sábado, 20 de junho de 2009

Artigo: "Vícios - Do prazer à dor" - Parte II

Tudo pela recompensa

É o prazer que explica por que é possível ficar dependente de coisas tão diferentes como drogas, chocolate, café, jogo, sexo ou compras. Análises de mapeamento mostram que há uma região no cérebro, conhecida como sistema de recompensa, que é ativada por substâncias presentes tanto nas drogas quanto no nosso próprio corpo (hormônios e neurotransmissores) e que são liberadas quando passamos por estresse, excitação, alegria etc.

"Tudo o que é bom a gente quer repetir. Isso porque o cérebro se lembra que gostou e pede mais", explica a neurocientista Suzana Herculano Houzel, autora do livro "Sexo, Drogas, Rock´n´roll e Chocolate - O cérebro e os prazeres da vida cotidiana". Esse comportamento do cérebro é que nos faz ter motivação para tocar a vida.

O que intriga é por qual razão uma boa parcela dos usuários se contenta com o consumo recreativo de drogas e a prática saudável de sexo, por exemplo, enquanto outros tantos caem na dependência. A explicação da neurociência é que, diante de certos comportamentos ou consumo excessivo de uma substância, o sistema de recompensa é ativado ao extremo e, por proteção, acaba se dessenbilizando. Fazendo uma comparação bem simples, é o mesmo que ocorre com o elástico esticado além do limite e que não volta mais ao normal. "Na próxima vez, aquele mesmo comportamento vai resultar em uma ativação menor do sistema de recompensa, em um prazer menor, e, para conseguir o mesmo grau de prazer que se conseguia antes, vai ser preciso mais daquilo. Jogar mais, fazer mais sexo, usar mais droga, comer mais chocolate", diz Suzana.

O problema é que essa dessensibilização do sistema de recompensa gera uma espécie de déficit de satisfação. Imagine que, no estado natural, todos temos um nível médio de ativação do sistema de recompensa. Entre os dependentes, o nível fica abaixo do normal. "É por isso que a vida da pessoa passa a orbitar ao redor do vício, que vira idéia fixa. Tudo o que a pessoa faz está centrado em como conseguir mais daquela coisa", explica a neurocientista. "E não faz diferença se é uma dependência química ou não-química. Todas passam pelo excesso de ativação e dessenbilização do sistema de recompensa."

Mas o que leva algumas pessoas à perda do controle independe de critérios simples, como a quantidade de droga ingerida. Para Xavier um dos motivos pode ser a existência de problemas psíquicos e emocionais na vida do usuário. Em sua tese de doutorado, ele avaliou dependentes de álcool e de cocaína e descobriu que 80% apresentavam algum distúrbio nessa linha, sendo que 44% tinham depressão - a maioria adquirida antes do consumo de drogas. "É como se a droga servisse de alívio para os sintomas depressivos. Está aí a entrada para a dependência química", afirma. Segundo o pesquisador, problemas na família são outro fator de risco para a dependência. "Teoricamente não é possível que uma pessoa sem problemas acabe se viciando", diz. Claro que é preciso levar em conta qual droga está sendo consumida.

*

Fonte: http://www.espiridigi.net/familia/drogas/

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A Palavra é sua: Trocando idéia 7 – “O Jovem e as Drogas”

Tema para trocarmos idéia: " O Jovem e as Drogas"
Continuando a idéia do a palavra é sua, para intercambiarmos conhecimento e entendimento, seguindo a linha do "Projeto Trocando Idéias", da FERGS, só que aqui na net, colocamos nosso quinto tema para trocarmos idéia, ok?! :)

Fica, então, aqui, o espaço para que a juventude comente o tema. E aguardamos vocês aumentarem essa lista, combinado?!

Vocês podem participar de duas formas:

1) Escrevendo pra nós através do email : blogjovem@cvdee.org.br, que receberemos e publicaremos a participação do seu conhecimento, idéia, artigo, etc sobre o assunto;

ou

2) clicando aí embaixo em comentários, e deixando sua participação.



O tema desta semana será:
“O Jovem e as Drogas”


Esperamos vocês!
Bjks!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Artigo: "Vícios - Do prazer à dor" - Parte I


As drogas ilegais não são as únicas substâncias a provocar dependência; existem também os loucos por sexo, chocolate, jogos e mesmo por compras

Quem nunca se divertiu ao consumir álcool ou tentou esquecer algum problema tomando um porre que atire a primeira pedra. Se não foi com álcool, pode ter sido com o cigarro, com drogas ilícitas e até mesmo com chocolate e café. Ou ainda, numa fúria consumista, no shopping ou em um sexo bem feito. O fato é: a busca pelo prazer nos move, tendemos a repetir ações agradáveis e às vezes é nesse prazer que encontramos uma forma de fugir das dificuldades. O problema é quando o "gostar muito" se transforma em dependência, e o prazer se transforma em dor.

Não são apenas os consumidores de drogas ilícitas (cocaína, heroína, maconha...) ou lícitas (cigarro e álcool) que estão sujeitos a isso. Sexo, jogo, compras e comida também podem ser alvo de compulsão e os seus dependentes apresentam os mesmos sintomas de quem se vicia em substâncias químicas. Os especialistas são categóricos ao dizer que não existe sociedade sem drogas - isso se estende, para todo tipo de substância psicoativa, ou seja, que afete o funcionamento do cérebro (o que inclui também a cafeína, presente no café, na Coca-Cola e no chocolate). Mas é possível ir além: talvez não exista sociedade sem vícios - sejam eles por drogas ou por comportamentos.

Faz parte da história da humanidade buscar substâncias psicotrópicas. Acredita-se que o consumo de ópio, álcool e Cannabis já ocorria de 3.000 a 4.000 anos antes de Cristo. "O fenômeno de dependência de drogas é algo que se prende à condição humana com diversas finalidades, desde a de apaziguar as dores, as angústias, as tristezas, até o de elevar aos deuses", escrevem os psiquiatras Antônio Pacheco Palha e João Romildo Bueno no prefácio do livro "Dependência de Drogas", que compila textos de 54 especialistas no assunto. "Assim sendo", continuam eles, "é natural que, enquanto houver dor, angústia, frustração, abatimento e dúvidas o homem irá continuar o uso de drogas ".

Mas não é só a busca de um alívio que leva a esse consumo. "Existem dois tipos de vício: um que serve para alterar a percepção de uma realidade intolerável e outro que passa só pela questão do prazer", afirma o psiquiatra Dartiu Xavier, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Continua...

Desculpas que usamos para ...: Foi Pura Falta de Sorte...


Não estudei e desejei sabedoria na hora da provação ...

Não ouvi meus pais e educadores e desejei orientação nos momentos que necessitei ...

Iludi-me com falsas promessas e sequer lembrei de que a realidade poderia ser cruel ...

Entreguei-me aos folguedos irresponsáveis me negando ao trabalho edificante...

Me deixei levar pelos prazeres e não empretei nenhum esforço para vencer meus defeitos e não cair em tentação ...


E agora que me dei mal , digo :


- Foi Pura Falta de ...


Sabedoria

Orientação

Responsabilidade

Trabalho

Esforço


- Pois e não é que foi mesmo .


(Paty Bolonha para o Blog Espiritismo Netjovem)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Mural Reflexivo: "Aprendiz..."

Eu não sabia, mas antes do câncer, eu já estava doente.
Duas doenças me limitaram mais do que a quimioterapia e a cirurgia.
Os nomes delas são “Não Posso” e “Não Consigo”.

Quando eu estava atacada no vírus “Não posso” eu dizia e agia assim:

- Não posso tirar foto de lado…
Porque meu nariz e queixo são pontudos;

- Não posso usar saia curta…
Porque meus joelhos são muito grossos;

- Não posso sorrir muito em foto…
Porque meu bigode chinês aparece;

- Não posso andar de avião…
Porque tenho medo.

- Não posso ter plantas em casa…
Porque não sei cuidar.

E assim eu permanecia… doente de mim mesma.

Quando eu estava atacada do vírus “Não consigo” eu dizia e agia assim:

- Não consigo ficar bem nas fotos…
Porque sempre arregalo os olhos;

- Não consigo pousar para fotos…
Porque tenho vergonha;

- Não consigo sorrir para valer…
Porque meus dentes não são bonitos;

- Não consigo ler livros…
Porque dá sono;

- Não consigo fazer caridade regularmente…
Porque não tenho tempo.

E assim eu seguia, impondo-me limites…

Quantas vezes reclamei da oleosidade do meu cabelo, do quanto ele era fino e pesado. A escova não durava nada… Fiz até permanente para dar volume…fiquei parecendo um poodle.
Hoje, depois de encarar a doença, cheguei à conclusão de que o câncer mata muita coisa realmente… entre elas…Preguiça, vergonha, solidão, hipocrisia, futilidades, medos, culpas, limitações, radicalismos, carência, dependências, auto-crítica, intolerância, baixa autoestima e muito mais.

Neste processo conheci estas frases e elas definem o que acredito hoje…

“O que somos é um presente de Deus. O que nos tornamos, é o nosso presente para ele.”

Não aprendi a voar. Isto é com os pássaros.
Aprendi a me sentir como se estivesse voando.
Descobri que a gente pode sorrir por fora e por dentro.
Ser diferente é muito diferente de ser esquísito, feio ou anormal.
O silêncio pode ser melhor do que mil palavras.
Conhecer a mim mesma é um aprendizado constante.
Existe mais beleza nos processos e nas atitudes do que nas formas.
É certo que o câncer muda a vida da gente, porém eu discordo que ele seja um presente. Ele é uma oportunidade!

Mas… Até quando precisaremos dele para percebermos as belezas que existem em nós e à nossa volta?

"Viver…
E não ter a vergonha de ser feliz… Cantar e cantar e cantar…
A beleza de ser um eterno aprendiz…"


Elis Rejane Busanello
03/abril/2009

Contraceptivo masculino mostra eficácia de 98,8%


GABRIELA CUPANI
JULLIANE SILVEIRA
da Folha de S.Paulo

Um estudo chinês traz resultados promissores para o desenvolvimento de um anticoncepcional hormonal para homens. O ensaio clínico de fase três (última etapa antes de o fármaco ser aprovado para comercialização) foi feito com 1.045 homens chineses de 20 a 45 anos e mostrou que uma injeção mensal de 500 mg de testosterona misturados com óleo de semente de chá tem eficácia de 98,8%. A pílula anticoncepcional feminina, por exemplo, tem eficácia de 97% a 99%.

Todos os voluntários possuíam parceiras férteis de 18 a 38 anos, tinham filhos e histórico médico normal. Após dois anos de acompanhamento, ocorreram nove gravidezes entre as parceiras dos 733 homens que completaram o estudo --o que sugere um índice de falha do método de 1,2%.

Arte/Folha

Os pesquisadores afirmam no trabalho que o uso mensal do fármaco oferece "contracepção efetiva, reversível e confiável". Segundo eles, o óleo de semente de chá propicia uma melhor dispersão do hormônio pelo organismo. A pesquisa foi publicada em março no "Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism".

"A novidade do estudo é a forma de administração em intervalos de um mês --em outros estudos, a administração era semanal. Na pesquisa, o veículo usado [o óleo] garante uma absorção mais lenta", diz o endocrinologista Ricardo Meirelles, presidente da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

O hormônio é injetado por via intramuscular, fica no músculo e passa para a circulação sanguínea aos poucos, sendo absorvido gradativamente. Isso garante níveis mais estáveis de testosterona, afirma Meirelles.

Contras

O uso desse método anticoncepcional ainda causa preocupação na comunidade médica. Vários estudos com a testosterona vêm sendo realizados nos últimos anos, baseados no fato de que a aplicação dessa substância no organismo impediria a ação dos hormônios FSH e LH, que são responsáveis por estimular a produção de espermatozoides. No entanto, apresentaram fatores de risco como potencialização de câncer, infertilidade e baixa ação contraceptiva.

Alguns trabalhos anteriores apontaram que o método pode ser irreversível --o excesso de hormônio, a longo prazo, pode atrofiar os testículos e levar à infertilidade. "Muitos estudos não tiveram sucesso pois esbarraram na questão da fertilidade masculina", afirma o urologista Celso Marzano.

Apesar de os pesquisadores chineses afirmarem que os níveis de espermatozoides voltaram ao normal seis meses após a interrupção da aplicação de testosterona, especialistas acreditam que estudos de prazo mais longo sejam necessários para confirmar a reversibilidade do método.

Outro problema apontado pelos médicos ouvidos pela Folha é a contraindicação no caso de câncer de próstata. O uso em excesso de testosterona poderia favorecer o desenvolvimento de um tumor já existente.

"Não é possível afirmar, do ponto de vista oncológico, que o seguimento de dois anos é o tempo adequado", diz Nilson Roberto de Melo, presidente da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Os voluntários da pesquisa chinesa ainda relataram, como efeitos colaterais, dor no local da injeção, maior incidência de acne e oscilações de humor.

*****************************

Comentário:

Algumas religiões afirmam que o sexo tem como única finalidade a reprodução humana, claro que seu principal objetivo é reprodutivo, mas a sexualidade também é um fator que estimula a união de pessoas e a relação. Entender o limite é compreender que quando priorizamos o prazer acima de tudo, são as paixões e a sensualidade que está a nos governar.

Sobre este assunto, Kardec em o O Livro dos Espíritos nos traz algumas informações importantes no capítulo da Lei da Reprodução:

"686. A reprodução dos seres vivos é uma lei natural?

- Isso é evidente; sem a reprodução, o mundo corpóreo pereceria."

"687. Se a população seguir sempre a progressão constante que vemos, chegará um momento em que se tornará excessiva na Terra?

- Não. Deus provê isso, mantendo sempre o equilíbrio. Ele nada faz de inútil. O homem, que só vê um ângulo do quadro da Natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto."

É até certo ponto possível compreender isto observando a natureza. Se, por um motivo imaginário, os ratos se reproduzissem espantosamente, a Natureza se reequilibra por exemplo aumentando a reprodução de seus predadores, que agora teriam farta alimentação. Se o ser humano se reproduzisse sem controle, a Natureza também encontraria um ponto de equilíbrio, isto estaria ligado ao constante encarne e desencarne de espíritos. Se tentarmos compreender este movimento mais pelo ângulo espiritual do que pelo ângulo humano talvez fique mais fácil a compreensão.

"693. As leis e os costumes humanos que objetivam ou têm por efeito criar obstáculos à reprodução são contrários à lei natural?

- Tudo o que entrava a marcha da Natureza é contrário à lei geral."

"694. Que pensar dos uso que têm por fim deter a reprodução, com vistas à satisfação da sensualidade?

- Isso prova a predominância do corpo sobre a alma e o quanto o homem está imerso na matéria."

Isto não significa que não se deve planejar e controlar a reprodução humana, afinal Deus deu a inteligência e o livre arbítrio para que o homem possa compreender e até certo ponto decidir sobre sua vida. A Deus muito importa a intenção dos nossos atos. Planejar uma gravidez é também um ato de amor no sentido de planejar a sua vida para melhor receber este espírito. Diferentemente daquele que evita a gravidez para que possa apenas usufruir de uma prazer material temporário.

É nesse sentido que o controle reprodutivo torna-se abusivo e sensualista. Como Diz Deolindo Amorim, a doutrina espírita não é a doutrina do não, mas a doutrina da responsabilidade.

(Comentário por: Claudia Cardamone, psicóloga e espírita. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de atendimento fraterno e notícias.)

******************************************************************

Qual a sua opinião?

Refletindo sobre a notícia e sobre o comentário, gostaríamos de saber o que você pensa sobre este assunto. Dê a sua opinião.

Conte prá nós! Participe!

Beijos e abraços.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Qual sua opinião?! - 1 - Mães jovens solteiras


Mães solteiras

(tem o video no site: http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1163767-10345,00.html)

É cada vez maior hoje o número de meninas de 15, 16 anos que são mães solteiras. Algumas escolhem criar os filhos, mesmo sabendo que vão ter que abrir mão de muitas coisas. O que elas não sabem, e só vão conhecer depois, são os obstáculos e as dificuldades que vão ter que enfrentar. “Muitas vão ter que abrir mão da escola e de muitas outras coisas na vida”, disse a coordenadora do Projeto Ex-Cola, Elisabeth Serra. A estudante Karine Pestana teve filho aos 15 anos e sabe bem como a vida muda após um filho. “Estava no início do namoro e, na primeira vez, engravidei. Mas não consigo imaginar a minha vida sem a minha filha”, contou. http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1163767-10345,00.html
========================
COMENTÁRIO :
A única coisa que mudou na sociedade de tempos atrás é que, com o aumento do número de mães solteiras, até o preconceito "se cansou" e está mais sutil, mais tênue. Os pais, na maioria, já não expulsam suas filhas-meninas-mães-solteiras de casa.
Por que o problema persiste?
Por que cada vez mais aumenta o número de jovens mães, que estão cada vez mais jovens?
A falta de informação ainda é o grande vilão?
Se perguntarmos a um adolescente como se evita uma gravidez indesejada ou uma doença sexualmente transmissível ele tem a resposta correta na ponta da língua. Então, por que não põem em prática o conhecimento que recebem?
Será por falta de formação e não de informação, por falta de orientação, por falta de respeito pelo companheiro ou por si mesmo? Eu gostaria mesmo é de ouvir a resposta de um jovem, deste mesmo jovem que está lendo este texto e pensando nas suas razões...
(Por Eloci Mello, membro da Equipe do CVDEE) (negrito nosso)
===========================
QUAL SUA OPINIÃO?!
Lendo a colocação final da Eloci, gostaríamos, também, de saber, qual sua resposta/opinião acerca do assunto. :)
Te aguardamos, tá legal?! :)
beijos e abraços

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Adolescentes desconhecem como funciona pílula do dia seguinte

GABRIELA CUPANI
da Folha de S.Paulo

Apesar de o Ministério da Saúde disponibilizar a pílula do dia seguinte como um dos métodos para prevenir a gravidez na adolescência, na prática os jovens não conseguem tirar proveito desse recurso. Eles esbarram na falta de preparo de profissionais da saúde, que deveriam dar orientações.

O dado é resultado de um estudo ainda em andamento feito pela Faculdade de Saúde Pública da USP, que ouviu 300 adolescentes paulistas entre 12 e 20 anos e 60 profissionais da saúde para investigar a percepção desse público sobre o método. Para 8,3% dos profissionais entrevistados ela serve como abortivo. "Muitos são contra porque desconhecem que ela não provoca um aborto", diz Fernando Lefèvre, um dos coordenadores do estudo.

A pílula --que impede a fertilização do óvulo pelo espermatozoide-- deveria ser prescrita pelo médico e ingerida até 72 horas após a relação sexual desprotegida. "Esse tempo é praticamente insuficiente para marcar uma consulta ou procurar orientações mais detalhadas", observa Lefèvre. Por isso muitos jovens recorrem às farmácias e acabam seguindo recomendações de balconistas.

O estudo também revelou que a grande maioria dos jovens entrevistados é a favor da pílula, mas eles também não conhecem bem seu funcionamento. Para 30% dos homens e 45,26% das mulheres ela serve simplesmente para evitar uma gravidez. Apenas 17,14% deles e 13,36% delas dizem que esse método só deve ser usado em situações de emergência ou de sexo inseguro.

Os resultados ainda são preliminares e servirão de base para a construção de um programa educativo multimídia.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u546466.shtml

********************************

Comentário:

Este artigo demosntra o que dezenas de indivíduos vem falando há décadas. O esclarecimento e a compreensão obtidos através de uma educação constante faz com que o indivíduo determine as suas escolhas pela lógica e pela razão.

A ignorância e o preconceito faz com que instrumentos que possam ser úteis ao homem de alguma forma não sejam utilizados ou sejam mal utilizados causando muitos danos ao ser humano.

Não é apenas a ignorância que prejudica o homem, pois todo espírito nasce na condição de ignorante, porém o orgulho que cega o homem e o impede de se esclarecer satisfatoriamente é o aspecto que mais vem nos prejudicando. Pois ao invés de buscar compreender aquilo que não se sabe, o orgulhoso faz de tudo para não demonstrar isto e acaba demosntrado mais ainda.

A pílula do dia seguinte é um assunto polêmico que deixaria este comentário muito extenso, porém estudar e conhecer o assunto é a única maneira de se posicionar de forma segura e racional.

(Comentário por: Claudia Cardamone, psicóloga e espírita. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de atendimento fraterno e notícias.)


domingo, 14 de junho de 2009

Artigo: Inicio do Espiritismo no Brasil

Entre 1853 e 1854 surgiram no Brasil notícias sobre os fenômenos das "mesas girantes" que ocorriam principalmente nos Estados Unidos da América e na Europa, publicadas no Jornal do Commércio, do Rio de Janeiro, do Diário de Pernambuco, de Recife, e em O Cearense, de Fortaleza.

Primeiro Centro Espírita do Mundo

- Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, fundada em 1º de abril de 1858, por Allan Kardec.

Observação: Na Revista Espírita de abril de 1868, Kardec informa que antes de o Espiritismo ter sido codificado, em Cadiz, na Espanha, já havia um grupo espírita organizado. Diz Kardec: "Os espíritas de Cadiz reivindicam para a sua cidade a honra de ter sido uma das primeiras, senão a primeira na Europa, a possuir uma reunião espírita constituída, e recebendo comunicações regulares dos Espíritos, pela escrita e pela tiptologia, sobre temas de moral e de filosofia. Tal
pretensão é, com efeito, justificada pela publicação de um livro impresso em espanhol, em Cadiz, em 1854." O material apresentado data de 1853.

Primeiro Centro Espírita do Brasil

- Grupo Familiar de Espiritismo, instalado em 17 de setembro de 1865, às 20h30m, por Luís Olímpio Teles de Menezes, na cidade de Salvador, na Bahia.

Em 1866, Luís Olímpio Teles de Menezes publica o opúsculo O Espiritismo – Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, contendo páginas extraídas e traduzidas de O Livro dos Espíritos. Diante dos ataques expressos em Pastoral de D. Manuel Joaquim da Silveira, Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil, Luís Olímpio escreve carta aberta em defesa do Espiritismo, em que, conforme consta da obra Espiritismo Básico, de Pedro Franco Barbosa, ele afirma:

"O Espiritismo tem de passar por provas rudes, e nelas Deus reconhecerá sua coragem, sua firmeza e sua perseverança. Os que se ausentam por um simples temor, ou por uma decepção, assemelham-se a soldados que somente são corajosos em tempo de paz, mas que, ao primeiro tiro, abandonam as armas".

Luís Olímpio Teles de Menezes foi professor primário, estenógrafo, funcionário da Assembléia Legislativa e Oficial da Biblioteca Pública da Bahia. Falava o inglês, o francês, o castelhano e o latim. Escreveu nos seguintes periódicos: Diário da Bahia, Jornal da Bahia, A Época Literária e publicou o romance Os Dois Rivais.

Primeiro jornal espírita do Brasil

- O Eco do Além Túmulo, publicado em julho de 1869, em Salvador, com o esforço de Luís Olímpio Teles de Menezes. Contava com 56 páginas e chegou a circular até no exterior – Londres, Madri, Nova Iorque, Paris. Aparecem referências ao Eco do Além Túmulo na Revista Espírita, edição de outubro de 1869.

Primeiro Centro Espírita do Rio de Janeiro

"Sociedade de Estudos Espiríticos – Grupo Confúcio", fundado em 2 de agosto de 1873. Faziam parte dele elementos da alta sociedade da Corte (Capital do Império), entre eles Joaquim Carlos Travassos e Bittencourt Sampaio. O Grupo se extinguiu em 1879.

Segundo periódico espírita do Brasil

- "Revista Espírita, lançada em 10 de janeiro de 1875, pelo Grupo Confúcio, redigida e dirigida por Antônio da Silva Neto.

Neste ano de 1875 vão aparecendo as traduções para o português das obras de Allan Kardec, feitas por Joaquim Carlos Travassos, com pseudônimo de Fortúnio, e editadas pelo Grupo Confúcio. Ainda neste ano, o tradutor oferece a Bezerra de Menezes um exemplar de O Livro dos Espíritos.

Em 23 de março de 1876 é fundada, no Rio de Janeiro, a "Sociedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade", da qual participavam Bittencourt Sampaio e Antônio Luís Sayão. Mais tarde, a entidade passou a se denominar "Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade".

Havia divergências entre os espíritas do Rio de Janeiro, que de acordo com os pontos de vista defendidos se dividem em místicos e ientificistas, o que resultou na criação de várias instituições.

A data de 28 de agosto de 1881 registra a perseguição oficial ao Espiritismo. Nos periódicos O Cruzeiro e Jornal do Commércio, do Rio de Janeiro, foi anunciada a ordem policial proibindo o fundamento da "Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade e dos Centros filiados.

Em 6 de setembro de 1881, uma comissão de espíritas é recebida pelo Imperador D. Pedro II, que promete não haver mais perseguições aos espíritas, porém elas continuaram a ocorrer. Em 21 de setembro do mesmo ano, a comissão retorna ao Imperador, que volta a afirmar sua
intenção de não permitir perseguições aos espíritas.

Ainda em 6 de setembro de 1881 é realizado o Primeiro Congresso Espírita do Brasil, com o objetivo de reunir e orientar as instituições espíritas.

Em 28 de agosto de 1882 é realizada a Primeira Exposição Espírita do Brasil, na sede da Sociedade Acadêmica Espírita Deus, Cristo e Caridade. A data, aliás, recordava o início da perseguição policial ao Espiritismo.

Em 21 de janeiro de 1883, Augusto Elias da Silva, fotógrafo português radicado no Brasil, publica o Reformador, com seus próprios recursos e cuja direção intelectual fica a cargo do Major Francisco Raimundo Ewerton Quadros. Também neste ano, Augusto Elias da Silva promove
encontra fraternal dos espíritas, em virtude das divergências entre os integrantes das instituições espíritas da ocasião: "Grupo dos Humildes", "Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade", "Centro da União Espírita do Brasil" e "Grupo Espírita Fraternidade", situados no
Rio de Janeiro.

Em 2 de janeiro de 1884 é instalada, na Rua da Carioca nº 120 – sobrado – Rio de Janeiro, a Federação Espírita Brasileira, sendo seu primeiro Presidente o Major Ewerton Quadros, anteriormente já citado.

Em 15 de junho de 1886, Bezerra de Menezes, diante de mais de 1.500 pessoas, no Salão da Guarda Velha (na rua de igual nome, hoje Av. 13 (de maio) faz sua profissão de fé espírita.

Em 1889, Bezerra de Menezes assume a presidência da Federação Espírita Brasileira, em substituição a Ewerton Quadros. Bezerra instituiu o estudo sistematizado de O Livro dos Espíritos em reuniões públicas realizadas no salão da Federação.

Dada a crise administrativa e financeira que passava a Federação, comprometida ainda pelas divergências dos líderes espíritas, e com a renúncia de Julio César Leal, após sete meses no cargo, Bezerra de Menezes, em 3 de agosto de 1895, aceita assumir novamente a presidência da Federação Espírita Brasileira.

Em 10 de dezembro de 1911, a Federação Espírita Brasileira se transfere para a Av. Passos, antiga Rua do Sacramento. Em 27 de outubro de 1937, a Federação é fechada pela Polícia e reaberta três dias depois, por ordem do Dr. Macedo Soares, então Ministro da Justiça.

Em 5 de outubro de 1949, é assinado o Pacto Áureo, na sede da Federação Espírita Brasileira, visando à unificação dos espíritas, fortalecendo os laços de fraternidade. É, então, criado o Conselho Federativo Nacional (CFN), composto dos representantes das entidades adesas à Federação Espírita Brasileira.

Não se deve perder de vista que tanto no Rio de Janeiro, como na Bahia e em todo o Brasil se desenvolvia e se expandia a prática mediúnica da Umbanda e de outros credos afro-brasileiros.

Leitura Complementar:

1. Espiritismo Básico – Pedro Franco Barbosa – FEB.
2. Grandes Espíritas do Brasil – Zêus Wantuil – FEB.
3. Os Intelectuais e o Espiritismo – Ubiratan Machado – Ed. Antares
4. Bezerra de Menezes – F.Acquarone – Ed. Aliança.

Fonte: Grupo Espírita Redenção http://www.redencao..org.br/inicio_espiritismo_no_brasil.htm Acervo de artigos da ABRADE: http://abrade.com.br/site/index.php?

Artigo: O JOVEM E AS QUESTÕES EXISTENCIAIS

O jovem e as questões existenciais


O jovem que está se firmando e se afirmando como ser humano, caminhando para a adultez, muitas vezes se sente perdido e desamparado por não encontrar resposas adequadas que lhe apontem um norte nessa confusão hormonal e sensorial em que ele vive.


A adolescência apresenta uma grande complexidade, principalmente para quem vive esta fase. Frequentemente surgem, nesse período, interrogações, frustrações e situações embaraçosas, além das questões existenciais tais como: "Quem sou eu?", " Qual o sentido da vida?".


A busca de respostas para suas dúvidas e angústias existenciais, segundo Solange Rodrigues, do Observatório Jovem, a abertura ao novo, a extrema curiosidade, a liberdade frente às exigências incompreensíveis, a crítica aguçada quando percebem nos líderes sociais atitudes consideradas inadequadas, frustra o jovem que não encontra um modelo para se espelhar e busca nos seus pares as referências que não encontra fora do se grupo.


Ao passar por problemas de adaptação ao mundo, o jovem acaba por criar um sentimento de revolta contra os pais e contra a sociedade. Paulo Antonio Ferreira, em Discutindo a Espiritualidade, enfatiza que os colegas possuem os mesmos problemas e com eles os jovens podem se sentir à vontade, passando assim a servirem de modelos uns para os outros, aprendendo mecanismos de defesa mais fáceis de compreender como a ironia, a hostilidade e a violência. Procuram referências de comportamento na televisão, nos livros, nos filmes e nas notícias de jornais, embora esta não seja a melhor forma de aprender. Aos poucos começam a achar que seus pais sabem ainda menos do que eles, que estão atrasados em relação ao que se passa no mundo de hoje.


O Espiritismo traz a contribuição definitiva para essa fase da vida pela compreensão de como se processa a evolução espiritual, através de sucessivas encarnações, trazendo respostas para todas as questões existenciais. O jovem descobre no Espiritismo as respostas para seus questionamentos e é estimulado a construir um caminho seguro, orientado pela fé raciocinada.


Divaldo Franco nos ensina que O Espiritismo é, essencialmente, uma doutrina para jovens e adolescentes, tendo em vista o seu conteúdo iluminativo, de fácil aplicação no cotidiano e libertador de tabus e influências perniciosas. Esclarecendo a mente e confortando o sentimento, o Espiritismo fascina as mentes juvenis, convidando-as a reflexões demoradas e a comportamentos saudáveis. Infelizmente, o exemplo dos pais no lar, nem sempre compatível com as lições ministradas pela Doutrina Espírita, constitui um grande impedimento para o estudo e a vivência dos postulados espiritistas por esses candidatos juvenis. O exemplo no lar é de fundamental importância para o despertamento dos jovens e adolescentes para o estudo e a vivência do Espiritismo, ao mesmo tempo em que instrutores jovens e sinceros tornem-se líderes em relação aos demais membros do grupo juvenil (Jornal Mundo Espírita, 2008).


Assim é que se pode dizer com segurança que no Espiritismo o jovem certamente poderá encontrar, além das respostas para suas dúvidas existenciais, também a diretriz para as escolhas que terá que enfrentar no caminho evolutivo, e tornar-se um adulto em condições de orientar outros jovens no futuro.

(Eloci Mello é membro da Equipe do CVDEE)