sábado, 9 de novembro de 2013

Mural reflexivo: Três dias para ver

Três dias para ver 
 
        O que você olharia se tivesse apenas três dias de visão?
Helen Keller, cega e surda desde bebê, há setenta anos, escreveu um ensaio que a Revista Seleções publicou e diz mais ou menos assim:
Às vezes, o meu coração anseia por ver tudo aquilo que só conheço pelo tato. Se eu consigo tanto prazer com um simples toque, quanta beleza poderia ser revelada pela visão! E imaginei o que mais gostaria de ver se pudesse enxergar, digamos, por apenas três dias.
O primeiro dia seria muito ocupado. Eu reuniria todos os meus amigos queridos e olharia seus rostos por muito tempo, imprimindo em minha mente as provas exteriores da beleza que existe dentro deles.
Também fixaria os olhos no rosto de um bebê, para poder ter a visão da beleza ansiosa e inocente. E gostaria de olhar nos olhos fiéis e confiantes de meus dois cães.
À tarde, daria um longo passeio pela floresta, contagiando meus olhos com as belezas da natureza. E rezaria pela glória de um pôr de sol colorido.
Creio que nessa noite não conseguiria dormir.
No dia seguinte, eu me levantaria ao amanhecer para assistir ao empolgante milagre da noite se transformando em dia. Contemplaria, assombrada, o magnífico panorama de luz com que o sol desperta a terra adormecida.
Como gostaria de ver o desfile do progresso do homem, visitaria os museus.
Tentaria sondar a alma do homem por meio de sua arte. Veria então o que conheci pelo tato. Todo o magnífico mundo da pintura me seria apresentado.
A noite de meu segundo dia seria passada no teatro ou no cinema.
No terceiro dia, a cidade seria meu destino. Iria aos bairros pobres, às fábricas, aos parques onde as crianças brincam. Viajaria pelo mundo visitando os bairros estrangeiros.
E meus olhos estariam sempre abertos tanto para as cenas de felicidade quanto para as de tristeza, de modo que eu pudesse descobrir como as pessoas vivem e trabalham e compreendê-las melhor.
À meia-noite, uma escuridão permanente outra vez se cerraria sobre mim. Claro, nesses três curtos dias eu não teria visto tudo que queria ver.
Só quando as trevas descessem de novo é que me daria conta do quanto eu deixara de apreciar.
*   *   *
Usem seus olhos como se amanhã fossem perder a visão. E o mesmo se aplica aos outros sentidos.
Ouçam a música das vozes, o canto dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se amanhã fossem ficar surdos.
Toquem cada objeto como se amanhã perdessem o tato.
Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado como se amanhã não mais sentissem aromas nem gostos.
Usem ao máximo todos os sentidos. Gozem de todas as facetas da beleza que o mundo lhes revela pelos vários meios de contato fornecidos pela natureza.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Três dias para ver,
 publicado na  Revista Seleções Reader’s Digest, de junho de 2002

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Qual sua opinião: Superação.

Oi, Galera.
Colocamos, abaixo, um texto sobre superação (valores) e um áudio sobre um exemplo de superação.
Aguardamos a participação de vocês, para se posicionarem, à luz da DE, sobre o assunto, valeu?
Beijos e abraços


Superação

- obter êxito ao lidar com um problema ou dificuldade

Quando garotos, costumávamos aproveitar a caminhada breve até o rio para ver quem pegaria a maior truta. Este ano estava ótimo para a pesca. As condições eram perfeitas, e a minha vara de pescar, também. Lembro-me muito bem de abrir o presente com meu amigo ao meu lado, na manhã do meu aniversário. Ambos estávamos muito entusiasmados. Naquele dia em especial, era a vez dele carregá-la até o rio. Compartilhávamos a vara de pescar porque ele ainda estava economizando o dinheiro para comprar uma. Enquanto descíamos o barranco, ele escorregou e caiu, e protegeu a queda com a mão e a minha vara de pescar. Ouvimos o estalo e vi a expressão nos olhos dele quando nossos olhares se cruzaram.

Claro, fiquei com raiva. Disse coisas que não deveria ter dito e mandei que fosse embora. Lembro-me bem de voltar para casa sozinho aquele dia, segurando um pedaço do meu troféu em cada mão. Eu estava mais triste com o que acontecera comigo do que com a forma que tratei meu amigo.

Ao aproximar-me de casa, vi que alguma coisa estava errada. Quando entrei, minha família estava sentada, imóvel, formando um círculo. A previsão do tempo é ruim, filho, temos cerca de uma semana para colher a lavoura antes do início das tempestades.

Fiquei chocado. Apenas uma semana antes que pudéssemos provavelmente perder tudo. Estava prestes a dizer alguma coisa ao meu pai, quando ouvi baterem à porta. Abri, e lá estava Tom, meu melhor amigo, as mãos nos bolsos, os olhos fixos nos sapatos. Acabei de saber sobre as tempestades, Rick. Pensei que talvez precisassem de ajuda. Meu pai levantou-se, sorrindo, e disse: Mãos à obra.

Seu perdão ajudou muito minha família a superar aquele momento difícil. Juntos, como amigos, nós dois progredimos muito desde então. E está longe de pararmos por aí...

Ainda que o mundo seja cheio de sofrimento, ele também está cheio de vitórias.

(Helen Keller(1880-1968), escritora, palestrante, ativista)

(Fonte: Uma vida melhor.org)
 
 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Espiritirinhas: Redes sociais

 
 
 
(Fonte: Site Espitirinhas- endereço em blogs amigos)

Passe adiante...


Altruísmo

- levar em consideração o próximo ao agir

Aprendi muito com meu pai, mas não com as aulas. Não importava o que ele estivesse fazendo, sempre encontrava um jeito de me incluir. Chegou até mesmo a me dar um velho aparelho de barbear, sem a lâmina, é claro, para que eu pudesse participar do ritual matutino. Eu achava o máximo.

Papai e eu éramos muito amigos. Sempre achei que ele me entendia e que eu podia falar tudo com ele. E aprendi muito sobre ele, também.

Agora que sou pai, entendo por que ele fez o que fez. Ao incluir meus filhos nas coisas que faço, vejo que aprendem com o meu exemplo. Mais importante ainda, se estão fazendo coisas junto comigo, sei que estão seguros. Além disso, quem sabe, não vão se cortar muito ao barbear quando tiverem idade suficiente para usar a lâmina.

O sábio entende que a sua felicidade deve incluir a felicidade alheia. (Dennis Weaver (1924-2006), ator)


(fonte: Uma vida melhor.org)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

SALA ESPIRITISMO NET JOVEM - Novembro/2013

Data
Tema
Facilitador/Suporte
01/11/2013
Tenho tantos problemas, como posso ser feliz?
Liza
08/11/2013
Fala-se tanto em amor, sabemos o que é e o vivenciamos?
André (Zech)
15/11/2013
Por que Jesus falava tanto em fé?
Lúcio Flávio
22/11/2013
PAZ – qual a minha parte?
Silvia
29/11/2013
SEXO – já sei tudo, poso até ensinar. Certo?
Convidado

Antipatias! Mas será mesmo de existências passadas?


Antipatias! Mas será mesmo de existências passadas?

Wellington Balbo

Jesus, o maior sábio que passou por nós, ensinava-nos a surpreender.

Se te fizerem o mal, não rebatas, ao contrário, faz todo o bem possível, dizia ELE... .

A mensagem de Jesus fez-me lembrar uma situação que passei há alguns anos. Eu nutria certa antipatia por determinada pessoa por conta de sua religião, naquela arcaica mania de considerar que apenas aquilo que cremos leva-nos à verdade.

Ela, porém, talvez captando meus fluidos antipáticos não me destilou dardos mentais ou se afastou.

Fez o contrário.

Sem falsidade ou ironia descobriu o que eu gostava de comer e presenteou-me com a guloseima.

Uma atitude simples, sem alarde, mas que me fez refletir sobre minha antipatia gratuita.

Quando adoeci em 2011 lá estava ela com suas orações, pedidos aos santos e vibrações em meu benefício.

Sim, era e foi possível sermos amigos.

Somos até hoje.

Fico a refletir naquelas pessoas que nutrem antipatia gratuita por outras e não se dão o trabalho de refletir nas razões... Certamente perdem ótimas oportunidades de enriquecer a existência fazendo amigos...

O Espiritismo nos ensina que ninguém é mau apenas porque nutre antipatias por esta ou aquela pessoa.

Em muitas ocasiões a antipatia é oriunda da falta de afinidade de ideias. No entanto, os Espíritos afirmam também que quanto mais evoluirmos menos antipatias teremos no universo, este lar que nos abriga.

Natural que seja assim, afinal, estamos caminhando para o equilíbrio e seres equilibrados não andam por ai “caçando antipatias”.

Obviamente que as antipatias podem ter residência em existências passadas, contudo, nem sempre é assim. Não raro as antipatias são oriundas de uma certa “má vontade” de nossa parte em compreender o ponto de vista do outro, ou enxergar suas virtudes.

Não é legal depositarmos a nossa antipatia apenas na conta das existências passadas. “São desafetos”, dizem os mais apressados.

Esta é uma ideia muito rasa.

Ora, se Deus nos proporcionou o esquecimento temporário uma das razões é justamente a de que é necessário ter um pouco de boa vontade para superar alguns traumas passados.

Recordo-me de um amigo, muito rico, que comentou certa vez: “Minha maior conquista nesta existência não foram os apartamentos, empresas e terrenos que possuo... Minha maior conquista foi ter reconciliado-me com meu pai. Almas antipáticas, conseguimos superar com muito esforço o que nos desunia. Hoje, embora tenhamos divergências, convivemos de forma pacífica e somos, QUEM DIRIA?! bons amigos”...

Que beleza! Como é bom poder enfrentar nossos próprios fantasmas e dar o grito de libertação do egoísmo que caracteriza o homem antigo.

Fiquei feliz pelo meu amigo...

Que possamos, dentro da medida do possível refletirmos nas razões que nos levam a ter antipatia por A, B ou C.

O mestre orientava que em casos de antipatia, ofensas, dificuldades, façamos o contrário, exercitemos a boa vontade.

As lições de Jesus são tão simples, pena que muitas vezes complicamos...

Pensemos nisto!

(Autor: Wellington Balbo)

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Quais os atributos necessários para o médium de cura?

 
- O médium curador é utilizado pelos Espíritos superiores responsáveis por essa atividade. Os nobres desencarnados captam a problemática perispiritual do paciente, e lançam pensamentos para o perispírito do médium direcionando as funções endócrinas e metabólicas de seu corpo físico. O médium deve ter uma predisposição orgânica para ser capaz de, sob esse influência, secretar seus fluidos vitais para o paciente absorvê-los.
Além disso, o médium, naturalmente, deve: ter fé absoluta e racional em todo esse processo, estar em sintonia com os amigos espirituais, estar com o desejo máximo de ajudar seu semelhante, estar sempre alegre para transmitir fluidos renovadores, viver uma vida cristã esforçando-se para ser melhor a cada dia e abster-se ao máximo dos vícios e excessos materiais.
O paciente, por outro lado, precisa estar com a mente receptiva, isto é, em sintonia com ambiente espiritual através de pensamentos cristãos e com o desejo real da cura. Será curado ou será apenas paliativo? Tudo vai depender do tipo da doença e de seu estágio no processo espiritual. Estar com a mente receptiva é sempre indispensável em qualquer caso, para, pelo menos causar o alívio. Contudo, a "Evangelhoterapia" é a grande chave para a cura real, já que convida o Espírito a renovar-se interiormente, abandonar seus antigos hábitos, esforçar-se para domar suas más inclinações, lidar com as dificuldades da vida, compreender, tolerar, perdoar e autoperdoar-se, canalizar, enfim, seus potenciais para o Bem.
Dessa forma, o Espírito educa-se superando suas dificuldades nas provas, adquirindo paciência nas expiações, mais força nas missões e vigilância contra a imprudência. De qualquer forma, a fé racional levará, com certeza, a uma grande resignação ativa diante da vida, trazendo esperanças e consolações. O Espiritismo tem, pois, como principal objetivo não o de curar os corpos, mas sim as almas, conduzindo à reforma das massas e trazendo o bem-estar físico, psíquico, social e, acima de todos, o espiritual.
 
(Equipe Espiritismo Net)

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

10 de Novembro: 14ª Mini Jornada da Família - "Violência familiar e a desestruturação do jovem"

Convidamos a todos a participarem da 14ª Mini Jornada da Família, neste próximo domingo, dia 10 de novembro.
O Tema central será: "Violência familiar e a desestruturação do jovem"O horário de sua realização será: 14h55min às 18h
Local: Sala Espiritismo Net Brasil - Paltalk

Programação:
 
 
DATA
HORA
TEMA
RESPONSÁVEL
10/11/2013
14:55
Prece inicial
Hermes
 
15:00
Introdução
Hermes
 


 
 
15:30
Formação familiar
Sílvia
 
16:00
O Espírito e suas deficiências
Liza
 
 


 
 
16:30
Violência – o que é e causa
Angela(acanda)
 
17:00
Violência – reflexos e consequências
Jana
 
17:30
Conclusão - Trabalhando o processo de cura e a orientação da DE
Nanda Lima
 
 
Solicitamos a gentileza e favor de divulgar o evento a todos os seus contatos.
 
LuFrancis 
Coordenação da Mini Jornada da Família
 

Espero que você seja


ALTRUÍSTA

Joamar Zanolini Nazareth

A emoção nos toma o coração quando lemos acerca ou vemos reportagens sobre grandes pessoas que passam ou que hoje passam pela Humanidade nos legando exemplos fantásticos de preocupação com o semelhante.
Sabemos identificar os males que sofre a sociedade com o excesso de egoísmo e personalismo, mas muitos não conseguimos e muitos mais nem sequer tentamos mirar-nos em tais exemplos para mudar o caminho de nossas vidas, reescrevendo as páginas de nossa existência com condutas mais fraternas e altruístas.
O altruísmo é o contrário do egoísmo; é pensar na necessidade do próximo antes de atender aos nossos caprichos pessoais.
Não estamos aqui tentando o impossível, que seja de nos transformarmos de um dia para o outro em um Francisco de Assis ou outro gigante do devotamento aos outros seres, mas pelo menos, vendo atendidas nossas necessidades básicas e as reais, ao menos volvamos nosso olhar para a angústia que assola nossos irmãos do caminho, ao menos prestemos atenção à lágrima que escorre no rosto de criaturas tais quais nós somos, ao menos destinemos parte do que nos sobra para mitigar a fome e a sede de outrem, ao menos amenizemos a carência de amor e atenção de quantos nos passam pela vida, muitos sendo importantes para nossa saúde e felicidade, satisfação e integridade, sem que sequer lhes saibamos os nomes, ou tenhamos dito “obrigado”a eles...
A história da Humanidade é escrita por bilhões de mãos anônimas, mas é ratificada pelo amor sincero, abnegado, sacrificial, verdadeiro e profundo de alguns ciclópicos seres, que já aprenderam realmente a serem humanos...

(Autor: Joamar Zanolini Nazareth)

domingo, 3 de novembro de 2013

Mãe de estudante morta por amigas mantém quarto para matar a saudade

Quase 40 dias após a morte da filha, o local está como a garota deixou. Bianca Pazzinato, de 18 anos, foi assassinada a facadas, em Jataí, Goiás.
 
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
 
A família da estudante de biomedicina Bianca Pazzinato, de 18 anos, morta por duas amigas em Jataí, no sudoeste goiano, mantém o quarto da jovem da forma como ela deixou no dia do crime, em 29 de julho. “Eu sento na cama dela e fico um tempão sentada. Pego o material de faculdade e fico olhando as provas, as coisas dela. Isso me faz bem, me mata um pouco a saudade”, declara a mãe, Adriana Manteli.
Depois de 40 dias da morte de Bianca, a Justiça condenou as duas adolescentes acusadas de assassinar a facadas a estudante a três anos de internação, período máximo permitido pela legislação para punir menores. A sentença proferida na última quarta-feira (4) é um dos principais assuntos comentados na cidade do interior goiano. Muita gente não concorda com a medida. “Muito revoltante. A menina faleceu e elas não vão pagar como deveriam”, declarou o administrador Carlos Alberto.
A sentença também decepcionou os pais da jovem morta. “É um sentimento de impunidade. Acho que um crime do jeito que foi teria que ser uma pena mais severa”, afirma o pai da universitária, Hércules Pazzinato.
Para populares, deveria haver mudanças nas leis para que haja penas mais rígidas nos casos de menores infratores. “Acho que a partir dos 14 anos a pessoa já sabe o que esta fazendo”, ressaltou o comerciante Strauss Alfaix.

Sentença
O processo sobre a morte da estudante reuniu mais de 140 páginas. Conforme determinado pela Justiça, as adolescentes devem cumprir medidas socioeducativas no Centro de Internação em Goiânia, onde estão desde que foram apreendidas, no dia 1º de agosto. Elas vão passar por avaliações psicológicas semestrais.
Nessas ocasiões, caso seja considerado que estão aptas a voltar à sociedade, as adolescentes podem ser liberadas antes de completados os três anos. “Fizeram o que fizeram para ser possível ficar só seis meses detidas”, lamenta o pai da jovem assassinada.

Crime premeditado
Aluna de biomedicina da Universidade Federal de Goiás, Bianca foi morta a facadas por volta das 10h30 do dia 29 de julho. Conforme a Polícia Civil, duas amigas da vítima, de 16 e 17 anos, cometeram o crime. O corpo da jovem foi encontrado no mesmo dia na casa da menina mais velha, embrulhado em sacos plásticos debaixo de uma cama.
Após serem apreendidas, as duas suspeitas foram encaminhadas para a capital por pedido do Conselho Tutelar. O órgão temia que a integridade física das suspeitas não pudesse ser resguardada na cidade do sudoeste goiano, já que havia uma forte comoção popular com o crime.
Em entrevista à TV Anhanguera, a adolescente de 17 anos contou que a motivação do assassinato seria a recusa da vítima em manter um namoro. "Ela não ia ficar comigo. Não queria que ficasse com mais ninguém também", declarou.  Entretanto, as famílias da menor de idade e de Bianca afirmam que não tinham conhecimento do relacionamento homoafetivo entre elas.
Tia da universitária, Júlia Pazzinato negou que Bianca tivesse qualquer relacionamento amoroso com a suspeita. “Ela não queria envolvimento com essa menina. Bianca era perseguida por ela”, ressaltou a parente da vítima.
A Polícia Civil encontrou anotações que reforçaram a suspeita de que o assassinato da estudante foi premeditado. No caderno, estavam listados os objetos que deveriam ser utilizados para matar Bianca, entre eles uma faca, luvas, e até uma barra de ferro.
Antes do crime, a garota de 17 anos tinha escrito uma carta para Bianca declarando seu amor por ela. Na declaração, escreveu: "Te amo muito, não por escolha, meu coração te escolheu sozinho, não me deu chance de defesa".
Notícia publicada no Portal G1, em 6 de setembro de 2013.

Nara de Campos Coelho* comenta
Com Jesus, sabemos!
Um dia Kardec se deparou com as mesas girantes. Nos salões elegantes de Paris do século XIX, o homem de ciências percebeu que existia um mundo novo escondido sob a aparência de frivolidade, que reunia a elite da cidade da cultura. Sem permitir que o preconceito o detivesse, o então Professor Rivail lançou-se ao estudo daquele fenômeno. Desvendou leis espirituais assim como os cientistas comuns desvendam leis materiais. Entre elas, trouxe-nos a certeza de que a morte não existe, pois os Espíritos dos que viveram um dia na Terra estavam ali, vivos, conscientes de sua individualidade, trazendo notícias do Além e respostas sábias para dúvidas milenares. Jesus, quando ressurgiu vivo da morte na cruz, mostrara-nos o que então se comprovava com o Espiritismo, que surgia do trabalho corajoso de Allan Kardec: a vitória do Espírito sobre a matéria.
Pois bem, 156 anos depois, o Espiritismo continua nos ajudando a entender a morte, e a vida também! Estamos engatinhando no seu entendimento, pois somos Espíritos viciados no pensamento dogmático e custamos a nos desvencilhar das consequências deste embrutecimento existencial.
Ensinam-nos os Espíritos em “O Livro dos Espíritos” que vivemos na Terra para evoluir espiritualmente, eis que ela é o nosso educandário. Reencarnamos tantas vezes quantas forem necessárias para o nosso aprimoramento moral. E estas experiências se dão no meio ambiente que precisamos, segundo a Lei Espiritual de Causa e Efeito. “A cada um, segundo suas obras”, ensinou-nos Jesus. Assim, não poderíamos entender a Justiça Divina, sem as luzes da reencarnação.
Só com este enfoque, é que podemos compreender o caso da jovem Bianca Pazzinato, assassinada por duas colegas, na cidade goiana de Jataí. Para tanto, precisamos buscar as luzes consoladoras do Espiritismo ao nos dizer que ninguém nasce para ser assassino, mas que o tipo de morte que temos é o que nos convém, para que nos harmonizemos com o passado, quando infringimos as leis amorosas de Deus. Por isto, Jesus nos alertou: “os escândalos são necessários, mas ai de quem os promova!” Escândalo é expressão que em sua origem significa “pedra de tropeço”. Ou seja, os “escândalos”, as dificuldades, que são as pedras de tropeço, são necessários para que se cumpra a lei de Causa e Efeito, mas quem os promove se liga às dores que são consequências naturais de ações incompatíveis com a Lei de Amor, que Jesus veio exemplificar. Assim, Bianca Pazzinato cumpriu o objetivo desta jornada terrestre; resgatou um passado em que, certamente, ela se endividou com as Leis Divinas. E agora é um Espírito livre para recomeçar a caminhada libertadora, capaz de fazê-la avançar rumo à paz e à felicidade. Foi por isto que Jesus disse: “Bem aventurado os que sofrem porque serão consolados!” Mas, e as duas “colegas”? Ai delas! Estão, por sua vez, vinculadas às dores a que fizeram jus, algemadas nas lutas e nas situações em que pontifiquem o “choro e ranger de dentes”, que se alongarão por reencarnações, até que aprendam as leis de amor que infringiram. Eis que para encontrar o Reino de Deus, “necessário vos é, nascer de novo!” ensinou Jesus a Nicodemos, Doutor da Lei que queria “entrar” no Reino anunciado pelo Messias.
Para que nos livremos das dores e dificuldades, cumpre-nos amar o nosso próximo. “Só o amor cobre a multidão de pecados!”, alerta-nos o Apóstolo Pedro. Não foi, pois, por brincadeira que Jesus nos aconselhou a amar o nosso próximo como a nós mesmos.
O amor é o antídoto dos males do mundo. Tanto do mundo exterior, como o do nosso mundo interior. E este amor se prolonga na educação moral, que preenche os espaços da alma com a responsabilidade de quem se sabe artífice do seu próprio futuro, como nos ensina Kardec. E os jovens de hoje carecem desta educação, que alerta o sentimento para a necessidade de valores que edificam e esclarecem para o bem. O mundo material está encharcado de viciações, um verdadeiro cataclismo moral que corrói como um câncer a nossa sociedade contemporânea. Com Jesus e seu Evangelho, à luz do Espiritismo, entendemos a nossa responsabilidade e nos consolamos.
Quanto à mãe que mantém intacto o quarto da filha que a antecedeu no mundo espiritual, talvez ela ainda não suporte desmontá-lo. Eis que precisa de tempo e elucidações sobre a verdadeira finalidade da vida. Quem sabe ela possa um dia ler sobre Espiritismo e saber que sua filha está viva em outra dimensão? Quem sabe ela em breve entenda que não deve retê-la junto as suas lembranças materiais? Quem sabe nossas orações a ajudem? Quem sabe? Com Jesus, sabemos.
 
* Nara de Campos Coelho, mineira de Juiz de Fora, formada em Direito pela Faculdade de Direito da UFJF, é expositora espírita nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, articulista em vários jornais, revistas e sites de diversas regiões do país.