sábado, 10 de janeiro de 2009

Programas de TV com apelo sexual elevam risco de gravidez adolescente, diz estudo

03/11/2008 - 14h26Programas de TV com apelo sexual elevam risco de gravidez adolescente, diz estudo.

da Associated Press, em Chicago

Um novo estudo sugere que os índices de gravidez são mais altos entre as adolescentes que vêem muito conteúdo sexual na televisão, na comparação com aqueles que têm gostos menos "picantes".

De acordo com Anita Chandra, pesquisadora da organização da Rand Corp, adolescentes que assistem a programas de televisão com o máximo de apelo sexual têm o dobro de chances de engravidarem nos próximos três anos, em relação a quem tem menos acesso a esse tipo de conteúdo.

Programas que apenas mostram os aspectos positivos da prática sexual, sem evidenciar os riscos, podem levar os adolescentes a fazerem sexo sem proteção "antes que eles possam tomar decisões responsáveis e informadas", diz a pesquisadora.

O estudo, que foi publicado na revista "Pediatrics", envolveu 2.003 garotos e garotas de 12 a 17 anos de idade, que foram questionados por telefone sobre seus hábitos de televisão, em 2001.

Os adolescentes foram entrevistados uma segunda vez, em 2004, e foram questionados sobre gravidez. Entre as garotas, 58 afirmaram ter engravidado durante o período – 33 dos adolescentes disseram ter engravidado uma garota.

Os participantes do estudo foram questionados sobre a freqüência com que assistiam a uma lista de 20 programas famosos na época ou que tinham grande apelo sexual. A ocorrência de gravidez foi duas vezes maior entre aqueles que assistiam às atrações com conteúdo erótico.

De acordo com Chandra, os hábitos de televisão estão fortemente ligados à gravidez, mesmo quando outros fatores são levados em conta, como notas, estrutura familiar e nível educacional dos pais.
COMENTÁRIO DO BLOG JOVEM ESPNET/CVDEE:
(...) Em torno do sexo, será justo sintetizarmos todas as digressões nas normas seguintes:

Não proibição, mas educação.Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo.Não indisciplina, mas controle.Não impulso livre, mas responsabilidade.Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência.

Vida e Sexo – Emmanuel (Psicografia de Chico Xavier)

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Inicialmente, algumas considerações devem ser traçadas a respeito do homem e sua sexualidade.

I – Faz-se necessário reconhecer que essa questão vem sendo abordada intensivamente por diversas esferas da sociedade – familiar, médica, educacional, governamental, religiosa, etc –, cada uma procurando melhor direcionar o comportamento das pessoas, de todas as idades, sexos e camadas sociais, para o bom uso dessa poderosa força criadora.

II – A adoção de medidas preventivas, assim como as de contenção de danos, estão sempre em pauta na tentativa de equilibrar os indivíduos perante sua saúde física e psíquica, o grupo social em que se encontra inserido e seus valores espirituais.

III – O indivíduo é aquilo que ele pensa, e que esse critério é capaz de avaliar o grau de desenvolvimento em que se encontra. “Suas opiniões revelam o verdadeiro lugar que você ocupa no mundo”. (Agenda Cristã)

Dizem os Espíritos que os habitantes deste planeta encontram-se entre as civilizações menos desenvolvidas do Universo, o que se conclui que há intensa influência dos instintos – sexuais, por exemplo – sobre sua personalidade.

Partindo desse raciocínio, há no meio econômico a Lei de Oferta e Procura, cujas diretrizes apontam ações para a produção em relação ao consumo. No cotidiano das pessoas, especialmente no que diz respeito ao entretenimento, os eventos e programas também são criados (e ofertados) conforme os interesses e as necessidades do público alvo.

A reportagem em destaque aponta para a influência dos conteúdos dos programas televisivos sobre os telespectadores infantis e juvenis. Como uma astuta jogada de marketing, e percebendo que é um produto rentável e de fácil consumo por esses grupos (altamente influenciáveis), as produtoras acrescentam temáticas sexuais para temperarem o prato servido, e que acaba sendo vorazmente consumido, sem quaisquer reflexões ou julgamentos. Filmes, novelas, videoclips, músicas, programas de auditório, reality shows, dentre outros, são assistidos com toda a atenção oferecendo, sem qualquer critério ou escrúpulo, seu conteúdo estimulante e degradante, minando, desde cedo, aquelas mentes ávidas por referências.

É importante acrescentar que não apenas essa fatia é afetada, mas todos os que são expostos às informações (ou desinformações) transmitidas. Observa-se, por exemplo, que a sexualidade, antes contida e até reprimida há algumas décadas na sociedade, indo, assim, contra a natureza humana, hoje se encontra banalizada, não mais chocando ou constrangendo, ao contrário, sendo aceita com uma espantosa naturalidade e causando toda a espécie de estragos, não mais se restringindo às crianças e jovens.

Certa vez, perguntado aos Espíritos sobre as ocupações e interesses dos habitantes das esferas superiores, responderam que muito diversa é a natureza dessas atividades, e que diferem, e em muito, daquela com as quais se ocupam os habitantes do plano terreno. Caso fossem expostos àquelas, cairiam no tédio, responderam, e que a violência, consumo, intriga e sexo ainda são os principais ingredientes do triste cardápio que satisfaz o apetite do seres viventes neste orbe, encarnados ou não.

Esse é o resultado do pensamento limitado à existência terrena, onde o mais importante é a intensidade com que se vive, não a qualidade. “A vida é curta e deve ser vivida intensamente”, argumenta-se. Nessa ansiedade de querer aproveitar cada oportunidade como se fosse a última, Espíritos se comprometem por longo tempo aumentando, desde seu presente, as dores que deverá suportar por sua invigilância, sob a ação Lei de Causa e Efeito.

A educação, a espiritualização e a moralização são únicos instrumentos corretivos para uma sociedade que vem sendo consumida pela própria invigilância. E evocando, mais uma vez, a Lei de Oferta e Procura, questiona-se: os programas oferecem porque o público deseja o tema ou o público deseja o tema porque os programas oferecem? Vale a reflexão de todos.
(André Luiz Rodrigues dos Santos é paulista, espírita desde 1991, militar e professor. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de Atendimento Fraterno, divulgação e estudos doutrinários no meio virtual)