quarta-feira, 3 de junho de 2009

Vídeo: Fim do Silêncio

Aborto

Quando nos deparamos com questões tão polêmicas quanto o aborto, sempre externamos nossa opinião. É quase impossível ficar indiferente.
Todos temos o direito de viver. Está na Constituição do nosso país, na Declaração dos Direitos Humanos, está principalmente na ordem natural das coisas. Os Espíritos disseram a Kardec: "[...] Por isso é que ninguém tem o [direito] de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal" (LE, q. 880).
Com o desenvolvimento da Ciência, se comprova que o início da vida humana se dá no momento da concepção, e em nenhum outro período posterior. É um grave comprometimento com as leis divinas a provocação do aborto em qualquer fase da gravidez, pois impede que o Espírito, já ligado ao embrião, renasça no corpo físico que lhe servirá como instrumento de progresso.
Colocarmos-nos a favor da vida, principalmente quando compreendemos as implicações de um ato tão extremado como o aborto; é nosso dever moral, um dever que nasce do conhecimento e da responsabilidade que esse dever implica. Também nos posicionamos contra as mulheres que o praticam, até porque consideramos que essa conduta é coerente com o que pensamos.
Ao assistir o documentário sobre o aborto que ilustra esta matéria, e ouvir o depoimento das mulheres que se expuseram com suas dificuldades de não aceitação de um filho indesejado, examinamos as suas falas e percebemos que nenhuma delas tem noção da dimensão, da gravidade, do ato praticado. Nos comentários postados por internautas sobre o vídeo, também se percebe a facilidade com que as pessoas julgaram essas mulheres, até com palavras ofensivas, sem nenhuma compaixão, sem examinar suas razões que, mesmo equivocadas, devem ser respeitadas.
Entretanto se nos colocássemos no lugar do outro, no lugar dessas mulheres que não puderam levar a termo o compromisso assumido, que não tiveram a coragem de receber como filho o algoz ou vítima do passado por ignorância, será que não seria mais fácil de entender essas mulheres perdidas em suas próprias tramas? Dissemos entender e não julgar, pois como nos ensinou o Mestre Jesus, quem somos nós para atirarmos a primeira pedra? Será que podemos afirmar que em nosso passado remoto nunca praticamos atos tão cruéis como esses contra a vida? Ou que pelo menos nunca pensamos como elas, com o véu da ignorância encobrindo nossas ações? Como nos sentiríamos se em vez de compreensão tivéssemos encontrado uma condenação?
Colocar-se no lugar do outro é uma atitude cristã e tentar ver o outro como alguém que ainda não sabe, que ainda não aprendeu, que precisa de ajuda, é muito difícil. Julgar e condenar é mais, muito mais fácil.
Que tal se imaginarmos o que Jesus diria a essas mulheres?
Será que Ele as olharia com olhos de juiz?
Não, com certeza, pois a cada um será "dado conforme suas obras"; não precisamos de juízes, já que a Lei de Ação e Reação sempre é cumprida; inexoravelmente todos teremos que responder por nossas ações, independente da condenação ou absolvição dos nossos pares.
Jesus diria "vá e não peques mais", isto é, aprenda com teu erro e não o repita.

(Comentário por: Eloci Mello, membro da Equipe do CVDEE)
(Vídeo enviado por visitante: enilnoacirema)

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