A senhora, diante do médico, apresenta a
adolescente de dezesseis anos.
– Doutor, minha filha perdeu o apetite, está
anêmica, tem náuseas e tontura… Por favor, veja o que a menina tem!
O médico, após examiná-la:
– Minha senhora, sua “criança” está esperando
outra criança. Está grávida de três meses!
A senhora, indignada:
– Impossível! Ela nunca esteve a sós com um homem!
Não é verdade, minha querida?
– Claro, mamãe!
O médico vai até a janela e contempla o
firmamento.
– O que o senhor está fazendo? – pergunta a jovem,
visivelmente nervosa.
– Da última vez que isso aconteceu, nasceu uma
estrela no Oriente e chegaram três reis magos. Não quero perder o
espetáculo!
***
Por traz da jocosidade dessa história, há o drama
de um milhão e cem mil adolescentes que ficam grávidas anualmente, no Brasil,
não raro aos doze anos, sem nenhum preparo para a maternidade.
Complicam seu futuro, prejudicam seus estudos,
veem-se às voltas com compromissos e responsabilidades para os quais não estão
preparadas.
Há quem considere semelhante situação um carma,
uma fatalidade programada.
Ideia lamentável! Sugere que situações dessa
natureza são impostas por Deus, quando, na verdade, decorrem da iniciativa
humana. Gravidez na adolescência não é fruto de inexorável determinismo.
Fácil demonstrar isso.
Quando medidas educativas são adotadas, tende a
decrescer a ocorrência.
No Estado de São Paulo houve 148.018 casos em
1998.
Não obstante o crescimento da população, o índice
caiu para 116.368, em 2002, a partir de um programa de orientação sexual
aplicado nas escolas.
***
A questão que se levanta é quanto à concepção, que
envolve um Espírito de retorno á Terra para experiências evolutivas.
Pergunta-se:
Não é a reencarnação um processo que exige
planejamento da espiritualidade, com todos os cuidados para localizar o
reencarnante na família adequada, no tempo previsto? Se uma adolescente de doze
anos engravida, não está inserida nesse contexto?
Não é bem assim. Em boa parte ocorre o que
denominaríamos reencarnação natural, envolvendo Espíritos que, ligados
psiquicamente aos parceiros do sexo, podem ser atraídos à experiência humana
pelo campo vibratório que se instala quando ocorre a concepção.
Poderá o leitor contestar, evocando a observação
de Jesus:
Não cai uma folha de uma árvore sem que seja pela
vontade de Deus.
Bem, depende do significado que emprestamos à
expressão vontade.
Se considerarmos desejo, intenção, determinação,
estaremos justificando o assassinato, o estupro, o roubo, o adultério, a
traição, como decorrentes dos desígnios divinos, um absurdo.
O mal é sempre obra do homem, não de Deus.
Mais correto considerar consentimento, admitindo
que Deus nos concede o livre-arbítrio, com o compromisso de respondermos por
nossas ações.
Nestes tempos de liberdade sexual confundida com
libertinagem, em que sexo se tornou sinônimo de amor (daí esse horrível “fazer
amor”), as pessoas, principalmente os adolescentes, exercitam sua sexualidade
sem considerar que pode resultar, como acontece frequentemente, em gravidez não
desejada. Ela é consentida por Deus, envolvendo experiências dolorosas,
preocupações e dificuldades que reverterão em seu próprio benefício.
Aprendem hoje o que não devem fazer, a fim de que
amanhã façam o que deve ser feito, disciplinando suas emoções e contendo seus
arroubos juvenis.
Richard Simonetti
Referência:
Do Livro Abaixo a Depressão!
Do Livro Abaixo a Depressão!
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