sexta-feira, 23 de junho de 2017

Deus está no comando! Você duvida?



Quando foi a última vez que você beijou seu pai? E quando foi a última vez que disse que o ama?



O Espírita perante a política (02/02)





O Espírita perante a política (01/02)




A prática da caridade



E os clássicos espíritas?



O fenômeno mediúnico e a crença no Espiritismo




quinta-feira, 22 de junho de 2017

Namorar é preciso - Uma reflexão sobre a banalização da sexualidade



Pelo menos 26 morrem em ataque contra cristãos coptas no Egito

Grupo abriu fogo contra ônibus que levava fiéis a um monastério, deixando outras 25 pessoas feridas

Ricard González

A minoria cristã copta do Egito voltou nesta sexta-feira a ser vítima de um brutal atentado que deixou 26 mortos e outros 25 feridos, segundo um porta-voz do Ministério da Saúde egípcio. O ataque ocorreu em um povoado da província de Minia, mais de 300 quilômetros ao sul do Cairo, quando um ônibus que levava fiéis a um monastério foi alvejado. Ninguém reivindicou a autoria do ataque, que, no entanto, parece ter a marca do grupo Estado Islâmico (EI), responsável por vários atentados sangrentos contra a comunidade cristã egípcia nos últimos meses.
De acordo com as primeiras informações, cerca de 10 homens encapuzados abriram fogo contra o veículo perto da localidade de Al Adua, numa das regiões egípcias com maior presença copta. Essam al-Bedawi, governador de Minia, disse à Reuters que o ônibus era parte de um comboio de fiéis, formado também por outro ônibus e um caminhão, que se dirigia ao monastério de São Samuel, perto dali. Calcula-se que os cristãos representem aproximadamente 9% dos 93 milhões de habitantes do Egito, sendo a maioria deles filiados à Igreja Ortodoxa Copta.
Desde o final do ano passado, essa comunidade se tornou um alvo preferencial do EI, por intermédio da sua filial Wilaya Sina (“província do Sinai”), criada em 2014. Antes, o grupo jihadista costumava atacar preferencialmente membros das forças de segurança. Embora o remoto Sinai continue sendo seu principal reduto, suas ações violentas foram se espalhando progressivamente pelo vale do Nilo. Na verdade, seus atentados mais sangrentos contra a minoria cristã tiveram lugar nas principais cidades do país.
Em dezembro, um suicida matou 29 pessoas ao explodir uma bomba em um anexo da catedral de São Marcos, no Cairo, a sede do patriarcado copta. Ainda piores foram os dois ataques simultâneos de 9 de abril deste ano contra duas igrejas, uma em Alexandria, a segunda maior cidade egípcia, e a outra em Tanta, coincidindo com a celebração do Domingo de Ramos.
Ao todo, pelo menos 46 pessoas morreram e outras 120 ficaram feridas naquele dia funesto. Embora a história recente do Egito esteja repleta de tensões sectárias, a atual onda de atentados não tem precedentes e gerou um profundo estado de angústia na comunidade cristã. Depois daqueles atentados, o presidente Abdelfattah al Sisi declarou estado de emergência durante três meses.
A pequena localidade de Adua esteve nas manchetes da imprensa internacional há três anos, quando 683 de seus habitantes foram condenados à morte em um julgamento coletivo pelo ataque a uma delegacia de polícia, depois do golpe de Estado comandado por Sisi em 2013. Posteriormente, um tribunal de recursos absolveu boa parte dos acusados, deixando a cifra de penas capitais em 183.
Notícia publicada no Jornal El País, em 26 de maio de 2017.

Claudia Sampaio* comenta

O terrorismo, sob qualquer aspecto, é um modo injusto de reivindicação. E enquanto o ser humano colocar a matéria acima do espírito, enquanto supor que a vida se encerra com a morte, o horror e o medo predominarão em seus corações.
Joanna de Ângelis nos esclarece, no livro Triunfo Pessoal, psicografado por Divaldo Franco, que “à predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e o desbordar das paixões, o ser humano, em determinados estágios da evolução, mantém as heranças primaris, os instintos primários que sobrepujam os valiosos tesouros da inteligência, do discernimento, da razão, da consciência. São eles que dão campo ao desenvolvimento da perversidade que não trepida em matar, de forma que a sua truculência emocional prevaleça”.
Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, no capítulo que trata da Lei (natural) de Destruição, na questão 742, nos dá a seguinte lição: "A causa que leva o homem à guerra é a predominância da natureza animal sobre a espiritual e a satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos só conhecem o direito do mais forte, e é por isso que a guerra, para eles, é o estado normal."
Segundo afirma Ban Ki-moon, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, que ficou no cargo por dois mandatos até dezembro de 2016, há muitas causas para toda esta violência: “O extremismo e os conflitos violentos de hoje estão frequentemente enraizados numa mistura de exclusão, desigualdade, má gestão de recursos naturais, corrupção, opressão, falhas de governança e a frustração e a alienação que acompanham a falta de empregos e oportunidades.”
No entanto, aqueles que vivenciam os ensinamentos do Nosso Mestre Jesus diariamente transformam as suas palavras em ações: “Ame o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com todas as tuas forças. E ame o teu próximo como a ti mesmo.” (Lucas, 10-27.)
O amor ao próximo é a grande lição do Cristo para um mundo melhor. Praticar o amor, a caridade e a solidariedade não teria tanto valor se não servisse para construir um mundo mais irmão e mais justo.
O nosso compromisso como Cristãos deve ter como base conviver com o nosso próximo e superar egoísmos individuais e coletivos, sendo necessário praticarmos o respeito pelo diferente, a compaixão pelos criminosos, o entendimento de que somos espíritos criados pelo mesmo pai e que todos nós estamos caminhando para a conquista de nossa evolução integral.

Fontes de pesquisa:


* Claudia Sampaio é espírita e colaboradora do Espiritismo.net

quarta-feira, 21 de junho de 2017

"O Livro dos Espíritos" - Fé e Razão | Filosofando |




Crianças no mundo espiritual - Visão Espírita


5 DICAS PRA FAZER UMA PRECE DAORA


CAROL RESPONDE #7 EVANGELHO NO LAR E COMO FORMAR UMA MOCIDADE


Minha Nada Mole Encarnação - E os Namoradinhos?


A Série Psicológica de Joanna de Ângelis - Módulo 2 - Aula 3 - Evolução da Consciência


A Série Psicológica de Joanna de Ângelis - Módulo 2 - Aula 2 - Evolução da Consciência


A Série Psicológica de Joanna de Ângelis - Módulo 2 - Aula 1 - Evolução da Consciência


terça-feira, 20 de junho de 2017

Crie a história - Desenvolva o tema...


O Dinheiro Diante das Pesquisas Científicas

Autor: 
Jorge Hessen

O Espírito Bezerra de Menezes afirma que o dinheiro na sociedade, apesar de não ser luz, sustenta a lâmpada, que apesar de não ser a paz, é um instrumento que facilita a sua obtenção, que apesar de não ser calor, viabiliza o agasalho; que apesar de não ser o poder da fé, alimenta a esperança; que apesar de não ser amor, é capaz de erguer-se por valioso ingrediente na proteção afetiva; que apesar de não ser o tijolo de construção, assegura as atividades que garantem o progresso; que apesar de não ser amor, é capaz de erguer-se por valioso ingrediente na proteção afetiva; que apesar de não ser o tijolo de construção, assegura as atividades que garantem o progresso; que apesar de não ser cultura, apóia o livro; que apesar de não ser visão, ampara o encontro de instrumentos que ampliam capacidade dos olhos; que apesar de não ser base da cura, favorece a aquisição do remédio(1) e, obviamente, incentiva as pesquisas para a formulação dos medicamentos.
Pensando sobre essas reflexões, veio-nos à mente o caso de Henrietta Lacks, uma mulher que desencarnou com câncer há 60 anos, porém cujas células (“imortais”) retiradas do seu corpo têm salvado vidas humanas até hoje.
Vejamos como se deu o fato. Tudo começou no ano de 1951, com a chegada de Henrietta a um hospital nos Estados Unidos. Tal fato marcou o início de um grande avanço para a biotecnologia. As células de seu corpo revolucionariam a ciência médica. Lacks teve câncer no colo do útero pouco antes de desencarnar, e um médico retirou um pedaço de tecido para uma biópsia e percebeu que eram células distintas das demais já analisadas por ele. Desde então, as células removidas do corpo de Henrietta vêm crescendo e se multiplicando.
Investindo-se vultosa soma de dinheiro produziu-se bilhões dessas células em laboratórios de pesquisa, sendo aproveitadas por cientistas, que as batizaram de linha celular HeLa, uma referência ao nome de Henrietta. Há muitas situações em que o cientista precisa estudar tecidos ou patógenos no laboratório. O exemplo clássico é a vacina contra a poliomielite. Para desenvolvê-la era necessário que o vírus crescesse em células de laboratório, e para isso eram necessárias células humanas e evidentemente muito investimento financeiro. As células HeLa acabaram sendo perfeitas para esse experimento, e as vacinas salvaram milhões de pessoas, fazendo com que essa linha celular ficasse mundialmente conhecida.
Essas células não somente permitiram o desenvolvimento de uma vacina contra a poliomielite e inúmeros tratamentos médicos, mas foram levadas nas primeiras missões espaciais e ajudaram cientistas a prever o que aconteceria com o tecido humano em situações de gravidade zero. Além disso, os militares dos EUA colocavam grandes garrafas com células HeLa em lugares que em que eram realizados experimentos atômicos.
Não entraremos no mérito do abuso mercantilista, compreensivelmente resultante das caríssimas pesquisas com as células em epígrafe que, diga-se de passagem, foram as primeiras a serem compradas, vendidas, embaladas e enviadas para milhões de laboratórios em todo o mundo – alguns deles dedicados a experiências com cosméticos, para avaliar os eventuais efeitos colaterais indesejados dos produtos. Nas dinâmicas dos paradoxos humanos reconhecemos que além da contribuição científica, gerou-se bilhões de dólares em produtos testados com as células HeLa.
No início deste texto discorremos com Bezerra sobre a importância do dinheiro, porém reconhecemos que a ganância ainda reina entre nós, mormente no universo científico. Porém o que importa no tema é que as células (“imortais”) retiradas do corpo de Henrietta Lacks têm sido a base de dezenas de milhares de estudos médicos em todo o mundo e em diversos ramos da ciência biológica para a melhoria de vida do homem. Portanto, tem sido um elemento crucial para o desenvolvimento científico na busca da saúde humana.
Trocando em miúdos, o dinheiro associado a consciência tranquila é alavanca do trabalho, fonte da beneficência, apoio da educação e alicerce da alegria. É uma benção do Céu que, de modo imediato, nem sempre faz felicidade, mas sempre faz falta.(2) Principalmente nas pesquisas científicas que agenciam terapêuticas e até a cura de diferentes doenças, a exemplo do câncer, que há poucas décadas era devastador para a nossa sobrevida.

Referências:
1-XAVIER, Francisco Cândido. “Caridade”, Cap. 36 “Dinheiro”, SP: Ed. IDE, 1997
2- idem

Por que fazer uma vasectomia aos 29 anos foi a melhor coisa que fiz

Paul Pritchard tem 29 anos e faz parte de um movimento polêmico que tem crescido no Reino Unido, dos jovens que optam por ser esterilizados porque têm certeza de que não querem ter filhos.
Pritchard é um dos jovens entrevistados para um documentário da BBC sobre o movimento childfree - "sem crianças" em tradução livre.
Veja abaixo o seu depoimento:
"Desde os 18 anos que sabia que não queria ter filhos.
E, desde então, todos os anos perguntava ao meu médico sobre vasectomia (cirurgia contraceptiva em que o canal que leva espermatozoides do testículo ao pênis é interrompido). Mas o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido negou-me o procedimento durante 11 anos, alegando que eu era jovem demais para tomar uma decisão que afetaria o resto da minha vida.
Finalmente, aos 29, eles deram a luz verde. Fiquei feliz quando o médico finalmente me disse que eu poderia fazer uma vasectomia.
Algumas pessoas podem considerar a esterilização uma opção extrema.
Mas eu não sou o único. No Reino Unido, há um número crescente de jovens da minha idade ou mais jovens que estão escolhendo serem esterilizados.
Concordei em participar de um documentário da BBC sobre jovens que fizeram a mesma escolha e deixei inclusive que filmassem minha operação.
Quando chegou o dia da vasectomia eu estava nervoso.
Não porque era o momento que acabaria com qualquer chance de paternidade no futuro, mas pelo receio de ter um bisturi cortando meus testículos.
A vasectomia bloqueia os canais deferentes, impedindo que os espermatozoides cheguem ao esperma. É um procedimento relativamente rápido que é feito com anestesia local e é considerado permanente.
Tão logo terminou a operação, senti um grande alívio. E esse sentimento permanece.
Quando as pessoas me perguntam sobre a minha escolha, a pergunta mais comum é: por que você fez isso?
Os motivos são diferentes em cada caso; eu tinha vários. Um deles tem a ver a ver com genética.
Tenho diabetes tipo 1 e sofri de depressão. Minha esposa também tem doenças crônicas.
Eu já passei por momentos terríveis devido a diabetes e depressão, e meus pais também sofreram muito por causa da minha doença.
Eu não quero que meu filho passe pelo mesmo sofrimento.
Outra razão é que eu sou uma espécie de 'babaca egoísta'. Eu gosto do meu dinheiro, do meu tempo e de fazer o que quiser da minha vida.
Simplesmente não quero gastar tempo e esforço para criar uma criança.
Felizmente, minha esposa sente o mesmo. Eu a amo, mas eu suspeito que nossa relação não teria durado se não fosse a decisão comum de não ter filhos.
Relacionamentos anteriores com outras mulheres acabaram precisamente por essa razão. Elas queriam ter filhos, mas sentia arrepios só de pensar nessa possibilidade.
Então, por que passar por todas as complicações da contracepção, quando se tem tanta certeza do que você quer?
Eu entendo que a vasectomia não é a opção ideal para muitos e é bom que o Serviço Nacional de Saúde seja cauteloso.
Como a Leonora Butau, especialista em fertilidade e bioética, disse: 'A esterilização é basicamente um procedimento que danifica um órgão perfeitamente saudável. É um procedimento drástico. A essência da medicina é curar, e estes tipos de operações são um desafio para esta filosofia'.
Mas eu não tenho nenhuma dúvida de que a esterilização é a escolha correta para mim.
Eu amo minha esposa e poder ter relações sexuais desprotegidas com ela é importante para mim.
Também sou feliz demais por ter o apoio de amigos e familiares que respeitam a minha decisão.
O que parece surpreender muitas pessoas é o fato de eu trabalhar com crianças. Trabalho em uma fábrica de brinquedos onde produzimos, por exemplo, soldados de brinquedo usados em jogos de tabuleiro. Eu ensino jogos a grupos de pessoas, muitas delas são crianças.
É um trabalho que eu gosto, especialmente quando interagimos com crianças autistas.
Então, eu não odeio crianças. Pode ser que eu não goste muito de bebês que não param de chorar, carrinhos ou pais um pouco incômodos, mas não odeio crianças.
Eu só não quero ter uma.
Às vezes, pessoas pensam que têm o direito de comentar sobre a vida dos outros.
Pessoas estranhas têm me perguntado diretamente: por que não quer ter filhos?
E eu combato isso com perguntas.
Eu pergunto, por exemplo, por que você sente que sabe o que eu devo fazer? Por que os meus testículos são tão importantes para você?
Como não sou muito ativo nas redes sociais, não recebi muitos comentários negativos.
Mas eu sei de outros casos, como o de Holly Brockweel, que travou uma batalha de quatro anos com o Serviço Nacional de Saúde até que concordaram em esterilizá-la aos 30 anos. Ela sofria ataques terríveis na internet.
Eu acho que, em geral, o estigma e o preconceito são maiores quando se trata de uma mulher.
A pressão que a sociedade exerce sobre as mulheres para que tenham filhos é maior e isso é muito injusto.
Após 11 anos de tentativas, eu finalmente estou no controle da minha própria fertilidade e o sentimento é fantástico.
Agora posso desfrutar de minhas desventuras sexuais sem ter que pagar um preço por isso."
Notícia publicada na BBC Brasil, em 4 de abril de 2017.

Marcia Leal Jek* comenta

Na literatura básica do Espiritismo não há referência específica sobre os métodos contraceptivos da vasectomia e da laqueadura de trompas. Analisando O Livro dos Espíritos, no capítulo sobre a “Lei de Reprodução”, encontramos alguns subsídios importantes para discutir o tema.
Ao reencarnarmos, trazemos conosco os compromissos que assumimos no plano espiritual, referentes às várias circunstâncias de nossas vidas. Um desses compromissos, sem dúvida nenhuma, é o compromisso decorrente do planejamento familiar que projetamos para a nossa nova experiência no corpo material.
A questão da vasectomia deve ser examinada à luz da intenção de quem o pratique. Se a intenção for de seguir um planejamento familiar que atenda às realidades do casal, inclusive de ordem econômica e social, nada conhecemos no Espiritismo que o reprove. Se, porém, a intenção é meramente física, de manter a sensualidade, de ter uma atividade sexual voltada unicamente para o prazer, aí é diferente. Neste caso, estará sendo contrariada a Lei Natural e a consequência será a necessidade de retificação numa existência física futura, de forma geralmente dolorosa.
Chico Xavier, que não era avesso aos anticoncepcionais, disse: “Acreditamos que o anticoncepcional é um recurso que nos foi concedido na Terra pela Divina Providência para que a delinquência do aborto seja sustada, uma vez que a criatura humana, por necessidade de revitalização de suas próprias forças orgânicas, naturalmente precisará do relacionamento sexual entre os parceiros que estão compromissados no assunto, mas usarão esse agente anticoncepcional para que o crime do aborto seja devidamente evitado em qualquer parte do mundo.”(1)
Ele também afirmou que “os anticoncepcionais não estarão invadindo a Terra sem finalidade justa. Pessoalmente, acreditamos que o casal tem direito de pedir a Deus inspiração para que não venha a cair em compromissos nos quais eles, os cônjuges, permaneçam frustrados”.(2)
Analisando sobre o assunto, cada caso é um caso. Todavia, desaconselhamos a utilização rotineira e indiscriminada de medidas contraceptivas, exceto que haja um pretexto lícito e doutrinariamente aceitável, lembrando, nesse contexto, que os ditames da Lei de Deus encontram-se no âmago da consciência de cada um.

Referência bibliográficas:

(2) Chico Xavier em Goiânia, págs. 49, 64, 65 e 66.
* Marcia Leal Jek é espírita e colaboradora do Espiritismo.net.

Desenvolva o tema à luz da Doutrina Espírita


segunda-feira, 19 de junho de 2017

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão - A034 – Cap. 13 – Solução inesperada – Segunda Parte

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco
 
A034 – Cap. 13 – Solução inesperada – Segunda Parte
 13 - Solução inesperada
 
Receava a nobre senhora não suportar as últimas dores. Encontrava-se enferma, e embora não desfalecesse na fé, em circunstância alguma, acusava-se cansada, receosa, desalentada...
Vencida por choro convulsivo, apoiou-se no intimorato espírita e, sob a sua aura fortificante, dele recebeu a energia revigorante de que necessitava. Paulatinamente foi-se acalmando, recompondo-se.
Além do esposo nesse estado de desespero, Marta recolhera-se ao quarto, possessa pelo ódio surdo, recusando-se a sair. Mesmo sabendo do que acontecera ao pai, reagia contra ele, continuando na tônica da revolta.
Depois de alguns instantes de reflexão, Petitinga convidou-nos a acompanhá-lo à peça em que Marta se demorava, e, com a autoridade moral que o aureolava, saudou-a. Conquanto não fosse correspondido, o seu verbo correto advertiu-a:
— Marta, minha filha, o dever da solidariedade induz-me a procurá-la, em nome de sua aflita mãe e do seu pai agonizante... Não nos animam quaisquer propósitos de invectivá-la, tecendo considerações injuriosas ou censuráveis aos últimos acontecimentos que abalaram este lar. Nutrimos o são desejo de lutar para que não se acumulem danos sobre novos danos numa avalanche de gravames mais desesperadores, cada vez piores... Você sabe por experiência pessoal que a morte é entrada na vida, reexame de atos, reencontro com a consciência, mesmo quando esta jaz entorpecida pela ignorância ou anestesiada pelo crime... Todos sabemos que a vida nos dá o de que temos necessidade para o nosso progresso espiritual e, consequentemente, pai, mãe, familiares e amigos são peças importantes, indispensáveis para a nossa evolução. Como nos comportamos em relação a eles, oneramo-nos ou não de responsabilidades negativas novas, que atiramos na direção do futuro... Por isso e por muitas outras razões, você não se pode manter na posição em que se refugia agora, na qual se vem sustentando até aqui...
A filha mais velha dos Soares continuava silenciosa, emitindo raios de surda dólera refreada a custo.
Perfeitamente senhor da situação, Petitinga propôs:
- Se você nos permite, filha, aplicar-lhe-emos passes magnéticos para ajudá-la na difícil decisão e sustentá-la nas provas que lhe advirão como resultado da sua teimosia. Oraremos juntos, encontraremos Jesus que nos oferecerá braço amigo para prosseguir e venceremos o caminho da reforma íntima sob o divino amparo.
Vencendo o mórbido silêncio, Marta rugiu:
— Agradeço o seu interesse. Encontro-me muito bem e estaria melhor se não fosse perturbado o meu sossego com a sua presença...
Demonstrando a perícia em lidar com obsessos e obsessores, o então Presidente da União Espírita Baiana, muito calmo, respondeu:
— Deixá-la-íamos no sossego a que você se refere, caso as suas atitudes não fossem fatores de perturbação e desordem neste lar. Aqui estamos em nome de sua genitora, que arca com o ônus de pesados sofrimentos, exercendo a função de mãe e pai para que o lar não padeça miséria econômica nem moral. Onde o seu dever de filha, de irmã, que tudo recebeu e nada retribui? Já que você não ajuda, não tem qualquer direito de criar dificuldades. Você é adulta e tem responsabilidades perante a Vida. Não deslustre mais a sua consciência, teimando em perseverar no erro espontaneamente aceito. Ajude-nos, filha, a ajudá-la.
— Não necessito do senhor. Eu tenho os meus Guias... Poderosos, eles são as forças atuantes da Natureza; indestrutíveis, governam o mundo; rigorosos, sabem fazer e desfazer...
— E porque não lhes roga auxílio para ser útil e nobre, socorrer e amparar quem lhe ofereceu a roupa carnal? Porque não a seguraram ontem, impedindo o desfecho deplorável que a sua atitude violenta gerou?
— Porque eles são violentos, vingadores e conseguem imediatamente o que a tolerância e o amor não lobrigam. Estivesse a mim entregue a solução dos problemas daqui e já os teria resolvido desde há muito... Crê o senhor que eu não me sinto magoada, verificando que as forças de que sou possuidora, na minha casa, não merecem consideração? Tenho clientes que lograram resultados muito bons com os meus recursos e os meus Guias me prometem: ou o meu povo se lhes submete ou eles os acabam...
— Tais Espíritos, minha filha, não são Guias: são cegos arrastando cegos ao abismo em que todos se precipitarão. Abastardados pela ignorância demoram-se na animalidade, exigindo retribuições materiais por se comprazerem nos fluídos densos e grosseiros de que se não podem libertar. Odiando-se a si mesmos, estabelecem o clima do ódio e, revoltados nos recônditos do ser, espalham rebeldia, ameaçadores, para governarem sob as nuvens sombrias do medo... Fracos, procuram dividir para imperar... Dizendo-se temíveis, vivem temerosos, fugindo à consciência e descendo cada vez a vexames maiores nos quais se enredem, infelizes. Não, filha, não são poderosos, nem indestrutíveis, nem rigorosos; são primitivos que a vampirizam e se nutrem do plasma mental dos que, como você, caem presas fáceis dos seus ardis e mancomunações.
— Pois saiba que eles podem fazer o que os senhores jamais conseguiriam. Libertam as vítimas da obsessão pela força, arrancando os seus perseguidores com os poderes que possuem. E os senhores, que fazem?
— A violência não liberta e a força não convence. A vitória do poder da força é ilusório, porque ela mesma gera a força da reação que a destrói. O que você diz ser libertação em caso de obsessão, invariavelmente são ardis de que se utilizam os benfeitores com os agressores: vivendo o mesmo tônus vibratório, combinam uma libertação falsa, dando a sensação de liberdade àqueles que lhes estão nas tenazes, para voltarem depois mais violentos, perturbados e perturbadores... Outras vezes investem com recursos próprios de que se utilizam, e, odientos, apavoram os outros perseguidores, transferindo o pagamento do enredado na obsessão para clima mais danoso e mais difícil, portanto... Não se iluda: a sombra sobre a sombra não produz claridade. Uma gota de luz vence a treva; todavia, a abundância da segunda nada consegue em relação à primeira... A impiedade nada produz. A única força eficiente é a que se deriva das reservas morais, a do espírito superior, a que produz a emissão vibratória de alta frequência, que atua como força realmente poderosa, capaz de influir decisivamente na esfera das causas e, pois, consequentemente, no campo dos efeitos.
«Recorde-se de Jesus ante o endemoninhado Gadareno; o moço que sofria de ataques; as febres da sogra de Pedro; o cego de Jericó; o paralítico de Cafarnaum.... seria necessário ir adiante? Lembre-se da Sua força diante dos maus, dos falsos poderosos da Terra. O amor é o pão da vida e, como escasseia, a esperança da Humanidade cambaleia nas sombras da violência temporária, pois que o Reino do Amor logo advirá.
«Unamo-nos desde já, minha filha, no mesmo ideal de serviço, e liberte suas forças psíquicas das constrições que a infelicitam, oferecendo-as a Jesus, enquanto urge o tempo, iniciando vida nova a seu próprio benefício. Não olvide, neste momento, que o seu genitor agonizante entre a vida e a morte, ou como também poderíamos dizer entre a morte e a vida nova, em partindo, poderá deixar em você pesados crepes de remorso, de arrependimento tardio, improdutivo, inquietador. Agora é o momento: é tempo de reabilitar-se... Saia da noite e rume na busca do dia. Ore e inunde-se de reconforto. Não transfira o seu instante de felicidade... Iremos convidar sua mãe a acompanhar-nos na oração e dê começo, já agora, à sua ressurreição, a um renascimento espiritual... »
O poder dos argumentos e a força moral do velho doutrinador acalmaram a atormentada e, a um sinal, dispusemo-nos a buscar Dona Rosa, que esperava do lado de fora, sendo introduzida no recinto em que estávamos.
Solicitado à oração, procurei erguer-me ao Senhor e suplicar-Lhe o concurso. Enquanto isso, o Apóstolo da caridade espiritual ministrava recursos fluídicos e magnéticos na sensitiva comprometida. Depois da cuidadosa operação espiritual, levantou-se e, visivelmente emocionada, agradeceu, comprometendo-se a visitar o genitor e meditar nas novas diretrizes que se lhe deparavam naquelas dolorosas circunstâncias.
O poder da oração! Quando os homens compreenderem e se utilizarem realmente dos recursos da prece, em muito se modificarão os cenários da vida moral na Terra!...
Cumpridos os deveres no lar dos Soares, demandamos o Hospital do Pronto Socorro para uma visita ao Sr. Mateus, considerando ser aquele o dia permitido. Conquanto se encontrasse em repouso absoluto, em câmara separada, Petitinga conseguiu do médico de plantão, com quem mantinha relações de amizade, permissão para orar em silêncio junto ao leito do paciente, no que foi atendido.
Conforme descrevera o médico amigo da família, o estado do pai de Mariana era deplorável. A respiração entrecortada por esgares dolorosos, as marcas da paralisia de todo um lado do corpo, denotavam a gravidade do problema.
Embora compungido, Petitinga, tranquilo, recolheu-se em oração, no que o acompanhamos silenciosamente. Transcorridos alguns minutos, retiramo-nos, fiéis ao compromisso de evitar perturbar o enfermo.
Já na rua o admirável sensitivo esclareceu-nos que notara a presença de Saturnino e a do Irmão Glaucus que ali estavam amparando o paciente e o assistindo, tendo registrado a intuição de que ele se recuperaria paulatinamente, através do tempo. Aquele era um sublime recurso de que se utilizava a Lei para ajudar o ancião temperamental na construção da própria felicidade eterna...
Não havia como duvidar da Divina Providência!
 
QUESTÕES PARA ESTUDO
 
1 – Conforme vimos no estudo anterior, depois da advertência de D. Rosa para a filha Marta, pedindo que parasse com suas práticas espirituais inferiores, ela avançou sobre a mãe. O Sr. Mateus, diante da cena e por tomar também uma atitude agressiva, sofreu uma embolia cerebral e suas feridas se reabriram... Agora, novamente no hospital, tinha prognóstico desfavorável.
Que práticas espirituais Marta executava? Por que eram inferiores?
 
2 – De que modo as entidades que cercavam Marta realizam “trabalhos espirituais”? Eles poderiam se sustentar no longo prazo?

 

Bom estudo a todos!!
Equipe Manoel Philomeno

 

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

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EESE – Cap. XX – Itens 1 a 3
Tema:  Os últimos serão os primeiros
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A - Texto de Apoio:
1. O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de assalariar trabalhadores para a sua vinha. - Tendo convencionado com os trabalhadores que pagaria um denário a cada um por dia, mandou-os para a vinha. -Saiu de novo à terceira hora do dia e, vendo outros que se conservavam na praça sem fazer coisa alguma, - disse-lhes: Ide também vós outros para a minha vinha e vos pagarei o que for razoável. Eles foram. - Saiu novamente à hora sexta e à hora nona do dia e fez o mesmo. - Saindo mais uma vez à hora undécima, encontrou ainda outros que estavam desocupados, aos quais disse: Por que permaneceis aí o dia inteiro sem trabalhar? - É, disseram eles, que ninguém nos assalariou. Ele então lhes disse: Ide vós também para a minha vinha.
Ao cair da tarde disse o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios: Chama os trabalhadores e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos primeiros. - Aproximando-se então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam um denário cada um. - Vindo a seu turno os que tinham sido encontrados em primeiro lugar, julgaram que iam receber mais; porém, receberam apenas um denário cada um. -Recebendo-o, queixaram-se ao pai de família, - dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora e lhes dás tanto quanto a nós que suportamos o peso do dia e do calor..
Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: Meu amigo, não te causo dano algum; não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? Toma o que te pertence e vai-te; apraz-me a mim dar a este último tanto quanto a ti. - Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom?
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos. (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16. Ver também: "Parábola do festim das bodas", cap. XVIII, nº 1.)
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
Os últimos serão os primeiros
2. O obreiro da última hora tem direito ao salário, mas é preciso que a sua boa vontade o haja conservado à disposição daquele que o tinha de empregar e que o seu retardamento não seja fruto da preguiça ou da má vontade. Tem ele direito ao salário, porque desde a alvorada esperava com impaciência aquele que por fim o chamaria para o trabalho. Laborioso, apenas lhe faltava o labor.
Se, porém, se houvesse negado ao trabalho a qualquer hora do dia; se houvesse dito: "tenhamos paciência, o repouso me é agradável; quando soar a última hora é que será tempo de pensar no salário do dia; que necessidade tenho de me incomodar por um patrão a quem não conheço e não estimo! quanto mais tarde, melhor"; esse tal, meus amigos, não teria tido o salário do obreiro, mas o da preguiça.
Que dizer, então, daquele que, em vez de apenas se conservar inativo, haja empregado as horas destinadas ao labor do dia em praticar atos culposos; que haja blasfemado de Deus, derramado o sangue de seus irmãos, lançado a perturbação nas famílias, arruinado os que nele confiaram, abusado da inocência, que, enfim, se haja cevado em todas as ignominias da Humanidade? Que será desse? Bastar-lhe-á dizer à última hora: Senhor, empreguei mal o meu tempo; toma-me até ao fim do dia, para que eu execute um pouco, embora bem pouco, da minha tarefa, e dá-me o salário do trabalhador de boa vontade? Não, não; o Senhor lhe dirá: "Não tenho presentemente trabalho para te dar; malbarataste o teu tempo; esqueceste o que havias aprendido; já não sabes trabalhar na minha vinha. Recomeça, portanto, a aprender c, quando te achares mais bem disposto, vem ter comigo e eu te franquearei o meu vasto campo, onde poderás trabalhar a qualquer hora do dia.
Bons espíritas, meus bem-amados, sois todos obreiros da última hora. Bem orgulhoso seria aquele que dissesse: Comecei o trabalho ao alvorecer do dia e só o terminarei ao anoitecer. Todos viestes quando fostes chamados, um pouco mais cedo, um pouco mais tarde, para a encarnação cujos grilhões arrastais; mas há quantos séculos e séculos o Senhor vos chamava para a sua vinha, sem que quisésseis penetrar nela! Eis-vos no momento de embolsar o salário; empregai bem a hora que vos resta e não esqueçais nunca que a vossa existência, por longa que vos pareça, mais não é do que um instante fugitivo na imensidade dos tempos que formam para vós a eternidade. - Constantino, Espírito Protetor. (Bordéus, 1863.)
3. Jesus gostava da simplicidade dos símbolos e, na sua linguagem máscula, os obreiros que chegaram na primeira hora são os profetas, Moisés e todos os iniciadores que marcaram as etapas do progresso, as quais continuaram a ser assinaladas através dos séculos pelos apóstolos, pelos mártires, pelos Pais da Igreja, pelos sábios, pelos filósofos e, finalmente, pelos espíritas. Estes, que por último vieram, foram anunciados e preditos desde a aurora do advento do Messias e receberão a mesma recompensa. Que digo? recompensa maior. Últimos chegados, eles aproveitam dos labores intelectuais dos seus predecessores, porque o homem tem de herdar do homem e porque coletivos são os trabalhos humanos: Deus abençoa a solidariedade. Aliás, muitos dentre aqueles revivem hoje, ou reviverão amanhã, para terminarem a obra que começaram outrora. Mais de um patriarca, mais de um profeta, mais de um discípulo do Cristo, mais de um propagador da fé cristã se encontram no meio deles, porém, mais esclarecidos, mais adiantados, trabalhando, não já na base e sim na cumeeira do edifício. Receberão, pois, salário proporcionado ao valor da obra.
O belo dogma da reencarnação eterniza e precisa a filiação espiritual. Chamado a prestar contas do seu mandato terreno, o Espírito se apercebe da continuidade da tarefa interrompida, mas sempre retomada. Ele vê, sente que apanhou, de passagem, o pensamento dos que o precederam. Entra de novo na liça, amadurecido pela experiência, para avançar mais. E todos, trabalhadores da primeira e da última hora, com os olhos bem abertos sobre a profunda justiça de Deus, não mais murmuram: adoram.
Tal um dos verdadeiros sentidos desta parábola, que encerra, como todas as de que Jesus se utilizou falando ao povo, o gérmen do futuro e também, sob todas as formas, sob todas as imagens, a revelação da magnífica unidade que harmoniza todas as coisas no Universo, da solidariedade que liga todos os seres presentes ao passado e ao futuro. - Henri Heine. (Paris, 1863.)
 
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
 
1 - Em que condições o obreiro da última hora tem direito ao salário?
2 - Quem são os obreiros da primeira e da última horas?
3 - Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique.