domingo, 30 de dezembro de 2012

Mural Reflexivo: Quero ser ponte



Composição de Roberto Ferreira, interpretada pelo cantor espírita Lirálcio. Participação especial de Aroal Ricci na narração.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Motoqueiro mata 2 para salvar homem e bebê de crime na zona sul de SP

Um desconhecido que pilotava uma moto matou dois criminosos após provável tentativa de sequestro relâmpago a um motorista nas esquinas da avenida Washington Luís com a avenida Nossa Senhora do Sabará, no bairro do Campo Grande, na zona Sul de São Paulo, na noite desta sexta-feira. As informações são da Rádio CBN. Um terceiro participante do crime não foi atingido pelos disparos, mas tentou fugir a pé e foi detido por policiais.
O carro abordado tinha, além do motorista, um bebê de 3 meses. Durante a ação dos criminosos, surgiu o sujeito na moto, que testemunhou o crime e atirou. Dois bandidos morreram no local. O carro também foi atingido, mas o motorista e o bebê não se feriram. Ao lado dos corpos baleados, foi encontrada uma arma de brinquedo.
Telam
Notícia publicada no Portal Terra, em 21 de julho de 2012.

Sergio Rodrigues* comenta
Trata-se de um lamentável acontecimento que há muito faz parte do nosso cotidiano. Infelizmente, as precárias condições econômicas e sociais em que vivem muitos, aliadas à inferioridade espiritual ainda bastante acentuada de outros, geram ocorrências dessa natureza, cujo desfecho é, quase sempre, a perda de vidas. O desconhecido em questão, atuou em legítima defesa daqueles que se encontravam na suposta posição de vítimas de mais um sequestro relâmpago. A pergunta que se faz é se esse motoqueiro desconhecido agiu de acordo com as leis dos homens e a lei de Deus. Perante a lei dos homens, não há o que contestar. A intenção criminosa dos que terminaram como vítimas fatais é indisfarçável. Embora tenha sido constatado que a arma que empunhavam era um brinquedo, a sua utilização como meio de coerção das vítimas ficou comprovada. É a hipótese clássica de “legítima defesa putativa”, aquela em que as circunstâncias levam a crer na justa suposição da existência de perigo iminente para as vítimas, ainda que mais tarde se constate que esse perigo, em verdade, não existia.
Mas, e perante a lei de Deus? Há como se justificar a reação do motoqueiro desconhecido? Kardec tratou da questão da legítima defesa na questão 748 de “O Livro dos Espíritos”. Os Espíritos codificadores responderam que, nesses casos, apenas a necessidade pode escudar o assassínio e desde que o autor da ação não tenha tido como preservar a vida do agressor. De acordo com a notícia comentada, não havia como tentar preservar a vida das vítimas do sequestro senão pela maneira como reagiu o desconhecido. Entre as vidas dos agressores criminosos e as vidas de suas vítimas não havia mesmo outra opção. O fato é lamentável, mas não podemos esquecer que foi provocado pelas próprias vítimas fatais, através da escolha de adotar o procedimento criminoso narrado na notícia. É a lei de causa e efeito agindo prontamente.

* Sergio Rodrigues é espírita e colaborador do Espiritismo.Net.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Acontecerá: "Sentimento: a força do Espírito"

"Sentimento: a força do Espírito" é tema em destaque em Salvador

Com base no livro Sentimento: a força do Espírito, de Alzira Bessa França Amui e Luciano Sivieri Varanda, a Casa de Oração Bezerra de Menezes promove o Projeto Verão 2013, com palestras de 7 a 30 de janeiro de 2013, às terças e quintas, das 19h30min às 21h.
"Sentimento: a força do Espírito", "Relacionamentos humanos", "A força do sentimento no relacionamento humano", "Fundamentos do relacionamento humano", "Aquisições morais do espírito", "O papel da educação no sentimento do Espírito", "Reencarnação: oportunidade de reorganizar sentimentos" e "Sentimentos e valores" são os assuntos que serão abordados ao longo do mês.
O endereço da Casa de Oração Bezerra de Menezes é Rua Bezerra de Menezes, 90, Brotas, Salvador, BA.
Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (71) 3356-0256.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Richard Simonetti: O necessário à vida.

O Necessário à Vida

 

Diógenes (400-325 a.C.), filósofo grego, era famoso por seu comportamento excêntrico e comentários mordazes.
Dizia-se que tinha grande desprezo pela Humanidade.
Caminhava pelas ruas de Atenas com uma lanterna, a proclamar:
– Procuro um homem honesto.
Era algo para ele tão difícil quanto iluminar um palheiro em busca de agulha perdida.
Observação bem atual, ante a desavergonhada corrupção que se institucionaliza na sociedade humana.

***
Diógenes não era nenhum misantropo ranheta e excêntrico.
Havia em suas atitudes um humor irônico, que popularmente chamaríamos hoje de gozação, com o qual procurava instigar as pessoas à apreciação de suas idéias.
Ensinava que o supremo recurso de felicidade é o total desprezo pelas convenções humanas, em obediência plena às leis da Natureza.
O caminho para essa realização está na simplificação da existência, superando a superficialidade e os modismos.
Andava descalço…
Vestia uma única túnica…
Dormia num tonel…
Certa feita, viu um menino a usar o côncavo das mãos para tomar água.
Admirou-se:
– Acabo de aprender que ainda tenho objetos supérfluos.
Jogou fora a caneca que usava e passou a imitar o menino.

***
Alexandre, o Grande (356-323 a.C.), quis conhece-lo e testar seu proverbial desprendimento dos bens materiais.
Foi encontrar o filósofo, em fria manhã de inverno, aquecendo-se ao sol.
Após serem apresentados e conversarem, Alexandre disse-lhe estar disposto a atender qualquer pedido seu.
O capricho mais sofisticado, o objeto mais precioso…
Diógenes sorriu e respondeu:
– Quero apenas que não me tires o que não me podes dar. Estás diante do Sol que me aquece. Afasta-te, pois...

***
Certamente seria complicado tomar Diógenes ao pé da letra.
Acabaríamos internados num hospício.
Os tempos são outros.
Além do mais, estamos longe do desprendimento total.
Não obstante, seria interessante observar a tônica de suas idéias:
Simplicidade.
É preciso que nos libertemos de condicionamentos e modismos, do supérfluo e do artificial, contentando-nos com o necessário à vida.
Teremos, então, melhores chances de viver bem.
Jesus deixa isso bem claro no Sermão da Montanha, quando recomenda que não nos preocupemos demasiadamente com nossa vida, nem acerca do que devemos comer ou vestir…
É preciso centralizar nossas ações em torno do Reino de Deus, que se realiza no empenho do Bem.
Tudo o mais, explica Jesus, virá por acréscimo.
A Doutrina Espírita oferece marcante contribuição em favor da simplificação de nossa existência, abrindo-nos as portas do mundo espiritual para nos mostrar algo que não devemos esquecer jamais:
Levaremos para o Além somente os valores incorporados à nossa alma, nos domínios da virtude e do conhecimento.
O resto ficará por aqui mesmo.
Imperioso, pois, simplificar sempre, como destaca Guilherme de Almeida (1890-1969):
Simplicidade… Simplicidade…
Ser como as rosas, o céu sem fim,
a árvore, o rio… Por que não há de
ser toda gente também assim?
Ser como as rosas: bocas vermelhas
que não disseram nunca a ninguém
que tem perfumes… mas as abelhas
e os homens sabem o que elas têm!
Ser como o espaço, que é azul de longe,
de perto é nada… Mas quem o vê
– árvores, aves, olhos de monge… –
busca-o sem mesmo saber porque.
Ser como o rio cheio de graça,
que move o moinho, dá vida ao lar,
fecunda as terras… E, rindo passa,
despretensioso, sempre a cantar.
Ou ser como a árvore: aos lavradores
dá lenha e fruto, dá sombra e paz;
da ninho às aves, ao inseto, flores…
Mas nada sabe do bem que faz.
Felicidade – sonho sombrio!
Feliz é o simples que sabe ser
como o ar, as rosas, a árvores, o rio:
simples, mas simples sem o saber!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Você sabia?

"O Espiritismo tem origem na Universalidade e Concordância no Ensino dos Espíritos e resulta no trabalho e elaboração do Homem."

sábado, 22 de dezembro de 2012

Pergunta feita: Como o espiritismo encara o divórcio?

Como o espiritismo encara o divórcio?

 
Reportemo-nos ao O Livro dos Espíritos.

questão 695 - O casamento , ou a união permanente de dois seres, é contrária à lei natural?

- É um progresso na lei natural

questão 697 - a ideia de que o casamento não pode ser absolutamente dissolvido está na lei natural ou apenas na lei humana?

- é uma lei humana muito contraria à lei natural. Mas os homens podem mudar suas leis; as da natureza são as únicas imutáveis.

questão 940 - a falta de simpatia entre os seres que tem de viver juntos não é igualmente uma fonte de desgostos amarga e que envenena toda a existência?

- muito amarga, de fato; mas é uma dessas infelicidades de que frequentemente, sois os principais responsáveis. Primeiro, são vossas leis que estão erradas. Porque acreditais que Deus obriga a ficar com aqueles que vos desagradam? e depois, nessas uniões, procurais muitas vezes mais a satisfação do orgulho e da ambição do que a felicidade de uma afeição mutua. Então suportais as consequencias de vossos preconceitos.

questão 940-a - mas nesse caso não existe quase sempre uma vitima inocente?

- sim, e é para ela uma dura expiação. Mas a responsabilidade de sua infelicidade recairá sobre quem a causou. Se a luz da verdade já penetrou sua alma, terá consolação em sua fé no futuro; além disso, à medida que os preconceitos forem enfraquecendo, as causas dessas infelicidades intimas também desaparecerão.

Fazendo uma análise embora superficial do exposto acima podemos dizer que o espiritismo coloca a união de duas pessoas como um ato de responsabilidade mútua que deverá ser cumprido dentro do possível. O espiritismo não faz a apologia do divórcio, mas também não obriga que duas pessoas que infelizmente não têm mais como continuar juntas em um mesmo caminhar se sintam obrigados a continuar. É claro que cada um responderá por seus atos, perante sua própria consciência e perante os fatos de que participou e foi causador.

Ficam acima as considerações de O Livro dos Espíritos para que você possa refletir mais sobre elas e chegar a sua própria conclusão.
 
(fonte: CVDEE)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Mural Reflexivo: Um Natal diferente

Um Natal diferente
 
Naquele escritório era assim. Todos os anos, eles procuravam uma família que necessitasse de assistência para comemorar o Natal.
Para o dia que se aproximava, eles localizaram uma que havia sofrido várias tragédias nos dois anos anteriores. O Natal deles seria magro e triste.
Então, durante um mês, todos no escritório foram colocando as doações em dinheiro dentro de uma lata decorada.
Depois, se divertiram muito escolhendo os presentes para o pai, a mãe e os seis filhos, imaginando a expressão de felicidade deles, ao receberem os presentes.
Para os meninos, luvas para o inverno e aviões em miniatura. Para as meninas, bonecas e bichinhos de pelúcia. Para a mais velha, já adolescente, perfume e um relógio.
Evidentemente, aquela família não deveria saber quem eram os doadores e, por isso, eles combinaram que o pastor da igreja rural seria o portador dos presentes.
Na sexta-feira anterior ao Natal, a mãe da família voltou mais cedo para casa, após o trabalho. Ela recebera uma gratificação extra do seu patrão. O marido ficou feliz com a notícia.
Agora eles tinham dinheiro para comprar presentes de Natal para os filhos. Sentaram-se e juntos fizeram uma lista, procurando combinar o querer com as necessidades.
Mas, então, eles ficaram sabendo que um amigo estava prestes a ser submetido a uma cirurgia. Ele estava desempregado e não poderia pagar as despesas médicas. Mais do que isso, nem tinha o que comer em casa.
Condoídos com a situação, marido e mulher convocaram os filhos para uma reunião de família e decidiram entregar a gratificação de Natal ao amigo.
Comida e despesas médicas eram mais importantes do que brinquedos de Natal.
Algumas horas depois de tomada a decisão, o pastor foi fazer uma visita para a família.
Antes que ele tivesse tempo de explicar o motivo da visita, eles contaram que gostariam de doar o dinheiro ganho e lhe pediram que entregasse o cheque para o amigo necessitado.
O pastor ficou muito surpreso diante de tanta generosidade e concordou em entregar o cheque, com uma condição: todos eles deveriam acompanhá-lo até seu carro.
Sem entender muito bem o porquê da exigência do pastor, eles concordaram com o pedido.
Quando atravessaram o portão da casa, viram o carro do pastor abarrotado de presentes de Natal. Presentes que o pessoal daquele escritório lhes havia mandado, como expressão de amor natalino.
Que Natal esplêndido foi aquele para as duas famílias necessitadas, para o coração do pastor e para todo o pessoal do escritório!
* * *
Num dia distante, há mais de vinte séculos, o Divino Pastor nasceu entre as Suas ovelhas. Veio manso, numa noite silenciosa, somente deixando-se anunciar por um coro de mensageiros espirituais, aos corações dos homens de boa vontade.
Até hoje, Ele continua assim: falando aos homens que se dispõem a ter boa vontade para com os outros homens. Boa vontade para doar-se, para dar-se, para amar.
Este é o sentido do verdadeiro Natal: o amor de Deus para com os homens. O amor dos homens uns para com os outros, em nome do Divino Amor que se chama Jesus.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Uma tradição de
Natal, de Pat A. Carman, do livro Histórias para o coração da
mulher, de Alice Gray, ed. United Press.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Qual sua opinião? - Publicidade para causas nobres

Publicidade para causas nobres

 

Quando se fala em publicidade ou propaganda é comum as pessoas associarem a atividade aos cifrões. Prontamente imaginamos anúncios de produtos onde a única preocupação é a venda e nada mais. Mas nem sempre é assim. A publicidade vem sendo cada vez mais utilizada para alertar e mobilizar pessoas em prol de uma causa. É o que acontece nas campanhas contra o abuso infantil.
Campanha do Greenpeace contra violência infantil
O abuso infantil envolve diversos fatores, dentre eles a imprudência, violência física ou psicológica, imperícia e negligência por parte de um adulto ou pessoa mais velha. As práticas mais comuns envolvem a violência doméstica (física e psicológica) e o abuso sexual. Segundo os dados do Sistema de Informação para a Infância e Adolescência (SIPIA) no Brasil, de 1999 até 2007, foram registrados 28.840 casos de agressão física, 28.754 de violência psicológica e 16.802 de abusos sexuais.
Dentre todos esses fatores, sem dúvida, o que mais causa indignação e comoção é o abuso sexual infantil e a publicidade sabe explorar este tema muito bem em anúncios instigantes, que por vezes chegam a chocar as pessoas mais desavisadas. Foi o que fez a agência Euro RSCG Brasil em 2008. Na época o Centro de Referência contra o Abuso Infantil (CERCA) lançou a campanha Pedofilía: você pode não ver, mas pode estar acontecendo e contratou a agência para desenvolver ações de comunicação que chamassem a atenção para esse grave problema. O resultado foram três anúncios nada convencionais. O diferencial das peças é que existem duas viualizações e para saber o que realmente está por trás da imagem é necessário apagar a luz. Para criar esse efeito foi utilizada uma técnica em que o anúncio é impresso com tinta fluorescente para viabilizar a observação no escuro.
Apague a luz e ajude a acabar com o medo do escuro
“Apague a luz e ajude as crianças a acabarem com o medo do escuro”
As técnicas de comunicação são cada vez mais utilizadas nesses tipos de campanha e as avaliações mostram que o impacto produzido nos receptores é muito grande. As Organizações Não Governamentais estão reconhecendo a importância desse trabalho e cada vez requisitam profissionais da área de comunicação, não só para captar recursos, mas também para mobilizar a população a aderirem a sua causa.
É o que acontece com a ONG gaúcha SOS – Casas de Acolhida que há 18 anos acolhe crianças de 0 a 6 anos vitimas de violência doméstica. Apesar de desenvolver um trabalho de extrema importância para a sociedade isso não era amplamente divulgado, o que dificultava na hora de captar recursos. A diretoria reconheceu a falta de um profissional da área de comunicação e investiu na contratação de uma Relações Públicas. Algumas instituições optam pelo trabalho de Freelancer na hora de planejar a campanha, outras preferem contatar diretamente com uma agência.
Anúncio alertando sobre a violência infantil

De qualquer forma, causas sociais e ambientais estão se tornando um campo fertil para os profissionais de comunicação e o melhor de tudo é que este é um dos setores onde os comunicadores têm a chance de aliar trabalho e cidadania. O grande “problema” para quem atua nesta área é que provavelmente será difícil separar trabalho da vida pessoal. É comum a pessoa se envolver com a causa e, de alguma forma, tornar-se um ativista. Seja pelo dinheiro ou por filosofia de vida esse é um otimo campo para desenvolver as técnicas aprendidas na faculdade, instigar a imaginação e ao mesmo tempo exercitar a responsabilidade social.
 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Pessoas egoístas são mais felizes



A chave para a satisfação é sentir que não temos escolha a não ser sermos egoístas

Fazer suas escolhas sem ter que se preocupar com os outros deixa as pessoas mais felizes, é o que garante uma pesquisa realizada por psicólogos da Universidade da Pensilvânia, publicada pela “Psychological Science”.

O estudo feito com 216 estudantes universitários mostrou que aqueles que escolhem um caminho egoísta geralmente precisam lutar contra a culpa. De acordo com os psicólogos isso acontece porque desde criança as pessoas aprendem que partilhar significa cuidar, e, se tomarem decisões que visem o próprio interesse sem se importar com os outros, acabam se sentindo mal por priorizar a si mesmo. Dessa maneira, muitas vezes preferem renunciar à felicidade.

— Muitas vezes o que as pessoas realmente querem é agir de forma egoísta. Mas eles não fazem isso, pois sabem que se sentiriam mal — diz o psicólogo Jonathan Berman, que afirma que a chave para a satisfação é sentir que não temos escolha a não ser sermos egoístas.

Notícia publicada no Jornal O Globo, em 22 de outubro de 2012.


Sonia Maria Ferreira da Rocha* comenta

“O egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral.” - O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XI – Amar o próximo como a si mesmo.

“O mandamento maior. Fazermos aos outros o que queiramos que os outros nos façam.” No capítulo acima do evangelho de Jesus, trata da lei maior que o Mestre veio nos ensinar: o amor ao próximo, a caridade, enfim, o amor incondicional. É por esse ensinamento que vamos evoluir espiritualmente. É a prática do amor que faz com que possamos nos aproximar de Deus, deixando para trás o orgulho, a avareza, a ambição, o egoísmo.

Como podemos entender que pessoas que valorizam somente as suas vontades, à custa muitas vezes do sofrimento do seu semelhante, possam ser felizes? Sabemos que esse tipo de comportamento só atrai espíritos ignorantes da Lei Divina e que acarretam grandes sofrimentos no futuro. Esses irmãos de caminhada que ainda valorizam, primeiramente, as suas vontades se distanciam cada vez mais do amparo, da proteção dos espíritos que trabalham na seara do Pai.

Jesus veio nos dar o exemplo da importância da caridade, como ensinamento para a nossa evolução moral. O egoísmo é o oposto do mais importante valor que Jesus nos deixou através dos seus exemplos, quando esteve entre nós.

Por isso, queridos irmãos, não pode ser esse comportamento um componente para a nossa felicidade. É falsa essa afirmação vinda de irmãos que só valorizam pequenos e falsos momentos de satisfação, nas suas caminhadas. Segundo Emmanuel, deve ser um alvo para o qual todos os cristãos devem dirigir as suas armas, as suas forças e a sua coragem. E nos diz que a coragem é a qualidade mais necessária para se vencer a si mesmo em vez de procurar vencer os outros. Cabe a cada um de nós dedicar toda a nossa atenção para combater o egoísmo em si mesmo, pois esse monstro devorador de todas as inteligências, filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas, o maior obstáculo à felicidade dos homens.

“E é a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, que cabem a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminho dos obstáculos que lhe entravam a marcha. Expulsai o egoísmo da Terra, para que ela possa elevar-se na escala dos mundos, pois já é tempo da humanidade vestir a sua toga viril, e para isso é necessário primeiro expulsá-lo de vosso coração.” - Emmanuel

* Sonia Maria Ferreira da Rocha reside em Angra dos Reis, RJ, estuda o Espiritismo há mais de 30 anos e é colaboradora regular do Espiritismo.net.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Revista Espírita: Um Espírito estouvado

Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos - Segundo Ano – 1859
 
Um Espírito estouvado
Revista Espírita, março de 1859
O senhor J., um de nossos colegas da Sociedade, vira, diversas vezes, chamas azuis passearem sobre sua cama. Convicto de que era uma manifestação, tivemos a ideia, no dia 20 de janeiro último, de evocar um desses Espíritos, a fim de nos edificar sobre a sua natureza.
1. Evocação. - R. E que me queres?
2. Com qual objetivo te manifestaste na casa do senhor J......? - R. Que te importa?
3. A mim, isso pouco importa, é verdade; mas isso não é indiferente ao senhor J... - R. Ah! a bela razão!
Nota. Essas primeiras perguntas foram feitas pelo senhor Kardec. O senhor J... prosseguiu no interrogatório.
4. É que não recebo todo o mundo de bom grado em minha casa. - R. Estás errado; sou muito bom.
5. Dá-me, pois, o prazer de dizer-me o que fazias em minha casa? - R. Crês, por acaso, que, porque sou bom, devo obedecer-te?
6. Foi-me dito que és um Espírito muito leviano. - R. Fazem de mim uma bem má reputação, fora de propósito.
7. Se é uma calúnia, prove-o. - R. Isso não desejo mais.
8. Eu poderia bem empregar um meio para conhecer-te. - R. Isso não poderia senão divertir-me, com efeito, um pouco.
9. Eu te intimo a dizer-me o que vieste fazer em minha casa. - R. Não tinha senão um objetivo, o de divertir-me.
10. Isso não está de acordo com o que me foi dito por Espíritos superiores. - R. Fui enviado à tua casa, disso conheces a razão. Estás contente?
11. Pois mentiste? - R. Não.
12. Não tinhas, portanto, más intenções? - R. Não; disseram-te o mesmo que eu.
13. Poderias dizer-me qual a tua classe entre os Espíritos? - R. Tua curiosidade me apraz.
14. Uma vez que pretendes ser bom, por que me respondes de modo tão pouco conveniente? - R. É que te insultei?
15. Não; mas, por que respondes de modo evasivo e te recusas a dar-me as informações que te peço? - R. Sou livre para fazer o que quero, entretanto, sob o comando de certos Espíritos.
16. Então, vejo, com prazer, que começas a ser mais conveniente, e auguro que terei contigo relações mais amáveis. - R. Coloque tuas frases de lado, farás muito melhor.
17. Sob qual forma estás aqui? - R. De forma, não a tenho.
18. Sabes o que é o perispírito? - R. Não; a menos que isso seja do vento.
19. O que eu poderia fazer-te que te seja agradável? - R. Já o disse: cala-te.
20. A missão que vieste cumprir em minha casa te fará avançar como Espírito? - R. Isso é um outro assunto; não me dirijas mais tais perguntas. Sabes que obedeço a certos Espíritos; dirige-te a eles; quanto a mim, não peço senão para ir-me.
21. Tivemos más relações, em uma outra existência, e isso seria a causa de teu mau humor? - R. Não lembras mais o mal que disseste de mim, e isso a quem queria ouvi-lo. Cala-te, digote.
22. Não te disse senão o que me foi dito pelos Espíritos superiores a ti. - R. Disseste também que eu te havia obsediado.
23. Ficastes satisfeito com o resultado que obtiveste? - R. Isso é assunto meu.
24. Sempre queres, pois, que conserve de ti má opinião? - R. É possível! Eu me vou.
Nota: Pode-se ver, pelas conversas que relatamos, a extrema diversidade que há na linguagem dos Espíritos, segundo o grau de sua elevação. A dos Espíritos dessa natureza é quase sempre caracterizada pela rudeza e pela impaciência; quando são chamados nas reuniões sérias, sente-se que não vêm de bom grado; têm pressa de se irem, e isso porque não estão cômodos, em meio de seus superiores e de pessoas que os colocam, de algum modo, na berlinda. Não ocorre o mesmo nas reuniões frívolas, onde se diverte com seus gracejos; estão, em seu centro, e se entregam de coração alegre.
 
(enviado por JoellSilva, via email)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Um Natal de Verdade

 
Um  Natal  de  Verdade


A presença do rico automóvel diante da residência humilde, acontecimento inusitado naquela vila paupérrima e distante, despertou intensa curiosidade. Rostos surgiram nas janelas. Muita gente olhando de longe.
Desceram Gumercindo e Maria do Carmo, casal de meia-idade.
Sofrida mulher os atendeu, rodeada por três crianças tímidas grudadas em sua saia. No colo materno chorava um bebê, lamento ardido de fome… logo apareceu o marido, figura lastimável, barba por fazer, olhar assustado. O visitante quebrou o gelo:
– Estamos aqui em tarefa de amizade. Temos recebido incontáveis bênçãos de Deus, negócios prósperos, filhos saudáveis, casa ampla e confortável, muita fartura. No entanto, eu e minha esposa não nos sentimos em paz. O que nos sobra, falta em muitos lares. Isso vem pesando em nosso coração. Decidimos, por isso, ir ao encontro de nossos irmãos…
– Pois é – completou Maria do Carmo – gostaríamos de saber como vivem, suas dificuldades e problemas. Como poderemos ajudá-los. Iniciaremos nosso entendimento neste Natal, oferecendo-lhes brinquedos, roupas e alimentos, em nome de Jesus.
– Tenho certo de que foi Ele quem os inspirou – interrompeu, emocionado, o dono da casa. – Nossa situação é desesperadora. Estou desempregado há seis meses… já não temos recursos nem para a comida. A luz foi desligada por falta de pagamento… minha esposa está doente. As crianças cobram-me o presente. Querem saber por que Papai Noel não visita gente pobre. Eu decidira que a situação iria mudar, por bem ou por mal. Planejara assaltar abastada mansão. Enfrentaria a polícia, mataria se preciso, mas não regressaria ao lar de mãos vazias… No entanto, não sou criminoso. Tenho uma existência toda de trabalho honesto, cultivando respeito às leis… Os senhores salvaram-me de um pesadelo.
Sufocado pela emoção, derramando-se em lágrimas, o operário ajoelhou-se e beijou as mãos de seus benfeitores, sem que estes pudessem evitar o gesto extremo de humildade e reconhecimento.
Após alguns minutos de entendimento fraterno, Gumercindo e Maria do Carmo entregaram os presentes e partiram, levando a certeza de que aquela família teria um Natal feliz. Felicidade maior ia em seus corações. Haviam descoberto a insuperável alegria que o exercício da solidariedade proporciona.
***
A violência e o crime são desvios lamentáveis que se oferecem àqueles que transitam pelos caminhos da miséria e do infortúnio. A própria sociedade contribui para tão desastrosas opções ao ignorar a existência desses infelizes.
Quando nos dispusermos a superar as barreiras da indiferença, do comodismo, do apego aos bens transitórios, oferecendo amparo e orientação aos irmãos em dificuldade, a mensagem do Natal começará a ser observada, favorecendo a erradicação do mal.

Livro Atravessando a Rua - Richard Simonetti - http://www.richardsimonetti.com.br/artigos/exibir/130)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Você sabia?!

"A prece é um ato de adoração que nos aproxima de Deus quando realizada com fé, fervor e sinceridade no coração. A prece pode ser utilizada para louvar, pedir ou agradecer."

domingo, 9 de dezembro de 2012

Frase rápida, reflexão nem tanto...

Melhore sempre suas condições pessoais, pelo trabalho e pelo estudo, a fim de que você melhore a vida, em derredor de você.
Obrigação cumprida será sempre o nosso mais valioso seguro de proteção.
Amplie quanto puder a sua exportação de gentileza.
Fazer "algo mais além do próprio dever", em benefício dos outros, é criar um gerador de simpatia, em nosso auxílio.
Esqueçamos o que não serve para o bem, a fim de que se realize o melhor.
Reclamar é ferir-se.
Se você deseja vencer, aprenda a sorrir, além do cansaço.
O grupo familiar recorda a terra que produz para nós, segundo a nossa própria plantação.
Esperança vitoriosa é aquela que não deixa de trabalhar.
Guarde as suas impressões infelizes para não prejudicar o caminho dos outros...

(André Luiz, de "Respostas da Vida", FCXavier)

sábado, 8 de dezembro de 2012

Estudo dirigido: O Livro dos Médiuns

Analise, escolha e justifique sua resposta:

 
 
(Apostila de estudo das obras codificadas por Allan Kardec - IDE/JF-MG)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Acontecerá: Mostra Espírita de Dança acontecerá em Belo Horizonte

Mostra Espírita de Dança acontecerá em Belo Horizonte

No dia 16 de dezembro de 2012, a partir das 19h, será realizada a II Mostra Espírita de Dança Novos Horizontes, na Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa. O evento selecionará Grupos de Dança que apresentarão coreografias sobre o tema "Espiritismo na Dança".
A Mostra tem por finalidade difundir o estudo e a prática da Arte na Casa Espírita, em especial a linguagem da dança, junto a crianças, jovens, adultos e idosos, alicerçados na Codificação Kardequiana.
É um evento espírita aberto ao público e totalmente gratuito, que se constitui de estudos sobre dança e arte à luz do Espiritismo, que embasem o “fazer arte” dentro das Casas Espíritas, nos âmbitos educativo, terapêutico e cênico. Além disso, conta com oficinas de aprimoramento técnico e artístico e de apresentações de dança sedimentadas no conteúdo espírita-cristão.
O endereço da Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa é Rua Marcio Lima Paixão, 8, Bairro Rio Branco, BH, MG.
Outras informações podem ser obtidas na página mostraespiritadedancanovoshorizontes.wordpress.com, ou ainda pelos telefones (31) 3327-8275 e (31) 8254-9229.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Trocando ideia: Sexo antes do casamento

Ois! :)
Vamos conversar e trocar ideias sobre sexo antes do casamento ? :)
Qual deve ser, enquanto espíritas que somos,  nosso posicionamento diante da prática sexual antes do casamento ?
De que forma nos educaram e nós mesmos estamos nos educando quanto à questão do sexo?
Sexo é um tema em que vemos as questões mundanas de forma mais visível, ou seja, mudança de comportamentos, mudança de posicionamentos relativos a ele, uma imposição social de que o sexo deve ser vivido de forma liberada... e como, nós, o adotamos perante nós mesmos e perante os outros(a sociedade, a galera, etc e tals)?
Os jovens ficam em uma situação limite, posto que aqueles que tem uma visão e uma postura equilibrada quanto a ele se vê "torpedeado" com coisas como caretisse, como "santinhos", e outros apelidos mais?
Aguardando a participação de vcs, tá ok?:))
Beijos e Abraços

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Pergunta feita: Como são escolhidas as provas

Queria saber como são escolhidas as provas por qual o espirito ira passar para evoluir, ex, se a pessoa tem um erro de personalidade, tipo ela seja arrogante ai decidem lá em cima aonde e em qual família ele vai nascer, mas se no caso no meio do caminho der algo errado e em vez de melhorar a personalidade ruim, acabe piorando, vá que ele ou sua família ganhe na loteria por exemplo, porque não acredito que tudo que todas as pessoas façam já estejam destinadas, já que todos tem o tal livre arbítrio das coisas,se por exemplo a pessoa nasce numa família pobre mas depois a mãe decide doar o filho pra um a família rica, nesse caso tudo sai do contrario e tanto a mãe como o filho com personalidade ruim não evoluirão, eu li uns textos falando que tem tem espíritos que reencarnam centenas e centenas de vezes e não evoluem praticamente nada, isso na minha opinião já e tortura, como disse não acredito que tudo esteja com um destino pronto, não acredito que aquela mãe iria doar o filho e tals acho isso bem complexo e difícil de entender esse negocio de evolução já que como acredito não ter nada destinado, muitas coisas que não eram pra acontecer acabam acontecendo e dai sai tudo pelo contratio,,,

A única destinação que nós temos é que um dia seremos perfeitos e felizes para sempre. Esta é uma determinação divina, da qual a ninguém é dado fugir. Agora, o caminho que nos levará a esse final feliz somente depende de nós. Temos o livre-arbítrio para agir e pensar. De acordo com nossos atos e pensamentos poderemos trilhar um caminho mais ou menos áspero, mais ou menos longo. Isso só depende de nós.

 Quando o espírito reencarna, volta com uma programação previamente definida no tocante aos principais aspectos da existência terrena. Sendo assim, no tocante às provas e expiações por que passaremos, são definidas, no plano espiritual, o meio em que renasceremos na carne, as condições materiais a que teremos que nos submeter, os fatos mais importantes que ocorrerão, enfim, as principais ocorrências necessárias à nossa evolução espiritual. As situações menos importantes ficam por conta do nosso comportamento no dia a dia.

 Ensinam os Espíritos que o homem tem a liberdade de pensar e de obrar, sem o que seria máquina. Tudo, portanto, em nossa existência, corre por nossa conta. Deus estabeleceu as Leis, todas sábias e soberanas, dando-nos o livre-arbítrio para escolher o caminho a seguir. Mesmo as situações que nos causam dor e sofrimento são resultado da escolha que fizemos ao nos decidir por esse ou aquele ato. Como Jesus ensinou, a cada um será dado segundo suas obras.

 Fomos criados simples e ignorantes, isto é, sem nada saber, mas com aptidão para o bem e para o mal. Quis Deus que chegássemos à perfeição por nossos próprios méritos, sem o que não saberíamos valorizá-la. Que mérito teríamos se já fôssemos criados perfeitos? Passando pelas provas é que o espírito adquire o conhecimento que o levará à perfeição e, com esta, à felicidade definitiva. Se um espírito reencarna centenas de vezes e não evolui, isto pode até ser considerado tortura, como consta na pergunta. Mas seria uma tortura escolhida pelo próprio espírito. Ele seria o único responsável por essa tortura, pois, se não evoluiu, foi por sua única e exclusiva opção.

 Com relação à nossa programação reencarnatória, como dissemos, é elaborada na espiritualidade, sob assistência de benfeitores que se dedicam a essa tarefa, de conformidade com as nossas necessidades evolutivas e com o nosso merecimento. Quando o espírito já possui discernimento para tal, ele próprio pode escolher o gênero de provas por que passará naquela encarnação. Embora Deus conheça antecipadamente como nos sairemos nas provas, não interfere em nosso livre-arbítrio, deixando por nossa conta a escolha do caminho a seguir.

 O Espiritismo nos mostra que determinismo e livre-arbítrio coexistem na vida do espírito imortal, em graus que variam conforme o estágio evolutivo alcançado pela respectiva humanidade. Nas camadas mais baixas da evolução, o determinismo é absoluto. É assim nos reinos inferiores (mineral, vegetal e animal) e mesmo nos primeiros momentos do espírito no reino hominal

 No princípio, nos primeiros momentos no reino hominal, a liberdade do espírito é estreita, incipiente. Age quase que exclusivamente pelo instinto trazido do reino animal. Todavia, à medida que evolui, tomando consciência das Leis Naturais e as compreendendo, vai aumentando o seu livre-arbítrio. O exercício do livre-arbítrio exige discernimento e maturidade, assim como nos torna responsáveis por nossos atos. O livre-arbítrio é uma conquista evolutiva que nos traz responsabilidade e necessidade de enfrentar as consequências dos atos praticados. Ele é amplo e somente pode ser limitado por nossos próprios atos ou pela influência matéria. É a consequência desses dois fatores - os atos que praticamos e a influência da matéria - que podemos classificar como determinismo.

 Não somos, portanto, simples máquinas, joguetes da Providência Divina. Nosso futuro não é aleatório, fruto dos caprichos de Deus. Temos, sim, responsabilidades pelo nosso destino. Dessa forma, depende do sentido que se de ao termo "destinados". Somos destinados a colher aquilo que nós mesmos semeamos e nossa vida é traçada por nós mesmos. Como ensinou o Cristo: a cada um é dado segundo as suas obras.

 Na hipótese mencionada na pergunta, se um espírito reencarna numa família pobre com o objetivo de corrigir uma personalidade orgulhosa ou arrogante, esta é uma programação reencarnatória que terá de ser cumprida. Ou, como você diz na pergunta, uma destinação. Nesse caso, é muito pouco provável que esse espírito possa ser conduzido a uma família rica ou que venha ganhar na loteria. A lei de causa e efeito, uma das leis e forças que regem o Universo, o impediria. É claro que todas as provas e expiações podem ser atenuadas, dependendo da maneira como o espírito se comporta diante delas. Mas se, por necessidade evolutiva, ele tiver de passar aquela encarnação em situação de pobreza econômica, nem uma ou outra hipótese ocorrerá.

 
(Fonte:CVDEE)

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A sabotagem da Verdade

A Sabotagem da Verdade
23 de novembro de 2012
 
por Artigo compilado
ESPIRITISMO, A MAIOR SABOTAGEM DA VERDADE BÍBLICA”

a) Negam a existência do Céu como lugar de felicidade
A felicidade dos espíritos bem-aventurados não consiste na ociosidade contemplativa, que seria, como temos dito muitas vezes, uma eterna e fastidiosa inutilidade (“O Céu e o Inferno”, p. 722. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Em que se deve entender a palavra céu? Achais que seja um lugar, como aglomerados, sem outra preocupação que a de gozar, pela eternidade toda, de uma felicidade passiva? Não; é o espaço universal; são os planetas, as estrelas (“O Livro dos Espíritos”, p. 250. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
Os espíritas zombam da ideia do céu como lugar de felicidade eterna. Costumam citar João 14.2: Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E dizem: A casa de meu Pai é o Universo; as diversas moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem estâncias adequadas ao seu adiantamento (“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, p. 556. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
O texto citado de João 14.2 conclui da seguinte forma: vou preparar-vos lugar; e no versículo 3 afirma: para que onde eu estiver estejais vós também.
Ora, daí se nota que, primeiro, o céu é um lugar e, segundo, os que pertencem a Jesus estarão no mesmo lugar onde Jesus foi. E sabemos que Ele foi para o céu e sentou-se à direita de Deus (Mc 16.19; Hb 8.1; Ap 3.21). Jesus prometeu mais que os seus estariam onde Ele estivesse (Jo 17.24). Paulo falou da sua esperança celestial (Fp 3.20-21); o mesmo falou Pedro (1 Pe 1.3).

b) Negam o inferno como lugar de tormento eterno e consciente
(Jesus) Limitou-se a falar vagamente da vida bem-aventurada, dos castigos reservados aos culpados, sem referir-se jamais nos seus ensinos a castigos corporais, que constituíram para os cristãos um artigo de fé (“O Céu e o Inferno”, p. 726. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
Jesus não falou vagamente sobre os castigos reservados aos culpados. Falou claramente em Mateus 25.41, 46 sobre o sofrimento eterno dos injustos. Neste último versículo, Jesus declarou que a duração da felicidade dos justos é igual à duração do castigo dos injustos: E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna. Outros textos onde Jesus empregou palavras que indicam duração sem fim do castigo reservado aos ímpios (Mateus 5.22-29; 10.28; 13.42, 49-50; Mc 9.43-46; Lc 6.24; 10.13-15; 12.4-5; 16.19-31). Nos textos citados aparecem as expressões tais como:
a) suplício eterno;
b) fogo eterno;
c) fogo inextinguível;
d) onde o bicho não morre e o fogo não se apaga;
e) trevas exteriores;
f) choro e ranger de dentes.

c) Negam a existência do diabo e demônios como pessoas reais espirituais
Satã, segundo o espiritismo e a opinião de muitos filósofos cristãos, não é um ser real; é a personificação do mal, como nos tempos antigos Saturno personificava o tempo (“O Que é o Espiritismo”, p. 297. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Há demônios, no sentido que se dá a essa palavra? Se houvesse demônios, seria obra de Deus. E Deus seria justo e bom, criando seres, eternamente voltados ao mal? (“O Livro dos Espíritos”, pp. 72-74. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
A propósito de Satanás, é evidente que se trata da personificação do mal sob uma forma alegórica (“O Livro dos Espíritos”, p. 74. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
Deus não criou um ser maligno, mas um anjo de luz que se transviou (Is 14.12-14; Ez 28.14-16); Jesus disse que ele não permaneceu na verdade (Jo 8. 44). Trata-se de uma personalidade real, pois:
a) É mencionado entre pessoas espirituais (Jó 1.6);
b) Conversou com Jesus no monte, tentando-o (Mt 4. 1-10);
c) É uma pessoa inteligente, que faz planos para ludibriar os outros (Jo 8.44; 1 Pe 5.8);
d) Está condenado ao fogo eterno (Ap 20.10).

d) Negam a ressurreição do corpo
Em que se torna o Espírito depois de sua última encarnação?
Em puro Espírito (“O Livro dos Espíritos”, p. 84. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
A ressurreição do corpo é uma doutrina enfatizada na Bíblia. Isaías que viveu cerca de 600 anos antes de Jesus, já afirmava no seu livro (26.19): Os teus mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos.
Ainda no Antigo Testamento encontramos exemplos de ressurreição realizados por Elias e Eliseu (1 Rs 17.17-24; 2 Rs 4.32-37). Jesus falou da ressurreição futura de todos os mortos em João 5.28-29. Quando Lázaro morreu, sua irmã Marta revelou crer na ressurreição. Ao ouvir que Jesus se aproximava: Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia (João 11.21-24). O mesmo fez Paulo em Atos 24.15: Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos. No Juízo Final, diante do trono branco, todos irão ressuscitar, até mesmo os mortos nos mares, para prestar contas a Deus de seus atos praticados no corpo: E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros… E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia… (Ap 20.11-15).

e) Negam a inspiração divina da Bíblia
A Bíblia contém evidentemente fatos que a razão, desenvolvida pela ciência, não pode aceitar, e outros que parecem singulares e que repugnam, por se ligarem a costumes que não são mais os nossos… A ciência, levando as suas investigações desde as entranhas da terra até as profundezas do céu, demonstrou, portanto, inquestionavelmente os erros da Gênese mosaica… Incontestavelmente, Deus que é a pura verdade, não podia conduzir os homens ao erro, consciente, nem inconscientemente, do contrário não seria Deus. Se, portanto, os fatos contradizem as palavras atribuídas a Deus, é preciso concluir logicamente que Ele as não pronunciou ou que foram tomadas em sentido contrário. (“A Gênese”, p. 936. Opus Ltda; 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
O espiritismo nega a criação do homem conforme descrita no livro de Gênesis 1.26-27 e 2.7. Acredita no evolucionismo. Por isto, admite que o registro bíblico não deve ser tomado literalmente, mas apenas em sentido figurado. Jesus reiterou a criação dos seres humanos, descrita em Gênesis 1.26-27, ao dizer: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez (Mt 19.4). Em Hebreus 11.3, lemos que: Pela fé entendemos que os mundos pela Palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente. E, assim, outros textos confirmam a descrição do Gênesis (Sl 19.1; 24.1). Posto isto, aceitamos as declarações de 2 Timóteo 3.16-17 que toda a Bíblia é inspirada e é a inerrante Palavra de Deus (1 Ts 2.13). A ciência, na qual se baseia o espiritismo, está mudando de opinião frequentemente, de modo que não pode ser levada a sério, pois não tem a última palavra.

f) Negam a doutrina da Trindade
Examinemos os principais dogmas e mistérios, cujo conjunto constitui o ensino das igrejas cristãs. Encontramos a sua exposição em todos os catecismos ortodoxos. Começa com essa estranha concepção do Ser divino, que se resolve no mistério da Trindade, um só Deus em três pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Essa concepção trinitária tão obscura, incompreensível… (“Cristianismo e Espiritismo”, 7a edição 1978, p. 86).
Resposta Apologética:
Definindo a doutrina da Trindade apontamos a existência de um só Deus eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Estas três pessoas constituem um só Deus, o mesmo em natureza, sendo as pessoas iguais em poder e glória.
Tal definição pode ser explanada e biblicamente provada seguindo três fatos:
a) Existe um só Deus (Dt 6.4; Is 43.10; 45.5-6). Trata-se de unidade composta como se lê em Gn 2.24 (serão dois uma só carne).
b) Esse único Deus é constituído de uma pluralidade de pessoas (Gn 1.26; 3.22; 11.7; Is 6.1-3,8), textos que empregam o verbo façamos, o pronome nossa e nós.
Isto pode ser visto ainda pela seguinte comparação entre as seguintes passagens:
1. Em Isaías 6.1-3, quando Isaías disse que viu o Senhor;
2. Em Jo 12.37-41, João disse que Isaías viu Jesus, quando viu o Senhor;
3. Em Is 6.8-9, se lê que o Senhor falou a Isaías. Ainda no versículo 8 se lê: A quem enviarei e quem irá por nós?
4. Em At 28.25, Paulo declara que quem falou a Isaías foi o Espírito Santo.
a) Há três Pessoas na Bíblia que são chamadas de Deus e que são eternas por natureza:
1. O Pai (2 Pe 1.17);
2. O Filho (Jo 1.1; 20.28; Rm 9.5; Hb 1.8)
3. O Espírito Santo (At 5.3-4).
O vocábulo Trindade foi usado pela primeira vez por Teófilo de Antioquia em 189 a.D. (no livro “Epístola a Autolycus” 2.15).

g) Negam os Milagres de Jesus
Convém, pois riscar os milagres do rol das provas em que pretendem basear a divindade do Cristo (“Obras Póstumas”, 1172. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
Os espíritas negam a deidade absoluta de Jesus. Consequentemente, negam também os milagres arrolados na Bíblia. Para os espíritas, Jesus é apenas um médium.
Com isso Allan Kardec procura explicar os milagres atribuídos a Jesus, da forma como se fora um médium, que exibe poderes extra-sensoriais. Descreve e explica os milagres de Jesus.

h) Pesca Maravilhosa – Lucas 5.1-7
A pesca qualificada de miraculosa explica-se igualmente pela dupla vista, Jesus de modo algum produziu espontaneamente peixes onde os não havia; mas viu, como um vidente lúcido acordado, pela vista da alma, o lugar onde se achavam os peixes, e pode dizer com segurança aos pescadores que lançassem ali as suas redes (“A Gênese”, p. 1036. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
Ora, quando Jesus pediu a Pedro que lançasse as redes ao mar, Pedro muito naturalmente respondeu como pescador: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede (Lc 5.5). Não havia peixe. Foi sobre a autoridade da palavra de Jesus que a rede foi lançada. E, então, o milagre foi realizado. Jesus era onisciente, e não um vidente lúcido acordado, que pela vista da alma, pudesse ver o lugar onde se achavam os peixes. Ele viu Natanael debaixo da videira (Jo 1.48-51). Jesus não precisava receber referências sobre as pessoas. Conhecia-as todas (Jo 2.24-25).

i) A cura da mulher que sofria de fluxo de sangue – Marcos 5.25-34
Estas palavras – conhecendo ele próprio a virtude que saíra de si – são significativas; elas exprimem o movimento fluídico que se operara de Jesus para com a mulher doente; ambos sentiram a ação que se acabava de produzir. É notável que o efeito não fosse provocado por ato algum da vontade de Jesus; não houve magnetização, nem imposição de mãos. A irradiação fluídica normal foi suficiente para operar a cura (“A Gênese”, p. 1036. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
A mulher, depois de curada, confessou que havia gastado todos os seus bens com os médicos, indo de mal a pior (Mc 5.26). Confessa sua cura radical pelo poder divino de Jesus e não por irradiação fluídica normal. Quase todos, senão todos, os fenômenos espíritas estão cercados de dolo. Se houvesse essa possibilidade aventada por Allan Kardec, já a mulher poderia ter sido curada muito antes porque, admite-se, devia haver outros homens nos dias de Jesus com essa ridícula irradiação fluídica normal. Doze anos de sofrimento e depois a cura milagrosa realizada imediatamente por Jesus e não por um médium que precisa de ocasião preparatória para exibir esse tipo de irradiação fluídica.

j) A cura do cego de nascença – João 9. 1-7
Aqui, o efeito magnético é evidente; a cura não foi instantânea, mas gradual e seguida de ação sustentada e reiterada, apesar de ser mais rápida do que na magnetização ordinária (“A Gênese”, p. 1037. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
Por que esse efeito magnético evidente não se manifesta espontaneamente entre os médiuns espíritas nos dias atuais?

k) A ressurreição do filho da viúva de Naim – Lucas 7.11-17 e a ressurreição da filha de Jairo – Marcos 5.21-43
O fato da volta à vida corporal de um indivíduo, realmente morto, seria contrário às leis da natureza, e, por conseguinte, miraculoso. Ora, não é necessário recorrer a esta ordem de fatos para explicar as ressurreições operadas por Cristo…
Há, pois, toda a probabilidade de que, nos dois exemplos acima, só se dera uma síncope ou uma letargia. O próprio Jesus o diz positivamente sobre a filha de Jairo: Esta menina, diz ele, não está morta, apenas dorme (“A Gênese”, p. 1045. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
Kardec prefere admitir probabilidade de que só se dera uma síncope ou uma letargia a crer nos milagres de Jesus, embora a descrição bíblica deva merecer crédito. Por que a tristeza tão grande manifestada pelos pais dos filhos mortos, tanto no caso da filha de Jairo como no caso do filho da viúva de Naim, se eles estivessem simplesmente acometidos de uma síncope ou letargia? O fato é que o filho morto da viúva de Naim estava sendo conduzido ao cemitério para sepultamento. Sepultar um vivo acometido de síncope? Que descuido fatal cometido por uma mãe chorosa! Para Kardec, isso é mais fácil de explicar do que crer no milagre operado por Jesus.

l) A ressurreição de Lázaro – João 11.1
A ressurreição de Lázaro, digam o que quiserem, não invalida de forma alguma esse princípio. Ele estava, diziam, havia quatro dias no sepulcro; mas sabe-se que há letargias que duram oito dias ou mais (“A Gênese”, p. 1045. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
Quando Allan Kardec explica que Lázaro não estava morto, mas apenas desacordado, negando francamente o texto bíblico que registra as palavras de Jesus, Lázaro está morto (Jo 11.14), já se nota sua pretensão de invalidar o texto bíblico. Prefere explicar o milagre como se fora Lázaro acometido de uma doença conhecida como letargia ou síncope e que tal doença podia durar até oito dias. Se a própria irmã de Lázaro declarou que o corpo do seu irmão morto já cheirava mal: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias (Jo 11.39) como ousa Kardec invalidar o texto e lançar uma hipótese contra a explicação dada por alguém presente da própria família do morto? Já se vê que sua intenção é negar a qualquer custo a deidade de Jesus. Julgando absurdo seu argumento, se antecipa e declara: digam o que quiserem… Essa sua explicação é aceita pelos seus adeptos.

m) O milagre da transformação da água em vinho – João 2.1-11
Ele deveria ter feito durante o jantar uma alusão ao vinho e à água, para tirar daí alguma instrução (“A Gênese”, p. 1047, Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
Ressalta a incoerência de Kardec em admitir apenas uma alusão ao vinho e à água para daí tirar alguma instrução. Como explicar a admiração do mestre-sala diante do milagre operado por Jesus ao dizer: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já tem bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho (Jo 2.10). É certo que bebera literalmente do vinho transformado da água.

n) A multiplicação dos pães – Mateus 14.13-21
A multiplicação dos pães tem intrigado os comentadores e alimentado, ao mesmo tempo, a exaltação dos incrédulos. Estes últimos, sem se darem ao trabalho de sondar o sentimento alegórico, consideram-no um conto pueril; mas a maior parte das pessoas sérias o considera, embora sob forma diferente da vulgar, uma parábola comparando a nutrição espiritual da alma com a nutrição do corpo (“A Gênese”, p. 1047. Editora Opus Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Resposta Apologética:
Kardec nada disse dos 12 cestos de pedaços de pão que sobraram depois de todos comerem sobejamente. Eram cinco pães e dois peixes. E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram, doze alcofas cheias. E os que comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças (Mt 14.20-21).
Fonte: Editora ICP
Artigo publicado no Portal CACP, em 10 de outubro de 2012.

Claudio Conti* comenta
A variedade de pensamentos existentes acontece por nos encontrarmos num mundo de expiações e provas, no qual habitam espíritos compatíveis com esta condição.
Vale ressaltar que não é o mundo que se caracterizaria como sendo de expiação e provas, é a natureza dos seus habitantes, encarnados ou não, que qualifica o caráter do mundo. Portanto, como espíritos nesta condição evolutiva, tendemos a entender uma mesma coisa de várias formas diferentes, surgindo, então, as vertentes de pensamento.
Não há nada de errado com a reportagem em análise, pois o autor analisa os conceitos espíritas para aqueles que compartilham de um entendimento específico e claramente identificado. Grande problema há em incutir conceitos estranhos numa vertente específica, como infelizmente acontece. Este procedimento acarreta a desintegração ou degradação do conceito original, podendo culminar com o sincretismo religioso.
O ponto central de discordância do Espiritismo com as doutrinas cristãs é o fato de estas considerarem a Bíblia como a palavra de Deus e, convenhamos: “contra a palavra de Deus não há argumentos” e todo conceito contrário a esta premissa básica é considerada como errada. O espírita deve sempre se manter sereno diante dos elogios e também das críticas, independentemente do que seja dito acerca da Doutrina Espírita, pois, lembremos o ensinamento de Jesus: “atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecados”.
Nós, espíritas, também estudamos e comentamos acerca de outras formas de pensar; o próprio Kardec apresenta uma comparação detalhada no livro “O Céu e o Inferno”. Portanto, assim como gostamos do respeito e aceitação das nossas ideias, também devemos aceitar e respeitar as contrárias. A comparação sadia de ideias e conceitos diferentes contribui imensamente para o aprimoramento do entendimento geral.
 
* Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com.