1.
O BOM SAMARITANO JOVEM E A SOCIEDADE
“Sigamos, pois, as coisas que contribuem para
a paz e para a edificação de uns para com os outros.” (Romanos, 14:19).
Jovem amigo, a convivência
social é uma lei natural e constitui um aprendizado importante para a nossa
alma no sentido de educarmos os nossos impulsos e moldarmos a nossa conduta nas
bases da fraternidade e do respeito.
O Bom Samaritano Jovem
perante a sociedade
“Desistir de somente
aparentar propósitos de evangelização, mas reformar-se efetivamente no campo
moral, não se submetendo a qualquer hábito menos digno, ainda mesmo quando
consagrado por outrem.
A evolução requer da
criatura a necessária dominação sobre o meio em que nasceu. Perdoar sempre as
possíveis e improcedentes desaprovações sociais à sua fé, confessando, quando
preciso for, a sua qualidade religiosa, principalmente através da boa reputação
e da honradez que lhe exornam o caráter.
Cada Espírito responde por
si mesmo”.
(André Luiz, Conduta
espírita, 14. ed., p. 43-44).
“A Doutrina Espírita é uma
só em todas as circunstâncias.
Tributar respeito aos
companheiros que fracassaram em tarefas do coração. Há lutas e dores que só o
Juiz Supremo pode julgar em sã consciência.
Atender aos supostos
felizes ou infelizes, cultos e incultos, com respeito e bondade, distinção e
cortesia.
A condição social é apenas
apresentação passageira e todos os papéis são permutáveis na sucessão das
existências.” (André Luiz, Conduta espírita, 14. ed., p. 44-45).
A conduta do cristão
“Moderar as manifestações
de excessivo entusiasmo, exercitando-se na ponderação quanto às lutas de cada
dia, sem, contudo, deixar-se intoxicar pela circunspecção sistemática ou pela
sombra do pessimismo.
O culto da temperança
afasta o desequilíbrio.
Anotar a extensão das suas
forças, consultando sempre os corações mais amadurecidos no aprendizado
terrestre, sobre as diretrizes e os passos fundamentais da própria existência,
prevenindo-se contra prováveis desvios.
Invigilância conservada,
desastre certo.”
(André Luiz, Conduta
espírita, 14. ed., p. 20-21).
O que o adolescente espera
da sociedade?
“Em razão da imaturidade,
o adolescente espera compreensão e auxílio da sociedade, que lhe deve facultar
campo para todos os conflitos, não os refreando nem os corrigindo, de forma que
o mundo se lhe torne favorável área para as suas experimentações, nem sempre
corretas, dando surgimento a novos conceitos e novas propostas de vida.
Essa aspiração é justa, no
entanto o ônus é muito alto quando os resultados se apresentam funestos ou
danosos, o que normalmente ocorre, tendo-se em vista que a inadequação do jovem
ao existente impede-o de entender o que sucede, não possuindo recursos para
solucionar os desafios que surgem e a todos aguardam”.
(Joanna de Ângelis,
Adolescência e vida, 4. ed., p. 54).
“O adolescente sempre
espera da sociedade a oportunidade de desfrutar dos prazeres em indefinição
nele mesmo.
Estando em crise de
identidade, não sabe realmente o que deseja, podendo mudar de um para outro
momento e isto não pode ser seguido pelo grupo social, que teria o dever de
abandonar os comportamentos aceitos a fim de incorporar insustentáveis
condutas, que logo cedem lugar a novas experiências. Irreflexão, angústia,
descontrole nas atitudes são naturais no adolescente, que irá definindo rumos
até encontrar um método de adaptação dos seus sentimentos aos padrões vigentes
e aceitos, ajustando-se, por fim, ao contexto que antes combatia.
A chegada da maturidade e
da razão oferece diferente visão da sociedade, todavia os atos praticados já
produziram os seus efeitos e, se foram agressivos, os danos aguardam remoção,
ou pelo menos necessária reparação ”.
(Joanna de Ângelis,
Adolescência e vida, 4. ed., p. 55-56).
O que a sociedade espera do adolescente?
“Por sua vez, a sociedade
espera que o adolescente se submeta aos seus quadros de comportamento
estabelecido, muitas vezes necessitados de renovação, de mudança, face aos
imperativos da lei do progresso.
O adulto, representando o
contexto social, acredita que, oferecendo ao adolescente os recursos para uma
existência equilibrada, educação, trabalho, religião, esportes, etc., ter-se-á
desincumbido totalmente do compromisso, não se devendo preocupar com mais nada
e aguardando a resposta do entendimento juvenil mediante apoio irrestrito,
cooperação constante, continuidade dos seus empreendimentos.
Seria tediosa, a vida
social, e retrógrada, se fosse continuada sem as inevitáveis mudanças impostas
pelo progresso e trabalhadas pelas gerações novas, às vezes inspiradas pelo
pensamento filosófico ou científico, pelo idealismo da beleza e da arte, da
religião e da tecnologia, que encontram nos jovens a sua força motriz ”.
(Joanna de Ângelis,
Adolescência e vida, 4. ed., p. 56).
Conduta do Bom Samaritano Jovem na via pública
“Demonstrar, com exemplos,
que o espírita é cristão em qualquer local.
A Vinha do Senhor é o
mundo inteiro. Colaborar na higiene das vias públicas, não atirando detritos
nas calçadas e nas sarjetas.
As pessoas de bons
costumes se revelam nos menores atos.
Consagrar os direitos
alheios, usando cordialidade e brandura com todo transeunte, seja ele quem for.
O culto da caridade não
exige circunstâncias especiais. Cumprimentar com serenidade e alegria as
pessoas que convivem conosco, inspirando-lhes confiança.
A saudação fraterna é
cartão de paz. Exteriorizar gentileza e compreensão para com todos, prestando
de boamente informações aos que se interessem por elas, auxiliando as crianças,
os enfermos e as pessoas fatigadas em meio ao trânsito público, nesse ou
naquele mister.
Alguns instantes de
solidariedade semeiam simpatia e júbilo para sempre. Coibir-se de provocar
alarido na multidão, através de gritos ou brincadeiras inconvenientes, mantendo
silêncio e respeito, junto às residências particulares, e justa veneração
diante dos hospitais e das escolas, dos templos e dos presídios.
A elegância moral é o selo
vivo da educação. Abolir o divertimento impiedoso com os mutilados, com os
enfermos mentais, com os mendigos e com os animais que nos surjam à frente.
Os menos felizes são
credores de maior compaixão.
Proteger, com desvelo,
caminhos e jardins, monumentos e pisos, árvores e demais recursos de beleza e
conforto, dos lugares onde estiver.
O logradouro público é
salão de visita para toda a comunidade”.
“Vede prudentemente como
andais.” — Paulo. (EFÉSIOS, 5:15.)
(André Luiz, Conduta
espírita, 14. ed., p. 34 - 36).
(fonte:
http://mocidade.ocentroespirita.com/ba/O%20BSJ%20e%20a%20Sociedade.pdf)
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