domingo, 28 de maio de 2017

Pergunta feita - sobre maldade

Pergunta feita:
De A.C
Dúvida: Olá, tenho dificuldades em desvincular  maldade (aquele mal dos livros antigos, das religiões cristas - salvo o Espiritismo, o mal antítese do bem) dos primeiros atos e decisões do espirito rudimentar em evolução. Certas atitudes denotam essa maldade (que o Espiritismo desmistifica explicando que espirito é criado simples e ignorante e que a falta de experiências os leva a caminhos errados e consequências reeducativas), porém 1) como justificar atos malévolos como matar um semelhante, torturar, etc., muitas vezes pelo prazer do sofrimento alheio?  2) Fica difícil muitas vezes caracterizar a reeducação tão pregada no Espiritismo por artifícios tão dolorosos, principalmente sem a consciência do erro do passado. Deus "permitir" medidas reeducativas como colocar crianças, idosos e mulheres num circo em Niterói pra ser queimado porque queimaram alguém outrora em Roma, num passado distante, não dá a impressão de crueldade? Abraço fraterno.


Resposta dada:
A,

1 - Os atos descritos no item 1 abaixo, cometidos por certas pessoas, são reflexos do momento evolutivo que os espíritos nelas reencarnados estão vivenciando. São espíritos ainda perseverantes na prática do mal e que ainda não despertaram para o bem. A evolução do espírito é irreversível e permanente, porém é também lenta e gradual. Nem todos evoluem do mesmo modo e no mesmo tempo. Alguns se adiantam num determinado sentido; outros, em sentido diverso. Assim, o mal existe não por determinação divina, mas como resultado de nossas escolhas. Como você menciona, 
os espíritos são criados simples e ignorantes. Deus deixa que o homem escolha o caminho a seguir e que o fique sujeito à lei do progresso, para aprender a valorizá-lo. Para tanto, Deus dotou o espírito de livre-arbítrio e consciência para escolher entre o bem e o mal. Cada um escolhe o caminho a seguir. Se toma o caminho mau, é o único responsável por seus atos, sendo, em consequência,mais longa e difícil a sua caminhada rumo à perfeição a que está destinado.

2 – Com relação ao item 2, o explica de modo claro e racional a causa dos sofrimentos. São consequências de faltas cometidas na mesma existência ou em precedente. Para que o espírito quita sua dívida perante a lei divina é necessário resgatar essas faltas. A expiação condição para tanto e pode consistir em sofrimentos físicos ou morais. Quando se trata de faltas cometidas sozinho, o espírito é o único a expiar. Todavia, quando praticadas coletivamente, solidariamente por um certo número de pessoas, a expiação também é solidária, ou seja, cumpre-se coletivamente. Os que se reuniram para a prática dessas faltas encontrar-se-ão-se de novo reunidos para sofrerem juntos leis o resgate. Erraram juntos, juntos responderão pelo erro. Assim, o que é incompreensível à primeira vista e inconciliá­vel com a justiça de Deus, se torna claro e lógico me­diante o conhecimento dessa lei. O Espiritismo faz compreensível, por meio da equitativa lei da reencarnação e da continuidade das relações entre os mesmos seres. Não há, desse modo, crueldade no episódio apontado, mas, simplesmente, o cumprimento da lei de causa e efeito, anunciada por Jesus ao ensinar que “a cada um será dado segundo suas obras.”

Esperando ter contribuído, continuamos à disposição.

Muita paz e um forte abraço
 Equipe CVDEE


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