sábado, 2 de maio de 2015
Anotações – referência: dependência de relacionamentos (Trecho do livro Espiritismo, família e dependências).
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Mural reflexivo: O trabalho como bênção da vida
quinta-feira, 30 de abril de 2015
quarta-feira, 29 de abril de 2015
Estudo dirigido: O evangelho segundo o Espiritismo
------------------------------------------------------
EESE – Cap. IX – Itens 8 a 10
Tema: Obediência e resignação
A cólera
------------------------------------------------------
A - Texto de Apoio:
Obediência e resignação
8. A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antiguidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifico e da renúncia carnal.
Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos. - Lázaro. (Paris, 1863.)
9. O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? - Entregais-vos à cólera.
Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar.
Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de piedade.
Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Mas, outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida!
Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se pela dominar. O espírita, ao demais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs. - Um Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)
10. Segundo a ideia falsíssima de que lhe não é possível reformar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corrigir dos defeitos em que de boa-vontade se compraz, ou que exigiriam muita perseverança para serem extirpados. E assim, por exemplo, que o indivíduo, propenso a encolerizar-se, quase sempre se desculpa com o seu temperamento. Em vez de se confessar culpado, lança a culpa ao seu organismo, acusando a Deus, dessa forma, de suas próprias faltas. E ainda uma consequência do orgulho que se encontra de permeio a todas as suas imperfeições.
Indubitavelmente, temperamentos há que se prestam mais que outros a atos violentos, como há músculos mais flexíveis que se prestam melhor aos atos de força. Não acrediteis, porém, que aí resida a causa primordial da cólera e persuadi-vos de que um Espírito pacífico, ainda que num corpo bilioso, será sempre pacífico, e que um Espírito violento, mesmo num corpo linfático, não será brando; somente, a violência tomará outro caráter. Não dispondo de um organismo próprio a lhe secundar a violência, a cólera tornar-se-á concentrada, enquanto no outro caso será expansiva.
O corpo não dá cólera àquele que não na tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. A não ser assim, onde estariam o mérito e a responsabilidade? O homem deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nisso não pode atuar; mas, pode modificar o que é do Espírito, quando o quer com vontade firme. Não vos mostra a experiência, a vós espíritas, até onde é capaz de ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente miraculosas que se operam sob as vossas vistas? Compenetrai-vos, pois, de que o homem não se conserva vicioso, senão porque quer permanecer vicioso; de que aquele que queira corrigir-se sempre o pode. De outro modo, não existiria para o homem a lei do progresso. - Hahnemann. (Paris, 1863.).
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 – Por que está incorreto compreender a obediência e a resignação como sendo a negação do sentimento e da vontade?
2 – O que podemos fazer para evitar os acessos de cólera?
3 – Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique.
terça-feira, 28 de abril de 2015
Pergunta feita: quero desenvolver a mediunidade como meus amigos…
Pergunta feita:
De: J.S.L.
Espirita: não
Duvida: Olá, tudo bem? Eu sou católica, porém muito fascinada pela Doutrina Espírita. Eu gostaria muito de desenvolver a mediunidade. Ouvi dizer que todos somos médiuns e que só precisamos do desenvolvimento. Tenho amigas que são médiuns, e veem constantemente espíritos, conseguindo assim uma comunicação com eles. Elas me dizem que é possível eu conseguir o mesmo que elas, mas eu não sei como. Poderia me dizer se é realmente possível eu ver espíritos, e se é possível, quais são os passos a seguir. Aguardo a resposta. Obrigada!
==========
Resposta dada:
J.,
A mediunidade é uma faculdade orgânica, que não pode ser adquirida pela simples manifestação de vontade nem através de estudo. Para se desenvolver a mediunidade é preciso que a pessoa seja portadora desta faculdade, pois, do contrário, não há o que desenvolver. Quando você afirma que ouviu dizer que todos somos médiuns é no sentido de que todos temos alguma aptidão para nos relacionar com o mundo espiritual, como, por exemplo, receber influência dos espíritos. Mas somente aqueles que possuem esta aptidão de uma maneira mais acentuada e permanente podem ser considerados "médiuns". Estas pessoas têm uma aptidão maior que as demais para perceberem o mundo espiritual, podendo até mesmo se comunicar com os espíritos. Trata-se, contudo, de uma aptidão orgânica, ou seja, que depende de uma organização física mais ou menos sensitiva, que trazemos ao reencarnar.
Assim, para que você consiga ter as mesmas percepções dos espíritos que as suas amigas é preciso que você tenha a sua organização física apropriada de instrumentos especiais para tanto, isto é, que seja portadora de mediunidade ostensiva. Se não tiver, isto não será possível. O que você pode fazer é um teste para saber se é portadora ou não de mediunidade ostensiva. Os centros espíritas em sua maioria fazem reuniões específicas com esse objetivo.
Esperando ter contribuído, continuamos à disposição.
Muita paz e um forte abraço.
Equipe CVDEE