Sobre a dúvida
A verdade integral
constitui a divina sabedoria, que é alcançada etapa a etapa no carreiro longo
das reencarnações.
Experiências bem e
malsucedidas contribuem de maneira eficaz para o aprendizado, na incessante
busca do aperfeiçoamento intelecto-moral.
Muitas conquistas que
aparentam ser legítimas, depois de vivenciadas demonstram a sua fragilidade,
abrindo espaços mental e emocional para retificações e mais amplo
desenvolvimento de conteúdo.
Por isso, ninguém
pode detê- la ou absorvê-la de um para outro instante.
A sua própria
constituição é feita de profundas reflexões que devem ser digeridas
psiquicamente, à medida que se incorporam à existência, tornando-se fenômeno
natural de comportamento.
Jamais se
apresenta total, completa, em razão da sua grandiosidade, que ultrapassa o que
a imaginação pode conceber.
Alcançá-la é a meta
que se encontra destinada ao Espírito, esse viajor da imortalidade.
Em cada oportunidade
existencial desenvolve-se determinada aptidão, penetrando-se o cerne no qual se
origina, a fim de abranger outras áreas que formam a sabedoria.
Fosse absorvida de
uma vez e alucinaria o seu portador em razão da impossibilidade de dosá-la de
forma ideal.
Pequenas quotas, à
semelhança de raios de luz, terminam por fazer o espectro perfeito da
totalidade.
Em razão da
indumentária carnal, bloqueia o claro discernimento a princípio, faculta a
percepção do conhecimento e amplia os horizontes da mente para mais amplas
aquisições.
É natural que, em
face da ignorância, cada informação nova conduz a dúvidas, ao receio de
enganar-se, nem sempre se comprometendo com a sua absorção.
Duvidar, portanto, é
fenômeno intelecto-moral de alto significado na aprendizagem.
No primeiro caso, o
desconhecimento dos mecanismos de algo novo produz suspeita quanto à sua
legitimidade. Em segundo lugar, a revelação do ignorado impõe inevitáveis
mudanças na conduta a que o indivíduo se vê impelido a aceitar ou negar, para
adaptar-se ao novo hábito.
A dúvida que não se
deriva da má-fé é recurso mental para consolidar qualquer crença ou informação
que surge no desenvolvimento do ser humano. É atitude saudável, porque conduz o
raciocínio a perquirir, a comparar, a estudar.
Quando o entusiasmo
antecipa a razão e a lógica, após algum tempo perde o impulso por constatar a
fragilidade do que se abraçou sem a necessária reflexão.
As ideias variam de
mente para mente, mesmo quando são idênticas. Isto, porque o foco está na base
do interesse daquele que a concebe ou a quem é transmitida.
Jesus foi portador de
lógica incomparável, ao enunciar: “Se não credes naquilo que vedes como
acreditareis no Pai, a quem ninguém nunca viu?”.
Os fenômenos por Ele
realizados demonstravam a sua superioridade de taumaturgo, e, apesar disso, a
dúvida mesquinha e cômoda tomava conta dos seus beneficiários, tão logo passava
o momento de exaltação.
A realidade
contemporânea por meio do avanço das doutrinas modernas, quais a Física
Quântica, a Biologia Molecular, exara que “é primeiro crer para depois ver”.
Equivale à afirmação
de que o pensamento parte do abstrato para o concreto, isto é, da concepção, da
possibilidade, para a sua realidade física.
No que diz respeito à
crença religiosa, a dúvida tem sido uma nuvem densa a cobrir a imortalidade da
alma, buscando sempre negar-lhe a legitimidade. Criam-se hipóteses absurdas
para explicar-se a fenomenologia mediúnica, por exemplo, e, por efeito, os seus
conceitos morais.
Quando se investiga
uma comunicação provinda do Além-Túmulo, não raro se recorre a teorias
ultrapassadas para negar-lhe a autenticidade, com certo prazer de continuar-se
bem vivente.
O resultado das
comunicações espirituais sérias é de preparar-se o Espírito encarnado para o
enfrentamento do futuro, equipado de valores éticos propiciadores de paz e de
plenitude.
Não se desintegrando
a consciência, ei-la que ressurge com toda a potencialidade de que se
constitui, com toda lucidez, facultando análise rigorosa do comportamento, a
fim de prosseguir-se na vida da qual ninguém se evade.
Pesquisadores
honestos, no entanto, ao se convencerem da fatalidade imortalista, de imediato
adotam comportamento compatível com a continuação do existir e transformam-se
em verdadeiros apóstolos da verdade que neles é luz abençoada.
Dúvida não
representa, necessariamente, descrença ou suspeita, mas cuidado e respeito pelo
conhecimento novo, de modo que possa ser adotado com tranquilidade e segurança.
Toda vez quando a
dúvida te visitar, analisa com naturalidade a informação, a fim de tomares a
decisão correspondente.
Desarma-te da dúvida
sistemática e perversa que te afasta da ética de Jesus e te arroja no labirinto
da insensatez e da indiferença.
A crença bem
fundamentada é elemento base para uma existência equilibrada e uma caminhada
compensadora.
A dúvida-medo de
Pedro levou-o a negar o Amigo.
A dúvida-ambição de
Judas conduziu-o a trair o Benfeitor.
E as tuas dúvidas,
quais os resultados que te facultaram?
Duvida para
investigar e, ao definir-te pela crença, ama, serve e ilumina o caminho para a
multidão que seguirá após ti.
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(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia, na noite de 6 de setembro de 2017.)
(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia, na noite de 6 de setembro de 2017.)
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