quarta-feira, 9 de maio de 2018

Livro em estudo: Grilhões Partidos - B019 – Capítulo 13 – Subjugação, Primeira parte


Livro em estudo: Grilhões Partidos – Editora LEAL - 1974
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

B019 – Capítulo 13 – Subjugação, Primeira parte

Capítulo 13
Subjugação

6.’. “A subjugação corporal, levada a certo grau, poderá ter como consequência a loucura?
Pode, a uma espécie de loucura cuja causa o mundo desconhece, mas que não tem relação alguma com a loucura ordinária.” “O LIVRO DOS MÉDIUNS”. — Capítulo 23º — Item 254.
As profundas e valiosas lições calavam-nos com extraordinário poder de esclarecimentos espirituais. Em toda parte, a presença da justiça sem importar os limites tempo e espaço, considerando que somente ilibada a consciência se alça à paz, ponto de partida para os tentames superiores.
Construtor da felicidade, o Espírito é o agente das possibilidades que lhe surgem em múltiplos aspectos, dele exigindo o indispensável discernimento para atuar com acerto.
Naquele apartamento de Hospital, quatro pacientes constituíam excelente campo à observação e à aprendizagem. Viandantes de estradas evolutivas diversas, reuniam-se sob o guante de aflições equivalentes para a reabilitação indispensável à liberdade que todos anelamos, sinônimo de ventura e plenitude, quando conscientes dos códigos da Suprema Justiça.
Nesse ínterim, o prestimoso Mensageiro acercou-se da jovem Ester e, compungido, referiu-se:
- Verdadeiramente o objetivo da nossa visita hoje a este Manicômio é a moçoila que agora examinaremos.
Diversamente dos casos estudados, defrontamos aqui, como causa da sua loucura, a subjugação espiritual que a vem conduzindo a uma situação esquizofrênica com possibilidades irreversíveis, se o socorro divino não a alcançar imediatamente.
Nos demais problemas há pouco examinados, a obsessão se fazia como consequência, junto à alienação dos pacientes. Aqui defrontamos o distúrbio psíquico na condição de efeito obsessivo...
Várias conjunturas trazem-nos até seu catre de enferma. Orações intercessórias agora se conjugam a seu benefício: sua mãezinha, as componentes do Culto Evangélico do Lar do dr. Gilvan, os membros do serviço desobsessivo da Sociedade Espírita “Francisco de Assis” e das pessoas devotadas à mediunidade, os irmãos Joel e Rosângela.
Necessário nos recordemos de que a lei é de justiça, na qual, porém, não vigem ausentes os recursos da misericórdia de Nosso Pai, sempre ao alcance de quantos O buscam pelo conúbio oracional. A prece é de essência divina. Registros especiais captam as rogativas da Terra e as transformam em respostas de socorro celeste. Nenhum apelo, neste Universo de vibrações e intercâmbios, jaz sem resposta. Quem se compraz na revolta sintoniza com as mentes carregadas de ira, que se conjugam em comércio de longa duração, assim como quem vibra esperança e amor sincroniza com as forças emissoras da paz e da harmonia, estabelecendo ligações que favorecem o otimismo e a saúde.
Não poucas vezes nos admiramos de como algumas frágeis criaturas sobrevivem sob cargas de penosas agonias, sem desfalecerem; de outras que resistem a alucinantes situações; de muitas que exalam paz, embora o coração estiolado pelas conjunturas da adversidade... Todas elas haurem, através da prece, a vitalidade que as sustenta e mantém pelo concurso da oração, através do recolhimento na meditação, ampliando os processos de captação pelas antenas psíquicas que recebem as respostas divinas, jamais atrasadas.
Sofrem, sem dúvida, por estarem em recuperação, mas não exsudam pessimismo nem enfermidade. Onde se encontram, luze a esperança e a alegria se faz presente, qual atestado inequívoco da sua comunhão com Deus.
Não foi por outra razão que o Senhor recomendou nos amássemos, orando uns pelos outros, particularmente pelos nossos adversários como pelos que nos perseguem.
A prece intercessória não apenas alcança a quem se destina como beneficia aquele que a realiza. Telefônio com os avançados Centros do Amor Divino produz ligação de contínuo intercâmbio.”
Silenciou por alguns segundos, enquanto mais se acercou da moça subjugada, dando curso à elucidação:
Não que a nossa Ester aqui estivesse ao abandono. Ninguém, coisa alguma se encontra relegada a si mesma, ao esquecimento, à margem.
Mecanismos muito bem elaborados atuam em nome da Misericórdia de Nosso Pai, mesmo quando não solicitada, e Mentes viligantes observam, auscultam e escutam, atentas, a serviço do Bem Ilimitado.
Acumpliciada, porém, desde ontem, com o atual genitor, resvalou pela rampa da desídia e do crime que agora carpe, por meio de outras circunstâncias, precipitadamente com aparências de injustiça.
Adicionando-se recursos benéficos e corações que se empenham com o crédito de que são portadores para auxiliá-la, modificam-se-lhe os mapas provacionais, produzindo recursos socorristas que lhe facultarão os ressarcimentos por outros meios que não as coerções do sofrimento.
É da Lei que o infrator seja justiçado, não, porém, supliciado. Quem se recusa produzir no bem, reflexiona ao império da dor; repelindo o trabalho que gera o clima de paz, sofre a ação do sofrimento que programa as circunstâncias do reequilíbrio para a redenção...
Desse modo, atendendo às orações conjugadas dos nossos irmãos, o Senhor faz da nossa fragilidade Seus recursos para atendê-la em Seu Nome.”

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – A narrativa volta a se debruçar sobre nossa personagem principal, a menina Ester. Qual a diferença apontada entre Ester, cuja loucura é causada pela subjugação espiritual, dos demais casos estudos, em que a obsessão é consequência?

2 – Bezerra de Menezes faz belíssimas considerações sobre a prece intercessória. Como o caso se aplica a Ester? E como a prece intercessória beneficia quem ora e por quem se ora?

Bom estudo a todos!!
Equipe Manoel Philomeno
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