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EESE – Cap. XIX – Itens 11 e 12
Tema: A fé: mãe da esperança e da caridade
A fé humana e a divina
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EESE – Cap. XIX – Itens 11 e 12
Tema: A fé: mãe da esperança e da caridade
A fé humana e a divina
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A -
Texto de Apoio:
A fé: mãe da esperança e da caridade
11. Para ser proveitosa, a fé tem de ser ativa; não
deve entorpecer-se. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe
velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou.
A esperança e a caridade são corolários da fé e
formam com esta uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta a esperança na
realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a
fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e,
portanto, o vosso amor?
Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos
nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. Preciso é,
pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a
abalar que será do edifício que sobre ela construirdes? Levantai,
conseguintemente, esse edifício sobre alicerces inamovíveis. Seja mais forte a
vossa fé do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé que
não afronta o ridículo dos homens não é fé verdadeira.
A fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se
aos que não na tinham, ou, mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras
persuasivas que vão à alma. ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras
que deixam frio e indiferente quem as escuta. Pregai pelo exemplo da vossa fé,
para a incutirdes nos homens. Pregai pelo exemplo das vossas obras para lhes
demonstrardes o merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança firme, para lhes
dardes a ver a confiança que fortifica e põe a criatura em condições de
enfrentar todas as vicissitudes da vida.
Tende, pois, a fé, com o que ela contém de belo e
de bom, com a sua pureza, com a sua racionalidade. Não admitais a fé sem
comprovação, cega filha da cegueira. Amai a Deus, mas sabendo porque o amais;
crede nas suas promessas, mas sabendo porque acreditais nelas; segui os nossos
conselhos, mas compenetrados do um que vos apontamos e dos meios que vos
trazemos para o atingirdes. Crede e esperai sem desfalecimento: os milagres são
obras da fé. - José, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)
12. No homem, a fé é o sentimento inato de seus
destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas
depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe
cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.
Até ao presente, a fé não foi compreendida senão
pelo lado religioso, porque o Cristo a exalçou como poderosa alavanca e porque
o têm considerado apenas como chefe de uma religião. Entretanto, o Cristo, que
operou milagres materiais, mostrou, por esses milagres mesmos, o que pode o
homem, quando tem fé, isto é, a vontade de querer e a certeza
de que essa vontade pode obter satisfação. Também os apóstolos não operaram
milagres, seguindo-lhe o exemplo? Ora, que eram esses milagres, senão efeitos
naturais, cujas causas os homens de então desconheciam, mas que, hoje, em
grande parte se explicam e que pelo estudo do Espiritismo e do Magnetismo se
tornarão completamente compreensíveis?
A fé é humana ou divina, conforme o homem aplica
suas faculdades à satisfação das necessidades terrenas, ou das suas aspirações
celestiais e futuras. O homem de gênio, que se lança à realização de algum
grande empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em si que pode e há de
chegar ao fim colimado, certeza que lhe faculta imensa força. O homem de bem
que, crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas e nobres ações a sua
existência, haure na sua fé, na certeza da felicidade que o espera, a força
necessária, e ainda aí se operam milagres de caridade, de devotamento e de
abnegação. Enfim, com a fé, não há maus pendures que se não
chegue a vencer.
O Magnetismo é uma das maiores provas do poder da
fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos singulares,
qualificados outrora de milagres.
Repito: a fé é humana e divina. Se
todos os encarnados se achassem bem persuadidos da força que em si trazem, e se
quisessem pôr a vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o a
que, até hoje, eles chamaram prodígios e que, no entanto, não passa de um
desenvolvimento das faculdades humanas. Um Espírito Protetor. (Paris,
1863.)
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 - Por que a esperança e a caridade estão
associadas à fé?
2 - Por que a fé necessita de obras?
3 - Qual a diferença entre a fé humana e a divina?
4 -
Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique.
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