sábado, 21 de março de 2015

Vamos refletir?! – Segue-me: Bilhete Fraterno

BILHETE FRATERNO

“Qualquer que vos der a beber um copo d’água em meu nome, em

verdade vos digo que não perderá o seu galardão”.

JESUS, MATEUS, 9:41

Meu amigo, ninguém te pede a santidade dum dia para outro.

Ninguém reclama de tua alma espetáculos de grandeza.

Todos sabemos que a jornada humana é inçada de sombras e aflições criadas por nós mesmos.

Lembra-te, porém, de que o Céu nos pede solidariedade, compreensão, amor...

Planta uma árvore benfeitora, à beira do caminho.

Escreve algumas frases amigas que consolem o irmão infortunado.

Traça pequenina explicação para a ignorância.

Oferece a roupa que se fez inútil agora ao teu corpo ao companheiro necessitado, que segue à retaguarda.

Divide, sem alarde, as sobras de teu pão com o faminto.

Sorri para os infelizes.

Dá uma prece ao agonizante.

Acende a luz de um bom pensamento para aquele que te precedeu na longa viagem da morte.

Estende o braço à criancinha enferma.

Leva um remédio ou uma flor ao doente.

Improvisa um pouco de entusiasmo para os que trabalham contigo.

Emite uma palavra amorosa e consoladora onde a candeia do bem estiver apagada.

Conduze uma xícara de leite ao recém-nascido que o mundo acolheu sem um berço enfeitado.

Concede alguns minutos de palestra reconfortante ao colega abatido.

O rio é um conjunto de gotas preciosas.

A fraternidade é um sol composto de raios divinos, emitidos por nossa capacidade de amar e servir.

Quantos raios libertaste hoje do astro vivo que é teu próprio ser imortal?

Recorda o Divino mestre que teceu lições inesquecíveis, em torno do vintém de uma viúva pobre, de uma semente de mostarda, de uma dracma perdida...

Faze o bem que puderes.

Ninguém espera que apagues sozinho o incêndio da maldade.

Dá o teu copo de água fria.

Vamos refletir?!

1. O que nos pede o Céu? Por que?

2. Como você está atendendo aos pedidos do Céu?

3. Esta lição apresenta 14 maneiras de vivenciar solidariedade, compreensão e amor. Quantas e quais delas você está vivenciando?

4. Qual seu entendimento da frase: “O rio é um conjunto de gotas preciosas.”?

5. Que é fraternidade? Você já é fraterno?

6. Quantos e quais raios você já libertou esta semana do astro vivo que é o seu próprio ser imortal?

7. Você conhece as passagens evangélicas citadas no parágrafo 22 desta lição? Por que elas foram citadas aqui?

8. Você está fazendo o bem que pode?

9. Anote e comente o parágrafo que mais o tocou.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Juventude: Some Esforços, Multiplique Talentos

Juventude: Some Esforços, Multiplique Talentos

FEB

A Juventude representa fase importante para o desenvolvimento do espírito.
Enquanto ser reencarnante em processo de aprimoramento, o jovem trilha caminhos que o convidam, continuamente, ao autoconhecimento e à escolha de atitudes alinhadas aos seus objetivos e ideais, comprometendo-se com uma opção mais consciente de vida. Mediante os desafios da atualidade, a mensagem de Jesus à luz do Espiritismo representa roteiro seguro e convida o jovem, igualmente, a assumir-se como tarefeiro no bem e a colaborar na construção do mundo novo. A contribuição na seara espírita favorece ao jovem o conhecimento mais aprofundado da Doutrina Espírita e a vivência mais próxima do Movimento Espírita, permitindo unir cabeças, corações e mãos em prol da promoção do bem e da construção da paz.

A criação e o fortalecimento dos laços entre o jovem e a Casa Espírita trazem benefícios para todos:

Para a Casa Espírita e para o Movimento Espírita

  • Enaltece a função educativa da Casa Espírita pelo acesso à vivência do Evangelho Cristão;
  • integra os diversos segmentos etários, fortalecendo a troca de experiências e o sentimento de união;
  • orienta trabalhadores – atuais e futuros – nos diversos campos de atuação espírita;
  • renova as habilidades dos atuais trabalhadores e compartilha experiências aos novos colaboradores;
  • valoriza as habilidades e talentos dos jovens colaboradores, orientando-os e acompanhando-os na diretriz doutrinária das ações da Casa Espírita;
  • proporciona o aumento de trabalhadores qualificados;
  • investe na continuidade, a médio e a longo prazos, dos trabalhos desenvolvidos pela Casa Espírita

Para o Jovem

  • Desperta para a oportunidade do trabalho voluntário na seara cristã, contribuindo para a realização de diferentes atividades oferecidas pela Casa Espírita;
  • participa de um processo permanente de formação para ação no bem, contando com o acompanhamento seguro de pessoas mais experientes;
  • vivencia o sentido de solidariedade, de responsabilidade e de compromisso com o aprimoramento de si e do meio social;
  • cria o hábito do estudo, que contribui para o autoconhecimento e amplia a capacidade de fazer escolhas;
  • desenvolve novas competências e habilidades que contribuirão com as atividades que desempenha nos demais contextos sociais;
  • constrói vínculos de amizade e fortalece as relações sociais.

OPORTUNIDADE NA CASA ESPÍRITA + ORIENTAÇÃO ADEQUADA = TRABALHADOR DO BEM

A necessária OPORTUNIDADE para servir deve sempre acompanhar a imprescindível ORIENTAÇÃO aos jovens tarefeiros, a fim de que se prepararem adequadamente para as atividades que serão abraçadas, respeitando-se a disponibilidade e a área de interesse.

Algumas recomendações, baseadas no documento “Orientação ao Centro Espírita” (CFN/FEB, 2006), poderão auxiliar os dirigentes de Casas Espíritas e os coordenadores da Área de Infância e Juventude:

  • As atividades dos jovens junto a outros setores, ou fora do Centro Espírita, devem ser sempre orientadas pelo dirigente/coordenador de Juventude ou pela Diretoria do Centro.
  • Propiciar aos jovens a capacitação para desempenhar atividades no Centro Espírita tais como: colaboração nas aulas para crianças, prestação de serviços nos setores de secretaria, tesouraria, informática e atividades assistenciais; colaboração nas reuniões públicas, doutrinárias, quer ocupando a tribuna, quer realizando outras atividades programadas para essas reuniões, e ajudar na divulgação da Doutrina.

Conforme nos aponta Emmanuel:
“a juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para viagem importante. A infância foi a preparação, a velhice será a chegada ao porto. Todas as fases requisitam as lições dos marinheiros experientes, aprendendo-se a organizar e a terminar a viagem com o êxito desejável.” (Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Caminho, Verdade e Vida, FEB) Trabalhemos, pois, apontando caminhos e caminhando juntos, para que a juventude encontre êxito nessa importante viagem reencarnatória.

Fonte: http://juventudeespirita.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=426:juventude-some-esforcos-multiplique-talentos&catid=37:artigos-e-textos&Itemid=132

quinta-feira, 19 de março de 2015

Mural reflexivo: A voz e o silêncio

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A voz e o silêncio

      Aumenta volumosamente a balbúrdia no mundo.

      Não há respeito pelo silêncio.

      As pessoas perderam o tom de equilíbrio nas conversações, nos momentos de júbilo, nas comunicações fraternais.

      Grita-se, quando se deveria falar, produzindo uma competição de ruídos e de vozes que perturbam o discernimento e retiram a harmonia interior.

      As músicas deixam, a pouco e pouco, de ser harmônicas para se apresentarem ruidosas, sem nenhum sentido estético, expressando os conflitos e as desordens emocionais dos seus autores.

      Cada qual, por isso mesmo, impõe o volume da sua voz, dos ruídos do lar, das comunicações e divertimentos através dos rádios e das televisões.

      Há um predomínio da violência em tudo, nos sentimentos, nas conversações, nas atividades do dia a dia.

      Há demasiado ruído no mundo, atormentando as criaturas.

     *   *   *

      A voz é instrumento delicado e de alta importância na existência humana.

      Sendo o único animal que consegue articular palavras, o ser humano deve utilizar-se do aparelho fônico na condição de instrumento precioso, e de cujo uso dará contas à Consciência Cósmica que lhe concedeu admirável tesouro.

      Jesus, o Sublime Comunicador, cuja dúlcida voz inebriava de harmonia as multidões, viveu cercado sempre pelas massas.

      Sofreu-as, compadeceu-Se delas, mas não Se deixou aturdir pela sua insânia e necessidade.

      Logo depois de as atender, recolhia-Se ao silêncio, fugindo do bulício, a fim de penetrar-Se mais pelo amor do Pai, renovando os sentimentos de misericórdia e de compreensão.

      Procedia dessa forma, a fim de que o cansaço, que surge na balbúrdia, não lhe retirasse a ternura das palavras e das ações.

      *   *   *

      Necessitas, sim, de silêncio interior, para melhores reflexões e programações dignificantes em qualquer área do comportamento em que te encontres.

      Aprende a calar e a meditar, a harmonizar-te e a não perder a seriedade na multidão desarvorada e falante.

      Os grandes sábios do Cosmos sempre souberam silenciar.

      Silenciar em oração perante as necessidades do outro. Silenciar em respeito ao sofrimento alheio.

      Silenciar em consideração às ideias divergentes. Silenciar a vingança diante dos males recebidos.

      É no mundo do silêncio que construímos as palavras edificantes que sairão de nossa boca.

      É no mundo sem voz que elaboramos o canto que logo mais irá encantar ouvintes numa sala de concertos.

      É no mundo do silêncio que embalamos nossos amores, que pensamos em melhorar, reformar e transformar.

      Assim, saibamos dosar o silêncio em nossas vidas, evitando que a balbúrdia e a loucura se instalem.

      Saibamos usar a voz com cuidado, a cada pronunciar de palavra, assim como o concertista o faz na interpretação de uma ópera.

      A música elevada, assim como a vida, é feita de som, mas também de silêncio.

    (Redação do Momento Espírita com base no cap. Silêncio, do livro Jesus e vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal)

quarta-feira, 18 de março de 2015

TROUPE TEATRAL PAULISTANA apresenta: "O CÉU PODE ESPERAR!"

 

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---------- Mensagem encaminhada ----------
De: troupeteatralpaulistana@hotmail.com troupeteatralpaulistana@hotmail.com
Data: 9 de março de 2015 23:49
Assunto: FW: ESTRÉIA - O CÉU PODE ESPERAR!
Para: "cvdeeespnetjovem@gmail.com" <cvdeeespnetjovem@gmail.com>

Bom dia!
Solicitamos divulgar a estreia da peça, "O CÉU PODE ESPERAR!", adaptada para teatro do romance espirita de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho,  no dia 15 de Março, às 19:00 Horas, no TEATRO DO CORINTHIANS - Rua São Jorge, 777 - Tatuapé.
A temporada será por tempo indeterminado e as apresentações, após a estreia, serão sempre aos domingos às 19:00 horas.
Ingresso = Inteira R$50,00 - Meia R$25,00 (válida para estudantes, idosos, Sócios do Clube Amigos da Boa Nova e Sócios do Corinthians) - R$20,00 Preço especial para grupos de Casas Espiritas(acima de 15 pessoas).
Estacionamento = R$12,00 (período de 3 horas)
Informações = Telefones 2772-6070 - 99249-5544 - 96364-0554
Observação:  Mais informações no arquivo anexo.*(colado abaixo)
Agradecemos pela divulgação do nosso espetáculo.
Atenciosamente,
Cristina Machado
2772-6070 - 99249-5544 - 96364-0554

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TROUPE TEATRAL PAULISTANA apresenta

O CÉU PODE ESPERAR!

Adaptação para teatro do romance espírita O CÉU PODE ESPERAR!, do Espírito Antônio Carlos, psicografado pela médium Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho, a mesma autora de “Violetas na Janela”.

Seis atores interpretam trinta personagens, em cenas temperadas com bom humor e repletas de ensinamentos espirituais, que revelam que o céu pode esperar, por aqueles que fazem o bem na Terra, praticando o amor, a abnegação e a fraternidade.

Depois da morte de Alexandre, o filho a quem amava tanto, Pedro perdeu a vontade de viver. Sua esposa, Mônica, apaixonou-se por outro homem e a filha de dezessete anos está grávida. Arrasado Pedro quer acabar com a sua vida, mas como o suicídio é um pecado grave, resolve então ajudar aqueles que estão em perigo, na esperança de encontrar a própria morte. Enfrenta então várias situações perigosas, mas não consegue atingir seu objetivo, e ao contrário do que imagina, ele acaba ajudando e salvando várias pessoas de situações difíceis complicadas.

A partir daí, começam a acontecer cenas engraçadas e eventos inusitados que vão culminar com um final surpreendente.

GÊNERO = COMÉDIA

DURAÇÃO = UMA HORA E TRINTA MINUTOS

COM: MARCELO DUARTE - TAMARA PINHEIRO - HELENA MENDES

VITÓRIA NEVES - ALEX MAZZANT - VICTOR FEITOSA

PRODUÇÃO = TROUPE TEATRAL PAULISTANA

PRODUÇÃO EXECUTIVA = CRISTINA MACHADO

ADAPTAÇÃO e DIREÇÃO = MILTON MERLUCCI

# INFORMAÇÕES :

TELEFONES: (11) 2772-6070 = (11) 96364-0554 = (11) 99249-5544

E-MAIL : (troupeteatralpaulistana@hotmail.com)

VERA LÚCIA MARINZECK DE CARVALHO

Nasceu em São Sebastião do Paraíso/MG e reside na cidade de São Carlos/SP. Formada professora é autora de mais de 40 livros publicados no Brasil e no exterior. Seus livros encontram sempre um público certo, que não se limita ao meio espírita. O livro “Violetas na Janela”, psicografado pela médium, tornou-se um campeão de vendas com mais de dois milhões de exemplares vendidos. O mistério do sobrado, Reconciliação, O voo da gaivota, A casa do penhasco, Cativos e libertos, A mansão da pedra torta, Reparando erros e Aqueles que amam, são alguns títulos dos mais de cinquenta livros publicados.

TROUPE TEATRAL PAULISTANA

A Troupe Teatral Paulistana é um grupo profissional de São Paulo que iniciou suas atividades em 1967 no Teatro Oficina. Produziu vários espetáculos para o público adulto e infantil. Para crianças, apresentamos entre outros, “O inventor da alegria”, “O maravilhoso Monteiro Lobato” (biografia do musical do grande escritor), “O sonho do palhaço!” (que teve no seu elenco o imortal palhaço PIOLIN), “Os meninos cantores de Ping-Pong” (com trinta atores em cena), “Sítio do Picapau Amarelo”, “O Pica-Pau Peralta!” (que permaneceu dez anos em cartaz), “Gasparzinho, o fantasminha atrapalhado!”, “Os três porquinhos e o lobo fanfarrão!”.

Para o público adulto apresentamos entre outros, “Momento imoral de um político”, “Brasília em lingerie”, “Fernando Pessoa em pessoa”, “Dança lenta no local do crime”,

“Farsa de cangaceiro com truco e padre” e agora iniciamos as apresentações da peça, “O céu pode esperar!”, que de fevereiro a novembro de 2013 esteve em cartaz no Teatro do Corinthians, em São Paulo e agora voltará a ser apresentada num teatro de São Paulo. Nossa nova produção será “O mistério do sobrado”, da mesma autora e que está em fase de produção. Sua estreia está prevista para Maio de 2015.

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11 Seminário de Pedagogia Espírita–RJ/RJ

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XXXIII – Feira Do Livro Espírita – abril/maio –Osasco/SP – USE

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segunda-feira, 16 de março de 2015

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

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EESE – Cap. IX – Itens 8 a 10
Tema:   Obediência e resignação
A cólera
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A - Texto de Apoio:
Obediência e resignação
8. A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifico e da renúncia carnal.
Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos. - Lázaro. (Paris, 1863.)
A cólera
9. O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? - Entregais-vos à cólera.
Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar.
Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de piedade.
Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Mas, outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida!
Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se pela dominar. O espírita, ao demais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs. - Um Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)
10. Segundo a idéia falsíssima de que lhe não é possível reformar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corrigir dos defeitos em que de boa-vontade se compraz, ou que exigiriam muita perseverança para serem extirpados. E assim, por exemplo, que o indivíduo, propenso a encolerizar-se, quase sempre se desculpa com o seu temperamento. Em vez de se confessar culpado, lança a culpa ao seu organismo, acusando a Deus, dessa forma, de suas próprias faltas. E ainda uma conseqüência do orgulho que se encontra de permeio a todas as suas imperfeições.
Indubitavelmente, temperamentos há que se prestam mais que outros a atos violentos, como há músculos mais flexíveis que se prestam melhor aos atos de força. Não acrediteis, porém, que aí resida a causa primordial da cólera e persuadi-vos de que um Espírito pacífico, ainda que num corpo bilioso, será sempre pacífico, e que um Espírito violento, mesmo num corpo linfático, não será brando; somente, a violência tomará outro caráter. Não dispondo de um organismo próprio a lhe secundar a violência, a cólera tornar-se-á concentrada, enquanto no outro caso será expansiva.
O corpo não dá cólera àquele que não na tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. A não ser assim, onde estariam o mérito e a responsabilidade? O homem deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nisso não pode atuar; mas, pode modificar o que é do Espírito, quando o quer com vontade firme. Não vos mostra a experiência, a vós espíritas, até onde é capaz de ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente miraculosas que se operam sob as vossas vistas? Compenetrai-vos, pois, de que o homem não se conserva vicioso, senão porque quer permanecer vicioso; de que aquele que queira corrigir-se sempre o pode. De outro modo, não existiria para o homem a lei do progresso. - Hahnemann. (Paris, 1863.).
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 – Por que está incorreto compreender a obediência e a resignação como sendo a negação do sentimento e da vontade?
2 – O que podemos fazer para evitar os acessos de cólera?
3 – Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique.