sábado, 14 de fevereiro de 2015

A Frequência Melhora a Frequência

A Frequência Melhora a Frequência

Marcus Braga

Às vezes, em meio a corrida da rotina, enquadramos as atividades espíritas de forma mecânica em nossas atribuições, como um compromisso a ser cumprido em meio a tantos outros.
E por vezes, ainda, esse compromisso disputa com outros, profissionais, familiares, de lazer, o que redunda em uma frequência baixa a casa espírita e as suas atividades. Às vezes, de forma sazonal, nos vemos envolvidos em uma ciranda de eventos e pouco “damos as caras” no centro.

Aí, vai uma vez a palestra e falta na outra. Chega só na hora do passe...Comparece esporadicamente aos grupos de estudos, em uma vivência burocrática da atividade espírita.
Vamos assim, administrando a relação com a casa espírita, de forma morna, no que entendemos ser uma vivência religiosa formal, de prática superficial.
A frequência a casa espírita, para além de uma assiduidade protocolar, necessita do envolvimento, do sentimento nas atividades ofertadas, elevando o padrão da nossa casa mental, de nossas vibrações.
A frequência a casa espírita melhora a nossa frequência mental!
A casa espírita é uma oficina bendita que nos oferece diversos campos de ação e estudo, em horários diversos, para perfis múltiplos, esse apresenta como opção integrativa de estudo e vivência do espiritismo. Muito mais do que divulgar a doutrina espírita, a casa espírita tem o potencial de se tornar uma forja do homem de bem!
Lá fazemos amigos, ouvimos certas verdades, participamos de atividades como agente e paciente, estudamos em grupo no debate salutar, tudo isso em um espaço de crescimento que nos torna melhores, sustentando o nosso ideal cristão nas lutas semanais, fora da casa espírita.
Cabe-nos ter coerência nos papéis...Para isso, necessitamos ser bons espíritas no lar, na escola, na rua, no trabalho, nas diversas roupagens sociais, ainda que na casa espírita busquemos mostrar o nosso melhor, esse nosso melhor deve se espraiar pela vida cotidiana, como uma chama a nos conduzir.
Não defendemos aqui a hipocrisia de máscaras na casa espírita ou ainda, que a pessoa se insule no centro vinte e quatro horas por dia, em uma clausura kardequiana, fugindo do mundo perverso, ignorando os outros papeis para qual ela reencarnou. A doutrina não prevê isso, ela surge como instrumento de superação da formalização pela essência!
Defendemos a casa espírita como espaço de espiritualização, de estudo e de trabalho, desenvolvendo a nossa dimensão “espírito”, na tarefa árdua de construção do homem de bem. E para tal, ela oferece instrumentos diversos!
Entretanto, para isso é necessário a presença, a adesão, o envolvimento. Ainda não encontrei uma modalidade de espiritismo a distância…Faz-se mister o engajamento na casa, para que ela faça parte de nossa vida e vice versa, em uma construtiva relação, que faz de cada frequentador, melhor a cada dia.
Fica então a reflexão da relação que estamos construindo com o templo espírita que nos acolhe e de como esta relação está nos fazendo melhorar…Grandes, pequenos, distantes, informais…As casas espíritas estão aí, necessitando do nosso olhar atento, dos nossos braços produtivos, assim como nós precisamos de suas bênçãos no fortalecimento espiritual.
Como pássaros tenros, os mentores da casa espírita nos colocam lá, como frágeis galhos que unidos compõe um aconchegante e robusto ninho. Nesse feixe de forças, de cá e de lá, é preciso colocar o nosso coração, na infância, na juventude e na madureza, e não apenas na melhor idade, na qual passamos a nos preocupar, compulsoriamente, como o desencarne e a vida espiritual.

20 de outubro de 2014

Marcus Braga

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Conheça o cabeleireiro que corta o cabelo dos moradores de rua nos seus dias de folga

Conheça o cabeleireiro que corta o cabelo dos moradores de rua nos seus dias de folga

Por Ederson Knorst

Mark Bustos é cabeleireiro num salão de Nova York. Seu único dia de folga é aos domingos, mas nem assim consegue descansar. Nesse dia, ele percorre as ruas oferecendo cortes de barba e cabelo gratuitos para os moradores de rua.
Normalmente Mark está acompanhado de sua namorada e passeia pela cidade com o kit de trabalho e, sempre que encontra um morador de rua, pergunta se ele quer dar uma renovada no visual. A dupla também costuma oferecer algo para comer ou beber enquanto o cabeleireiro faz seu trabalho.
A cada domingo, seis moradores de rua ganham um visual novo, o que impacta diretamente na autoestima de cada um deles – assunto delicado para quem vive às margens. O corte de cabelo mais marcante até agora, segundo Mark, foi de um senhor chamado Jemar Banks. “Ele não tinha muito o que conversar durante o corte, até que eu mostrei pra ele como tinha ficado… A primeira coisa que ele me disse foi: ‘Você sabe de alguém que está contratando?‘”

Notícia publicada no Portal Best of Web.

Claudia Cardamone* comenta

Atualmente fazer caridade é politicamente correto, quase todos querem fazê-la e muitos precisam divulgar isto. Em certas circunstâncias parece que apresentar-se como caridoso é mais importante que ser caridoso. Podemos pensar que qualquer caridade é bem-vinda, seja qual for sua motivação, mas isto pode ser perigoso, porque a caridade feita pelas aparências pensa apenas em si e não no outro. Kardec falou sobre isto em O Evangelho Segundo o Espiritismo:
“O benefício sem ostentação tem duplo mérito: além da caridade material, constitui caridade moral, pois contorna a suscetibilidade do beneficiado, fazendo-o aceitar o obséquio sem lhe ferir o amor-próprio e salvaguardando a sua dignidade humana, pois há quem aceita um serviço mas recuse a esmola. Converter um serviço em esmola, pela maneira porque é prestado, é humilhar o que o recebe, e há sempre orgulho e maldade em humilhar a alguém. A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e habilidosa para dissimular o benefício e evitar até as menores possibilidades de melindre [...]”. (cap. XIII, item 3.)
Muitas vezes nos deixamos levar pelo desejo de fazer o bem e esquecemos de perguntar se o outro deseja nossa ajuda. Como o texto acima apontou que a verdadeira caridade é delicada e discreta, sendo feita com habilidade para não ferir o outro. Mark não faz grandes mutirões, não busca divulgar seu negócio, apenas é, aparentemente, movido pelo sincero desejo de ajudar o próximo. E o faz de tal forma que recordei de um comentário de Kardec na questão 886 de O Livro dos Espíritos:
“[...] O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distância entre ambos”.
Esta frase é boa para refletirmos se, quando somos caridosos, procuramos elevar o outro e não a nós mesmos.

* Claudia Cardamone nasceu em 31 de outubro de 1969, na cidade de São Paulo/SP. Formada em Psicologia, pelas FMU, e em Pedagogia, pela UNISUL. Reside atualmente em Santa Catarina, onde trabalha como professora. É espírita e trabalhadora do Grupo União e Amor de Formação Espiritual, em Paulo Lopes/SC.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Encontros e confraternizações espíritas no Brasil durante o carnaval

 

AMAZONAS

XXXIII COMEAM – Confraternização das Mocidades Espíritas do Amazonas

Tema de 2015 : Nasceste de Novo. E agora, o que farás?

Quando?  14 a 18 de Fevereiro.

Informações: www.feamazonas.org.br / dij.fea@gmail.com

PARÁ

XXXVII EIMEP - ENCONTRO INTENSIVO DO MOVIMENTO ESPÍRITA PARAENSE

Tema de 2015:  "Sexualidade: conhece-te a ti mesmo!”

Quando? 14 a 17 de Fevereiro.

Informações: http://www.paraespirita.com.br/eimep2015/

AMAPÁ

XVIII EMEAP - ENCONTRO DE MOCIDADE ESPÍRITA DO AMAPÁ

Tema de 2015:  Mediunidade e Evangelho

Quando? 13 a 16 de Fevereiro.

Informações: contato@feamapa.com.br

TOCANTIS

22º ENCONTRO DE MOCIDADES ESPÍRITAS DE TOCANTIS – EMOEST

Tema de 2015: Mediunidade: Ferramenta de Evolução

Quando?  14 a 17 de Fevereiro de 2015.

Informações: http://www.feetins.org.br/   -  emoeste@feetins.org.br

RONDÔNIA

XXII Encontro de Mocidades Espíritas de Rondônia

Tema de 2015: O jovem Espírita na transição Planetária

Quando? 14 , 15 e 16 de fevereiro de 2015.

Informações: dij@fero.org.br

PERNAMBUCO

XII EME - Encontro de Mocidades Espíritas de Pernambuco

Tema: Relações Humanas na era da tecnologia: Viver On ou Off?

Quando? 14 a 18 de Fevereiro 2015 (entrada das 13hs às 14hs, e término no dia 18 às 09hs)

Informações: http://www.eme-pe.com/

PERNAMBUCO

EJERF – Encontro da Juventude Espírita do Rio Formoso

Tema: Céu e Inferno: Onde está a Justiça Divina?

Quando? 14 e 15 de Fevereiro 2015

Informações: eept.rioformoso@gmail.com

BAHIA

COEZMUC  - Confraternização Espírita da Zona do Mucuri

Tema de 2015:  O Céu e o Inferno

Quando? 14 a 18 de Fevereiro de 2015

Informações: http://coezmuc-coezmuc.blogspot.com.br/search/label/COEZMUC%202015

MARANHÃO

CONESMA  - Confraternização Espírita do Maranhão

Tema de 2015:  O Céu e o Inferno: 150 anos de esperanças e consolações

Quando? 15 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações:  http://femar.org.br/

RIO GRANDE DO NORTE

38ª CONFERN - Confraternização dos Espíritas do Rio Grande do Norte

Tema de 2015:  Mundo espiritual, o que temos e o que levamos: 150 anos do livro O céu e o inferno

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações:  http://www.fern.org.br/confern / secretariaconfern@gmail.com

RIO GRANDE DO NORTE

Ciclo de Palestras

Tema de 2015:  O Céu e o Inferno: 150 anos de esperanças e consolações

Quando? 15 a 17 de Fevereiro de 2015

Horário: 16h

Informações:  http://www.fern.org.br/

CEARÁ

XVI EMECE – Encontro de Mocidades Espíritas do Ceará

Tema de 2015:  Morri, e agora? Para onde vou? 150 anos de ‘O Céu e o Inferno’

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações: https://www.facebook.com/emece.xou?fref=ts

CEARÁ

VIII Evoluir - Encontro Espírita de Jovens no Cariri

Tema de 2015: Em Defesa da Vida.

Quando? 15 a 17 de Fevereiro de 2015

Horário:  8h (domingo) e 8h/13h (dia 17/02)

PARAÍBA

42º Movimento de Integração Espírita Paraibano - MIEP

Tema de 2015:  Justiça Divina. Amor e Misericórdia.

Quando? 13 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações: www.ame.miep.com.br

PARAÍBA

XII ENIJESP - Encontro de Integração de Jovens Espíritas na Paraíba

Tema de 2015:  Família: que viagem...

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações: http://www.enijesp.com.br/ contato@enijesp.com.br - (83) 9984-1267 e (83) 8727-5875

MINAS GERAIS

XXXIV COJEL  - Confraternização dos Jovens Espíritas da Leopoldina

Tema de 2015:  A Justiça Divina Segundo o Espiritismo

Quando? 14 a 18 de Fevereiro de 2015

Informações: http://www.cojel.com.br/  ou  cojel@hotmail.com

MINAS GERAIS

XXVI COMEJUS  - Confraternização de Mocidades Espíritas de Juiz de Fora e Sub-região

Tema de 2015:  Espiritismo e Saúde. Vícios do corpo. Chagas da Alma.

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações:  https://www.facebook.com/co.me.juizdeforaesubregiao?ref=stream

MINAS GERAIS

IV COMEUDI  - Confraternização de Mocidades Espíritas de Uberlândia

Tema de 2015:  Vícios e Virtudes.

Quando? 14 a 18 de Fevereiro de 2015

Informações:  http://comeudi.com.br/

MINAS GERAIS

VII EMEJE Triângulo – Encontro de Jovens espíritas do Triangulo Mineiro e Região

Tema de 2015:  “Eu sou a videira, vós sois os ramos”. (João 15:5)

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações: juventudeespiritauberaba@gmail.com / emejetriangulo@hotmail.com

MINAS GERAIS

XXV COMECON – Confraternização de Mocidades Espíritas de Contagem

Quando? 14 a 18 de Fevereiro de 2015  (Às 14h do dia 14/02 até o 12h do dia 18/02)

Informações: http://dmcontagem.com.br/

MINAS GERAIS

COMEBH – Confraternização de Mocidades Espíritas de Belo Horizonte

Tema de 2015: “O Céu ou o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo”

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações: inscricaoconjerei@amesaojoaodelrei.org

MINAS GERAIS

29º EMEI - ENCONTRO DE MOCIDADES ESPÍRITAS DE IPATINGA

Tema de 2015:  O sentido da vida.

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações: http://www.emeisj.com.br/

MINAS GERAIS

20º - ENCONTRO DE JOVENS ESPÍRITAS

Tema de 2015:  “Que fazeis de especial”.

Quando? 14 a 18 de Fevereiro de 2015

Informações: evangelizacao.amelavras@gmail.com

MINAS GERAIS

15º COEREME-BH- Confraternização Espírita da Região Metropolitana de BH

Tema de 2015:  “ESPIRITISMO E SAÚDE”

Quando? 13 a 18 de Fevereiro de 2015

Horário: Das 20hn do dia 13/02/2015 às 9h do dia 18/02/2015.

Informações: http://www.coereme.com.br/

MINAS GERAIS

XXVI CONFAE-MG - Confraternização de Famílias Espíritas de Minas Gerais

Tema de 2015:  A Família no Mundo de Regeneração

Quando? 14 a 17/02/2015

• Horário de chegada: 15h – (o confraternista se hospeda no evento)

Informações: http://www.confae.org.br/ e confaemg@gmail.com

MINAS GERAIS

VII – ENCONTRO NO CARNAVAL CAPELA DO SOL

TEMA CENTRAL: PAULO E ESTEVÃO

Quando? 14 a 17/02/2015

Horário:  15h as 18h

SÃO PAULO

XXXVI COMEVALP 2015 - Confraternização das Mocidades Espíritas do Vale do Paraíba - SP

Tema de 2015: Vícios e Virtudes. Necessidades (Ir) Reais

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações: http://www.comevalp.net/

SÃO PAULO

COMERRP– Confraternização das Mocidades Espíritas da Regional Rio Preto

Tema de 2015:  Reencarnação - Encarnar, desencarnar, reencarnar, e evoluir: Tal é a lei.

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações: dmriopreto@gmail.com ou http://dmriopreto.wix.com/dmriopreto#!donate/c1sxh

SÃO PAULO

15º ENCONTRO DE EDUCADORES ESPÍRITAS DA ÁREA DE INFÂNCIA, JUVENTUDE E MOCIDADE.

Clientela: Evangelizadores espíritas

SÃO PAULO

2º Encontro da Família Espírita de Marília/SP

Quando? 13 a 15 de Fevereiro de 2015

    Informações: (14) 3306-5067 e 99733-9001.

ESPÍRITO SANTO

35º EMEES – Encontro de Mocidades Espíritas do Espírito Santo

Tema de 2015: “Vós sois Deuses – 150 anos do Livro O Céu e o Inferno”

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações: feees@feees.org.br (site fora do ar por motivo de invasão)

RIO DE JANEIRO

XXXVI COMEERJ - Confraternização de Mocidades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro

Tema de 2015: Caridade, sublime virtude para a felicidade!

Quando? 14 a 18 de Fevereiro de 2015

Informações: http://xxxvicomeerj.org/

RIO DE JANEIRO

XXI ENEFE – ENCONTRO ESTADUAL DA FAMÍLIA ESPÍRITA

Tema de 2015: Caridade, sublime virtude para a felicidade!

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015.

Ocorre em 60 núcleos no Rio de Janeiro.

DISTRITO FEDERAL

ENCONTRO-ME 2015 – Encontro de Mocidades Espíritas

  Tema de 2015: Eis-me aqui!

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Horário: das 8h, do dia 01, às 17h, do dia 04

Informações: http://www.encontrome.org.br/

DISTRITO FEDERAL

ECOAR 2015 – Encontro dos Caravaneiros, Obreiros, Amigos Reunidos

Tema de 2015: Joanna de Ângelis e o Despertar do Espírito

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações: http://ecoargaeeb.blogspot.com.br/ e ecoar.gaeeb@gmail.com

MATO GROSSO

11ª CONJEMAT– Confraternização dos Jovens Espíritas de Mato Grosso

Tema de 2015: O Real Sentido da Vida.

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Horário:  De: 14/02/2015 – 08h0 a 17/02/2015 – 08h

Informações: http://www.feemt.org.br/ conjemat.2015@gmail.com | (65) 3644-2727

GOIÁS

31º Congresso Espírita de Goiás

Tema de 2015: Céu e Inferno: Mito ou Verdade?

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Informações: secretaria@feego.org.br

SANTA CATARINA

CONJESC - Confraternização de Juventudes Espíritas de Santa Catarina

Tema de 2015: “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” 

Quando? 14 a 16 de fevereiro de 2015

Horário:  das 14:00 h do dia 14-02 às 16:00h do dia 16-02

Informações: http://dijfec.wix.com/conjesc

PARANÁ

19ª CONMEL – Confraternização das Mocidades Espíritas de Londrina – PR

Tema de 2015: “Amai o Próximo como a ti mesmo”. Quem é o Seu Próximo?

Quando? 14 a 17 de fevereiro de 2015

Informações: (43) 9673-1000 ou secretariadij.ure16@gmail.com

RIO GRANDE DO SUL

O ACAMPE – Acampamento Espírita, é realizado de forma ininterrupta a 15 anos no CRE7/FERGS  durante o período de carnaval. É um evento dinâmico que proporciona momentos de lazer e estudos espíritas aos participantes.

Público alvo: Família espírita. Menores de idade acompanhados pelos pais ou responsáveis com autorização impressa.

Principais atividades: Esportes como volei, futebol; peteca; xadrez, dama, jogos de tabuleiro; gincanas; grupos de discussão doutrinária espírita, etc.

   Informações: secretaria.cre7@espiritismosul.org.br

Bahia, Maranhão, Santa Catarina e Minas Gerais

A CONCAFRAS-PSE - Confraternização das Campanhas de Fraternidade Auta de Souza e Promoção Social Espírita

É um encontro anual de trabalhadores espíritas. Foi criada com a finalidade de dinamizar as Campanhas de Fraternidade Auta de Souza, porém hoje, possui diversos objetivos. Acontecendo há 57 anos, ininterruptamente, a CONCAFRAS-PSE não tem sede definitiva.

Tema de 2015: Senhor, que queres que eu faça?

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

Qual a clientela atendida? Trabalhadores espíritas

Informações: http://www.concafras.com/

GOIÁS

XXVI COMEMOFRA – COnfraternização das Mocidades Espíritas do MOvimento da FRAternidade.

Tema de 2015: A Diversidade como Identidade Universal

Local: Alto Paraíso de Goiás – GO

Quando? 14 a 17 de Fevereiro de 2015

   Qual a clientela atendida? Jovens Espíritas

Informações: http://www.mofra.org.br/

Espiritirinhas: infância

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Espiritirinhas: Ceia de Natal

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Espiritirinhas: Confiança

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

E, aí! Já viu?!

Título Original: Brother Sun, Sister Moon / Fratello Sole, Sorella Luna

Gênero: Drama

Origem/Ano: ITA/1972

Duração: 115 min

Direção: Franco Zeffirelli

Prêmios: Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Direção de Arte - Recebeu uma indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Figurino.

Francisco nasceu por volta de 1182, na cidadela italiana de Assis. Filho de comerciantes de tecidos, ele poderia ter sido um próspero burguês. Mas não. Em certo momento da vida, aos 26 ou 27 anos de idade, o jovem optou pela pobreza, pelo pacifismo e pela caridade.

Conforme a Revista das Religiões de outubro de 2004, “ao contrário de seus contemporâneos, [Francisco] não desvinculou a fé da realidade cotidiana. Pelo contrário. Em cada rosto, encontrava o próprio Cristo. Em qualquer manifestação da natureza – dos astros aos animais e às plantas – enxergava o carinho de Deus. Foi um homem de seu tempo, mas não se prendeu a ele. E, por isso, foi considerado santo: São Francisco de Assis”.

Conta-se que Francisco teria percorrido o mundo para pregar o amor ao próximo. Em 1219, teria ido ao Egito para conversar com o sultão Melekel Kamel e lhe propor a paz, numa época em que cristãos e muçulmanos guerreavam por Jerusalém.

Sobre sua conversão, Francisco escreveu em Testamento, um dos poucos escritos que deixou: “Quando ainda estava em pecado, parecia muito amargo ver os leprosos, mas o próprio Senhor me levou a estar com eles e eu usei de misericórdia: quando me afastei dali, aquilo que me parecia amargo rapidamente transformou-se em doçura de alma e de corpo. Em seguida, esperei um pouco e saí do mundo.”

Era realmente um homem especial. Segundo vários livros, Francisco andava com cuidado para não pisar em nenhum inseto ou planta. Passava sobre as pedras com reverência e afastava, carinhosamente, lesmas e formigas do caminho – para que ninguém, sem querer, as machucasse.

Segundo o teólogo Inácio Strieder, da Universidade Federal de Pernambuco, o franciscanismo (que depois viria a se tornar ordem religiosa) “foi um movimento pelo amor e pela paz, que colocava em prática o evangelho como jamais a Igreja o fizera após Jesus Cristo”. De fato, a vida e as atitudes simples de Francisco contrastavam com a opulência de Roma e eram-lhe uma viva reprovação.

No filme “Irmão Sol, Irmã Lua” (Itália, 1972), a história de São Francisco de Assis é contada com o lirismo de Zeffirelli (Romeu e Julieta).

O filme focaliza os primeiros anos da vida do jovem, um mimado filho de aristocratas que parte para guerra animado e volta completamente transtornado - numa época de obscurantismo e falta de genuíno amor - e mostra a surpreendente experiência que transformou Francisco num exemplo de cristão para o mundo.

Ele então renuncia às riquezas da família e procura na comunhão com a natureza, traçar seu próprio destino, livre do apego às propriedades materiais.

Irmão Sol, Irmã Lua mostra essa surpreendente, gratificante e significativa experiência, que transformou Francisco em santo e fundou uma doutrina, para conquistar a união espiritual com o mundo.

Um mundo que hoje, mais do que nunca, carece de Franciscos e Franciscas.

Fonte: Rede Amigo Espírita

E, aí! Já leu?!

A Nova Revelação

 

Autor: Arthur Conan Doyle

Edição: 7ª edição

Sinopse: Sir Arthur Ignatius Conan Doyle (1859?1930), médico e escritor escocês, mais conhecido pelas histórias de seu famoso personagem Sherlock Holmes, foi também um dos maiores estudiosos e divulgadores do Espiritualismo, esforçando-se para divulgar a Nova Revelação ? em seu aspecto religioso ? por meio de palestras e conferências em que expunha e analisava os fenômenos psíquicos e suas consequências espirituais.Nesta obra, descrevem-se os estudos e as experimentações que o autor ? inicialmente cético ? empreendeu durante vários anos, levando-o a abraçar definitivamente o pensamento espiritualista. O livro é antecedido por uma breve biografia do escritor e mostra suas primeiras impressões sobre os fenômenos espirituais surgidos a partir de meados do século XIX.Complementam a obra três pequenos subcapítulos descrevendo livros e testemunhos sobre o Espiritualismo, a mediunidade de escrita automática e um caso de poltergeist.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Carnaval: Uma Festa Espiritual

Carnaval: Uma Festa Espiritual

É natural que queiramos saber a visão espírita sobre o carnaval. O que o Espiritismo diz sobre o assunto?

Opiniões materialistas de apoio e espiritualistas de condenação reforçam a consagrada dicotomia entre o mal e o bem, a sombra e a luz, o errado e o certo,  o material e o espiritual. A visão maniqueísta do a favor ou do contra, do conflito entre dois lados opostos, é tendência comum para registrar o posicionamento de adeptos e críticos ante a curiosa temática.

Por mais que argumentemos, eis uma questão que continuará suscitando acerbas discussões durante muito tempo, até que ela deixe de ter importância. Ainda não é a nossa situação. Falar sobre o carnaval é necessário, pois vivemos a festividade anualmente, com data marcada: a mais comemorada e outras tantas, que se prolongam no decorrer do ano em várias regiões do país e do planeta.

Para que possamos entender melhor o tema, é necessário que percebamos o seu real significado. A par de todas as movimentações de planejamentos e preparativos, ações e zelo – que denotam certa arte e cultura na apresentação de desfiles com seus carros alegóricos e foliões -, somadas as festividades de matizes diversificados, em que grupos se reúnem para comemorações sem medida, não podemos deixar de reconhecer que o carnaval é uma festa espiritual.

O culto à carne evoca tudo o que desperta materialidade, sensualidade, paixão e gozo. O forte apelo do período que antecede, acompanha e sucede o evento ao deus Mamon guarda íntima relação com o conúbio de energias entre os dois planos da vida, o físico e o extrafísico, alimentado pelos participantes, “vivos de cá e de lá”, que se deleitam em intercâmbio de fluidos materialmente imperceptíveis à maioria dos carnavalescos encarnados.

Vivemos em constante relação de intercâmbio, conectando-nos com os que nos são afins pelos pensamentos, gostos, interesses e ações. Sem que nos apercebamos, somos acompanhados por uma “nuvem de testemunhas”, que retrata nossa situação íntima.

Não cabe a análise sob a ótica de proibições ou cerceamento de vontades. Todos somos livres para fazer as escolhas que julgarmos convenientes. Porém, não podemos nos esquecer de que igualmente somos responsáveis, individual ou coletivamente, pelas opções definidas em nossa vida.

O Espiritismo não condena o carnaval, mas, também, não estimula suas festividades. Nesse período são cometidos excessos de todos os graus, com abusos e desregramentos no âmbito do sexo, das drogas, da violência; exageros que extravasam desequilíbrio e possibilitam a atuação de espíritos inferiores que se locupletam com a alimentação de fluidos densos formadores de uma ambiência espiritual de baixo teor vibratório.

Carnaval é, de fato, uma festa espiritual. Porém, eu não quero participar dessa festa. E você?

O espírita verdadeiro pode e deve aproveitar o feriado prolongado para estudar, trabalhar, ajudar aos outros e conectar-se com o Plano Maior da Vida em elevada festividade espiritual que nos faz bem, proporcionando real alegria e plenitude ao Espírito imortal.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Mural reflexivo: Na construção do amanhã

 

cartoescorações

Na construção do amanhã

             Nos Estados Unidos, o Dia dos Namorados é comemorado a 14 de fevereiro. Nesse dia, as pessoas costumam enviar cartões não somente para os namorados. Também a amigos e pessoas queridas.

        Foi com preocupação que a mãe de um garoto tímido e calado ouviu-o dizer que desejava dar um cartão para cada colega seu.

        Chad era um excluído na classe. A mãe o via, todos os dias, retornando da escola.

        A turma vinha na frente, brincando, conversando. Ele sempre atrás, sozinho.

        Ela ficou angustiada. Mesmo assim, nos dias que se seguiram, ela ajudou o filho a confeccionar os cartões.

        Comprou papel, cola e lápis de cor. E ele trabalhou com afinco.

        Finalmente, no Dia dos Namorados, estavam prontos os trinta e cinco cartões.

        Ele não cabia em si de contentamento.

        A mãe passou o dia preocupada. Tinha certeza que ele voltaria desapontado. Não receberia nenhum cartão.

        Por isso, resolveu fazer alguma coisa para amenizar a situação. Assou biscoitos especiais que ele gostava.

        Depois, ficou esperando.

        Olhou pela janela e viu os garotos. Como sempre, eles vinham rindo e se divertindo.

        Como sempre, Chad vinha atrás do grupo. Caminhava, no entanto, um pouco mais rápido do que o normal.

        Quando entrou em casa, ela esperou que ele se desmanchasse em lágrimas.

        Chegou de mãos vazias, como ela pensara. Segurando o pranto, a mãe lhe disse:

        “Filho, preparei um lanchinho para você.”

        Mas Chad não prestou atenção ao que ela disse. Com passos firmes, se encaminhou para a cozinha, repetindo:

        “Nenhum...nenhum...”

        Nesse momento, a mãe observou que o rosto do filho brilhava de alegria. E o ouviu completar a frase:

        “Não esqueci nenhum, nenhum deles!”

        A atitude do garoto é altruísta e denota uma alma que muito mais se preocupa em ofertar amor, do que buscar ser amado.

        Poucas criaturas podem superar, contudo, situações semelhantes.

        O bulling, essa prática de agressividade repetida, muito comum entre crianças e adolescentes, tem dado causa a alguns desastres.

        O fenômeno é mundial. Crianças e adolescentes são excluídos pelos colegas, perseguidos e humilhados.

        Muitos abandonam a escola, sem condições de prosseguirem enfrentando humilhações e trotes.

        As estatísticas apontam, ainda, crescente número de suicídios na faixa etária da infância/adolescência, como efeito do bulling.

        Qual será o motivo de tamanha crueldade?

        Educadores e pais, estejamos atentos. Observemos o comportamento dos nossos filhos.

        Serão eles os promotores do bulling ou suas vítimas?

        É tempo de ensinar a amar em nosso lar. A respeitar os diferentes. A imitar os melhores, não tentar destruí-los.

        Pensemos: quais são os comentários que nossos filhos mais ouvem, com respeito aos outros seres, em nosso lar?

        Que falamos a respeito dos colegas de trabalho, dos vizinhos, dos filhos dos outros?

        É possível que descubramos que essa manifestação doentia, o bulling, seja a resultante da indiferença e do desamor que ensinamos a eles, todos os dias.

     * * *

             O mundo melhor do amanhã está em nossas mãos.

        Depende de nós a geração que se estrutura hoje para atuar no mundo logo mais, como cidadãos do mundo, herdeiros das nossas riquezas morais.

     (Redação do Momento Espírita, com base no cap. Dia dos namorados, de Dale Galloway, do livro Histórias para o coração, v. 1, de Alice Gray, ed. United Press)

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Revista Espírita: Almas afins

Julho de 1862, p. 298 
 
 
UNIÃO SIMPÁTICA DAS ALMAS


(Bordeaux, 15 de fevereiro de 1862 – Médium: Sra. H...)


P. – Já me dissestes várias vezes que nos reuniríamos para não mais nos separarmos. Como poderá dar-se isto? As reencarnações, mesmo as que se seguem às da Terra, nem sempre separam por um tempo mais ou menos longo?

Resp. – Eu to disse: Deus permite aos que se amam sinceramente e souberam sofrer com resignação para expiar suas faltas, reunir-se, a princípio no mundo dos Espíritos, onde progridem juntos, a fim de conseguirem encarnações nos mundos superiores. Podem, pois, se o pedirem com fervor, deixar os mundos espíritas na mesma época, reencarnar nos mesmos lugares e, por um encadeamento de circunstâncias previstas, reunir-se pelos laços que mais convierem aos seus corações.

Uns terão pedido para serem pai ou mãe de um Espírito que lhes era simpático e se sentirão felizes por o dirigirem no bom caminho, cercando-o dos ternos cuidados da família e da amizade. Outros terão pedido a graça de se unirem pelo matrimônio e verem escoar-se muitos anos de felicidade e de amor. Refiro-me ao casamento entendido no sentido da união íntima de dois seres que não querem separar-se mais. Entretanto, tal como é compreendido na Terra, o casamento não é conhecido nos mundos superiores. Nesses lugares de felicidade, de liberdade e de alegria, os laços são de flores e de amor; e não creias que, por isso, sejam menos duráveis. Só o coração fala e guia nessas uniões tão doces. Uniões livres e felizes, casamento de almas perante Deus, eis a lei do amor dos mundos superiores! E os seres privilegiados dessas regiões abençoadas, sentindo-se mais fortemente ligados por semelhantes sentimentos do que o são os homens da Terra, que muitas vezes desprezam os mais sagrados compromissos, não oferecem o deplorável espetáculo de uniões perturbadas incessantemente pela influência dos vícios, das paixões inferiores,da inconstância, da inveja, da injustiça, da aversão, de todas essas horríveis inclinações que conduzem ao mal, ao perjúrio e à violação dos mais solenes juramentos. Pois bem! esses casamentos abençoados por Deus, essas uniões tão afetuosas são a recompensa daqueles que, tendo-se amado profundamente no sofrimento, pedem ao Senhor, justo e bom, para continuarem a se amar em mundos superiores, sem, contudo, temerem uma próxima e dolorosa separação.

Que haverá nisso que não seja fácil de compreender e admitir? Deus, que ama a todos os seus filhos, não teria podido criar, para aqueles que se tivessem tornado dignos, uma felicidade tão perfeita quanto cruéis tinham sido as provas? Que poderia conceder de mais conforme ao sincero desejo de todo coração amoroso? De todas as recompensas prometidas aos homens, haverá algo semelhante a esse pensamento, a essa esperança, eu poderia dizer, a essa certeza: unir-se aos seres adorados para a eternidade?

Crê-me, filha querida, nossas secretas aspirações, essa necessidade misteriosa, mas irresistível de amar, de amar longamente, de amar sempre, não foi colocada por Deus nos nossos corações senão porque a promessa do futuro nos permitia essas doces esperanças. Deus não nos fará experimentar as dores da decepção. Nossos corações querem a felicidade e só palpitam pelas afeições puras. A recompensa só poderia ser a perfeita realização de nossos sonhos de amor. Do mesmo modo que, pobres Espíritos sofredores destinados à provação, foi-nos preciso pedir e, por vezes, até mesmo escolher as mais cruéis expiações, também escolhemos, como Espíritos felizes e regenerados, na nova vida destinada a nos depurar ainda mais, a soma de felicidades concedidas ao Espírito adiantado. Tens aí, filha bem-amada, uma exposição sumária das felicidades futuras. Muitas vezes teremos ocasião de voltar a esse agradável assunto. Deves compreender quanto a perspectiva desse futuro me torna feliz e quanto me é doce confiar-te as minhas esperanças!

P. – Nós nos reconhecemos nessas novas e felizes existências?
Resp. – Se não nos reconhecêssemos seria completa a felicidade? Sem dúvida seria felicidade, pois nesses mundos privilegiados todos os seres são destinados a ser felizes. Mas seria isto a perfeição da felicidade para os que, separados bruscamente na mais bela época da vida, pedem a Deus para se unirem em seu seio? Seria a realização de nossos sonhos e de nossas esperanças? Não; tu pensas como eu. Se um véu fosse lançado sobre o passado,não haveria a suprema felicidade, a inefável alegria de nos revermos depois das tristezas da ausência e da separação; não haveria, ou pelo menos ignoraríamos, essa antiguidade de afeição que mais ainda aperta os laços. Assim como em vossa Terra dois amigos de infância gostam de encontrar-se no mundo, na sociedade, e se buscam muito mais do que se suas relações apenas datassem de alguns dias, também os Espíritos que mereceram o inapreciável favor de se unirem nos mundos superiores são duplamente felizes e reconhecidos a Deus por esse novo encontro, que corresponde às suas mais caras aspirações.

Os mundos colocados acima da Terra na escala da perfeição são cumulados de todos os favores que possam contribuir para a perfeita felicidade dos seres que os habitam; o passado não lhes é oculto, porque a lembrança de seus antigos sofrimentos, de seus erros, resgatados à custa de muitos males, e a lembrança, ainda mais viva, de suas afeições sinceras, lhes faz achar mil vezes mais doce essa nova vida e os protegem contra faltas a que, talvez, pudessem ser arrastados por uns resquícios de fraqueza. Para os homens esses mundos são o paraíso terrestre,destinado a conduzi-los ao paraíso divino.

Observação – Enganar-nos-íamos redondamente quanto ao sentido desta comunicação se nela víssemos uma crítica às leis que regem o casamento e a sanção das uniões efêmeras extra-oficiais. No que respeita às leis, as únicas imutáveis são as leis divinas, ao passo que as leis humanas, devendo ser apropriadas aos costumes, aos usos, aos climas e ao grau de civilização, são essencialmente mutáveis; seria deplorável que assim não fosse, e que os povos do século dezenove estivessem presos às mesmas regras que regiam os nossos pais. Assim, se as leis mudaram deles até nós, como não chegamos à perfeição, deverão mudar de nós aos nossos descendentes. No momento em que é feita, toda lei tem a sua razão de ser e a sua utilidade; mas pode acontecer que, sendo boa hoje, não mais o seja amanhã. No estado dos nossos costumes,de nossas exigências sociais, o casamento necessita ser regulado pela lei, e a prova de que esta lei não é absoluta é que não é a mesma para todos os países civilizados. É, pois, permitido pensar que nos mundos superiores, onde não há os mesmos interesses materiais a salvaguardar, onde não existe o mal, isto é, onde os Espíritos maus são excluídos da encarnação, onde, conseguintemente, as uniões resultam da simpatia e não do cálculo, as condições devam ser diferentes. Mas aquilo que é bom para eles poderia ser muito mau para nós.

Além disso, é preciso levar em conta que os Espíritos se desmaterializam à medida que se elevam e se depuram. Só nas fileiras inferiores a encarnação é material. Para os Espíritos superiores não há mais encarnação material e, conseqüentemente, não há procriação, pois esta se dá pelo corpo e não pelo Espírito. Uma afeição pura é, pois, o único objetivo da união e, por isto, ao contrário do que ocorre na Terra, não necessita da sanção oficial.

UMA TELHA

(Sociedade Espírita de Paris – Médium: Sra. C.)

Passando pela rua e lhe caindo aos pés uma telha, diz um homem: “Que sorte! Um passo a mais e eu estaria morto.” Em geral é o único agradecimento que dirige a Deus. Entretanto esse mesmo homem, pouco tempo depois, adoece e morre na cama. Por que, então, foi preservado da telha, para, como todo o mundo,morrer alguns dias depois? Foi o acaso – dirá o incrédulo – como ele próprio disse: Que sorte! De que lhe adiantou escapar da morte no primeiro acidente, se sucumbiu ao segundo? Em todo o caso, se a sorte o favoreceu, o favor não durou muito.

A essa pergunta o espírita responde: A cada instante escapais de acidentes que, como se costuma dizer, vos deixam a um passo da morte. Não vedes nisso um aviso do céu para vos provar que vossa vida está por um fio, que jamais tendes certeza de viver amanhã e que, assim, deveis sempre estar preparados para partir? Mas, que fazeis, quando deveis empreender uma longa viagem? Fazei os vossos preparativos, arranjai os negócios, muni-vos de provisões e de coisas necessárias para o caminho; desembaraçai-vos de tudo quanto pudesse dificultar e retardar a marcha. Se conheceis o país para onde vos dirigis, se lá tendes amigos e conhecidos, partis sem receio, certos de serdes bem recebidos. Caso contrário,estudais o mapa da região e arranjais cartas de recomendação. Suponde que sejais obrigados a empreender essa viagem de um momento para outro, que não tendes tempo de fazer preparativos, ao passo que se estivésseis prevenidos com bastante antecedência,teríeis disposto todas as coisas para vosso conforto e vosso lazer.

Pois bem! todos os dias estais expostos a empreender a maior, a mais importante das viagens, aquela que deveis fazer inevitavelmente; e, no entanto, não pensais nisto mais do que se tivésseis de viver para sempre na Terra! Em sua bondade, Deus cuida de vós, advertindo-vos por numerosos acidentes, aos quais escapais, e não tendes para Ele senão esta expressão: Que sorte!

Espíritas! Sabeis que preparativos deveis fazer para essa grande viagem, que tem para vós conseqüências muito mais importantes do que todas as que empreendeis na Terra? Porque da maneira por que ela se realizar depende a vossa felicidade futura. O mapa que vos dará a conhecer o país onde ides entrar é a iniciação nos mistérios da vida futura. Por ela o país não será novidade para vós. Vossas provisões são as boas ações que tiverdes realizado e que vos servirão de passaporte e de cartas de recomendação. Quanto aos amigos que lá encontrareis, vós os conheceis. É dos maus sentimentos que vos devereis desembaraçar, pois infeliz é aquele a quem a morte surpreende com ódio no coração, como se fora alguém que caísse na água com uma pedra atada ao pescoço, sendo arrastado para as profundezas. Os negócios que deveis pôr em ordem são o perdão aos que vos ofenderam; os erros cometidos para com o próximo, que deveis ter pressa em reparar, a fim de conquistardes o perdão, porquanto os erros são dívidas, de que o perdão é a quitação. Apressai-vos, pois, que a hora da partida pode soar de um momento para outro e não vos dar tempo para a reflexão.

Em verdade vos digo: a telha que cai aos vossos pés é o sinal que vos adverte para estardes sempre prontos a partir ao primeiro chamamento, a fim de não serdes tomados de surpresa.

O Espírito de Verdade

CÉSAR, CLÓVIS E CARLOS MAGNO

(Sociedade Espírita de Paris, 24 de janeiro de 1862; assunto proposto. – Médium: Sr. A. Didier)

Esta não é apenas uma questão material, mas, também,muito espiritualista. Antes de abordar o ponto principal, um há, do qual falaremos em primeiro lugar. O que é a guerra? Para começar,respondemos que a guerra é permitida por Deus, pois que existe, existiu e existirá sempre. É erro na educação da inteligência não ver em César senão um conquistador, em Clóvis senão um bárbaro, em Carlos Magno senão um déspota, cujo sonho insensato queria fundar um imenso império. Ah! meu Deus! Como geralmente se diz, os conquistadores são os próprios joguetes de Deus. Como sua audácia, seu gênio os fez chegar ao primeiro posto, viram em torno de si não só homens armados, mas idéias, progressos, civilizações,que era necessário lançar às outras nações. Partiram, como César, para levar Roma a Lutécia; como Clóvis, para os germes de uma solidariedade monárquica; como Carlos Magno, para irradiar o facho do Cristianismo entre os povos cegos, nas nações já corrompidas pelas heresias dos primeiros tempos da Igreja. Ora, eis o que aconteceu: César, o mais egoísta desses três grandes gênios,faz servir a tática militar, a disciplina, a lei, numa palavra, para os trazer às Gálias; na retaguarda de seus exércitos seguia a idéia imortal, e as tribos, vencidas e indomáveis, sofriam o jugo de Roma, é certo, mas se transformavam em províncias romanas. A orgulhosa Marselha teria existido sem Roma? Lugdunum37 e tantas outras cidades célebres nos anais tornaram-se centros imensos,focos de luz para as ciências, as letras e as artes. César é, pois, um grande propagador, um desses homens universais, que se servem do homem para civilizar o homem, um desses homens que sacrificam homens em proveito da idéia.

O sonho de Clóvis foi estabelecer uma monarquia,bases, uma regra para o seu povo. Mas como a graça do Cristianismo não o iluminava ainda, foi propagador bárbaro. Devemos encará-lo na sua conversão: Imaginação ativa, febril,belicosa, viu na vitória sobre os visigodos uma prova da proteção de Deus; e, doravante, certo de estar sempre com Ele, deixou-se batizar. Eis que o batismo se propaga nas Gálias e o Cristianismo se expande cada vez mais. É o momento de dizer, com Corneille: Roma não era mais Roma. Os bárbaros invadiram o mundo romano.

Depois da pilhagem de todas as civilizações esboçadas pelos romanos, eis que um homem sonha espalhar pelo mundo, não mais os mistérios e o prestígio do Capitólio, mas as crenças formidáveis de Aix-la-Chapelle; eis um homem que está, ou se julga com Deus. Um culto odioso, rival do Cristianismo, ainda ocupa os bárbaros; Carlos Magno precipita-se sobre esses povos e Witikind, depois de lutas e de vitórias equilibradas, enfim se submete,recebendo o batismo humildemente.

37 N. do T.: Assim se chamava Lyon, terra natal de Allan Kardec,fundada pelos romanos em 43 a.C.

Eis aí, por certo, um quadro imenso, onde se desenrolam tantos fatos, tantos golpes da Providência, tantas quedas e tantas vitórias. Mas qual a conclusão? A idéia,universalizando-se, propagando-se cada vez mais, não se detendo nem nos desmembramentos das famílias, nem no desânimo dos povos, e tendo como objetivo, por toda parte, a implantação da cruz do Cristo em todos os pontos da Terra, não constitui um imenso fato espiritualista? É preciso, pois, considerar esses três homens como grandes propagadores que, por ambição ou por crença, avançaram a luz no Ocidente, enquanto o Oriente sucumbia na preguiça embriagadora e na inatividade. Ora, a Terra não é um mundo onde o progresso se faça rapidamente e por meio da persuasão e da mansuetude.

Não vos admireis, pois, que muitas vezes seja preciso tomar da espada, em vez da cruz.

Lamennais

P. – Dissestes que a guerra existirá sempre. Todavia,parece que o progresso moral, destruindo as suas causas, a fará
cessar.
Resp. – Ela existirá sempre, considerando-se que sempre haverá lutas; mas as lutas mudarão de forma. É verdade que o Espiritismo deve espalhar no mundo a paz e a fraternidade. Contudo, bem o sabeis, mesmo com o triunfo do bem sempre haverá luta. Evidentemente o Espiritismo fará compreender cada vez melhor a necessidade da paz; mas o mal vela sempre. Ainda será preciso lutar muito tempo na Terra pelo bem. Apenas as lutas se tornarão cada vez mais raras.

(MESMO ASSUNTO – MÉDIUM: SR. LEYMAR)

A influência dos homens de gênio sobre o futuro dos povos é incontestável. Nas mãos da Providência eles são instrumentos para acelerar as grandes reformas que, sem eles, só viriam depois de muito tempo. São eles que semeiam os germes das idéias novas. E, o mais das vezes, voltam alguns séculos mais tarde,sob outros nomes, para continuar ou completar a obra que começaram.

César, essa grande figura da Antiguidade, nos representa o gênio da guerra, a lei organizada. As paixões por ele levadas ao extremo abalaram profundamente a sociedade romana. Esta muda de face e na sua evolução tudo se transforma em seu redor. Os povos sentem mudar a sua antiga constituição; uma lei implacável, a da força, une o que não se devia separar, conforme a época em que vivia César. Sob sua mão triunfante as Gálias se transformam e, depois de dez anos de combates, constituem uma unidade poderosa. Mas dessa época data a decadência romana. Levada ao excesso, essa potência que fazia tremer o mundo cometia as faltas do poder extremo. Tudo quanto cresce além das proporções fixadas por Deus deve cair do mesmo modo. Esse grande império foi invadido por uma nuvem de povos saídos de regiões então desconhecidas. A fama tinha levado, com as armas de César, as idéias novas aos países do Norte, que se precipitaram sobre ele como uma torrente. Vede essas tribos bárbaras, lançandose rapaces sobre as províncias, onde o sol era melhor, o vinho tão doce, as mulheres tão belas. Atravessaram as Gálias, os Alpes, os Pirineus, para ir fundar suas colônias em toda parte e desagregar esse grande corpo chamado Império Romano. Só o gênio de César tinha bastado para levar sua nação à culminância do poder. Dele data a época da renovação, em que todos os povos se confundem,avançam uns sobre os outros, buscando outras coesões, outros elementos. E, no entanto, durante vários séculos, quanto ódio entre essas criaturas! quantos combates! quantos crimes! quanto sangue!

Barbaret

Com sua mão bárbara, Clóvis devia ser o ponto de partida de uma nova era para os povos. Obedecia ao costume e, para formar uma nação, não recuava diante de nenhum obstáculo. Ele a formava com o punhal e a astúcia. Criava um novo elemento adotando o batismo, iniciando seus rudes soldados numa nova crença. Entretanto, tudo foi à deriva depois dele, apesar da idéia,apesar do Cristianismo. Eram precisos Carlos Martel, Pepino e depois Carlos Magno.

Saudemos essa figura poderosa, essa natureza enérgica,qual novo César a reunir num feixe todos os povos dispersos, mudar as idéias e dar uma forma a esse caos. Carlos Magno é a grandeza na guerra, na fé, na política, na moralidade nascente, que devia fundir os povos e lhes dar a intuição da conservação, da unidade, da solidariedade. Dele remontam os grandes princípios que formaram a França, nossas leis e nossas ciências aplicadas. Transformador, ele era marcado pela Providência para ser o traço de união entre César e o futuro. Também o chamam o Grande porque, se empregou terríveis meios de execução, foi para dar uma forma e um pensamento único a essa reunião de povos bárbaros, que não podiam obedecer senão a quem fosse poderoso e forte.


Barbaret

Nota – Como esse nome era desconhecido, pediu-se ao Espírito que desse alguns esclarecimentos sobre a sua pessoa:

Eu vivia ao tempo de Henrique IV. Era muito humilde. Perdido nesta Paris onde tão bem se esquece aquele que se esconde e só busca o estudo, gostava de estar só, ler e comentar à minha maneira. Pobre, trabalhava, e o labor diário me dava essa alegria inefável que se chama liberdade. Copiava livros e fazia essas maravilhosas vinhetas, prodígios de paciência e de saber, que só davam pão e água à minha paciência. Mas eu estudava, amava meu país e buscava a verdade na Ciência. Ocupava-me de História e para a minha França bem-amada eu desejava a liberdade, a realização de todas as aspirações que sonhava na minha humildade. A partir de então estou num mundo melhor e Deus me recompensou a abnegação, dando-me essa tranqüilidade de Espírito, em que todas as obsessões do corpo estão ausentes, e sonho pela minha pátria, pelo mundo inteiro, pela nossa Terra, pelo amor e pela liberdade.

Venho muitas vezes para vos ver e ouvir. Gosto dos vossos trabalhos e deles participo com todo o meu ser. Desejo-vos perfeitos e satisfeitos no futuro. Que sejais felizes, como eu o desejo. Mas não o sereis completamente se não vos despojardes da roupa velha que há muito veste o mundo inteiro: refiro-me ao egoísmo. Estudai o passado, a história do vosso país e aprendereis mais com o sofrimento dos vossos irmãos que com qualquer outra ciência.

Viver é saber, é amar, é auxiliar-se mutuamente. Ide,pois, e fazei segundo o vosso Espírito. Deus está presente e vos vê e julga.

Barbaret

Carnaval na FEESP – Espiritismo Educador

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Cidadania: doe sangue

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