sábado, 17 de agosto de 2013

Espero que você seja...


Espero que Você Seja ...Paciente

Joamar Zanolini Nazareth



Certo homem arrancava admiração da pequena comunidade onde vivia, por aparentar ser um homem virtuoso e correto em sua vida.
Invejado por um grupo de rapazes, que se incomodavam com o respeito que angariava de todos, sofreu boatos caluniosos, prejuízos financeiros e convites maliciosos para viciar-se, mas ele permaneceu trabalhando, se negando a ceder a tais arrastamentos.
Por fim, desistiram seus algozes de perturbá-lo.
Contudo, tendo que acolher uma cunhada que enviuvara, a recebeu, assim como seus dois filhos, de 8 e 10 anos, crianças extremamente mal orientadas.
A cunhada era uma pessoa preguiçosa. Assim, todos os dias eram discussões e brigas, expondo um problema comum à maioria das pessoas: a falta de paciência.

A vida dele virou um "inferno", e as pessoas conheceram um lado dele, o de homem impaciente, que passou a se encolerizar com os mínimos problemas.
Ser paciente é um dos maiores desafios do homem e da mulher da vida moderna. Com tantas pressões, correrias, estresses e compromissos, parece que a paciência virou artigo de luxo entre as pessoas.
Tal virtude demonstra ser uma das mais valiosas para quem deseje ser feliz e viver em harmonia com os demais.
Casamentos que terminam, separações entre pais e filhos, relações sociais, profissionais, religiosas e em geral que se azedam pela falta de paciência parecem tomar a dimensão de uma epidemia.
Sejamos pacientes. Desde a antiguidade que se conhece que paciência é a ciência da paz.
Quem desejar amar e ser amado, ser feliz e irradiar alegria de viver, que amealhe tamanho tesouro.

(autor: Joamar Zanolini Nazareth)

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Conselho Federal de Medicina contraria juramento médico e apoia aborto

Conselho Federal de Medicina contraria juramento médico e apoia aborto

Redação do Diário da Saúde
 
"Somos a favor da vida, mas queremos respeitar a autonomia da mulher que, até a 12ª semana, já tomou a decisão de praticar a interrupção da gravidez."
 
Com este sofisma, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d´Avila, mostrou que o órgão responsável por cuidar da boa aplicação da Medicina no Brasil está disposto a rasgar o próprio juramento da profissão.
O Código de Ética Médica, que contém o juramento que todo médico deve fazer para assumir a profissão, afirma que o profissional de Medicina "jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade".
Ao apoiar o aborto, o CFM endossa não apenas autoriza "causar sofrimento físico", mas o "extermínio do ser humano" de forma cabal e definitiva.
E não de qualquer ser humano, mas de seres humanos na sua fase mais indefesa e mais misteriosa, aquela fase em que a vida que a Medicina promete defender se desenvolve com uma magia que parece fugir à possibilidade de encantamento dos nossos "profissionais da vida".
"Quem vai decidir a descriminalização do aborto é a sociedade brasileira, por meio do legislativo, o que nós fizemos foi encaminhar a nossa posição", enfatizou o presidente do CFM.
Ou seja, o órgão reconhece que não lhe cabe decidir, que este não é um assunto de sua alçada mas, mesmo assim, oferece-se para rasgar o juramento da Medicina que construiu a fé de toda a população de que, ao entregar-se aos cuidados de um médico, estará ao amparo de alguém que irá se dedicar a proteger sua vida.
A contradição da decisão é tão patente que, praticamente ao mesmo tempo, ao discutir a aplicação de técnicas de hematologia e hemoterapia, o Conselho Federal de Medicina emitiu nota à classe médica e ao público afirmando que "É vedado ao médico deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte."
Ou seja, para garantir a vida, o médico não deve se submeter aos caprichos e desejos do paciente: cabe-lhe simplesmente preservar a vida.
Mas isso não se aplica ao caso do aborto: nesse caso, basta ouvir a mulher em um dos seus momentos emocionais mais críticos, quase sempre incapaz de decidir qualquer coisa sobre o próprio futuro, para que o médico se esqueça completamente da defesa da vida e opere em favor do assassinato de um ser humano que não consegue se defender.
Igualmente de forma estranha, a Sociedade Brasileira de Bioética - entidade que se propõe a defender a ética da vida - ofereceu-se para publicar nota apoiando a decisão do CFM.
Ou seja, parece não haver a quem apelar nessa sentença de morte coletiva que determina o extermínio de inocentes.
Que razões poderiam explicar uma decisão na qual os médicos rasgam seu próprio juramento de vida? Será que o aborto pode render tantos recursos financeiros para os médicos a ponto de que o dinheiro tenha-se anteposto à defesa da vida?
Preferimos pensar que o conhecimento que esses profissionais que controlam o exercício da Medicina acreditam ter seja muito menos amplo do que eles próprios creem, e que estejam se baseando unicamente em sua ignorância sobre o que é e o que significa a vida.
Notícia publicada no Diário da Saúde, em 17 de abril de 2013.

Humberto Souza de Arruda* comenta
Ao falarmos em gestante, lembremos que, segundo o dicionário Houaiss, "gestante é quem carrega um embrião". E assim define que "embrião é um ser humano até os três meses de vida intrauterina".
Mesmo antes de se tornar um feto, já se trata de um ser humano. Mas um dos motivos para o CFM ter escolhido o prazo máximo de doze semanas para o aborto, seria o fato de que o embrião ainda não tenha totalmente desenvolvido o sistema nervoso central, podendo assim pensar que o eliminado não sentiria dor. E neste raciocínio resolveria-se o problema da mãe sem fazer sofrer o filho. Este pensamento é um tanto retrógrado, individualista e imoral, considerando a evolução que o homem já conquistou.
Fora a questão de contrariar o juramento médico e a lei de proteção à vida, estamos ainda infrigindo várias leis divinas como a lei de causa e efeito, a lei de destruição, e a mais nobre de todas que é a lei do amor. O amor ao ser que aceitamos receber.
Quando um espermatozóide é eleito por reunir as condições físicas que necessita um espírito, este será devidamente magnetizado para ser o vitorioso na corrida ao ovário, começando assim uma nova existência.
E esta nova existência começou a ser formada no planejamento reencarnatório, onde, entre outras coisas, se planeja o gênero das provas e expiações que o espírito necessitará nesta nova existência.
Vida temos somente uma. Mas dividida em inúmeras existências necessárias ao nosso adiantamento moral.
Existem espíritos que, entre uma existência e outra, necessitam coexistir o mais próximos possível. Como pais e filhos, por exemplo. E assim concordam até o momento do aborto.
Débitos enormes são criados ou potencializados neste momento. Débitos que podem levar existências para serem saldados na consciência do inadimplente. Pois em nossas consciências são escritas as leis de Deus.
O nível consciencial é particular e assim também é a punição que cada consciência exige para estes débitos.
A consciência da mãe que resolve assassinar o filho será cobrada por ela conforme os seus entendimentos.
A consciência da equipe médica que jurou proteger a vida e não causar o sofrimento será cobrada conforme o nível consciencial de cada um dos integrantes da equipe.
A consciência dos integrantes do Conselho Federal de Medicina e da Sociedade Brasileira de Bioética, que deram parecer favorável a este tipo de eliminação, assim como a consciência dos políticos que poderão tornar Lei esta prática de desumanidade, também será cobrada conforme os entendimentos conscienciais de cada um deles.
Mas não poderíamos deixar de pensar também na consciência do espírito do embrião que foi eliminado antes da possibilidade de provar o que aprendeu no plano espiritual e em outras existências. Este tipo de rejeição, mesmo que acontecido por causas e efeitos de existências pretéritas, tem um efeito danoso na consciência, dependendo do seu nível evolutivo. Pode-se aí criar um obsessor ou um outro tipo de irmão sofredor.
Todas estas consequências pelo fato de uma mãe ingênua achar que está desamparada por Deus, pensar ter recebido uma tarefa maior do que conseguiria suportar ao receber um filho para educar e ser educada. Filho esse que ela aceitou no planejamento reencarnatório.
Já nos disse Jesus que nenhum fardo será maior do que os nossos ombros possam suportar. As nossas provas serão mais amenas, de acordo com O nosso adiantamento e merecimento, onde entenderemos com clareza e vivenciaremos que a vida significa "nascer, morrer e progredir sempre tal qual a Lei", como inscrito num monumento erguido a Allan Kardec.
* Humberto Souza de Arruda é evangelizador, voluntário em Serviço de Promoção Social Espírita (SAPSE) e colaborador do Espiritismo.net

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Mural Reflexivo: Paciência antes da crise

Paciência antes da crise
           
 
O homem moderno tem urgente necessidade de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros males que o espreitam.
De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estados neuróticos e agressivos ou a depressões que o aniquilam.
A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio.
A paciência é uma virtude que deve ser cultivada e cuja força somente pode ser medida, quando submetida ao teste que a desafia, em forma de problema.
O atropelo do trânsito; a agitação geral; a competição desenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a compressão das horas...
Além disso, as limitações financeiras; os conflitos emocionais; as frustrações e outros fatores decorrentes do modo de vida dito moderno e do relacionamento social, levam o homem a desequilíbrios que a paciência pode evitar.
Exercitando-a nas pequenas ocorrências, sem permitir-se a irritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará com êxito as situações mais graves.
Todas as criaturas em trânsito pelo mundo são vítimas de ciladas intencionais ou não.
Manter-se atento e saber enfrentá-las com cuidado é a única forma de superá-las com êxito.
*   *   *
Se te sentes provocado pelos insultos que te dirigem, atua com serenidade e segue adiante.
Se erraste em alguma situação que te surpreendeu, retorna ao ponto inicial e corrige o equívoco.
Se te sentes injustiçado, reexamina o motivo e disputa a honra de não desanimar.
Se a agressão de alguma forma te ofende, guarda a calma e a verás desmoronar-se.
A convivência com as criaturas é o grande desafio da evolução porque resulta, de um lado, da situação moral deles, e de outro, do seu estado emocional.
O amor ao próximo, no entanto, só é legítimo quando não se desgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa, em relação às pessoas com quem se convive.
É fácil amar e respeitar aqueles que vivem fisicamente distantes.
O verdadeiro amor é o que se relaciona sempre bem com as demais criaturas.
*   *   *
Você já se propôs ser mais paciente? Já colocou isso como meta na vida alguma vez?
É importante ter metas claras. É importante dizer a si mesmo: Estou mais paciente agora. Não vou deixar que isto ou aquilo me abale com facilidade.
Começamos assim um processo de autopreservação, de automonitoramento e, toda vez que uma situação crítica se apresentar, poderemos voltar a dizer: Não vou deixar que isto me tire do sério.
Cada um poderá desenvolver seu método, sua forma de atuar, porém a essência deste trabalho está em começar já, imediatamente.
Quem antes inicia, antes colhe os benefícios.
 Redação do Momento Espírita com base no cap. 10,
 do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 06.04.2010.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Revista Espírita

Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
Terceiro Ano – 1860
Junho
 
Boletim da Sociedade Parisiense
de Estudos Espíritas
 
Revista Espírita, junho de 1860
 
 
Sexta-feira, 18 de maio de 1860. (Sessão particular.)
Leitura da ata e dos trabalhos da última sessão. Com o parecer e a proposta do Comitê, e
depois de relatório verbal, a Sociedade recebeu no número de seus sócios livres: 1º o sr. B...,
negociante em Paris; 2Q o Sr. C..., negociante em Paris.
Comunicações diversas. 1a Leitura da comunicação seguinte, obtida numa sessão particular,
a propósito dos trabalhos da última sessão, pela senhora S..., médium.
P. Por que São Luís não se comunicou, na última sexta-feira, pelo Sr. Didier, e deixou que
falasse um Espírito enganador ? -R. São Luís estava presente, mas não quis falar. Aliás, não
reconhecestes que não era São Luís? E o essencial. Não fostes enganados, do momento que
reconhecestes a impostura.
P. Com que objetivo não quis falar? -R. Podes perguntara ele mesmo; está aqui.
P. São Luís, poderíeis fazer-nos conhecer o motivo de sua abstenção? - R. Ficaste contrariado
com o que se passou, mas deves entretanto saber que nada ocorre sem motivo. Há,
freqüentemente, coisas das quais não compreendeis o objetivo; que vos parecem más à
primeira vista, porque sois muito impacientes, mas das quais, mais tarde, reconhecereis a
sabedoria. Esteja, pois, tranqüilo, e não te inquietes com nada; sabemos distinguir aqueles
que são sinceros e velamos sobre eles.
P. Se foi uma lição que nos quisestes dar, concebê-la-ia quando estamos entre nós; mas em
presença de estranhos, que dela puderam receber uma impressão má, parece-me que o mal
domina sobre o bem. - R. Estás errado vendo as coisas assim; o mal não é o que tu crês, e te
asseguro que houve pessoas aos olhos das quais essa espécie de fracasso foi uma prova de
boa-fé de tua parte. Aliás, do mal, com freqüência, sai o bem. Quando vês um jardineiro
cortar belos ramos de uma árvore, deploras a perda da verdura, e isso te parece um mal;
mas uma vez cortados esses ramos parasitas, os frutos são mais belos e mais saborosos: eis
o bem, e achas, então, que o jardineiro foi sábio e mais previdente do que creste. Do mesmo
modo, ainda, se se amputa um membro a algum doente, a perda do membro é um mal, mas,
depois da amputação, se fica melhor, eis o bem, porque ter-lhe-á, talvez, salvado a vida.
Reflete bem nisto, e compreenderás.
P. Isso é muito justo; mas como ocorre que, apelando aos bons Espíritos, rogando-lhes
afastar os impostores, esse apelo não seja ouvido? - R. Ele é ouvido, guarda-te de duvidar
disso. Mas estais bem seguro de que esse apelo seja feito do fundo do coração por todos os
assistentes, ou que não haja aqui ninguém que, ao menos por um pensamento pouco
caridoso e malévolo, se não for pelo desejo, atraia junto a vós os maus Espíritos? Eis porque
todos nós dizemos sem cessar: Sede unidos, sede bons e benevolentes uns para com os
outros. Jesus disse: Quando estiverdes reunidos em meu nome, estarei no meio de vós.
Credes, para isso, que basta pronunciar seu nome? Não o penseis, e estejais bem
convencidos que Jesus não vai senão ali onde ele é chamado por corações puros: com
aqueles que praticam seus preceitos, porque estes estão verdadeiramente reunidos em seu
nome; não vai nem para os orgulhosos, nem para os ambiciosos, nem para os hipócritas,
nem para aqueles que desejam o mal de seu próximo; foi deles que disse: Eles não entrarão
no reino dos céus.
P. Concebo que os bons Espíritos se retirem daqueles que não escutam seus bons conselhos;
mas se, entre os assistentes, há os mal-intencionados, é isso uma razão para punir os
outros? - R. Admiro-me de tua insistência; parece que me expliquei bastante claramente para
quem queira compreender. É necessário, pois, repetir-te para não te preocupares com essas
coisas, que são pueris perto do grande edifício da doutrina que se eleva? Crês que a casa vai
cair porque uma telha se destacou dela? Duvidais do nosso poder, da nossa benevolência?
Não. Pois bem! Deixa-nos, pois, agir, e esteja certo que todo pensamento, bom ou mau, tem
seu eco no seio do Eterno.
P. Nada dissestes a respeito da evocação geral que fazemos no começo de cada sessão;
quereis dizer-nos o que pensais disso? -R. Deveis sempre apelar para os bons Espíritos; a
forma, vós o sabeis, é insignificante: o pensamento é tudo. Tu te admiras do que se passou;
mas examinaste bem os rostos daqueles que te escutam quando fazes essa evocação? Não
viste, mais de uma vez, o sorriso de sarcasmo errar sobre seus lábios? Que Espíritos crês que
essas pessoas vos conduzem? Espíritos que, como elas, se riem das coisas mais sagradas.
Por isso vos disse também não admitir o primeiro que chegue entre vós, e para evitar os
curiosos que não vêm para se instruírem. Cada coisa virá a seu tempo, e ninguém pode
prejulgar os desígnios de Deus; eu vos digo, em verdade, que aqueles que riem hoje destas
coisas, não rirão por muito tempo.
São Luís
(enviado formatado pelo JoellSilva, via email)