sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Motoqueiro mata 2 para salvar homem e bebê de crime na zona sul de SP

Um desconhecido que pilotava uma moto matou dois criminosos após provável tentativa de sequestro relâmpago a um motorista nas esquinas da avenida Washington Luís com a avenida Nossa Senhora do Sabará, no bairro do Campo Grande, na zona Sul de São Paulo, na noite desta sexta-feira. As informações são da Rádio CBN. Um terceiro participante do crime não foi atingido pelos disparos, mas tentou fugir a pé e foi detido por policiais.
O carro abordado tinha, além do motorista, um bebê de 3 meses. Durante a ação dos criminosos, surgiu o sujeito na moto, que testemunhou o crime e atirou. Dois bandidos morreram no local. O carro também foi atingido, mas o motorista e o bebê não se feriram. Ao lado dos corpos baleados, foi encontrada uma arma de brinquedo.
Telam
Notícia publicada no Portal Terra, em 21 de julho de 2012.

Sergio Rodrigues* comenta
Trata-se de um lamentável acontecimento que há muito faz parte do nosso cotidiano. Infelizmente, as precárias condições econômicas e sociais em que vivem muitos, aliadas à inferioridade espiritual ainda bastante acentuada de outros, geram ocorrências dessa natureza, cujo desfecho é, quase sempre, a perda de vidas. O desconhecido em questão, atuou em legítima defesa daqueles que se encontravam na suposta posição de vítimas de mais um sequestro relâmpago. A pergunta que se faz é se esse motoqueiro desconhecido agiu de acordo com as leis dos homens e a lei de Deus. Perante a lei dos homens, não há o que contestar. A intenção criminosa dos que terminaram como vítimas fatais é indisfarçável. Embora tenha sido constatado que a arma que empunhavam era um brinquedo, a sua utilização como meio de coerção das vítimas ficou comprovada. É a hipótese clássica de “legítima defesa putativa”, aquela em que as circunstâncias levam a crer na justa suposição da existência de perigo iminente para as vítimas, ainda que mais tarde se constate que esse perigo, em verdade, não existia.
Mas, e perante a lei de Deus? Há como se justificar a reação do motoqueiro desconhecido? Kardec tratou da questão da legítima defesa na questão 748 de “O Livro dos Espíritos”. Os Espíritos codificadores responderam que, nesses casos, apenas a necessidade pode escudar o assassínio e desde que o autor da ação não tenha tido como preservar a vida do agressor. De acordo com a notícia comentada, não havia como tentar preservar a vida das vítimas do sequestro senão pela maneira como reagiu o desconhecido. Entre as vidas dos agressores criminosos e as vidas de suas vítimas não havia mesmo outra opção. O fato é lamentável, mas não podemos esquecer que foi provocado pelas próprias vítimas fatais, através da escolha de adotar o procedimento criminoso narrado na notícia. É a lei de causa e efeito agindo prontamente.

* Sergio Rodrigues é espírita e colaborador do Espiritismo.Net.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Acontecerá: "Sentimento: a força do Espírito"

"Sentimento: a força do Espírito" é tema em destaque em Salvador

Com base no livro Sentimento: a força do Espírito, de Alzira Bessa França Amui e Luciano Sivieri Varanda, a Casa de Oração Bezerra de Menezes promove o Projeto Verão 2013, com palestras de 7 a 30 de janeiro de 2013, às terças e quintas, das 19h30min às 21h.
"Sentimento: a força do Espírito", "Relacionamentos humanos", "A força do sentimento no relacionamento humano", "Fundamentos do relacionamento humano", "Aquisições morais do espírito", "O papel da educação no sentimento do Espírito", "Reencarnação: oportunidade de reorganizar sentimentos" e "Sentimentos e valores" são os assuntos que serão abordados ao longo do mês.
O endereço da Casa de Oração Bezerra de Menezes é Rua Bezerra de Menezes, 90, Brotas, Salvador, BA.
Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (71) 3356-0256.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Richard Simonetti: O necessário à vida.

O Necessário à Vida

 

Diógenes (400-325 a.C.), filósofo grego, era famoso por seu comportamento excêntrico e comentários mordazes.
Dizia-se que tinha grande desprezo pela Humanidade.
Caminhava pelas ruas de Atenas com uma lanterna, a proclamar:
– Procuro um homem honesto.
Era algo para ele tão difícil quanto iluminar um palheiro em busca de agulha perdida.
Observação bem atual, ante a desavergonhada corrupção que se institucionaliza na sociedade humana.

***
Diógenes não era nenhum misantropo ranheta e excêntrico.
Havia em suas atitudes um humor irônico, que popularmente chamaríamos hoje de gozação, com o qual procurava instigar as pessoas à apreciação de suas idéias.
Ensinava que o supremo recurso de felicidade é o total desprezo pelas convenções humanas, em obediência plena às leis da Natureza.
O caminho para essa realização está na simplificação da existência, superando a superficialidade e os modismos.
Andava descalço…
Vestia uma única túnica…
Dormia num tonel…
Certa feita, viu um menino a usar o côncavo das mãos para tomar água.
Admirou-se:
– Acabo de aprender que ainda tenho objetos supérfluos.
Jogou fora a caneca que usava e passou a imitar o menino.

***
Alexandre, o Grande (356-323 a.C.), quis conhece-lo e testar seu proverbial desprendimento dos bens materiais.
Foi encontrar o filósofo, em fria manhã de inverno, aquecendo-se ao sol.
Após serem apresentados e conversarem, Alexandre disse-lhe estar disposto a atender qualquer pedido seu.
O capricho mais sofisticado, o objeto mais precioso…
Diógenes sorriu e respondeu:
– Quero apenas que não me tires o que não me podes dar. Estás diante do Sol que me aquece. Afasta-te, pois...

***
Certamente seria complicado tomar Diógenes ao pé da letra.
Acabaríamos internados num hospício.
Os tempos são outros.
Além do mais, estamos longe do desprendimento total.
Não obstante, seria interessante observar a tônica de suas idéias:
Simplicidade.
É preciso que nos libertemos de condicionamentos e modismos, do supérfluo e do artificial, contentando-nos com o necessário à vida.
Teremos, então, melhores chances de viver bem.
Jesus deixa isso bem claro no Sermão da Montanha, quando recomenda que não nos preocupemos demasiadamente com nossa vida, nem acerca do que devemos comer ou vestir…
É preciso centralizar nossas ações em torno do Reino de Deus, que se realiza no empenho do Bem.
Tudo o mais, explica Jesus, virá por acréscimo.
A Doutrina Espírita oferece marcante contribuição em favor da simplificação de nossa existência, abrindo-nos as portas do mundo espiritual para nos mostrar algo que não devemos esquecer jamais:
Levaremos para o Além somente os valores incorporados à nossa alma, nos domínios da virtude e do conhecimento.
O resto ficará por aqui mesmo.
Imperioso, pois, simplificar sempre, como destaca Guilherme de Almeida (1890-1969):
Simplicidade… Simplicidade…
Ser como as rosas, o céu sem fim,
a árvore, o rio… Por que não há de
ser toda gente também assim?
Ser como as rosas: bocas vermelhas
que não disseram nunca a ninguém
que tem perfumes… mas as abelhas
e os homens sabem o que elas têm!
Ser como o espaço, que é azul de longe,
de perto é nada… Mas quem o vê
– árvores, aves, olhos de monge… –
busca-o sem mesmo saber porque.
Ser como o rio cheio de graça,
que move o moinho, dá vida ao lar,
fecunda as terras… E, rindo passa,
despretensioso, sempre a cantar.
Ou ser como a árvore: aos lavradores
dá lenha e fruto, dá sombra e paz;
da ninho às aves, ao inseto, flores…
Mas nada sabe do bem que faz.
Felicidade – sonho sombrio!
Feliz é o simples que sabe ser
como o ar, as rosas, a árvores, o rio:
simples, mas simples sem o saber!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Você sabia?

"O Espiritismo tem origem na Universalidade e Concordância no Ensino dos Espíritos e resulta no trabalho e elaboração do Homem."