sábado, 21 de janeiro de 2012

Mural Reflexivo: UM CORAÇÃO SOLIDÁRIO

UM CORAÇÃO SOLIDÁRIO







O progresso tecnológico trouxe para a Humanidade uma série de benefícios, isso é indiscutível.

Por um lado isso é bom, mas por outro, deixa as pessoas menos sensíveis, menos humanas, mais indiferentes.

As Instituições seguiram pelo mesmo caminho e foram se tornando frias, embora eficientes.

Mas esse problema não passou despercebido aos olhos do jovem psicólogo inglês, Tom Crabtree.

Ele estava sempre disposto a entender quando as pessoas precisavam dele para dividir suas dores. E compreendia também que nem sempre falar é a melhor solução.

Conta ele que, logo que iniciou sua carreira profissional, numa clínica de orientação para crianças, no Noroeste da Inglaterra, certo adolescente chegou para vê-lo.

Ele foi até à recepção e percebeu o rapaz que andava de um lado para o outro, agitado e assustado.

Levou-o até sua sala e lhe indicou a cadeira do outro lado da mesa.

Era fim do outono. A árvore em frente à janela não tinha folhas.

Sente-se, disse ao jovem.

David vestia uma capa preta impermeável, abotoada até o pescoço.

O rosto estava pálido. Torcia as mãos com nervosismo e olhava fixamente para os pés.

Seu pai falecera quando era bebê. Foi criado pela mãe e pelo avô. Mas no ano anterior, quando David tinha 13 anos, o avô faleceu e a mãe morreu num acidente de carro.

Agora, com 14 anos, estava em tratamento.

O diretor da escola o havia encaminhado, com um bilhete: Este garoto encontra-se muito triste e deprimido, o que é bastante compreensível. No entanto, ele se recusa a falar com quem quer que seja. Estou muito preocupado. Você pode ajudar?

O jovem psicólogo olhou para o garoto. Como poderia ajudá-lo? Há tragédias humanas para as quais a psicologia não tem respostas, para as quais não há palavras.

Às vezes, ouvir com toda a atenção e sentimento é o mais apropriado, pensou.

Nas duas primeiras visitas, David não falou. Afundado na cadeira, só levantava os olhos para fixá-los nos desenhos infantis que decoravam a parede.

Quando David saía do consultório, após a segunda sessão, Tom colocou a mão sobre o seu ombro. O garoto parou. Não se retraiu, mas, ainda assim, não olhou para o psicólogo.

Venha na próxima semana, se quiser, disse Tom. Fez uma pausa e acrescentou: Sei que é doloroso.

David veio e Tom sugeriu que jogassem xadrez. O rapaz fez que sim com a cabeça.

Os jogos de xadrez continuaram todas as quartas-feiras à tarde, em silêncio total e sem contato visual da parte do garoto.

Embora não seja fácil trapacear no xadrez, Tom fazia o possível para que David ganhasse uma ou duas vezes.

O menino chegava cedo, procurava o tabuleiro e as peças na estante. Começava a arrumá-las antes mesmo que Tom sentasse. Parecia estar gostando da ideia. Mas por que nunca me olha? Pensava Tom.

Talvez ele precise simplesmente de alguém com quem dividir a dor. Talvez sinta que respeito a dor dele. Concluiu.

Numa tarde, quando o inverno dava lugar à primavera, David tirou a capa e a colocou nas costas da cadeira.

Enquanto arrumava as peças do jogo de xadrez, seu rosto parecia mais animado, os movimentos mais vivos.

Alguns meses depois, quando flores já recobriam a árvore lá fora, Tom olhava David enquanto ele se inclinava sobre o tabuleiro. Pensava que pouco se sabe sobre terapia, sobre os misteriosos processos de cura.

De repente, o garoto levantou os olhos e disse: Sua vez.

Depois disso, David começou a falar. Fez amigos na escola e entrou para o clube de ciclismo.

Um dia, chegou um cartão postal de David que dizia: Estou passeando de bicicleta com amigos e me divertindo muito.

Tempos depois Tom recebeu uma carta em que David falava que pretendia ir para a Universidade.
* * *
Tom ofereceu algo a David, mas certamente aprendeu como o tempo pode tornar possível superar o que parece dolorosamente insuperável.

Aprendeu, ainda, como estar presente quando alguém precisa dele. E que se pode entrar em contato com outro ser humano sem usar palavras. Só é preciso um abraço, um toque gentil, um ouvido atento, um coração solidário.

(Redação do Momento Espírita, com base no texto Alguém para ouvir, da Revista Seleções Reader’s Digest, de março de 1998. http://www.momento.com.br/exibe_texto.php?id=869#)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Acontecerá em fevereiro/2012 - Concafras PSE 2012



Confraternização das Campanhas de Fraternidade Auta de Souza - Concrafas-PSE


Dia: 18/02/2012 até 21/02/12
Horário: o dia inteiro
Local: Paracatu, MG e Palmas-TO
Informações: http://www.concafras.com/concafras/






quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Dica Legal: O Jovem Espírita quer saber...



Livro: O Jovem Espírita quer saber.



"O livro contém 296 páginas, sendo que 8 são coloridas com as fotos das mocidades que participaram do livro. O tamanho é 15,5 x 23 cm.

Autores:Raul Teixeira, Richard Simonetti, André Trigueiro, Cesar Reis, Orson Peter Carrara, Sergio Filipe, José Carlos Leal, Izaura Hart, Milton Menezes, Darcy Neves, Marcel Mariano, Nadja do Couto Vale, Plínio Oliveira, José Passini, Carlos Augusto Abranches, Cristian Macedo, Dalva da SIlva Souza, Ney Lobo e outros expoentes do Movimento Espírita compõem este belo time de escritores.



Alguns dos temas abordados: Namoro; sexo; homossexualidade; alimentação; drogas lícitas e ilícitas; depressão; suicídio; aborto; morte; gravidez na adolescência; conflito de gerações; casa espírita; mediunidade; arte; Esperanto; violência; liberdade; meio ambiente; Terra, mundo de regeneração?; entre outros temas palpitantes. "

(Fonte: OJE- Organização de Jovens Espíritas http://organizacaojovensespiritas.ning.com/events/livro-o-jovem-esp-rita-quer-saber)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Estudo dirigido: O Livro dos Espíritos XXXVI

Leia os itens 825 à 872 e responda, justificando, aos questionamentos abaixo:


1. Por que não é possível ao homem gozar de uma liberdade absoluta?


2. O que dizer das pessoas que assumem uma postura liberal para os estranhos mas que são verdadeiros déspotas para a família?


3. Quando devemos reprovar uma crença?


4. Como podemos saber que uma doutrina é a expressão da verdade?


5. Como podemos definir livre-arbítrio?


6. Em que condições o livre-arbítrio de um indivíduo não é pleno?


(Fonte: Apostila de estudo das obras codificadas por Allan Kardec, IDE-JF/MG)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Dica legal: sala Espiritismo Net Jovem

A sala de estudos virtuais Espiritismo Net Jovem, no paltalk, retornou suas atividades, ok?!
Ela acontece todas as sextas-feiras, às 21:00.

A grade de temas nesse mês de Janeiro/2012 é:

Data: 13/01/2012
Tema: A Codificação: Contexto Histórico e Cultural e a Metodologia de Kardec
Responsável: Lúcio Flávio (Sup.: Sindy)

Data:20/01/2012
Tema: Kardec, desatualizado ou Ignorado?
Responsável: Fernanda (Sup.: Liza)

Data: 27/01/2012
Tema: O Espiritismo e as Práticas Espíritas
Responsável: Sergio (Sup.: SandPap)

Esperamos por você!!
Beijos e abraços

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Qual sua opinião? - O UFC e o Espiritismo

Oi Pessoal! Lendo o jornal O Clarim, nos deparamos com o artigo aí embaixo, que nos leva a refletir sobre alguns esportes. Vamos refletir juntos? :)
Assim, aguardamos sua opinião, tá legal?!
beijos e abraços




O UFC E O ESPIRITISMO





Dia desses assistia ao Globo Esporte quando escutei Galvão Bueno desesperado gritando: “Um, dois, três... ACABOU, ACABOU, ACABOU, É O BRASIL! O BRASIL É CAMPEÃO DO MUNDO!”

Pensei: Mas o que será? Futebol não pode ser. Basquete e vôlei não são. Curioso, olhei para a tela. Qual não foi minha admiração quando vi que o desespero do Galvão era por causa da vitória brasileira no tal do MMA ou UFC, nova febre do esporte em que dois indivíduos trocam sopapos, chutes e cabeçadas.

Sai sangue pra todo lado e vence quem derruba seu oponente.

Os gritos do Galvão me levaram a refletir:

Como podemos apreciar um esporte tão brutal e violento como esse UFC?

Mesmo depois de milênios, será que ainda nos comprazemos com as arenas romanas agora chamadas de octógonos?

Por que há um mórbido prazer de assistirmos alguém estirado ao chão gemendo de dores?

Qual a emoção que há numa coisa dessas?

Dirão alguns que é apenas um esporte, mas vejo nisso uma versão diferente do que antigamente se chamava duelo.

Allan Kardec abordou essa questão dos duelos com os sábios da Espiritualidade no capítulo Lei de Destruição e eles informaram que os duelos são crimes aos olhos de Deus.

A grande realidade é que nossa existência na Terra não pode ser encarada como uma brincadeira. Sendo o corpo físico a máquina de manifestação do espírito na esfera corporal, é justo que lhe dediquemos os cuidados necessários.

Obviamente que se nos dispusermos a levar pancadas, chutes e pontapés em todos os seus pontos não estaremos cuidando desse patrimônio que Deus nos concedeu para as nossas experiências educativas na esfera terrestre.

Nada, nem a desculpa do esporte e do dinheiro que corre nessas lutas, justificam agressões ao corpo físico, esse santuário sagrado do espírito em romagem terrena.

Regozijar-se com essas lutas sangrentas, esses verdadeiros duelos do século XXI, é alimentar-se do que há de mais brutal no mundo.

Reflitamos sinceramente na utilidade de darmos ibope para programas e “esportes” com essas características.

É injustificável como cristãos ainda nos demorarmos apreciando chutes, socos e pontapés, presenciando ao vivo e em cores duas criaturas matando-se como feras.

Somos seres humanos, dotados da capacidade de raciocínio. Analisemos, pois, se existe algo que justifique voltarmos nossa atenção a esse famigerado “esporte”, admirando pessoas que ganham suas vidas arrancando sangue dos outros.

Sem qualquer ranço de moralismo hipócrita, convido o leitor a refletir nas palavras de Galvão: “É CAMPEÃO! É CAMPEÃO!...” Mas campeão de que, se alguém está quase morto, estirado ao chão?


(Autor: Wellington Balbo no Jornal: O Clarim, de janeiro de 2012, http://www.oclarim.com.br/?id=6&cod=72)