Plenitude da vida
O ser querido, que a morte
arrebatou, não se extinguiu, prosseguindo, em outra dimensão, conforme as suas
conquistas morais e espirituais.
A morte, em realidade, é a porta que se abre e conduz à vida
plena, onde vibram, indestrutíveis, os tesouros incomparáveis da eternidade.
Logo após a morte do corpo físico, não ocorre o
enfrentamento com os demônios representativos do inferno mitológico, nem com os
querubins em júbilo para a condução do espírito aos céus.
Tem lugar, sim, o encontro com a consciência que desperta
para a análise do comportamento vivido em relação àquele que deveria ter sido
vivenciado.
Nos primeiros dias após a desencarnação o espírito
geralmente permanece adormecido, de modo que, ao despertar, defronta a
realidade na qual prosseguirá a partir daquele momento.
Não existem, porém, duas mortes e reconquistas da
consciência iguais. Cada ser é um cosmo pessoal, diferindo dos demais,
vivenciando emoções e aspirações compatíveis com o seu nível de evolução.
Assim, cada qual acorda no além-túmulo conforme adormeceu
sob o anestésico da morte.
***
É natural que sofras a saudade daquele a quem amas e partiu
da terra no rumo da imortalidade.
Não te desesperes, porém, pensando que não mais
compartilharás da sua convivência, da sua afetividade, do relacionamento
abençoado.
Ao invés de te permitires o arrastamento pelo desespero,
acalma-te e envolve o ser querido em lembranças felizes, direcionando-lhe
pensamentos edificantes e orações consoladoras.
Ele receberá as tuas vibrações de paz e de amor que o
reconfortará, diminuindo-lhe também as angústias pela viagem realizada, as
dores que talvez experimente.
Logo que lhe seja possível, volverá a visitar-te,
envolvendo-te em ternura e gratidão.
Nunca penses na morte em termos de destruição e de
aniquilamento.
Tudo, em a natureza, morre para ressurgir, para
transformar-se. Por que o ser humano deveria desaparecer?
Se não o vês, isto não lhe significa a desintegração,
considerando que a maioria de tudo aquilo em que crês é invisível aos olhos,
mas captado por instrumentos especiais torna-se realidade palpável.
O mesmo ocorre com os chamados mortos, que podem ser vistos,
ouvidos, sentidos e manifestos através do instrumento mediúnico.
Se não és dotado de faculdade ostensiva, és possuidor de
sentimentos que te facultam a captação dos pensamentos e dos sentimentos dele.
Se desejas comunicar-te com o afeto que faleceu, faze
silêncio interior e o perceberás, assim aliviando as dores da aflição de ambos
com o medicamento da alegria e da esperança do reencontro.
***
Após a morte dilaceradora e cruel sofrida por Jesus, veio a
madrugada da imortalidade, quando Ele ressuscitou, iluminado e triunfante ao
túmulo, confirmando as Suas palavras e promessas, desse modo iniciando a era
nova da felicidade sem interrupção pela morte.
Nunca te olvides, pois, da ressurreição que sempre somente
se dará, havendo antes a desencarnação.
(Equipe
de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem psicografada pelo médium
Divaldo P. Franco, no dia 31 de maio de 2004, em Zurique, Suíça, ditada pelo
Espírito Joanna de Ângelis. http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1148&stat=3&palavras=desencarnação&tipo=p)
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