Generosidade
Não raro, encontramos pessoas gentis no trato social. São aquelas que se
preocupam em respeitar os direitos do próximo, em desenvolver seu espírito de
cidadania, em buscar palavras e gestos amáveis para com os demais.
Também, com felicidade, encontramos pessoas educadas nas nossas relações
sociais. São os companheiros que se fazem atenciosos, que se preocupam com
pequenos gestos, como o saudar aos mais velhos, ceder o espaço para a senhora
grávida ou apenas dar um telefonema para o conhecido para ter notícias.
Porém, quantas pessoas conseguem ser generosas? Se a gentileza e a
educação nascem do respeito ao próximo, se desenvolvem no espírito de cidadania
e convivência, a generosidade nasce no coração de quem está pronto para amar
fraternalmente.
Vamos encontrar a generosidade no amigo que consegue compreender nossa
falta quando esquecemos seu aniversário, e, ao encontrá-lo mais tarde, ao invés
de nos cobrar o esquecimento, simplesmente nos oferece o coração aberto e
espontâneo de sempre.
Será fruto da generosidade da alma quando não necessitamos, nem
esperamos por um agradecimento, após ter feito um favor a alguém, pois o
simples fato de poder ajudar a quem nos pediu nos é suficiente para preencher o
coração com satisfação, sem aguardarmos nenhum tipo de reconhecimento.
E estaremos prontos para que a generosidade seja nossa companhia quando,
tendo razão frente a uma contenda de grande importância ou a uma disputa por
nonadas, sejamos capazes de abrir mão de reivindicar nossos direitos, em nome
da paz e da boa convivência.
Jesus nos aconselha a cultivar a generosidade no coração quando afirma
que se alguém nos convidar a dar mil passos, caminhemos dois mil se necessário.
E, se outro nos pedir a capa, que também ofereçamos a túnica.
Muitas vezes, pensamos que generoso é aquele capaz de abrir os cofres e
distribuir o muito que tem, quando, não raro, esse muito nem falta lhe fará.
A verdadeira generosidade nasce no coração que é capaz de olhar o
próximo e o mundo com complacência e compreensão, sabendo que todos estamos
sujeitos a erros, tropeços e enganos.
Seremos generosos quando estivermos despreocupados em conjugar o verbo
ter... Ter algo, ter razão, ter alguém, pois nossas preocupações serão as de
oferecer... a gentileza, a amizade, a companhia, a compreensão.
Claro que poderemos ensaiar os primeiros passos de generosidade tocando
o bolso, para oferecer aquilo que nos sobra aos que têm tão pouco.
Porém, poderemos sempre investir mais e permitir que a generosidade
ganhe espaço em nosso mundo íntimo, quando formos capazes de esquecer um tanto
de nossas vontades, nossas razões, nossos anseios, para simplesmente semearmos,
nos caminhos alheios, as flores perfumadas com a brisa da fraternidade.
* * *
Todos os que estendem mãos invisíveis para sustentar vidas, instituições
nobres, são semeadores dos tempos novos.
Graças a eles muitos vivem, outros sobrevivem. Alguns despertam da
tristeza, inúmeros os imitam, seguindo-lhes as pegadas.
Semeadores generosos, anônimos, perseverantes. Servidores de Jesus.
Que tal aderirmos à generosidade nós também?
Redação do Momento Espírita
Nenhum comentário:
Postar um comentário