A Sabotagem da Verdade
23 de novembro de 2012
por Artigo compilado
“ESPIRITISMO, A MAIOR SABOTAGEM DA VERDADE
BÍBLICA”
a) Negam a existência do Céu como lugar de felicidade
A felicidade dos espíritos bem-aventurados não
consiste na ociosidade contemplativa, que seria, como temos dito muitas vezes,
uma eterna e fastidiosa inutilidade (“O Céu e o Inferno”, p. 722. Editora
Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Em que se deve entender a palavra céu? Achais
que seja um lugar, como aglomerados, sem outra preocupação que a de gozar, pela
eternidade toda, de uma felicidade passiva? Não; é o espaço universal; são os
planetas, as estrelas (“O Livro dos Espíritos”, p. 250. Editora Opus Ltda.,
2ª edição especial, 1985).
Resposta
Apologética:
Os espíritas zombam da ideia do céu como lugar de
felicidade eterna. Costumam citar João 14.2: Na casa de meu Pai há muitas
moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E
dizem: A casa de meu Pai é o Universo; as diversas moradas são os
mundos que circulam no espaço infinito e oferecem estâncias adequadas ao seu
adiantamento (“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, p. 556. Editora Opus
Ltda., 2ª edição especial, 1985).
O texto citado de João 14.2 conclui da seguinte
forma: vou preparar-vos lugar; e no versículo 3 afirma: para que onde
eu estiver estejais vós também.
Ora, daí se nota que, primeiro, o céu é um lugar
e, segundo, os que pertencem a Jesus estarão no mesmo lugar onde Jesus foi. E
sabemos que Ele foi para o céu e sentou-se à direita de Deus (Mc 16.19; Hb 8.1;
Ap 3.21). Jesus prometeu mais que os seus estariam onde Ele estivesse (Jo
17.24). Paulo falou da sua esperança celestial (Fp 3.20-21); o mesmo falou Pedro
(1 Pe 1.3).
b) Negam o inferno como lugar de tormento eterno e consciente
(Jesus) Limitou-se a falar vagamente da vida
bem-aventurada, dos castigos reservados aos culpados, sem referir-se jamais nos
seus ensinos a castigos corporais, que constituíram para os cristãos um artigo
de fé (“O Céu e o Inferno”, p. 726. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial,
1985).
Resposta
Apologética:
Jesus não falou vagamente sobre os castigos
reservados aos culpados. Falou claramente em Mateus 25.41, 46 sobre o sofrimento
eterno dos injustos. Neste último versículo, Jesus declarou que a duração da
felicidade dos justos é igual à duração do castigo dos injustos: E irão estes
para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna. Outros textos onde
Jesus empregou palavras que indicam duração sem fim do castigo reservado aos
ímpios (Mateus 5.22-29; 10.28; 13.42, 49-50; Mc 9.43-46; Lc 6.24; 10.13-15;
12.4-5; 16.19-31). Nos textos citados aparecem as expressões tais
como:
a) suplício eterno;
b) fogo eterno;
c) fogo inextinguível;
d) onde o bicho não morre e o fogo não se
apaga;
e) trevas exteriores;
f) choro e ranger de dentes.
c) Negam a existência do diabo e demônios como pessoas reais espirituais
Satã, segundo o espiritismo e a opinião de
muitos filósofos cristãos, não é um ser real; é a personificação do mal, como
nos tempos antigos Saturno personificava o tempo (“O Que é o Espiritismo”,
p. 297. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Há demônios, no sentido que se dá a essa
palavra? Se houvesse demônios, seria obra de Deus. E Deus seria justo e bom,
criando seres, eternamente voltados ao mal? (“O Livro dos Espíritos”, pp.
72-74. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
A propósito de Satanás, é evidente que se
trata da personificação do mal sob uma forma alegórica (“O Livro dos
Espíritos”, p. 74. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta
Apologética:
Deus não criou um ser maligno, mas um anjo de luz
que se transviou (Is 14.12-14; Ez 28.14-16); Jesus disse que ele não permaneceu
na verdade (Jo 8. 44). Trata-se de uma personalidade real, pois:
a) É mencionado entre pessoas espirituais (Jó
1.6);
b) Conversou com Jesus no monte, tentando-o (Mt 4.
1-10);
c) É uma pessoa inteligente, que faz planos para
ludibriar os outros (Jo 8.44; 1 Pe 5.8);
d) Está condenado ao fogo eterno (Ap
20.10).
d) Negam a ressurreição do corpo
Em que se torna o Espírito depois de sua
última encarnação?
Em puro Espírito (“O Livro dos
Espíritos”, p. 84. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta
Apologética:
A ressurreição do corpo é uma doutrina enfatizada
na Bíblia. Isaías que viveu cerca de 600 anos antes de Jesus, já afirmava no seu
livro (26.19): Os teus mortos e também o meu cadáver viverão e
ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho
será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os
mortos.
Ainda no Antigo Testamento encontramos exemplos de
ressurreição realizados por Elias e Eliseu (1 Rs 17.17-24; 2 Rs 4.32-37). Jesus
falou da ressurreição futura de todos os mortos em João 5.28-29. Quando Lázaro
morreu, sua irmã Marta revelou crer na ressurreição. Ao ouvir que Jesus se
aproximava: Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu
irmão não teria morrido. Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus,
Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. Disse-lhe
Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia (João
11.21-24). O mesmo fez Paulo em Atos 24.15: Tendo esperança em Deus, como
estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim
dos justos como dos injustos. No Juízo Final, diante do trono branco, todos irão
ressuscitar, até mesmo os mortos nos mares, para prestar contas a Deus de seus
atos praticados no corpo: E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante
de Deus, e abriram-se os livros… E os mortos foram julgados pelas coisas que
estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que
nele havia… (Ap 20.11-15).
e) Negam a inspiração divina da Bíblia
A Bíblia contém evidentemente fatos que a
razão, desenvolvida pela ciência, não pode aceitar, e outros que parecem
singulares e que repugnam, por se ligarem a costumes que não são mais os nossos…
A ciência, levando as suas investigações desde as entranhas da terra até as
profundezas do céu, demonstrou, portanto, inquestionavelmente os erros da Gênese
mosaica… Incontestavelmente, Deus que é a pura verdade, não podia conduzir os
homens ao erro, consciente, nem inconscientemente, do contrário não seria Deus.
Se, portanto, os fatos contradizem as palavras atribuídas a Deus, é preciso
concluir logicamente que Ele as não pronunciou ou que foram tomadas em sentido
contrário. (“A Gênese”, p. 936. Opus Ltda; 2ª edição especial,
1985).
Resposta
Apologética:
O espiritismo nega a criação do homem conforme
descrita no livro de Gênesis 1.26-27 e 2.7. Acredita no evolucionismo. Por isto,
admite que o registro bíblico não deve ser tomado literalmente, mas apenas em
sentido figurado. Jesus reiterou a criação dos seres humanos, descrita em
Gênesis 1.26-27, ao dizer: Não tendes lido que aquele que os fez no
princípio macho e fêmea os fez (Mt 19.4). Em Hebreus 11.3, lemos que:
Pela fé entendemos que os mundos pela Palavra de Deus foram criados; de
maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente. E, assim,
outros textos confirmam a descrição do Gênesis (Sl 19.1; 24.1). Posto isto,
aceitamos as declarações de 2 Timóteo 3.16-17 que toda a Bíblia é inspirada e é
a inerrante Palavra de Deus (1 Ts 2.13). A ciência, na qual se baseia o
espiritismo, está mudando de opinião frequentemente, de modo que não pode ser
levada a sério, pois não tem a última palavra.
f) Negam a doutrina da Trindade
Examinemos os principais dogmas e mistérios,
cujo conjunto constitui o ensino das igrejas cristãs. Encontramos a sua
exposição em todos os catecismos ortodoxos. Começa com essa estranha concepção
do Ser divino, que se resolve no mistério da Trindade, um só Deus em três
pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Essa concepção trinitária tão
obscura, incompreensível… (“Cristianismo e Espiritismo”, 7a edição 1978, p.
86).
Resposta
Apologética:
Definindo a doutrina da Trindade apontamos a
existência de um só Deus eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho
e o Espírito Santo. Estas três pessoas constituem um só Deus, o mesmo em
natureza, sendo as pessoas iguais em poder e glória.
Tal definição pode ser explanada e biblicamente
provada seguindo três fatos:
a) Existe um só Deus (Dt 6.4; Is 43.10; 45.5-6).
Trata-se de unidade composta como se lê em Gn 2.24 (serão dois uma só
carne).
b) Esse único Deus é constituído de uma
pluralidade de pessoas (Gn 1.26; 3.22; 11.7; Is 6.1-3,8), textos que empregam o
verbo façamos, o pronome nossa e nós.
Isto pode ser visto ainda pela seguinte comparação
entre as seguintes passagens:
1. Em Isaías 6.1-3, quando Isaías disse que viu o
Senhor;
2. Em Jo 12.37-41, João disse que Isaías viu
Jesus, quando viu o Senhor;
3. Em Is 6.8-9, se lê que o Senhor falou a Isaías.
Ainda no versículo 8 se lê: A quem enviarei e quem irá por nós?
4. Em At 28.25, Paulo declara que quem falou a
Isaías foi o Espírito Santo.
a) Há três Pessoas na Bíblia que são chamadas
de Deus e que são eternas por natureza:
1. O Pai (2 Pe 1.17);
2. O Filho (Jo 1.1; 20.28; Rm 9.5; Hb
1.8)
3. O Espírito Santo (At 5.3-4).
O vocábulo Trindade foi usado pela primeira vez
por Teófilo de Antioquia em 189 a.D. (no livro “Epístola a Autolycus”
2.15).
g) Negam os Milagres de Jesus
Convém, pois riscar os milagres do rol das
provas em que pretendem basear a divindade do Cristo (“Obras Póstumas”,
1172. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta
Apologética:
Os espíritas negam a deidade absoluta de Jesus.
Consequentemente, negam também os milagres arrolados na Bíblia. Para os
espíritas, Jesus é apenas um médium.
Com isso Allan Kardec procura explicar os milagres
atribuídos a Jesus, da forma como se fora um médium, que exibe poderes
extra-sensoriais. Descreve e explica os milagres de Jesus.
h) Pesca Maravilhosa – Lucas 5.1-7
A pesca qualificada de miraculosa explica-se
igualmente pela dupla vista, Jesus de modo algum produziu espontaneamente peixes
onde os não havia; mas viu, como um vidente lúcido acordado, pela vista da alma,
o lugar onde se achavam os peixes, e pode dizer com segurança aos pescadores que
lançassem ali as suas redes (“A Gênese”, p. 1036. Editora Opus Ltda., 2ª
edição especial, 1985).
Resposta
Apologética:
Ora, quando Jesus pediu a Pedro que lançasse as
redes ao mar, Pedro muito naturalmente respondeu como pescador: Mestre,
havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra,
lançarei a rede (Lc 5.5). Não havia peixe. Foi sobre a autoridade da
palavra de Jesus que a rede foi lançada. E, então, o milagre foi realizado.
Jesus era onisciente, e não um vidente lúcido acordado, que pela vista da alma,
pudesse ver o lugar onde se achavam os peixes. Ele viu Natanael debaixo da
videira (Jo 1.48-51). Jesus não precisava receber referências sobre as pessoas.
Conhecia-as todas (Jo 2.24-25).
i) A cura da mulher que sofria de fluxo de sangue – Marcos 5.25-34
Estas palavras – conhecendo ele próprio a
virtude que saíra de si – são significativas; elas exprimem o movimento fluídico
que se operara de Jesus para com a mulher doente; ambos sentiram a ação que se
acabava de produzir. É notável que o efeito não fosse provocado por ato algum da
vontade de Jesus; não houve magnetização, nem imposição de mãos. A irradiação
fluídica normal foi suficiente para operar a cura (“A Gênese”, p. 1036.
Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta
Apologética:
A mulher, depois de curada, confessou que havia
gastado todos os seus bens com os médicos, indo de mal a pior (Mc 5.26).
Confessa sua cura radical pelo poder divino de Jesus e não por irradiação
fluídica normal. Quase todos, senão todos, os fenômenos espíritas estão cercados
de dolo. Se houvesse essa possibilidade aventada por Allan Kardec, já a mulher
poderia ter sido curada muito antes porque, admite-se, devia haver outros homens
nos dias de Jesus com essa ridícula irradiação fluídica normal. Doze anos de
sofrimento e depois a cura milagrosa realizada imediatamente por Jesus e não por
um médium que precisa de ocasião preparatória para exibir esse tipo de
irradiação fluídica.
j) A cura do cego de nascença – João 9. 1-7
Aqui, o efeito magnético é evidente; a cura
não foi instantânea, mas gradual e seguida de ação sustentada e reiterada,
apesar de ser mais rápida do que na magnetização ordinária (“A Gênese”, p.
1037. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta
Apologética:
Por que esse efeito magnético evidente não se
manifesta espontaneamente entre os médiuns espíritas nos dias atuais?
k) A ressurreição do filho da viúva de Naim – Lucas 7.11-17 e a ressurreição da filha de Jairo – Marcos 5.21-43
O fato da volta à vida corporal de um
indivíduo, realmente morto, seria contrário às leis da natureza, e, por
conseguinte, miraculoso. Ora, não é necessário recorrer a esta ordem de fatos
para explicar as ressurreições operadas por Cristo…
Há, pois, toda a probabilidade de que, nos
dois exemplos acima, só se dera uma síncope ou uma letargia. O próprio Jesus o
diz positivamente sobre a filha de Jairo: Esta menina, diz ele, não está morta,
apenas dorme (“A Gênese”, p. 1045. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial,
1985).
Resposta
Apologética:
Kardec prefere admitir probabilidade de que só se
dera uma síncope ou uma letargia a crer nos milagres de Jesus, embora a
descrição bíblica deva merecer crédito. Por que a tristeza tão grande
manifestada pelos pais dos filhos mortos, tanto no caso da filha de Jairo como
no caso do filho da viúva de Naim, se eles estivessem simplesmente acometidos de
uma síncope ou letargia? O fato é que o filho morto da viúva de Naim estava
sendo conduzido ao cemitério para sepultamento. Sepultar um vivo acometido de
síncope? Que descuido fatal cometido por uma mãe chorosa! Para Kardec, isso é
mais fácil de explicar do que crer no milagre operado por Jesus.
l) A ressurreição de Lázaro – João 11.1
A ressurreição de Lázaro, digam o que
quiserem, não invalida de forma alguma esse princípio. Ele estava, diziam, havia
quatro dias no sepulcro; mas sabe-se que há letargias que duram oito dias ou
mais (“A Gênese”, p. 1045. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial,
1985).
Resposta
Apologética:
Quando Allan Kardec explica que Lázaro não estava
morto, mas apenas desacordado, negando francamente o texto bíblico que registra
as palavras de Jesus, Lázaro está morto (Jo 11.14), já se nota sua pretensão de
invalidar o texto bíblico. Prefere explicar o milagre como se fora Lázaro
acometido de uma doença conhecida como letargia ou síncope e que tal doença
podia durar até oito dias. Se a própria irmã de Lázaro declarou que o corpo do
seu irmão morto já cheirava mal: Senhor, já cheira mal, porque é já de
quatro dias (Jo 11.39) como ousa Kardec invalidar o texto e lançar uma
hipótese contra a explicação dada por alguém presente da própria família do
morto? Já se vê que sua intenção é negar a qualquer custo a deidade de Jesus.
Julgando absurdo seu argumento, se antecipa e declara: digam o que quiserem…
Essa sua explicação é aceita pelos seus adeptos.
m) O milagre da transformação da água em vinho – João 2.1-11
Ele deveria ter feito durante o jantar uma
alusão ao vinho e à água, para tirar daí alguma instrução (“A Gênese”, p.
1047, Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta
Apologética:
Ressalta a incoerência de Kardec em admitir apenas
uma alusão ao vinho e à água para daí tirar alguma instrução. Como explicar a
admiração do mestre-sala diante do milagre operado por Jesus ao dizer: Todo o
homem põe primeiro o vinho bom e, quando já tem bebido bem, então o inferior;
mas tu guardaste até agora o bom vinho (Jo 2.10). É certo que bebera
literalmente do vinho transformado da água.
n) A multiplicação dos pães – Mateus 14.13-21
A multiplicação dos pães tem intrigado os
comentadores e alimentado, ao mesmo tempo, a exaltação dos incrédulos. Estes
últimos, sem se darem ao trabalho de sondar o sentimento alegórico,
consideram-no um conto pueril; mas a maior parte das pessoas sérias o considera,
embora sob forma diferente da vulgar, uma parábola comparando a nutrição
espiritual da alma com a nutrição do corpo (“A Gênese”, p. 1047. Editora
Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta
Apologética:
Kardec nada disse dos 12 cestos de pedaços de pão
que sobraram depois de todos comerem sobejamente. Eram cinco pães e dois peixes.
E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram, doze alcofas cheias. E os que
comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças (Mt
14.20-21).
Fonte: Editora ICP
Claudio Conti* comenta
A variedade de pensamentos existentes acontece por
nos encontrarmos num mundo de expiações e provas, no qual habitam espíritos
compatíveis com esta condição.
Vale ressaltar que não é o mundo que se
caracterizaria como sendo de expiação e provas, é a natureza dos seus
habitantes, encarnados ou não, que qualifica o caráter do mundo. Portanto, como
espíritos nesta condição evolutiva, tendemos a entender uma mesma coisa de
várias formas diferentes, surgindo, então, as vertentes de
pensamento.
Não há nada de errado com a reportagem em análise,
pois o autor analisa os conceitos espíritas para aqueles que compartilham de um
entendimento específico e claramente identificado. Grande problema há em incutir
conceitos estranhos numa vertente específica, como infelizmente acontece. Este
procedimento acarreta a desintegração ou degradação do conceito original,
podendo culminar com o sincretismo religioso.
O ponto central de discordância do Espiritismo com
as doutrinas cristãs é o fato de estas considerarem a Bíblia como a palavra de
Deus e, convenhamos: “contra a palavra de Deus não há argumentos” e todo
conceito contrário a esta premissa básica é considerada como errada. O espírita
deve sempre se manter sereno diante dos elogios e também das críticas,
independentemente do que seja dito acerca da Doutrina Espírita, pois, lembremos
o ensinamento de Jesus: “atire a primeira pedra aquele que estiver sem
pecados”.
Nós, espíritas, também estudamos e comentamos
acerca de outras formas de pensar; o próprio Kardec apresenta uma comparação
detalhada no livro “O Céu e o Inferno”. Portanto, assim como gostamos do
respeito e aceitação das nossas ideias, também devemos aceitar e respeitar as
contrárias. A comparação sadia de ideias e conceitos diferentes contribui
imensamente para o aprimoramento do entendimento geral.
* Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em
Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de
Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em
cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e
Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium
pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com.
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