sábado, 28 de abril de 2018

Crie a história - Desenvolva o tema na ótica espírita






Conversando com Léon Denis - A Prece(II)


Você saiba?!


Crie a história e desenvolva o tema à luz da Doutrina Espírita



Conversando com Léon Denis - Viver


Você sabia?!


Crie a história e desenvolva o tema à luz do Espiritismo


quarta-feira, 25 de abril de 2018

Café com Luz - Justiça humana e divina


E, aí! Já leu?!


Espiritirinha - Deve ir


Peça teatral: Entre Dois Mundos


Arara da felicidade


Reflexão...


Vozes interiores reflexões - Raiva, inveja, ciúme e ódio são...


terça-feira, 24 de abril de 2018

Peça Teatral: O Semeador de Estrelas



Viver e não ter vergonha de ser feliz!


Viver e não ter vergonha de ser feliz!



Desde o seu lançamento, a música O que é, o que é [1982], do cantor e compositor Gonzaguinha, que contém a afirmativa de que a vida é bonita e é bonita, tem sido expressão artística que cumpre o seu papel de expressar ao mundo o bem e o belo.

Da mesma forma que essa música nos instiga a refletir e celebrar a vida, a Doutrina Espírita deve ser levada como alegre canção aos ouvidos e corações dos nossos jovens, revelando-lhes a beleza da sabedoria, da bondade e da justiça divina, auxiliando-os a encontrar respostas para perguntas que, muito provavelmente, ressoem em seu íntimo questionador, como a que é proposta pelo compositor: E a vida? E a vida o que é, diga lá, meu irmão?

O Espiritismo é revelação divina aos homens; um presente que nos é ofertado para nos auxiliar a decifrarmos o enigma da vida, para melhor compreendermos seu sentido, para nos fortalecermos ante as adversidades, para promover o ser humano na sua condição de Espírito imortal, filho de Deus. Deve, portanto, cumprindo seu papel de Consolador Prometido por Jesus, auxiliar na compreensão da vida como dádiva divina, sopro do Criador, numa atitude repleta de amor, segundo a própria canção.

Com o conhecimento espírita fica muito mais leve para o jovem cantar a beleza de ser um eterno aprendiz, pois passa a compreender a existência no corpo físico como parte de um processo de aprendizado na grande escola da vida, onde somos todos alunos sujeitos a erros e acertos, sob o amparo constante do Grande Mestre que é Jesus e que estará sempre conosco, auxiliando e retomando a lição a cada vez que se faça necessária.

Com essa visão, o jovem poderá vivenciar em maior plenitude não a tristeza ou frustração do erro ou do não saber, mas a alegria da possibilidade do aprendizado, da conquista e da realização.

Muito provavelmente também o jovem pense que a vida devia ser bem melhor e a Doutrina Espírita o auxiliará a ter certeza de que realmente será. Conhecendo e compreendendo a Lei de Progresso perceberá que as dificuldades são transitórias, que tudo caminha para a melhoria, que tudo progride incessantemente e que, neste momento evolutivo da Humanidade, que habita o planeta Terra, a alternância entre alegria e lamento é natural; que estamos expiando um passado de equívocos e que temos de provar as nossas conquistas evolutivas através do esforço e da resignação ante os percalços do caminho e dos desafios que se nos apresentem.

A vida é maravilha em que o sofrimento é bênção divina para o despertamento de Espíritos adormecidos que ainda somos ante as verdades espirituais.

Sob a perspectiva da imortalidade da alma, por mais que momentos de dificuldade pareçam intermináveis, que tenha a momentânea sensação de que realizações pareçam quase impossíveis de serem alcançadas, terá também a plena noção de que a vida é uma gota, é um tempo, que nem dá um segundo e, portanto, deve ser muito bem aproveitada. Cada segundo, cada minuto, cada hora, é oportunidade preciosa de conquista e realização na caminhada evolutiva, que precisa ser valorizada, através de escolhas mais conscientes sobre o que realmente é importante ser vivido.

Da mesma forma, toda dúvida, dor,  crise, serão breves e oportunos momentos de crescimento e aprendizado para o Espírito imortal.

Com o conhecimento das leis divinas perceberá, ainda, a responsabilidade perante a sua vida e também daqueles que convivem no mesmo meio onde esteja inserido, sejam sua família, sua escola, sua cidade, seu país. Verá a si mesmo como agente transformador, capaz de ser melhor a cada dia e, por consequência, com a capacidade de melhorar o ambiente onde vive, responsável pela construção de um futuro mais ditoso ou infeliz, segundo as suas ações atuais, colhendo segundo a sua semeadura, conforme a lei de causa e efeito, percebendo que somos nós que fazemos a vida, como der, ou puder, ou quiser, de acordo com a nossa vontade.

Através dessas e de muitas outras reflexões que a Doutrina Espírita nos proporciona, temos de acolher e envolver os nossos jovens de forma a lhes permitir cada vez mais descobrir a imensa alegria de viver e não ter a vergonha de ser feliz. Não ter a vergonha de se expressar, de questionar, de expor suas dúvidas, seu pensamento; de ser diferente, de ousar ser feliz respeitando a si mesmo e o seu próximo, respeitando suas limitações, seus equívocos, como também valorizando suas conquistas.

A Doutrina Espírita é poderoso recurso para que os jovens possam valorizar ao máximo as suas vidas e, mesmo ante toda a desigualdade ainda existente, ante a aparente injustiça prevalente no mundo, ter a certeza e a coragem de viver cada dia reafirmando para si mesmos que esta é a vida! E que é bonita e é bonita!

Fonte: Jornal Mundo Espírita - FEP

Artigo: Desigualdade social

Desigualdade social

 Por Antônio Moris Cury

Perante Deus todos os homens são iguais, todos tendem para o mesmo fim e Suas leis foram feitas para todos. (q. 803 de O Livro dos Espíritos)

Sobre esta questão, muito interessante o comentário pessoal do Professor Rivail, o nosso Allan Kardec, a saber: Todos os homens estão submetidos às mesmas Leis da Natureza. Todos nascem igualmente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus a nenhum homem concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos seus olhos, são iguais.

Assim sendo, todos somos iguais perante Deus, tendemos à mesma meta: a perfeição relativa e a felicidade suprema. As Leis Naturais são perfeitas e imutáveis e se aplicam a todos, não só aos que no planeta Terra agora se encontram, mas a todos os que se acham espalhados pelo Universo, vivenciando novas experiências de evolução intelectual e moral [Na atualidade, há quem cogite, e até mesmo admita, a existência de mais de um Universo. Se assim se comprovar, será, sem dúvida, obra de Deus, nosso Pai Universal, Criador de todas as coisas].

É deveras importante saber que todos nascem iguais, igualmente fracos e sujeitos às mesmas dores, simples e ignorantes (sem saber) e partem do mesmo ponto inicial, ou seja, com idênticas oportunidades de crescimento, progresso e evolução. Embora muitas vezes sem sequer nos darmos conta, o fato é que somos regidos, somos governados, pelas mesmas leis, que, por sinal, valem para todo o Universo e não mudam, porque são perfeitas. Não há, portanto, superioridade natural.

De onde advém, então, a desigualdade social? Advém do homem, do ser humano, pois, a toda evidência não pode ser obra de Deus. (q. 806 de O Livro dos Espíritos)

Deus é a Inteligência Suprema, Causa primária de todas as coisas. (q. 1 da obra citada) Infelizmente, ainda predominam no planeta o orgulho e o egoísmo, sem dúvida, as duas maiores chagas, que, como se por si já não bastassem, geram outros problemas, de que são alguns exemplos a ganância, a vaidade, a arrogância, a soberba, a avareza, a usura, causando danos e prejuízos, às vezes, de enorme monta, a centenas de outras pessoas, sem que se deem conta de que somos apenas usufrutuários dos bens adquiridos e/ou concedidos. Esquecem que eles aqui na Terra continuarão quando a desencarnação os alcançar, passando a seus herdeiros ou sucessores, e assim sucessivamente. Esquecem também que levarão para o outro lado da Vida, para o Plano Espiritual, apenas o conhecimento obtido e consolidado e as virtudes que tiverem sido conquistadas

[naturalmente, os erros, males e equívocos que não tiverem sido superados e devidamente reparados].

Não é preciso despojar-se dos bens adquiridos pelo trabalho honesto, porquanto é legítima a aspiração por conforto e bem-estar, para si e para sua família. Mas, completamente diferente é agir com ganância, imaginando que estará seguro e amparado, mesmo que isso implique prejuízo e dano para outros; em que o orgulho e, sobretudo, o egoísmo dizem presente, com desprezo completo ao bom senso, à real necessidade e ao equilíbrio das relações humanas e sociais.

Claro que O direito de viver dá ao homem o de acumular bens que lhe permitam repousar quando não mais possa trabalhar, mas ele deve fazê-lo em família, como a abelha, por meio de um trabalho honesto, e não como egoísta. Há mesmo animais que lhe dão o exemplo de previdência (q. 881 de O Livro dos Espíritos), razão pela qual é da maior importância combater o egoísmo, uma de nossas chagas sociais.

Entretanto, cumpre não perder de vista que: De todas as imperfeições humanas, o egoísmo é a mais difícil de desenraizar-se porque deriva da influência da matéria, influência de que o homem, ainda muito próximo de sua origem, não pôde libertar-se e para cujo entretenimento tudo concorre: suas leis, sua organização social, sua educação. O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida moral for predominando sobre a vida material e, sobretudo, com a compreensão, que o Espiritismo vos faculta, do vosso estado futuro, real e não desfigurado por ficções alegóricas. Quando, bem compreendido, se houver identificado com os costumes e as crenças, o Espiritismo transformará os hábitos, os usos, as relações sociais. (q. 917 de O Livro dos Espíritos)

Valhamo-nos também de O Evangelho segundo o Espiritismo, que não deixa qualquer margem à dúvida:O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens. (cap. XI, item 11)

Devemos combater com todas as nossas forças o egoísmo, filho do orgulho, esse monstro devorador de todas as inteligências, sempre e sempre, a fim de que, ainda que a pouco e pouco, venha a ser substituído pelo altruísmo, que significa ter interesse pelo bem-estar do próximo!

Por fim, em termos de desigualdade social, a única desigualdade que se admite é a do merecimento, esta, sim, legítima por estar vinculada ao esforço, à dedicação, ao aprendizado, ao conhecimento de cada um. Uma espécie de meritocracia.

Sigamos em frente, cada um cumprindo a parte que lhe compete realizar, sendo útil onde quer que se encontre, e cada vez mais útil, e, sobretudo, sendo pessoa de bem, voltada para o bem e para a sua prática.

 Por Antônio Moris Cury - Fonte Jornal Mundo Espírita - FEP

Filme: Paulo, Apóstolo de Cristo


Trailer:


VI Seminário de Medicina e Espiritualidade - Cidade do Porto


27 e 28 de Outubro na cidade do Porto VI Seminário de Medicina e Espiritualidade
Diversos temas serão abordados por médicos e psicólogos estudiosos da doutrina espírita no auditório do Seminário de Vilar, próximo do Palácio de Cristal.

Entre os oradores contam-se Jorge Daher, Décio Iandoli Júnior, Roberto Lúcio e Gelson Roberto… saiba tudo no site da AME Norte!
Contacto por e-mail - norte.ameportugal@gmail.com


segunda-feira, 23 de abril de 2018

Pergunta feita: Quais são os rituais do Espiritismo?

Pergunta: Quais são os rituais no Espiritismo?

Resposta: Não existem rituais no Espiritismo.

A Doutrina Espírita não adota em suas reuniões ou em suas práticas:

- paramentos ou quaisquer vestes especiais;
- vinho ou qualquer bebida alcoólica;
- incenso, mirra, fumo, ou substâncias outras que produzam fumaça;
- altares, imagens, andores, velas e quaisquer objetos materiais como auxiliares de atração do público;
- hinos ou cantos em línguas mortas ou exóticas;
- danças, procissões ou atos análogos;
- atender a interesses materiais, rasteiros ou mundanos;
- pagamento por toda e qualquer atividade exercida pelo próximo;
- talismãs, amuletos, orações miraculosas, bentinhos, escapulários ou qualquer objeto;
- administração de sacramentos, concessão de indulgências, distribuição de títulos nobiliárquicos;
- confeccionar horóscopo, exercer a cartomancia, quiromancia e outras mancias;
- rituais e encenações extravagantes de modo a impressionar o público;
- fazer promessas e despachos, riscar cruzes e pontos, praticar, enfim, a longa série de atos materiais oriundos das velhas e primitivas concepções religiosas.

Ser "Espírita" é... (Jorge Hessen)

Ser "Espírita" é...

Jorge Hessen
Jorgehessen@gmail.com

Toda convicção religiosa é importante, todavia, se buscamos a Doutrina Espírita, não podemos negar-lhe fidelidade.(1) Por inúmeras razões precisamos preservar a incoluminidade doutrinária. Até porque, ante as funções educativas das crenças religiosas, em geral, explica Emmanuel: só a Doutrina Espírita permite-nos o livre exame, com o sentimento livre de compressões dogmáticas, para que a fé contemple a razão, face a face.(2) 

Se as religiões "preparam" as almas para punições e recompensas no além-túmulo, só o conceitos kardecianos elucidam que todos colheremos conforme a plantação que tenhamos lançado à vida, sem qualquer privilégio na Justiça Divina. A Doutrina codificada por Allan Kardec nos oferece a chave precisa para a verdadeira interpretação do Evangelho. Por representar em si mesmo a liberdade e o entendimento. 

Há quem interprete seja a Terceira Revelação obrigada a miscigenar-se com todas as peripécias aventureiras e com todos os exotismos religiosos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula. Mas temos que acautelar-nos sobre esse lisonjeiro ecletismo, buscando dignificar a Doutrina que nos consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade (3) para que não colaboremos, sub-repticiamente, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento. 

O legado da tolerância não se pode transfigurar na omissão da obrigatória advertência verbal ante às enxertias conceituais e práticas anômalas que alguns confrades intentam impor nas hostes do movimento doutrinário. Inobstante repelir as atitudes extremas não devemos abrir mão da vigilância exigida pela pureza dos postulados espíritas e não hesitemos, quando a situação se impõe, no alerta sobre a fidelidade que devemos a Kardec e a Jesus.

É importante não esquecermos que nas pequeninas concessões vamos descaracterizando o projeto da Terceira Revelação. É óbvio que a luta pela pureza e simplicidade doutrinária sem vivê-la é consolidar focos de perturbação, impondo normas para os outros, despreocupados da própria vigília. Destarte, para evitarmos determinadas práticas perfeitamente dispensáveis em nome do Espiritismo, entendamos que prática de fidelidade aos preceitos kardecianos é processo de aprendizagem com responsabilidade nas bases da dignidade cristã, sem quaisquer laivos de fanatismo, tendente a impossibilitar discussão sadia em torno de questões controversas , porém não olvidemos que Espírita deve ser o nosso caráter, ainda mesmo nos sintamos em reajuste, depois da queda. Espírita deve ser a nossa conduta, ainda mesmo que estejamos em duras experiências. 

Espírita deve ser o nome do nosso nome, ainda mesmo respiremos em aflitivos combates conosco mesmo. Espírita deve ser o claro adjetivo de nossa instituição, ainda mesmo que, por isso, nos faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres.(4) E, ainda, Emmanuel admoesta: Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo. E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos. Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas. (5)  

Referências bibliográfica:
§  XAVIER, Francisco Cândido. Religião dos Espíritos, ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ:Ed. FEB, 2003
§  2- Idem
§  3- Idem
§  4- Idem
§  5- Idem
(Fonte: Rede Amigo Espírita)

Livro em estudo: Grilhões Partidos - B015 – Capítulo 11 – Epilepsia, Primeira parte


Livro em estudo: Grilhões Partidos – Editora LEAL - 1974
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

B015 – Capítulo 11 – Epilepsia, Primeira parte

Capítulo 11
Epilepsia

Pergunta: 266. “Não parece natural que se escolham as provas menos dolorosas?”
Resposta: “Pode parecer-vos a vós; ao Espírito, não. Logo que este se desliga da matéria, cessa toda ilusão e outra passa a ser a sua maneira de pensar.” “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” — Parte 2ª — Capítulo 6º.
Concluída a assistência à senhora Eudóxia, o amoroso Mentor convidou nos a observar uma jovem que dormia desassossegadamente. De quando em quando era sacudida por tremores violentos, ao tempo em que exsudava abundantemente. Não ultrapassara os vinte anos, embora o desgaste orgânico que a consumia.
Observamos que, a despeito do ressonar angustiado, não se encontrava exteriorizada, antes parecia agitada em espírito, com visíveis sinais de perturbação psíquica.
De repente pareceu despertar e, assustada, com os olhos desmesuradamente abertos, pôs-se a gritar como se possuída por sevícias rigorosas.
Incontinente, no estado de alucinação, ergueu-se contorcendo-se, tremendo como varas verdes e tombou, convulsionada. O rosto experimentou forte congestão, enquanto os membros mantiveram-se rígidos por alguns segundos, após as convulsões hipertônicas. Logo depois, retorceu-se-lhe a face e a boca cerrou-se fortemente mordendo a língua. Advieram as convulsões clônicas, com os movimentos de flexão e extensão dos membros e da cabeça em desconcerto, expulsão de urina e a conseqüente coma que a dominou, mantendo-a inconsciente por alguns breves minutos.
Cessada a crise epiléptica, despertou ignorando o que ocorrera e, apesar do cansaço que denotava, levantou-se, atônita, com cefaléia, sendo vítima da por novo acesso, qual se fora acometida de violenta incorporação mediúnica...
Com o olhar vigilante, porém, não conseguimos identificar a presença de qualquer agressor desencarnado.
Ante a minha surpresa, esclareceu o Instrutor afável e cônscio:
— Estamos diante de uma problemática epiléptica genuína, mui diferente da classificada como bravais-jacksoniana, também chamada cortical, em razão de somente manifestar-se quando há lesões do córtex cerebral motor, — sistema nervoso central — que é o fator causal das convulsões tônicas e clônicas paroxísticas, que iniciam num grupo muscular de um membro.
No caso em pauta a progressão da enfermidade está conduzindo a paciente ao estado de mal epiléptico, graças ao fato de se prolongarem as crises sucessivamente por várias horas, quando, não raro, pelas conseqüências que impõe ao organismo, em forma de cargas excedentes, poderá ocasionar-lhe a desencarnação, mediante colapso ou conseqüente a processos de encefalite aguda, inevitável. Outras vezes, a sucessão das crises produz perturbações nervosas graves que conduzem o enfermo a total demência irreversível.”
Fazendo uma pausa, como a formar juízo para valiosas considerações prosseguiu:
— Este é importante capítulo da Neuropatologia que merece acurada atenção, particularmente dos estudiosos do Espiritismo, tendo em vista a parecença das síndromes epilépticas com as disposições medianímicas, no transe provocado pelas Entidades sofredoras ou perniciosas. Mui freqüentemente, diante de alguém acometido pela epilepsia, assevera-se que se trata de “mediunidade a desenvolver”, qual se a faculdade mediúnica fora uma expressão patológica da personalidade alienada. Graças à disposição simplista de alguns companheiros pouco esclarecidos, faz-se que os pacientes enxameiem pelas salas mediúnicas, sem qualquer preparação moral e mental para os elevados tentames do intercâmbio espiritual.
Não desconhecemos que toda enfermidade procede do Espírito endívidado, sendo a terapêutica espiritista de relevante valia. Convém, porém, considerar, que antes de qualquer esforço externo se há que predispor o paciente à renovação íntima, intransferível, ao esclarecimento, à educação espiritual, a fim de que se conscientize das responsabilidades que lhe dizem respeito, dando início ao tratamento que melhor lhe convém, partindo de dentro para fora. Posteriormente, e só então, se fará lícito que participe dos labores significativos do ministério mediúnico, na qualidade de observador, cooperador e instrumento, se for o caso.
Não obstante suas causas reais e remotas estejam no Espírito que ressarce débitos, há fatores orgânicos que expressam as causas atuais e próximas, nas quais se fundamentam os estudiosos para conhecer e tratar a epilepsia com maior segurança, através dos anticonvulsivos.”
Fez nova pausa, olhou a enferma que se encontrava em coma, dando curso à explicação:
— Pela lei das afinidades, o Espírito calceta é atraído antes da reencarnação à progênie, na qual se encontram os fatores genéticos de que tem necessidade para a redenção. Quase sempre seus genitores estão vinculados, em grupos familiares, a esses Espíritos em trânsito doloroso, o que constitui, normalmente, manifestação hereditária, com procedência nos graves males do alcoolismo paterno, no uso dos tóxicos, a se expressarem por meio de fatores múltiplos, tais a fragilidade orgânica, as excitações psíquicas, as infecções agudas que geram seqüelas lamentáveis... Os mais credenciados mestres discutem se as suas causas matrizes são resultado da intoxicação endógena ou conseqüentes aos distúrbios das glândulas de secreção interna, responsáveis pela cognominada epilepsia genuína. Além dessas há aqueloutras resultantes dos traumatismos cranianos, das afecções como a sífilis, a encefalite, os tumores localizados no sistema nervoso central, as emocionais, e alguns Autores admitem que a essencial ou idiopática está mais ligada às leis da hereditariedade, não obedecendo a um mecanismo patogênico definido.
Mesmo nesses casos, temos que levar em conta os fatores cármicos incidentes para imporem ao devedor o precioso reajuste com as leis divinas, utilizando-se do recurso da enfermidade-resgate, expiação purgadora de elevado benefício para todos nos.
Utilizando-me do silêncio natural, alvitrei uma indagação:
— E as sessões mediúnicas não produziriam resultado salutar, em casos dessa natureza?
Sem demonstrar enfado, esclareceu o sábio Instrutor:
— Sem dúvida, a dívida persiste enquanto se não a regulariza.
Considerando-se que o devedor se dispõe à renovação, com real propósito de reajustamento íntimo, modificando as paisagens mentais a esforço de leitura salutar, oração e reflexão com trabalho edificante em favor do próximo e de si mesmo, mudam-se-lhe os quadros provacionais, e providências relevantes são tomadas pelos Mensageiros encarregados da sua reencarnação, alterando-lhe a ficha cármica. Como vê, o homem é o que lhe compraz, o que cultiva...
O Evangelho, dessa forma, é a mais avançada terapêutica de que se tem notícia para o homem que se resolve vivê-lo em plenitude.”

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – O benfeitor Bezerra de Menezes, ao analisar uma jovem, constatou nela a epilepsia genuína, isto é, fundada em causas puramente materiais: lesões no córtex cerebral. Observou, ainda, que muitos grupos espíritas, equivocadamente e de maneira simplista, tomam a epilepsia como “mediunidade a desenvolver”, numa generalização prejudicial. Quais prejuízos poderão advir desta prática de classificar de “mediunidade a desenvolver” novos integrantes, para o Espiritismo, para o grupo mediúnico e para os próprios sujeitos?

2 – De que modo as sessões mediúnicas poderiam produzir efeitos salutares diante das epilepsias genuínas?

Bom estudo a todos!!
Equipe Manoel Philomeno

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

------------------------------------------------------
EESE – Cap. XXVI – Itens 5 a 10
Tema: Mercadores expulsos do templo
          Mediunidade gratuita

------------------------------------------------------

A - Texto de Apoio:

Mercadores expulsos do templo

5. Eles vieram em seguida a Jerusalém, e Jesus, entrando no templo, começou por expulsar dali os que vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e os bancos dos que vendiam pombos: - e não permitiu que alguém transportasse qualquer utensílio pelo templo. - Ao mesmo tempo os instruía, dizendo: Não está escrito: Minha casa será chamada casa de oração por todas as nações? Entretanto, fizestes dela um covil de ladrões! - Os príncipes dos sacerdotes, ouvindo isso, procuravam meio de o perderem, pois o temiam, visto que todo o povo era tomado de admiração pela sua doutrina. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 15 a 18; - S. MATEUS, cap. XXI, vv. 12 e 13.)

6. Jesus expulsou do templo os mercadores. Condenou assim o tráfico das coisas santas sob qualquer forma. Deus não vende a sua bênção, nem o seu perdão, nem a entrada no reino dos céus. Não tem, pois, o homem, o direito de lhes estipular preço.

Mediunidade gratuita

7. Os médiuns atuais - pois que também os apóstolos tinham mediunidade -igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que não lhes pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de suas concepções, nem de suas pesquisas, nem de seus trabalhos pessoais. Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais pobre fique dela privado e possa dizer: não tenho fé, porque não a pude pagar; não tive o consolo de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição dos que pranteio, porque sou pobre. Tal a razão por que a mediunidade não constitui privilégio e se encontra por toda parte. Fazê-la paga seria, pois, desviá-la do seu providencial objetivo.

8. Quem conhece as condições em que os bons Espíritos se comunicam, a repulsão que sentem por tudo o que é de interesse egoístico, e sabe quão pouca coisa se faz mister para que eles se afastem, jamais poderá admitir que os Espíritos superiores estejam à disposição do primeiro que apareça e os convoque a tanto por sessão. O simples bom senso repele semelhante ideia. Não seria também uma profanação evocarmos, por dinheiro, os seres que respeitamos, ou que nos são caros? E fora de dúvida que se podem assim obter manifestações; mas, quem lhes poderia garantir a sinceridade? Os Espíritos levianos, mentirosos, brincalhões e toda a caterva dos Espíritos inferiores, nada escrupulosos, sempre acorrem, prontos a responder ao que se lhes pergunte, sem se preocuparem com a verdade. Quem, pois, deseje comunicações sérias deve, antes de tudo, pedi-las seriamente e, em seguida, inteirar-se da natureza das simpatias do médium com os seres do mundo espiritual. Ora, a primeira condição para se granjear a benevolência dos bons Espíritos é a humildade, o devotamento, a abnegação, o mais absoluto desinteresse moral e material.

9. A par da questão moral, apresenta-se uma consideração efetiva não menos importante, que entende com a natureza mesma da faculdade. A mediunidade séria não pode ser e não o será nunca uma profissão, não só porque se desacreditaria moralmente, identificada para logo com a dos ledores da boa-sorte, como também porque um obstáculo a isso se opõe. E que se trata de uma faculdade essencialmente móvel, fugidia e mutável, com cuja perenidade, pois, ninguém pode contar. Constituiria, portanto, para o explorador, uma fonte absolutamente incerta de receitas, de natureza a poder faltar-lhe no momento exato em que mais necessária lhe fosse. Coisa diversa é o talento adquirido pelo estudo, pelo trabalho e que, por essa razão mesma, representa uma propriedade da qual naturalmente lícito é, ao seu possuidor, tirar partido. A mediunidade, porém, não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade. Pode subsistir a aptidão, mas o seu exercício se anula. Daí vem não haver no mundo um único médium capaz de garantir a obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado instante. Explorar alguém a mediunidade é, conseguintemente, dispor de uma coisa da qual não é realmente dono. Afirmar o contrário é enganar a quem paga. Há mais: não é de si próprio que o explorador dispõe; é do concurso dos Espíritos, das almas dos mortos, que ele põe a preço de moeda. Essa ideia causa instintiva repugnância. Foi esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, pela ignorância, pela credulidade e pela superstição que motivou a proibição de Moisés. O moderno Espiritismo, compreendendo o lado sério da questão, pelo descrédito a que lançou essa exploração, elevou a mediunidade à categoria de missão. (Veja-se: O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVIII. - O Céu e o Inferno, 1ª Parte, cap. XI.)

10. A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Podem por-lhes preço. O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam.
Procure, pois, aquele que carece do que viver, recursos em qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam.

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Qual o significado da expulsão dos mercadores do templo?
2 - Por que não se cobra pela mediunidade?
3 - Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique. 

Vozes interiores reflexões - Asublime tarefa de dar esmolas...


domingo, 22 de abril de 2018

Rede Amigo Espírita - II Encontro Fraternidade sem Fronteiras (Décio Iandoli Jr. - Andrei Moreira)

20/04/2018
21/04/2018

Entre Dois Mundos - Sonhos


Mural reflexivo: Autonomia Nas Ações


"Cada dia é o dia do julgamento, e nós, com nossos atos e nossas palavras, com nosso silêncio e nossa voz, vamos escrevendo continuamente o livro da vida. A luz veio ao mundo e cada um de nós deve decidir se quer caminhar na luz do altruísmo construtivo ou nas trevas do egoísmo. Portanto, a mais urgente pergunta a ser feita nesta vida é: 'O que fiz hoje pelos outros?'" - Martin Luther King
Autonomia Nas Ações


    Conta um escritor que certo dia acompanhou um amigo até à banca de jornais onde este costumava comprar o seu exemplar diariamente.

    Ao se aproximarem do balcão, seu amigo cumprimentou amavelmente o jornaleiro e como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.

    O amigo pegou o jornal, que foi jogado em sua direção, sorriu, agradeceu e desejou um bom final de semana ao jornaleiro.

    Quando ambos caminhavam pela rua, o escritor perguntou ao seu amigo:

    - Ele sempre o trata assim, com tanta grosseria?

    - Sim, respondeu o rapaz. Infelizmente é sempre assim.

    - E você é sempre tão polido e amigável com ele? Perguntou novamente o escritor.

    - Sim, eu sou, respondeu prontamente seu amigo.

    - E por que você é educado, se ele é tão grosseiro e inamistoso com você?

    - Ora, respondeu o jovem, por que não quero que ele decida como eu devo ser.

... 
    E você, como costuma se comportar diante de pessoas rudes e deseducadas?

    Importante questão esta, que nos oferece oportunidade de refletir sobre a nossa maneira de ser, nas mais variadas situações do dia-a-dia.

    É comum as pessoas justificarem suas ações grosseiras com o comportamento dos outros, mas essa é uma atitude bastante imatura e incoerente.

    Primeiro, porque, se reprovamos nos outros a falta de educação, temos a obrigação de agir de forma diferente, ou então somos iguais e de nada temos que reclamar.

    E se já temos a autonomia para nos comportar educadamente, sem nos fazer espelho de pessoas mal-humoradas deveremos ter, igualmente, a grandeza de alma para desculpar e exemplificar a forma correta de tratar os outros.

    Se o nosso comportamento, a nossa educação, depende da forma com que somos tratados, então não temos autonomia, independência, liberdade intelectual nem moral para nos conduzir por nós mesmos.

    Quando agimos com cortesia e amabilidade diante de pessoas agressivas ou deseducadas, como fez o rapaz com o jornaleiro, estaremos fazendo a nossa parte para a construção de uma sociedade mais harmoniosa e mais feliz.

    O que geralmente acontece, é que costumamos refletir os atos das pessoas com as quais vivemos, sem nos dar conta de que acabamos fazendo exatamente o que tanto criticamos nos outros.

    Se as pessoas nos tratam com aspereza, com grosseria ou falta de educação, estão nos mostrando o que têm para oferecer. Mas nós não precisamos agir da mesma forma, se temos uma outra face da realidade para mostrar.

    Assim, lembremos sempre que, quando uma pessoa nos ofende ou maltrata, o problema é dela, mas quando nós é que ofendemos ou maltratamos, o problema é nosso.

    Por isso, é sempre recomendável uma ação coerente avalizada pelo bom senso, ao invés de uma reação impensada que poderá trazer consigo grande soma de dissabores.

    Pense nisso!

    Se lhe oferecem grosseria, faça diferente: seja cortês.

    Se lhe tratam com aspereza, responda com amabilidade.

    Se lhe dão indiferença, doe atenção.

    Se lhe ofertam mau humor, retribua com gentileza.

    Se lhe tratam com rancor, responda com ternura.

    Se lhe presenteiam com o ódio, anule-o com o amor.

    Agindo assim você será realmente grande, pois quanto mais alguém se aproxima da perfeição, menos a exige dos outros.

(Equipe do site www.momento.com.br, com base em história de John Powell)