NOSSO MUNDO ÍNTIMO
Redação do Momento Espírita
Não há quem de nós não traga na alma tormentos e dificuldades a serem
vencidas.
No processo natural de aprendizado e de crescimento, a cada vida que
iniciamos aqui na Terra, a cada vez que renascemos, trazemos os recursos que a
alma adquiriu em outras experiências vividas.
É natural que, nessa herança que a alma possui, tenhamos valores
positivos e negativos, virtudes e paixões, na complexa estrutura de nossa
intimidade emocional.
Nenhum de nós pode se considerar eleito do Senhor, ou proprietário de
dons divinos concedidos gratuitamente, por cujas conquistas nada
fizemos.
Somos apenas o resultado das nossas opções, felizes ou nem tanto,
feitas ao longo das jornadas já vividas.
A realidade moral e emocional que pulula em nosso mundo íntimo é a
somatória de tudo o que já adquirimos.
Analisando sob esse aspecto, compreendemos que é a nós mesmos, ao
nosso mundo íntimo, que devemos imputar a responsabilidade das dificuldades e
dos problemas, das dores e dos desafios que enfrentamos.
O que nos difere uns dos outros é apenas a maneira como lidamos com a
situação, com as emoções e as tendências que trouxemos para esta
existência.
Uma possibilidade é nos acreditarmos vítimas, cultivando a ideia de
que nascemos de determinada forma e que assim iremos passar toda esta
existência.
Com tais pensamentos, engrossaremos as fileiras daqueles que pensam
que o que trazemos em nossa intimidade é um fatalismo e, portanto, não há como
mudar.
Assumimos que apenas resta aprender a conviver conosco mesmos. Ante
as dificuldades com nosso jeito de ser, não nos esforçamos para nos
modificarmos.
Nessa postura, não há como aproveitarmos os embates e oportunidades
que a vida oferece como matéria de reflexão e aprendizado.
Perdemos a chance de crescer com os reveses da vida. Não utilizamos a
oportunidade para repensar valores, reorientar diretrizes, nos
refazermos.
Porém, há uma outra maneira de entendermos nosso mundo
íntimo.
Ao descobrirmos em nós valores e tendências que não nos agradam, ou
que nos geram dificuldades, passarmos a lutar para modificá-los.
Entendendo que a alma está em constante aprendizado, vermos as dores,
desafios e problemas que nos chegam como convites e oportunidades de
crescimento.
A partir desse momento, passamos a investir na reflexão, na meditação
e na análise de nossa intimidade.
Começamos a tentar entender nossas ações e reações, analisando como
fazer para nos tornarmos melhores.
Tendo a Jesus como referência, partindo da sua proposta de amar a si
mesmo e ao próximo como a lei maior da vida, vamos renovando nosso mundo
íntimo.
Aos poucos, substituímos as tendências perniciosas que ainda
guardávamos, por valores nobres e de plenitude.
Iremos, dessa forma, construindo o ser integral, pleno e em
consonância com a proposta de felicidade que é o plano de Deus para
nós.
Investirmos em nós mesmos a fim de, no decurso da caminhada, irmos
nos dando conta do quanto crescemos em qualidade, do quanto nos tornamos
melhores.
E, por isso, nos felicitarmos. Termos a alegria de verificar a
superação de hábitos infelizes, de atos desagradáveis.
Termos a certeza, enfim, de que estamos aproveitando muito bem a
presente jornada reencarnatória.
(Redação do Momento Espírita. http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4010&stat=0)
Nenhum comentário:
Postar um comentário