Pergunta
feita:
De A.C
Dúvida: Olá, tenho dificuldades em
desvincular maldade (aquele mal dos livros antigos, das religiões cristas
- salvo o Espiritismo, o mal antítese do bem) dos primeiros atos e decisões do
espirito rudimentar em evolução. Certas atitudes denotam essa maldade (que o
Espiritismo desmistifica explicando que espirito é criado simples e ignorante e
que a falta de experiências os leva a caminhos errados e consequências
reeducativas), porém 1) como justificar atos malévolos como matar um
semelhante, torturar, etc., muitas vezes pelo prazer do sofrimento
alheio? 2) Fica difícil muitas vezes caracterizar a reeducação tão
pregada no Espiritismo por artifícios tão dolorosos, principalmente sem a
consciência do erro do passado. Deus "permitir" medidas reeducativas
como colocar crianças, idosos e mulheres num circo em Niterói pra ser queimado
porque queimaram alguém outrora em Roma, num passado distante, não dá a
impressão de crueldade? Abraço fraterno.
Resposta dada:
A,
1 - Os atos descritos no
item 1 abaixo, cometidos por certas pessoas, são reflexos do momento evolutivo
que os espíritos nelas reencarnados estão vivenciando. São espíritos ainda
perseverantes na prática do mal e que ainda não despertaram para o bem. A
evolução do espírito é irreversível e permanente, porém é também lenta e
gradual. Nem todos evoluem do mesmo modo e no mesmo tempo. Alguns se adiantam
num determinado sentido; outros, em sentido diverso. Assim, o mal existe não
por determinação divina, mas como resultado de nossas escolhas. Como você
menciona,
os espíritos são criados
simples e ignorantes. Deus deixa que o homem escolha o caminho a
seguir e que o fique sujeito à lei do progresso, para aprender a
valorizá-lo. Para tanto, Deus dotou o espírito de livre-arbítrio e
consciência para escolher entre o bem e o mal. Cada um escolhe o caminho a
seguir. Se toma o caminho mau, é o único responsável por seus atos, sendo,
em consequência,mais longa e difícil a sua caminhada rumo à perfeição a que
está destinado.
2 – Com
relação ao item 2, o explica de modo claro e racional a causa dos sofrimentos. São
consequências de faltas cometidas na mesma existência ou em precedente. Para que o espírito quita sua dívida perante a lei divina é necessário
resgatar essas faltas. A expiação condição para tanto e pode consistir em sofrimentos
físicos ou morais. Quando se
trata de faltas cometidas sozinho, o espírito é o único a expiar.
Todavia, quando praticadas coletivamente, solidariamente por um certo número de
pessoas, a expiação também é solidária, ou seja, cumpre-se coletivamente. Os
que se reuniram para a prática dessas faltas encontrar-se-ão-se de novo
reunidos para sofrerem juntos leis o resgate. Erraram juntos, juntos
responderão pelo erro. Assim, o que é incompreensível à primeira vista e
inconciliável com a justiça de Deus, se torna claro e lógico mediante o
conhecimento dessa lei. O Espiritismo faz compreensível, por meio da
equitativa lei da reencarnação e da continuidade das relações entre os mesmos
seres. Não há, desse modo, crueldade no episódio apontado, mas, simplesmente, o
cumprimento da lei de causa e efeito, anunciada por Jesus ao ensinar que “a
cada um será dado segundo suas obras.”
Esperando ter contribuído, continuamos à disposição.
Muita paz e um forte abraço
Equipe CVDEE
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