, Rio de Janeiro/RJ. Mais informações podem ser obtidas em www.cels.org.br ou através do telefone (21) 99969-0103.

Entre A Terra E O Céu - Programa 019

1º Fórum Espírita Léon Denis de Cabo Frio.

Será realizado no dia 26 de agosto de 2018, de 8h30 às 16h30 no Teatro Municipal, o 1º Fórum Espírita Léon Denis de Cabo Frio.
O tema central é "O Futuro do Espiritismo". Na programação, palestras de André Siqueira, Mabel de Lima, Saulo Monteiro e Vinícius Lara. No ato da inscrição o participante ganha direito a receber o livro de Léon Denis homônimo ao tema do Fórum.
O Teatro Municipal fica na Rua Aníbal Amador do Vale, s/nº - Algodoal, Cabo Frio/RJ. Mais informações podem ser obtidas em www.celd-cabofrio.org.br ou através do telefone (22) 2645-5320.


sexta-feira, 27 de julho de 2018

Memórias De Um Suicida - Programa 043


O incrível caso dos trigêmeos separados no nascimento para experiência secreta

Do UOL, em São Paulo

O documentário "Three Identical Strangers", que chega oficialmente aos cinemas norte-americanos em julho, conta a história maluca de trigêmeos que foram separados propositalmente para um experimento psicológico secreto.
E não foi apenas um caso isolado. Milhares de gêmeos e suas famílias adotivas também foram submetidos ao teste sem saber. "Isso foi realmente uma coisa ruim", analisa Bobby Shafran, um dos trigêmeos, em entrevista para a revista "People".
Lançado pela CNN Films e com distribuição da Neon, "Three Identical Strangers" (Três estranhos idênticos, em tradução livre) revela a chocante história dos irmãos que foram separados aos seis meses para que pesquisadores pudessem entender os efeitos da natureza contra a da ternura -- o quanto a personalidade de uma pessoa é formada pela hereditariedade e o quanto é pelo ambiente em que vive.
Os três nasceram de uma mãe solteira em 1961 em um hospital em Long Island (EUA), e foram remanejados em três lares com históricos socioeconômicos diferentes. Dois dos irmãos foram se encontrar, por acaso, quando fizeram 19 anos e foram parar na mesma universidade. Já o terceiro leu a notícia de um encontro estranho de gêmeos e, por acaso do destino, eles eram iguaizinhos a ele.
Todos os casos documentados foram fruto de pesquisa da psiquiatra e consultora de uma agência de adoção Viola Bernard, que morreu em 1998. Ela acreditava que seria melhor para as crianças se estabelecerem em famílias separadas para que aprendessem a competir pela atenção dos pais adotivos.
Seu ajudante no caso era o também psiquiatra Peter Neubauer, morto em 2008, que, junto com sua equipe, realizava testes psicológicos e até registrava os momentos em vídeo. Natasha Josefowitz, ajudante de Neubauer, explica no documentário que isso era "uma oportunidade" e que nos anos de 1960 "não era nada que parecesse errado".
Os irmãos contam que todos passaram por psiquiatras quando eram pequenos, no que eles acreditam que foi necessário pelo trauma de serem separados ainda com poucos meses de vida.
O diretor Tim Wardle acredita que o documentário é uma forma de os espectadores entenderem a importância da família. "Família é ser conectado biologicamente com alguém ou é sobre amor? Nós somos produtos ou genes? Temos livre arbítrio? E quais são as éticas nos experimentos científicos?".
"Three Identical Strangers" ainda não tem data para chegar no Brasil.
Notícia publicada no BOL Notícias, em 2 de julho de 2018.

Jorge Hessen* comenta

Muitas vezes os pesquisadores desconhecem que, na verdade, a gravidez de gêmeos proporciona a chance de espíritos simpáticos reencarnarem juntos por identidade de sentimentos, além de servir como oportunidade de reconciliação de seres rivais. Frequentemente os gêmeos são espíritos que foram unidos em várias reencarnações. São amigos e possuem muita afinidade, entretanto, há exceções, nalguns casos, em que os irmãos revelam a aversão mútua. Sim! Os gêmeos podem ser espíritos afins ligados não só por seus laços de sangue, mas por uma extensa história de convivência espiritual como encarnados ou desencarnados, para uma convivência compulsória. Obviamente a matriz da afinidade entre dois irmãos, sobretudo se gêmeos, advém de Espíritos simpáticos que se aproximam por analogia de sentimentos e se sentem felizes por estarem juntos.
Mas, se os gêmeos podem ter semelhança de caráter, podem também serem antipáticos, pois cada um é um mundo à parte, cada qual com os seus pendores. Portanto, não é de regra que sejam simpáticos os Espíritos dos gêmeos. Acontece que Espíritos adversários entendam de lutar juntos no palco da vida. Podem, pois, ser Espíritos inimigos que se reencontram na formação biológica, visando que se processe o perdão com mais eficiência. Fato que não correu com os gêmeos Esaú e Jacó, netos de Abraão, que exibiam forte antagonismo recíproco, possivelmente também fruto de graves conflitos em vidas passadas que não ficaram resolvidos enquanto reencarnados.
Por essas razões, devemos aprimorar, sem esmorecimento, as relações diretas e indiretas com os pais, irmãos, tios, primos e demais parentes, nas lutas do mundo, a fim de que a vida não venha a nos cobrar novas e mais enérgicas experiências em encarnações próximas. A estrutura familiar tem suas matrizes na esfera espiritual. Em seus vínculos, juntam-se todos aqueles que se comprometeram, no além, a desenvolver na Terra uma tarefa construtiva de fraternidade real e definitiva.
A família é uma reunião espiritual no tempo, e, por isso mesmo, o lar é um santuário. Muitas vezes, mormente na Terra, vários de seus componentes se afastam da sintonia com os mais altos objetivos da vida. Preponderam na família os elos do amor, fundidos nas experiências de outras eras. Todavia, como se observa hoje em dia, no clã familiar acorrem, igualmente, os ódios e as perseguições do pretérito obscuro, que devem ser transformados em solidariedade fraternal, com vistas ao futuro. Até porque, quando a família é ameaçada pela desunião doméstica, por qualquer razão, a sociedade perde a direção da harmonia e da paz.
* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados

Pedagogia Espírita na Educação

Bebê é resgatado por policiais após ser enterrado vivo no MT

Jéssica Nascimento
Colaboração para o UOL

Uma índia recém-nascida foi resgatada após ser enterrada viva no quintal de casa pela própria bisavó, em Canarana, a 838 km de Cuiabá, no Mato Grosso. Em relato ao UOL, a Polícia Militar informou que a menina, que pertence à tribo Tamayura, ficou sete horas debaixo da terra até ser encontrada. A mãe da criança foi liberada, já a bisavó está presa.
O bebê foi encaminhado, nesta terça-feira (5), para o Hospital Regional de Água Boa, com suspeita de duas fraturas no crânio. Já nesta quarta (6), segundo os médicos da unidade de saúde, a menina apresentou insuficiência respiratória. Ela, no entanto, não corre risco de morrer.
Na delegacia, a bisavó da criança disse que enterrou o bebê por acreditar que ela estava morta, já que ao cortar seu cordão umbilical não ouviu choro e tampouco percebeu algum tipo reação. Segundo a Polícia Civil, a índia afirmou que é costume da tribo enterrar parentes mortos sem avisar à polícia ou qualquer autoridade.
O resgate da recém-nascida, realizado após denúncia anônima, foi filmado pelos próprios policiais militares. Enquanto tentava cavar a terra para retirar a criança, um dos agentes pedia cuidado.
"Não puxa muito não. Chama a ambulância, liga pro hospital. Ela está chorando", disse um major. A bebê foi enterrada viva por volta das 14h e salva às 21h. Aos policiais, a avó disse que a criança teria nascido morta, de um parto prematuro. Mas segundo avaliação médica, a criança não é prematura, e sim, de uma gestação normal.
Ao UOL, a Polícia Militar disse que uma denúncia anônima levou as autoridades ao local. O relato era que uma criança havia nascido morta e enterrada no quintal da casa.
"Não dá para descrever a sensação ao começar cavar e ouvir o choro da criança. Deu um desespero para cavar ainda mais depressa, com as mãos, com cuidado. A bebezinha é tão pequenina, coube nas duas mãos. Tantas horas depois de enterrada, é um milagre", relatou o major João Paulo Bezerra do Nascimento, comandante da 5º Companhia, a reportagem.
A bisavó da criança, Kutz Amin, 57, foi presa e está em poder da Polícia Civil, pontuou o major. A mãe, identificada como M.P.T., 15, prestou depoimento, passou por avaliação médica e foi liberada. O pai do bebê, K.K, de idade não-revelada, também é suspeito de participação no crime. Segundo a PM, ele não teria assumido a paternidade e já estaria morando em outra aldeia com outra índia.
"A mãe e a avó do bebê contaram que a jovem sentiu fortes dores (contrações) e foi ao banheiro sozinha, momento em que deu a luz à menina. Ao nascer, a criança teria batido a cabeça no vaso sanitário, ocasionando sangramento", disse o delegado Deuel Paixão de Santana. Segundo ele, foi a bisavó da criança quem cortou o cordão umbilical do bebê e enterrou a recém-nascida.
Notícia publicada no BOL Notícias, em 6 de junho de 2018.

Glória Alves* comenta

“Eles deixaram o costume deles falar mais alto e enterraram a criança por acreditaram que estivesse morta.”
Não nos cabe em nosso comentário julgar e condenar quem quer que seja nesse caso. O fato ocorrido em Mato Grosso é oportuno para relembrarmos, sob a luz da Doutrina Espírita, a Lei de Deus: Lei de Justiça, Amor e Caridade.
O caso ocorreu em uma comunidade indígena, a criança sobreviveu, aliás sobrevive, ainda inspirando cuidados, internada na UTI da Santa Casa de Misericórdia, de Cuiabá, o que sabemos até agora. E a pergunta que muita gente faz: como é que a bebê conseguiu sobreviver enterrada 7 horas, segundo o relato dos policiais? Para muitos trata-se de um verdadeiro milagre.
“Eu imagino que na hora que fizeram o buraco e enterraram ela deve ter ficado alguma câmara de ar. Eu não acredito que ela tenha sobrevivido este tempo todo sem oxigênio, por isso eu acho que deve ter ficado algum buraquinho ali, eu imagino isso, fora isso só milagre mesmo”, disse o médico pediatra Euze Marcio Souza Carvalho.(1) “Não! milagres não há no sentido que comumente emprestam a essa palavra, porque tudo decorre das leis eternas da criação, leis essas perfeitas.”(2)
Esse fato, nos remete a seguinte questão: temos um dia marcado para a nossa volta ao Mundo dos Espíritos? Em “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec, o Insigne Codificador da Doutrina Espírita, examinando a fatalidade, perguntou aos Espíritos Benfeitores da Humanidade: “qualquer que seja o perigo que nos ameace, não morreremos, se não tiver chegado a hora?”
E eles responderam: “Não, não perecerás e disso tens milhares de exemplos; porém, quando chegar tua hora de partir, nada poderá impedi-lo. Deus sabe, antecipadamente, por que gênero de morte partirás daqui e, com frequência, teu espírito também o sabe, pois isto lhe foi revelado, quando fez a escolha dessa ou daquela existência.”(3) “No verdadeiro sentido da palavra, apenas o instante da morte é fatal; quando este momento chega, seja de uma forma ou de outra, não podeis a eles vos subtrair.”(4)
Isso, porém, não quer dizer que sejam inúteis as precauções ou os cuidados que devamos ter, de modo a evitar a morte; as precauções que venhamos a tomar nos são sugeridas por nossos protetores espirituais com vistas a evitarmos a morte que nos ameaça, constituindo dessa maneira um dos meios para que ela não ocorra.
Na reportagem, vimos que a menina recém-nascida foi enterrada viva e resgatada por equipes das polícias Civil e Militar. Segundo a família, todos acreditaram que ela estava morta. Kutz Amin, a bisavó, conta que a criança não chorou e por isso acreditou que estivesse morta e segundo costume de sua comunidade enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais. Bisavó e avó estão presas e respondem por tentativa de homicídio.
A menina, que é da etnia Kamayurá, é filha de mãe adolescente e solteira, o pai não prometeu assumir a criança, e nessas condições, segundo a cultura de algumas tribos indígenas do Xingu, o filho de mãe solteira deve morrer; da mesma maneira os gêmeos e deficientes correm o risco de serem enterrados vivos.
“O infanticídio indígena é um ato sem testemunha. As mulheres vão sozinhas para a floresta. Lá, depois do parto, examinam a criança. Se ela tiver alguma deficiência, a mãe volta sozinha para a aldeia. A prática acontece em pelos menos 13 etnias indígenas do Brasil, principalmente nas tribos isoladas, como os suruwahas, ianomâmis e kamaiurás. Cada etnia tem uma crença que leva a mãe a matar o bebê recém-nascido.”(5)
Infanticídio praticado por raças semicivilizadas, período de aprendizado vivido por nós em épocas remotas, que convivem conosco no clima da Terra, crescendo e se desenvolvendo espiritual e materialmente como qualquer um de nós, dito homens civilizados. Sua cultura vem ainda da falta de desenvolvimento do senso moral, do progresso moral e intelectual até agora alcançados.
Aprendemos com a Doutrina Espírita que as raças que chamamos selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância espiritual, Espíritos jovens que estão começando seu processo evolutivo e que “na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contato com Espíritos mais adiantados”, e há ainda, um grau acima delas, “as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos Espíritos em via de progresso, as quais são, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aqui se elevaram pouco a pouco, em longos períodos seculares das quais algumas puderam atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos”.(6)
Tanto o infanticídio, como o homicídio e o aborto são praticados não só pelos indígenas, mas por uma civilização moderna, de ciência e tecnologia avançadas, que ainda está desenvolvendo faculdades morais em gérmen existentes em todos os seres humanos criados pelo Supremo Senhor da Vida. Esses são pontos em que a Doutrina Espírita vem nos trazer a luz da compreensão sobre os fatos narrados nessa e em outras reportagens sobre o assunto.
Países ditos desenvolvidos, de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) alto, legalizaram o aborto como um direito de a mulher poder escolher se irá ter aquele filho ou não. Em outros países, como a China, as mulheres são obrigadas a abortar, segundo uma política egoísta do filho único, que em 2012, estarreceu o mundo obrigando a uma jovem mãe de 23 anos a abortar o filho que trazia no ventre em seu sétimo mês de gestação. “A preferência tradicional por filhos homens levou a um alto índice de abandono de meninas em orfanatos, a abortos seletivos de acordo com o sexo do feto e até a casos de infanticídio feminino”, e em 2015, após 30 anos, o Partido Comunista da China anunciou o fim da política do filho único, permitindo que agora que cada casal tenha até dois filhos.(7) É o homem brincando de Deus!
Os homens “frequentemente, têm criado direitos e deveres imaginários, que a lei natural condena, e que os povos apagam de seus códigos, à proporção que progridem. A lei natural é imutável e a mesma para todos; a lei humana é variável e progressiva e só ela pôde ter consagrado, na infância das sociedades, o direito do mais forte”.(8)
Na reportagem em questão, além de crianças deficientes, a prática também abrange gêmeos, que são tidos como um mau-presságio, filhos de mães solteiras e crianças frutos de adultério que são vistas como amaldiçoadas. “O assassínio é um grande crime diante dos olhos de Deus, pois que aquele que tira a vida ao seu semelhante corta o fio de uma existência de expiação ou de missão. Aí é que está o mal.”(9)
Em nosso mundo domina o mal; e Allan Kardec, buscando o entendimento a respeito do bem e do mal, perguntou aos Espíritos Superiores: “o bem e o mal são absolutos para todos os homens?” Resposta dos Espíritos: “a lei de Deus é a mesma para todos; porém, o mal depende principalmente da vontade que se tenha de o praticar. O bem é sempre o bem e o mal sempre o mal, qualquer que seja a posição do homem. Diferença só há quanto ao grau da responsabilidade.”(10)
O Estatuto do Índio, promulgado em 1973, dividiu as tribos indígenas em três categorias: aquelas que vivem em completo isolamento; as que têm um limitado contato com o mundo exterior; e as que estão totalmente integradas na sociedade em geral. Portanto, quanto ao grau de responsabilidade “tanto mais culpado é o homem, quanto melhor sabe o que faz”.(11)
“As circunstâncias dão relativa gravidade ao bem e ao mal. Muitas vezes, comete o homem faltas, que, nem por serem consequência da posição em que a sociedade o colocou, se tornam menos repreensíveis. Mas, a sua responsabilidade é proporcionada aos meios de que ele dispõe para compreender o bem e o mal. Assim, mais culpado é, aos olhos de Deus, o homem instruído que pratica uma simples injustiça, do que o selvagem ignorante que se entrega aos seus instintos.”(12) Sendo Deus soberanamente justo, julga mais pela intenção do que pelo fato.
A lei humana diz: “Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.(13) A lei de Deus diz: “Não matarás”(14). E os Benfeitores da Humanidade, dirigidos pelo Espírito de Verdade, reafirmam que “o primeiro de todos os direitos naturais do homem é o de viver, por isso ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer a sua existência corporal”.(15)
Somos ainda Espíritos Imperfeitos, criados simples e ignorantes, sem saber, e Deus deu a cada um de nós uma missão, a fim de que progressivamente possamos chegar ao objetivo por Ele traçado, que é atingirmos a perfeição, (perfeição relativa, pois somente Deus é perfeito), pelo conhecimento da Verdade, e dessa maneira aproximarmo-nos dEle.
Mas o que é que nos impede de alçar voo em direção à perfeição? O egoísmo, filho do orgulho, negação da caridade, causador de todas as misérias humanas, o maior obstáculo à felicidade dos homens. Enquanto o egoísmo estiver enraizado nos corações dos homens, haverá infanticídios, abortos, homicídios, corrupção, violência... Nenhum de nós será verdadeiramente feliz.
Todos desejamos a paz e a fraternidade, saímos às ruas com bandeiras brancas pedindo paz, todavia, o egoísmo é incompatível com a justiça, o amor e a caridade; ele neutraliza todas as outras qualidades. A paz começa primeiramente em nós, a paz da consciência do dever cumprido, do respeito aos direitos do próximo, a paz da justiça, do desejo do melhor para meu semelhante. É necessário que se reformem as instituições humanas que entretêm e excitam o egoísmo, e o caminho está na educação, na educação moral dos indivíduos.
E finalmente, para atingirmos a plena felicidade, um mundo melhor, justo, onde o direito de cada um é respeitado, sem distinção de etnias, de grupos religiosos, seja criança, idoso, deficiente, enfim, de quem quer que seja, a prática absoluta da caridade deve ser a meta, porque implica a prática de todas as outras virtudes. Fora da Caridade não há Salvação!

Bibliografia:

(2) “A Gênese” - Cap. 14 - Os fluidos;
(3) “O Livro dos Espíritos” - Allan Kardec - Q. 853;
(4) Idem (3) - Q. 853a;
(6) “O Evangelho segundo o Espiritismo” - Allan Kardec - Cap. III - Há muitas moradas - Mundos de expiações e de provas, item 14;
(8) “O Livro dos Espíritos” - Progresso da Legislação Humana - Q. 795 (Comentário de Allan Kardec);
(9) “O Livro dos Espíritos” - Q. 746;
(10) “O Livro dos Espíritos” - Q. 636;
(11) “O Livro dos Espíritos” - Q. 637;
(12) “O Livro dos Espíritos” - Q. 637 (comentário de Allan Kardec);
(13) Declaração Universal dos Direitos Humanos - Artigo III;
(14) Decálogo - 5º Mandamento;
(15) “O Livro dos Espíritos” - Capítulo X - Lei de Justiça, Amor e Caridade - Q.880.
* Glória Alves nasceu em 1º de agosto de 1956, na cidade do Rio de Janeiro. Bacharel e licenciada em Física. É espírita e trabalhadora do Grupo Espírita Auta de Souza (GEAS). Colaboradora do Espiritismo.net no Serviço de Atendimento Fraterno off-line e estudos das Obras de André Luiz, no Paltalk

Parábolas E Ensinos De Jesus - Programa 043

'Castração masculina': especialista alerta sobre consequências do vício em pornô

CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Médicos de um hospital na cidade tcheca de Brno relatam cada vez mais pacientes que têm problemas com ereção: homens são sexualmente aptos a se masturbarem ao assistir pornô, mas possuem dificuldades ao se relacionarem com mulheres reais. A Sputnik falou com o especialista em sexo sobre pornografia e sua influência no relacionamento.
Segundo estudo de especialistas tchecos, os homens que estão em relacionamentos permanentes fazem sexo com a mesma frequência que praticam masturbação.
Neste contexto, médicos tchecos de Brno afirmam que o número de homens com disfunção sexual aumentou significativamente nos últimos anos devido à pornografia.
A Sputnik Tcheca discutiu o tema com o sexologista e psiquiatra russo, Yevgeny Kulgavchuk, que comentou como o pornô afeta o comportamento sexual dos homens.
"Ao ver pornô, alguns homens desenvolvem complexos sexuais — desde duração do ato sexual até tamanho do pênis e frequência de orgasmos femininos. Em outros casos, promove a substituição de uma vida sexual real, pois a pornografia e masturbação facilmente sacia sua fome sexual como uma espécie de ‘fast food', fazendo com que os homens se tornem menos ativos em relação às mulheres", afirmou o sexólogo, acrescentando que cada vez mais casais jovens se queixam da falta de uma vida sexual e com dependência de pornô.
Segundo o especialista, o pornô em si não representa mal a ninguém, mas em grande quantidade pode causar problemas, fazendo referência ao vício em álcool.
"É evidente que ninguém morre de assistir pornografia, mesmo assim, isso se torna um problema quando é excessivo. Podemos fazer uma analogia ao vício em álcool. Alguns bebem socialmente, outros acabam virando alcoólatras", explicou Kulgavchuk.
Por outro lado, avança o especialista, o pornô de certo modo faz parte da cultura do consumo, pois no mundo virtual o homem tem acesso a toda uma variedade de cenários.
"Consumo e troca [de cenários] constantes dificultam a concentração em uma coisa. Isso acaba se tornando uma espécie do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Mas a superabundância da oferta com o tempo causa uma desvalorização. Por isso, a imersão no mundo do pornô pode ser chamada de 'castração astuta' da população masculina", declarou o interlocutor da Sputnik.
Outro problema é a disponibilidade do pornô para adolescentes que, vendo este tipo de filmes, recebem imagens distorcidas do sexo. É importante, acredita o sexólogo, tomar quaisquer medidas para limitar o acesso de adolescentes e especialmente crianças à pornografia, por exemplo, definir o conteúdo da Internet com classificação de idade.
"Do ponto de vista técnico isso talvez seja difícil, no entanto, mesmo uma diminuição no risco percentual de consumo de conteúdo pornográfico já pode dar seus frutos para fortalecer a saúde sexual da população", concluiu o interlocutor.
Notícia publicada no Sputnik News, em 7 de junho de 2018.

Jorge Hessen* comenta

Há pouco menos de meio século, a exibição de filmes “adultos” entulhava os porões das fétidas salas de cinemas eróticos. Nessas lúgubres cavernas, as pessoas fascinadas aos apelos da alucinação sexual procuravam os “shows” de sexo explícito, filmes e revistas especializados. Em seguida, para nossa desdita, com a expansão da Internet, o tráfico do lado negativo da sexualidade saiu dos funestos antros e rompeu fronteiras através dos meios de comunicação, alcançando o espaço sagrado dos nossos lares sem qualquer pudor.
Nesse extremo, a internet tem estabelecido grande influência entre crianças, jovens, adultos e idosos, e entre os contumazes usuários, tornando possível que os consumidores de pornografia permutem informações entre si e possam identificar gêneros, estilos e gostos, fazendo com que compartilhem suas preferências e permitindo o encontro de fantasias ou práticas criminosas de pedofilia e outras parafilias.
Numa linguagem espírita, diria que o “UMBRAL” nunca esteve tão presente e próximo dos lares terrenos. Há um impressionante número de mulheres casadas que se queixam de solidão (no sentido de solidão sexual), em virtude de seus esposos serem contaminados e viciados na pornografia virtual. E o inadmissível da situação é saber que muitos desses maridos consumidores de pornografias são “cristãos”, “bons” espíritas, pais de família exemplares e profissionais de proeminência.
Os consumidores de pornografia, na maioria dos casos, ou estão viciados ou prestes a se viciarem em sexo. Tais pessoas passam a pensar e a se absorverem pouco a pouco com sexo. As fantasias sexuais, as figuras pornográficas passam a colonizar gradativamente as suas mentes, passando a invadir insistentemente os seus pensamentos nas ocasiões mais impróprias.
A nossa sexualidade não pode ser avaliada sob o prisma dos que a consideram impura e proibitiva, muito menos sob as impressões dos que anseiam algemá-la ao plano da banalidade como simples fricção de células causadoras de deleite erótico. A sexualidade humana é de procedência divina e sua possante energia, que alastra no ser de forma natural, não deve ser inibida de forma insana, todavia urge ser disciplinada no sentido de atingir seu desígnio, como força fecunda e criadora, a fim de produzir o avanço espiritual do homem.
Não estamos propondo castrações, mas sublimação. Até porque todos somos impregnados desse potencial e convocados a aprender a discipliná-lo. Com o Evangelho aprendemos que quando um casal se ama, os parceiros se apetecem e se reverenciam. A vida e experiência sexual entre ambos é respeitosa e prazerosa. O amor entre os dois não está condicionado apenas à sexualidade, todavia vai muito mais além, incluindo amizade, companheirismo e cuidado pela satisfação de suas necessidades. Quando, porém, isso não ocorre e há a necessidade compulsiva de fantasias, autoerotismos e pornografias, esse casal não está em harmonia; encontra-se psicologicamente corrompido e não é feliz.
Compreendemos que precisamos ser indulgentes com aqueles que são servos da pornografia, abarcando que cada ser é um ente divino em suas potencialidades de amor que com certeza eclodirão no futuro, até porque esses atrasos morais são particularidades do estágio de expiação e provas do homem terreno. Deste modo, precisamos orar e orientar aqueles que nos solicitam auxílio, demostrando as implicações infelizes do sexo em desatino, conforme nos advertem os Benfeitores do além.
* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados

O Problema Do Ser E Do Destino - Programa 043

terça-feira, 24 de julho de 2018

Reflexão - Desenvolva o tema à luz da Doutrina Espírita


Revista Espírita – Janeiro 1858 - História de Joana d’Arc - DITADA POR ELA MESMA À SENHORITA ERMANCE DUFAUX

História de Joana d’Arc  

DITADA POR ELA MESMA À SENHORITA ERMANCE DUFAUX

Uma pergunta que nos tem sido feita muitas vezes é se os Espíritos, que respondem mais ou menos com precisão às perguntas que lhes são dirigidas, poderiam fazer um trabalho de fôlego. A prova disso está na obra da qual falamos, porquanto aqui não se trata mais de uma série de perguntas e respostas, mas de uma narração completa e seguida como o faria um historiador, e contendo uma infinidade de detalhes pouco ou nada conhecidos, sobre a vida da heroína. Aos que poderiam pensar que a senhorita Dufaux inspirou-se em seus conhecimentos pessoais, responderemos que ela escreveu o livro com a idade de catorze anos, e que havia
recebido a instrução que recebem todas as jovens de boa família, educadas com cuidado; porém, mesmo que tivesse uma memória fenomenal, não seria nos livros clássicos que iria buscar documentos íntimos, dificilmente encontráveis nos arquivos do tempo. Sabemos perfeitamente que os incrédulos sempre terão mil objeções a fazer; mas, para nós, que vimos a médium em ação, a origem do livro não poderia suscitar nenhuma dúvida.

Embora a faculdade da senhorita Dufaux se preste à evocação de qualquer Espírito, de que nós mesmos tivemos provas nas comunicações pessoais que ela nos transmitiu, sua especialidade  a História. Do mesmo modo, ela escreveu a de Luís XI e a de Carlos VIII, que serão publicadas como a de Joana d’Arc. Passou-se com ela um fenômeno bastante curioso. A princípio, era excelente médium psicógrafa, escrevendo com grande facilidade; pouco a pouco se tornou médium falante e, à medida que essa nova faculdade se desenvolvia, a primeira enfraquecia; hoje, escreve pouco ou com muita dificuldade, mas, o que há de estranho é que, falando, sente necessidade de ter um lápis à mão, fingindo que escreve; é preciso uma terceira pessoa para registrar suas palavras, como as da Sibila. Como todos os médiuns favorecidos pelos Espíritos bons, somente recebeu comunicações de ordem elevada.

Teremos ocasião de voltar à história de Joana d’Arc para explicar os fatos de sua vida, concernentes às suas relações com o mundo invisível, citando o que, a respeito, ela ditou de mais notável ao seu intérprete. (1 vol. in-12, 3 fr. Dentu, Palays-Royal.)

Reflexão...