domingo, 17 de maio de 2009

Notícia: Um terço dos adolescentes que fumam maconha usam droga como "remédio".

Achado vem de pesquisa feita com jovens de província canadense. Erva é usada contra depressão, ansiedade, insônia e outros problemas. - Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

A famosa Cannabis sativa (Foto: Reprodução)


Um terço dos adolescentes que usam maconha regularmente lançam mão da droga para aliviar problemas de saúde mental ou física, afirma uma pesquisa feita no Canadá. A equipe liderada por Joan L. Bottorff, do Centro de Vida Saudável e Prevenção de Doenças Crônicas da Universidade da Colúmbia Britânica, fez entrevistas detalhadas com 63 usuários da droga, tentando entender as razões do consumo.

Embora a maioria se encaixasse no chamado "uso recreacional", 20 dos adolescentes explicou que a principal função da droga era ajudá-los a enfrentar coisas como insônia, depressão, ansiedade, dor crônica, estresse e dificuldades de concentração.

Muitos dos jovens também afirmaram que o uso de maconha veio após a decepção com tratamentos convencionais para problemas mentais e emocionais, tais como o Prozac, remédio comumente usado contra depressão. O que afastou os adolescentes do uso desses remédios liberados foram principalmente os efeitos colaterais, dizem os pesquisadores. Ainda não dá para dizer se os resultados podem ser generalizados para a população consumidora de maconha em geral, mas alguns indícios em outros países, como o Reino Unido, podem indicar que sim.

A pesquisa será publicada na revista médica "Substance Abuse, Treatment, Prevention and Policy".

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A maconha é o nome dado no Brasil a uma planta chamada “Cannabis sativa”, também sendo conhecida por Cannabis ou Marijuana. É a droga ilícita mais consumida entre os jovens do mundo inteiro. “Fumar erva”, ou “fumar um charro” é uma atitude bastante comum no meio juvenil e é cada vez mais aceite passivamente pela sociedade, com os argumentos duvidosos de que se trata de uma “droga leve” que não provoca dependência e que até é usada medicinalmente.
Todos estes argumentos são falaciosos e por isso, na grande maioria dos países, é ilegal cultivar, possuir e consumir Cannabis. É verdade que é uma droga com efeitos mais ligeiros do que a cocaína ou a heroína, mas isso não chega para transformá-la em leve já que as consequências físicas, psicológicas e emocionais são assinaláveis. Os especialistas consideram-na uma droga de passagem, já que são raros os consumidores das chamadas “drogas duras” que não tenham começado pela Cannabis. O facto de não provocar dependência é um argumento contrariado pela evidência da necessidade que os usuários de Cannabis têm no seu consumo continuado. Poderá não haver dependência física, mas as sensações fáceis e artificiais de bem-estar e relaxe atingidos são um vício psicológico e emocional bastante forte. Em relação ao uso medicinal, é uma questão ainda está em estudo, estando neste momento em utilização para casos muito específicos, sob orientação médica e através de um rigoroso controlo sobre a dosagem e qualidade do produto. É que não podemos esquecer as consequências graves que a Cannabis tem na saúde humana: interfere com a capacidade de aprendizagem, memorização e pode induzir um estado de falta de motivação e apatia pela vida e pelo meio envolvente. Em níveis crescentes de utilização, pode provocar alucinações ou delírios com reações comportamentais exageradas e agressivas.
A estes dados precisamos acrescentar o argumento espiritual. Sabemos que os nossos pensamentos e atitudes atraem Espíritos vinculados com o tipo de comportamentos que cultivamos, que passam então ter uma influência crescente sobre nossa forma de agir e de nos comportar. No caso dos vícios, Espíritos desencarnados ainda não despojados dos seus antigos hábitos, permanecem intensamente vinculados às sensações que os narcóticos proporcionam, procurando os que usam a droga, de modo a receber a energia que emana das emoções e das formas de prazer sentidas através do seu consumo. Tudo isso afecta de forma significativa o perispírito dos usuários de droga, que regista toda a perturbação energética e as influências nocivas recebidas, desequilibrando-se e influenciando negativamente o corpo físico.
A busca pelo prazer imediato, de forma simplista e sem barreiras desnecessárias é uma imagem de marca da sociedade actual. É comum ouvirmos jovens e adultos afirmarem irresponsavelmente que bebem álcool ou fumam erva para os ajudarem a descontrair e integrarem-se mais facilmente num dado ambiente, colocando de lado as inibições naturais que qualquer indivíduo apresenta perante o desconhecido. É a procura do prazer pelo prazer, através de atalhos fictícios e passando por cima de algo que deve ser respeitado com muito carinho: Nós mesmos. O consumo de Cannabis, não é solução para depressões, ansiedade e falta de motivação pela vida, mas sim o oposto: Cannabis pode ser a causa dessa sintomatologia que se poderá agravar com o uso continuado da substância. É preciso ir mais fundo e procurar na transformação interior, o bem-estar e o equilíbrio mental necessários, que então se tornam uma verdadeira conquista íntima. Em vez de aceitarmos a carona que as drogas oferecem, sem sabermos para onde vamos e onde ficaremos, usemos a porta estreita da transformação íntima que nos acompanhará durante o resto da nossa viagem evolutiva.
Educar é um processo muito complexo e exigente, que começa em casa, passa pela escola mas também se estende a toda a sociedade. É necessário alertar os jovens para os desafios da sua juventude, mostrar-lhes a importância dessa fase no seu processo de crescimento e como isso vai afectar toda a sua vida. Conciliar juventude e responsabilidade não é impossível, para tal é necessário: um empenho de todos, principalmente dos pais, para que cada jovem se sinta especial e acarinhado, se ame profundamente e tenha respeito por si e pelo seu corpo; perceba a importância dos valores éticos e morais, mesmo que os não aceite completamente; não tenham constrangimento de colocar os seus valores éticos e morais em prática perante a sociedade. Urge educar os jovens, mais do que os reprimir ou os encurralar.


(Carlos Miguel Pereira é trabalhador do Centro Espírita Caridade por Amor (CECA), na cidade do Porto, e colaborador regular do Espiritismo.net)

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