sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Pergunta feita: Diz-se que o Espírito viveu nos minerais, vegetais e animais. O que significa isto?

Diz-se que o Espírito viveu nos minerais, vegetais e animais. O que significa isto?
 
- Antes de ir direto ao assunto, gostaríamos de ajustar alguns conceitos:
* Elementos Gerais do Universo: Deus, Espírito e Matéria.
* Deus : Inteligência Suprema.
* "Princípio Vital": elemento oriundo do Fluido Cósmico Universal que, associado a uma estrutura orgânica em conjunto com o "espírito" , aqui como elemento geral, fomenta a vida.
* "Mônoda ou Princípio Espiritual": elemento primitivo oriundo do "Espírito". Atenção, neste caso, tratamos "Espírito" na acepção do elemento universal que participa da "tríade" Deus, Espírito e Matéria.
* "Princípio Inteligente": individualização do elemento primitivo "Espírito", mas sem consciência do "eu". Isso implica não possuir "livre-arbítrio" e, logicamente, estar isento de responsabilidade sobre seus atos.
* "espírito" : trataremos aqui como individualidades que quando encarnadas, animam em nosso planeta, a espécie humana.
Partindo dessas premissas temos:
O princípio espiritual ou mônoda, que não possui individualização, começa seu processo evolucional no reino mineral, raciocine como se fosse uma "massa de pão homogênea".
Essa situação de "massa de pão homogênea", ou seja, sem individualização, continua durante a evolução no reino vegetal.
Pense na seguinte situação: apanho uma forquilha de uma planta (as pessoas dizem que colheram uma "muda") e planta-se a mesma. Este caso exemplifica que não h dizer que a "muda" carrega uma “porção" do "princípio espiritual" acrescido aí do "princípio vital".
Esse dois elementos fomentam a continuidade da vida numa estrutura orgânica sem implicar a destruição da vida na estrutura original. Pense que nesse ponto, começamos a pegar parcelas da "massa do pão", porem sem dar traçar grandes modificações na forma dessas frações. Chegará o momento que esse "princípio espiritual" começará a se associar a estruturas orgânicas mais complexas e passará gradativamente pelo processo de individualização. Nessa fase passará a se chamar "Princípio Inteligente" que se manifesta, em nosso mundo, no reino animal. Observando uma ninhada de cães, por exemplo, depois de um certo tempo poderemos dizer que um cão é mais amigável, outro é mais fiel, outro é mais agressivo...
Esses comportamentos distintos denotam um processo de individualização. Aqui, definitivamente, as frações da "massa de pão" já ganharam formato e alguns "ingredientes" distintos entre eles.
Depois dessa fase, o Princípio Inteligente, tendo adquirido rudimentos de inteligência, e consolidado sua individualidade, estagiará em mundos primitivos onde adquirirá consciência de si mesmo, além do livre-arbítrio e, com isso, a responsabilidade pelos atos.
A partir daí temos o espírito (humano) simples e ignorante, mas apto a adquirir e compreender o bem e o mal, o certo e o errado, ou seja, em condições de evoluir também sob o ponto de vista moral.
Em resumo, podemos dizer que o "espírito" que encarna na espécie humana jamais foi pedra, ou planta ou, ainda, um animal, pois a condição de "espírito" só é alcançada depois de longa "gestação" do "elemento espiritual primitivo", aquele com compõe um dos elementos gerais do universo. Da mesma forma que no começo da nossa "massa de pão" não poderíamos dizer qual "parte" se tornaria a "individualização" do pãozinho que sai do forno!
Os Espíritos são bem claros no texto inicial do capítulo IV, que trata do Princípio Vital. Os Espíritos nos dizem que os seres inorgânicos se formam apenas pela agregação da matéria, e esta agregação é regida pela lei da atração. A evolução só diz respeito ao princípio inteligente, desde suas primevas formas nos reinos inferiores dos seres orgânicos. A rocha será sempre rocha, os átomos da matéria não se transformam em outra coisa que não seja matéria.
O que pode causar uma certa confusão é o termo "animalização da matéria", que vemos em "O Livro dos Espíritos" e em "A Gênese". Desde que houve condições de formar vida em nosso orbe, e o princípio inteligente veio habitar corpos orgânicos, desde os mais primitivos seres, a união do princípio inteligente ao princípio material, a mais de 3 bilhões de anos, nosso corpo físico, pelo processo evolucionário, foi passando por etapas, a princípio dispendiosas energeticamente aos organismos, que depois foram sendo automatizadas.
Em O Livro dos Espíritos Allan Kardec afirma: É nesses seres (os animais) que o princípio inteligente se elabora, se individualiza, pouco a pouco e ensaia para a vida. É, de certa maneira, um trabalho preparatório, como o da germinação, em seguida ao qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna um espírito. É, então, que começa, para ele, o período da humanidade e, com esta, passa a tomar consciência de seu futuro, a fazer a distinção entre o bem e o mal e se torna responsável por seus atos.
Emmanuel, em O Consolador, informa sobre isso: A vida do animal apresenta uma finalidade superior que constitui a do seu aperfeiçoamento próprio através das experiências benfeitoras do trabalho e da aquisição em longos e pacientes esforços dos princípios sagrados da inteligência. ... Os animais são os irmãos inferiores do gênero humano. Eles também, como nós, estão vindo de longe, através de lutas incessantes e redentoras e são, como nós outros, seres humanos, candidatos a uma posição brilhante na espiritualidade. Não é em vão que sofrem nas fainas benditas da dedicação e da renúncia, em favor do progresso do homem na Terra.
André Luiz, em O Mundo Maior, descreve magistralmente o processo: O princípio espiritual, desde o obscuro momento da criação, caminha, sem detença, para frente. Afastou-se do leito oceânico, atingiu a superfície das águas protetoras, moveu-se em direção à lama das margens, debateu-se no charco, chegou à terra firme, experimentou na floresta copioso material de formas representativas, ergueu-se do solo, contemplou os céus e, depois de longos milênios, durante os quais aprendeu a procriar, alimentar-se, escolher, lembrar e sentir, conquistou a inteligência... Viajou do simples impulso para a irritabilidade de sensação... Da sensação para o instinto... Do instinto para a razão... Nessa penosa romagem, inúmeros milênios decorreram sobre nós... Estamos em todas as épocas abandonando esferas inferiores a fim de escalonar as superiores. O cérebro é o órgão sagrado da manifestação da mente em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana...
Emmanuel, na obra já acima citada, arremata com exuberância: O mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto. O homem é razão. O anjo é divindade. Busquemos reconhecer a infinidade dos laços que nos unem nos valores gradativos da evolução e ergamos, em nosso íntimo, o santuário da fraternidade universal.
Concluímos que no animal há princípio inteligente, porém, ainda não é espírito. Eles ainda não possuem consciência e a inteligência é extremamente limitada, comandada pelos instintos.
 
(fonte: Espiritismo.Net)

Para refletir e comentar...


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Anotações: Um estudo sobre a dor

Um estudo sobre a dor

Claudia Cardamone

“Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se também angariando os recursos precisos para obtê-la.“ Emmanuel, do livro “Aulas da Vida”.

Primeiramente vamos definir a palavra dor. De acordo com o Dicionário Aurélio, dor pode ser uma sensação desagradável, variável em intensidade e em extensão de localização, produzida pela estimulação de terminações nervosas especiais, pode ser um sofrimento moral, mágoa, pesar ou aflição, e por fim dor pode ser sinônimo de dó, compaixão e condolência. Com base no Wikipédia, a dor é uma sensação desagradável, que varia desde desconforto leve a excruciante, associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica e emocional.
Existem aspectos para a dor. A dor física é aquela que surge de um ferimento ou de uma doença, funcionando como um alarme de que há algo errado no funcionamento do corpo; se não existisse a dor, provavelmente não sobreviveríamos, porém esta dor física afeta a pessoa como um todo. A dor moral é aquela que advém do sofrimento, da emoção. A dor espiritual surge da perda de significado, sentido e esperança, ela é reconhecida quando dizemos que “dói a alma”.  O aconselhamento espiritual é uma das necessidades mais solicitadas pelos que estão morrendo e por seus familiares. Claro que estes três aspectos interrelacionam-se e nem sempre é fácil distinguir um do outro.
Todas as pessoas consideradas normais têm horror à dor física.  Mas a dor se impõe ao homem como um instrumento necessário para que ele possa compreender e observar a lei da autopreservação.  Quando a dor é maior do que conseguimos suportar, simplesmente caímos em estado inconsciente.
Um aspecto importante da dor é o aspecto mental, pois a maioria das dores físicas é exagerada pela nossa reação mental a elas. Muitas vezes, em um acidente, os pais, preocupados em amparar e proteger seus filhos, não sentem a dor de um ferimento, porém assim que suas emoções se acalmam, percebem o ferimento e sentem dor. Muitas vezes eles dizem nem terem tido tempo para pensar nisso.
Em "O Livro dos Espíritos", Capítulo VI, Parte 2ª: “257. O corpo é o instrumento da dor, se não é sua causa primária, é pelo menos a imediata. A alma tem a percepção dessa dor: essa percepção é o efeito. A lembrança que ela conserva pode ser muito penosa, mas não pode implicar ação física. Com efeito, o frio e o calor não podem desorganizar os tecidos da alma; a alma não pode regelar-se nem queimar. Não vemos, todos os dias, a lembrança ou a preocupação de um mal físico produzir os seus efeitos? E até mesmo ocasionar a morte? Todos sabem que as pessoas que sofreram amputações sentem dor no membro que não mais existe. Seguramente não é esse membro a sede, nem o ponto de partida da dor: o cérebro conservou a impressão, eis tudo. Podemos, portanto, supor que há qualquer coisa de semelhante nos sofrimentos dos Espíritos depois da morte (...)”
“O perispírito é o liame que une o Espírito à matéria do corpo; é tomado do meio ambiente, do fluido universal; contém ao mesmo tempo eletricidade, fluido magnético e, até certo ponto, a própria matéria inerte (...) É também o agente das sensações externas. No corpo, estas sensações estão localizadas nos órgãos que lhes servem de canais. Destruído o corpo, as sensações se tornam generalizadas. Eis porque o Espírito não diz que sofre mais da cabeça que dos pés (...) Liberto do corpo, o Espírito pode sofrer, mas esse sofrimento não é o mesmo do corpo; não obstante, não é também um sofrimento exclusivamente moral, como o remorso, pois ele se queixa de frio ou de calor (...) A dor que sente não é dor física propriamente dita: é um vago sentimento interior, de que o próprio espírito nem sempre tem perfeita consciência, porque a dor não está localizada e não é produzida por agentes exteriores; é, antes, uma lembrança também penosa (...)”.
Um espírito já desencarnado pode acreditar estar sentindo dor, pois sua mente ainda mantém a percepção desta dor. Ele não sente uma dor física, pois esta dor é inerente ao corpo, que já não existe mais, mas por estar muito apegado à matéria e acreditar que possui um corpo, sua mente “percebe” a dor.
Desde o século passado, a ciência já conhece quais os neurônios envolvidos na percepção da dor, mas o mais importante é o processo mental que irá interpretar esta dor. Ou seja, a forma como é expressa esta dor está fortemente ligada à cultura, à personalidade, às experiências anteriores, à memória e ao ambiente do indivíduo. Desta forma, podemos concluir que a dor é um processo mental interpretativo, não passa de uma opinião pessoal. Sem dúvida é uma sensação em uma ou mais partes do organismo, mas sempre é desagradável, e, portanto, representa uma experiência emocional. Estamos diante de um fenômeno dual, de um lado a percepção da sensação e de outro a resposta emocional do indivíduo a ela.  Assim, nem sempre quem está sentindo dor está sofrendo. O sofrimento é uma questão subjetiva e está mais ligada à moral da pessoa. Nem toda dor leva ao sofrimento e nem todo sofrimento requer a presença de dor física. A dor sempre representa um estado psicológico, muito embora saibamos que a dor na maioria das vezes apresenta uma causa física imediata.
Já dizia Emmanuel: “Toda dor física é um fenômeno, enquanto que a dor moral é essência.” (O Consolador, Francisco Cândido Xavier).
Muitas vezes esta dor, que no plano biológico é como uma advertência de utilidade incontestável, repercute na vida psicológica do indivíduo, extrapolando esta utilidade biológica e dependendo da sua intensidade poderá assumir dimensões tais que gerariam um desejo de se eliminar a própria vida. Na verdade, não é uma verdadeira vontade de eliminar a vida, mas um desejo de pôr fim a uma dor interpretada como intolerável.
A Psicologia já vem afirmando algo nesta direção; diz esta ciência que dar significado à condição sofrida frequentemente reduz ou mesmo elimina o sofrimento a ela associado. A transcendência seria provavelmente a forma mais poderosa na qual alguém pode ter sua integridade restaurada.
Desde que renascemos, até a desencarnação, estamos sempre diante da dor e do sofrimento. A Doutrina Espírita não faz apologia da dor, apenas nos esclarece o porquê da dor.
“É necessário sofrer para adquirir e conquistar. Aqueles que não sofreram, mal podem compreender estas coisas.” (Léon Denis, Cap. XXVI do livro “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”).
 
(autora: Claudia Cardamone - http://www.espiritismo.net/content,0,0,385,0,0.html)

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O país onde as mulheres podem ser presas por ter aborto espontâneo

O país onde as mulheres podem ser presas por ter aborto espontâneo

Nina Lakhani
Da BBC em El Savador
 
El Salvador tem uma das mais duras leis antiaborto do mundo. E uma consequência disso é que mulheres que sofrem abortos espontâneos se tornam, às vezes, suspeitas de terem induzido um aborto - e podem até ser presas por assassinato.
 
Glenda Xiomara Cruz estava com muita dor abdominal e um forte sangramento nas primeiras horas do dia 30 de outubro de 2012. A jovem de 19 anos, de Puerto El Triunfo, no leste do país, foi para o hospital público mais próximo, onde os médicos disseram que ela havia perdido o bebê.
Foi a primeira vez que ela ficou sabendo sobre a gravidez, já que seu peso estava praticamente inalterado e o resultado de um teste de gravidez feito em maio daquele ano foi negativo.
Quatro dias depois, ela foi acusada por homicídio doloso, sob a acusação de ter assassinado intencionalmente o feto que tinha entre 38 e 42 semanas. O hospital a havia denunciado à polícia por suspeita de aborto.
Depois de duas operações de emergência e três semanas no hospital, ela foi transferida para a prisão feminina Ilopango, na periferia da capital, San Salvador.
No mês passado, depois de o juiz decidir que ela deveria ter salvado a vida do bebê, Xiomara foi condenada a dez anos de prisão.

'Terrível injustiça'
Seu advogado, Dennis Muñoz Estanley, diz que existe um "pressuposto de culpa" embutido no sistema jurídico, o que torna difícil para as mulheres provarem sua inocência.
"Ela é mais uma vítima inocente do nosso sistema legal injusto e discriminatório, que prende essas pobres jovens mulheres que sofrem complicações obstétricas, com base em provas muito fracas", diz ele.
O pai de Xiomara descreve a sentença como uma "terrível injustiça".
Ele testemunhou no tribunal que sua filha tinha sofrido anos de violência doméstica nas mãos de seu parceiro. E ainda assim a acusação - que buscava uma pena de 50 anos de prisão - se baseou fortemente em alegações de que ela tinha matado intencionalmente o feto.
Xiomara não vê sua filha de quatro anos desde que sofreu o aborto espontâneo.
El Salvador é um dos cinco países com proibição total do aborto, juntamente com Nicarágua, Chile, Honduras e República Dominicana. Desde 1998 a lei não permite exceções - mesmo se uma mulher for estuprada, se sua vida estiver em risco, ou se o feto estiver severamente mal formado.
Mais de 200 mulheres foram denunciadas à polícia entre 2000 e 2011, das quais 129 foram julgadas e 49 condenadas - 26 por homicídio (com penas de 12 a 35 anos) e 23 por aborto, de acordo com uma pesquisa do Grupo de Cidadãos para a Descriminalização do Aborto. Mais sete foram condenadas desde 2012.
O estudo ressalta que estas mulheres são extremamente pobres, solteiras e sem muita instrução - e elas geralmente são denunciadas por funcionários de hospitais públicos. Nem um único processo criminal começou no setor privado de saúde, onde acredita-se que milhares de abortos acontecem anualmente.
Muñoz já trabalhou com 29 das mulheres encarceradas, ajudando a garantir a rápida libertação de oito. "Apenas uma dela induziu o aborto intencionalmente, as outras 28 sofreram complicações espontâneas, mas foram presas por assassinato sem qualquer evidência direta", diz ele.

Homicídio doloso
No ano passado, quando Maria Teresa Rivera sofreu um aborto espontâneo, ela foi condenada a 40 anos de prisão por homicídio doloso.
Como Xiomara, Teresa, de 28 anos, não teve sintomas de gravidez até sentir uma dor súbita e um sangramento, e foi denunciada à polícia pelo hospital público onde ela procurou ajuda.
As evidências científicas para sustentar uma condenação eram fracas, de acordo com Muñoz, que irá em breve apresentar um recurso, e a acusação se baseou fortemente no testemunho de uma amiga dela que disse que Teresa teria dito que "poderia estar" grávida 11 meses antes do aborto acontecer.
Teresa trabalhava em uma fábrica têxtil, o único ganha-pão de sua família, e seu filho de oito anos agora vive com a avó em extrema pobreza.
A história de Cristina Quintanilla é diferente. No dia 24 de outubro de 2004, a jovem de 18 anos, da zona rural de San Miguel, estava grávida de sete meses de seu segundo filho e morando com sua mãe na capital para ficar mais perto de um hospital.
O namorado dela estava trabalhando nos Estados Unidos, mas o casal estava animado com a chegada do futuro filho, comprando roupas de bebê.
"Por volta de meia-noite eu senti uma dor imensa, eu pensei que estava morrendo", disse Quintanilla.
"Eu estava batendo na porta do banheiro para chamar a atenção da minha mãe quando senti o bebê sair. Depois disso eu só lembro de acordar no hospital."
Sua mãe chamou a polícia, uma atitude normal dos salvadorenhos em casos de emergência, e foi levada para o hospital.
Quintanilla tomou um anestésico, e quando acordou foi interrogada. Em seguida, ela foi algemada à cama do hospital, acusada de homicídio, e transferida para a delegacia.
O primeiro juiz abandonou o processo, mas o Ministério Público recorreu, elevando a acusação para homicídio doloso.

Medo
Quintanilla foi considerada culpada, condenada a 30 anos de prisão, e difamada como assassina de crianças. Seu filho Daniel, na época com apenas 4 anos, passou quatro anos vivendo com sua bisavó, até que Muñoz conseguiu reduzir a pena para três anos.
"Os relatórios médicos não podem explicar por que o bebê morreu, mas o promotor me considerou uma criminosa que poderia ter salvo o meu bebê, mesmo tendo desmaiado de dor", diz ela.
"Eu nunca vou entender por que eles fizeram isso comigo, eu perdi quatro anos da minha vida e ainda não sei porque eu perdi o meu bebê."
Morena Herrera, da Associação de Cidadãos para a Descriminalização do Aborto, diz que esses casos tiveram um efeito inibidor, fazendo com muitas mulheres pobres grávidas que sofreram abortos espontâneos, ou complicações durante a gravidez, tivessem "muito medo de procurar ajuda médica".
"Eu ficaria com medo de ir a um hospital público, já que mulheres jovens são sempre consideradas culpadas e presas", diz Bessy Ramirez, 27 anos, de San Salvador.
"Nós não podemos nem contar com o pessoal de saúde para colocar seus preconceitos de lado e nos tratarem de forma confidencial."
A severa lei do aborto tem outras implicações graves em relação a direitos humanos.
O suicídio foi a causa mais comum de morte em 2011 entre meninas e adolescentes de 10 a 19 anos, metade dos quais estavam grávidas, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Essa foi também a terceira causa mais comum de mortalidade materna.

'Cruel e discriminatória'
No início deste ano, o caso de Beatriz, de 22 anos e que sofre de lúpus, atraiu atenção internacional depois que a Suprema Corte se recusou a autorizar um aborto, mesmo que sua vida estivesse em risco e que o feto estivesse mal formado, sem a possibilidade de sobreviver.
A saúde de Beatriz deteriorou enquanto o tribunal discutia o caso por vários meses. O bebê nasceu com 27 semanas, e morreu em poucas horas.
Membros do atual governo FMNL (Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional), particularmente a ministra da Saúde, Maria Isabel Rodriguez, criticaram duramente a lei do aborto durante a polêmica sobre o caso de Beatriz. Mas o governo não fez nenhuma tentativa de revogar ou relaxar a lei desde que entrou em vigor em 2009, e continua a ser popular entre grande parte da população conservadora, que reverencia a Igreja, e os grupos religiosos pró-vida, como o Si a la Vida (“Sim à Vida”, em espanhol).
O partido Arena, que é fortemente aliado à Igreja, é o favorito para ganhar as eleições gerais do ano que vem.
Mas Esther Major, especialista da Anistia Internacional em El Salvador, descreve a lei do aborto no país como "cruel e discriminatória".
"Mulheres e meninas acabam na prisão por não estarem dispostas ou, simplesmente, serem incapazes, de levar a gravidez ao fim”, diz ela.
"Isso faz a busca por tratamento hospitalar por conta de complicações durante a gravidez, incluindo um aborto espontâneo, uma loteria perigosa.”
"Não pode ser do interesse da sociedade criminalizar mulheres e meninas dessa maneira", concluiu Major.
Notícia publicada na BBC Brasil, em 21 de outubro de 2013.

Nara de Campos Coelho* comenta
A história do mundo nos narra muitas barbáries, próprias de povos atrasados e impermeáveis ao bem comum. “Pertencem à Antiguidade”, diriam muitos, mas, no entanto, verificamos que a maldade e o atraso moral pontificam em nossa contemporaneidade. Estas são leis que demonstram uma absoluta falta de senso e de justiça, condenando os que se encontram sob o seu jugo a dores e sofrimentos inacreditáveis. Entre milhares de casos, surpreende-nos a condenação em dezenas de anos de prisão para mulheres que sofrem aborto espontâneo.
Isto ocorre em nossos dias, no século XXI, em países como El Salvador, Nicarágua, Honduras, República Dominicana e até no admirado Chile. Nesses países, as mulheres que abortam, natural e espontaneamente, são tidas como suspeitas até de assassinato. Casos dolorosos de flagrante injustiça nos são contados pela BBC Brasil.
“Cada povo tem o governo que merece”, diz a sabedoria popular. E convocamos agora este pensamento, por corresponder à realidade esclarecida pela Doutrina Espírita. Isto, porque a natureza não dá saltos e, geralmente, reencarnamos no meio em que teremos a oportunidade de resgatar o nosso passado faltoso. O mesmo meio em que já estivemos antes, quando infringimos as leis morais da vida, que Jesus veio nos ensinar e exemplificar.
Em Obras Póstumas, Kardec nos alerta em lindo parágrafo: “(...) A reencarnação no mesmo meio é a causa determinante do caráter distintivos dos povos e das raças. Embora melhorando-se, os indivíduos conservam o matiz primário, até que o progresso os haja completamente transformado.” E continua mais adiante: “Mas, destas convulsões sociais uma melhora sempre resulta; os espíritos se esclarecem pela experiência.”
Assim, entendemos que a dor pela qual passamos traz em si a necessidade do contato com a lei divina que um dia desprezamos ou infringimos, ajudando a construir a desordem moral a que somos submetidos. E tais acontecimentos podem ser a nível social ou pessoal, ajudando-nos a evoluir. Por isto, “O Livro dos Espíritos” nos diz que somos artífices do nosso futuro.
Com Kardec, também aprendemos que “Os males da Humanidade provêm da imperfeição dos homens; pelos seus vícios é que eles se prejudicam uns aos outros”. E ele também nos assevera que enquanto formos injustos, teremos leis injustas, que são geradas por criaturas, igualmente, injustas: “Enquanto forem viciosos, serão infelizes, porque a luta dos interesses gerará constantes misérias”. Eis o caso da notícia em questão; exemplo das injustiças a que somos submetidos, inspirando-nos o entendimento de que, uma vez que nas imperfeições se encontram as causas dos males, precisamos diminuir estas imperfeições para que a felicidade se instaure em nós mesmos, na coletividade em que vivemos e em suas leis.
O atraso moral das leis está baseado no atraso moral dos homens. Passemos o olhar pelo nosso país, onde se multiplicam a corrupção e a violência. A maioria gosta de violência e acredita que a corrupção é sinónimo de esperteza! É só olharmos os filmes preferidos, as organizações que financiam delinquentes para acabar com manifestações pacíficas, as músicas, as lutas que se assemelham à dos gladiadores romanos, provocando gritos esfuziantes da plateia e tantos outros absurdos. O que queremos, afinal?
As pobres mulheres que são injustiçadas com a prisão por terem sofrido aborto espontâneo estão resgatando o passado. Mas, a resignação precisa ser atuante e não passiva. Temos, todos nós, que nos melhorar dia a dia, fazendo de nossas ações e opções a candeia viva de que nos falou Jesus, para iluminarmos com o nosso exemplo o meio em que vivemos, partindo do mundo particular para o coletivo, pois não existe acaso nas leis de Deus. Em assim agindo, entenderemos que os verdadeiros laços sociais são feitos de solidariedade, ajudando-nos a merecer leis mais justas e uma vida mais feliz!
 
* Nara de Campos Coelho, mineira de Juiz de Fora, formada em Direito pela Faculdade de Direito da UFJF, é expositora espírita nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, articulista em vários jornais, revistas e sites de diversas regiões do país.

Para refletir e comentar...


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Mural Reflexivo: Natal comercial?

Natal comercial?    
 
       
Quando nos convidaram a nos engajarmos na campanha dos Correios que, pelo Natal, objetiva brindar crianças carentes com presentes, não imaginamos que seria tão gratificante.
Primeiro foram as emocionantes cartas. Escritas por crianças das escolas públicas da capital paranaense, traduziam o sonho de cada uma.
Os pedidos variavam de bonecas a bolas e bicicletas. Houve um menino, de onze anos, que não pediu presente para si mas para o irmãozinho, que desejava muito um boneco Patati-Patatá.
Em cada cartinha, a alma da criança desnudando-se, como a da menina que afirmava ser muito bagunceira. Mas tinha certeza que podia melhorar.
A mãe lhe dissera que ela não merecia ganhar nada, mas ela, em nome do seu esforço de melhoria, pedia se seria possível ganhar uma boneca.
As crianças menores desenharam. Algumas somente rabiscaram o impresso com linhas indecisas. A professora, com letra caprichada, traduzia o que representava.
Um carro da Barbie com a Barbie dentro. Uma bola de futebol. Uma casa de bonecas.
Se as cartas foram emocionantes, a recepção dos presentes foi ainda mais.
Embalagens belíssimas, laços gigantes, coloridos, cartões-resposta às cartinhas e desejos de um Feliz Natal.
Permitimos que as lágrimas nos umedecessem os olhos, enquanto o coração nos parecia saltar do peito.
Perceber o carinho de cada pessoa, o esmero em atender o desejo expresso pela criança nos mostrava o amor se expressando.
Houve quem encomendasse o brinquedo pela internet porque não o encontrara nas várias lojas da capital.
Houve quem achasse que o pedido era singelo em demasia e acrescentou, por conta própria, algo mais.
Para um menino que somente pedira um tênis, a resposta foi acrescida de uma bola de futebol.
*   *   *
Ante a montanha de pacotes, ficamos a pensar naquelas pessoas que dizem que não apreciam o Natal porque é tudo um grande comércio.
Particularmente acreditamos que quem assim se expressa talvez tenha medo ou dificuldade para amar.
Natal é o evento máximo no mundo. É a data em que comemoramos o aniversário do Ser Maior que a Terra já recebeu.
Tão grande que não coube na própria História do planeta, e a dividiu entre antes e depois dEle.
O Rei Solar que se fez menino, para nos lecionar o amor. Em comemoração à data especial, durante todo o mês de dezembro, há uma vibração diferente no ar.
As pessoas se indagam como podem fazer feliz a alguém. Doentes, idosos, mendigos, crianças carentes, todos são lembrados.
Há comércio? Desde que não se desça aos exageros, bendito comércio que propicia que aqueles que detenham melhores condições possam alegrar uma noite, a cada ano, a vida do seu irmão.
Possa fazer feliz uma criança com uma bola, uma boneca, um carro de bombeiros com uma sirene barulhenta.
Uma avó que não sabe como comprar um brinquedo para a netinha que está sob sua guarda e é surpreendida com uma enorme caixa de boneca. E se emociona e chora.
Pode haver felicidade maior do que fazer alguém feliz?
Isso se chama Natal. Isso se chama Amor.
E tudo por causa de um Menino, nascido num estábulo, numa noite em que cantaram os anjos e surgiu uma estrela diferente nos céus.

Redação do Momento Espírita.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Filme comentado: “Evocando os Espíritos”

Filme:  “Evocando os Espíritos”
 
O filme Evocando os Espíritos baseia-se numa história real e coloca em pauta a questão da mediunidade, muitas vezes, exercida de maneira leviana e até perigosa.
A historia gira em torno de pesquisadores do passado que, utilizando meios egoístas e escusos, “aprisionam” espíritos e estes passam a viver em revolta buscando, a qualquer preço, sua libertação. Sentem muita raiva de quem os colocou nesta situação e por isso, transtornam todos aqueles que por eles passam, assombrando a casa por muitos anos.
Em um tempo atrás um jovem médium, ainda sem formação moral, é utilizado por pesquisadores sem escrúpulos e, no presente, um outro jovem, doente, serve de instrumento involuntário para espíritos revoltados, os mesmos usados na experiência, agora, porém, em busca de descanso.
Os fenômenos começam logo que a família chega à casa quando o jovem, acompanhando as atividades de limpeza que sua mãe fazia ao passar o pano no chão, vê sangue no lugar de água.
Algumas observações podem ser feitas nos vários episódios do filme.
Em um primeiro momento observamos que algumas capacidades podem surgir antes de outras tais como a vidência, a audiência e os efeitos físicos. Podendo, posteriormente, em havendo o equilíbrio do médium, desaparecer.
Observamos também que a fragilidade orgânica, acionando o sentido espiritual, facilita o fenômeno mediúnico. É o caso do jovem que sofre de câncer e se encontra fraco e sem defesas. Não sabemos se ele era médium mesmo ou se só naquela circunstância, pois que há médiuns que o são só de seus obsessores.
Há um fato bem curioso no filme, quando o jovem tentando abrir uma porta, leva um forte choque na maçaneta.
Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, esclarece que existem pessoas dotadas de certa dose de eletricidade natural, verdadeiros torpedos humanos, a produzirem, por simples contacto, todos os efeitos de atração e repulsão. Ora, no caso de que falamos, concludentes experiências hão provado que a eletricidade é o agente único desses fenômenos. Esta estranha faculdade, que quase se poderia considerar uma enfermidade, pode às vezes estar aliada à mediunidade.
Um questionamento feito foi o do aprisionamento dos espíritos. O corpo deles era guardado na casa, uns amontoados sobre os outros. Todos traziam escritos cabalísticos por toda a superfície do corpo e tinham também suas pálpebras cortadas e guardadas. A pergunta é se esses ritos tinham a capacidade de aprisioná-los.
Em verdade não, mas sabemos que espíritos, encarnados ou não, que permanecem num mesmo estágio evolutivo costumam ser sugestionáveis e acreditam mais ou menos nas mesmas coisas. Sabemos também que quando um grupo trabalha num só sentido, suas forças aumentam e seu poder magnético também. Da mesma forma, a corrente de mãos dadas ser uma necessidade de contato físico meramente humana, haja vista ser o pensamento o agente das produções espirituais.
Allan Kardec esclarece que quando se evoca um espírito, é um grupo todo que o faz e desta forma, esse grupo como um ser coletivo cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros e formam como que um feixe. Segundo Kardec este feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for e que desde que o Espírito é atingido pelo pensamento, vinte pessoas, unindo-se com a mesma intenção, terão necessariamente mais força do que uma só.
No caso do filme há dois pontos a serem considerados, primeiro a evocação para pesquisa do grupo de encarnados e segundo, os espíritos envolvidos se sentiram ultrajados pelo desrespeito aos seus corpos. Estava assim, estabelecido o elo entre eles.
Muitos pontos ainda poderiam ser discutidos. A quem interesse estamos disponíveis para possíveis esclarecimentos: http://ide-jf.org.br/fale-conosco/
(fonte: IDE Jovem – Mocidade Espírita Nelson Lougon Borges de Mattos - http://ide-jf.org.br/)
 

E, aí! Já leu?! ;-)

 
PREFÁCIO 
“Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo” Paulo de Tarso (Romanos 14:14). O espírito é centelha divina, criado no amor, pelo amor e para o amor. Caminha da simplicidade e ignorância para a perfeição possível aos filhos de Deus, trilhando um roteiro de progresso e amadurecimento pessoal no qual, pouco a pouco, revela a sua natureza divina, co-Criadora. Ao longo da evolução, o princípio inteligente, imaterial, reveste-se de matéria à semelhança da semente que reveste-se de terra, para nutrir-se e revelar-se no tempo, seguindo o mesmo caminho da fonte que lhe deu origem, impresso em sua genética. De forma semelhante, a crisálida divina experencia as múltiplas etapas de progresso intecto-moral, descobrindo a grandeza de sua essência, criada à imagem e semelhança do Pai. Em todas as etapas, Deus instrumentaliza a criatura de elementos essenciais ao cumprimento de seu destino, em conexão com o universo. A energia sexual é uma das forças estuantes que viaja o milênio na companhia do princípio espiritual, nos reinos inferiores, seguindo com o homem, em direção à plenitude, possibilitando toda forma de interação, trabalho, criação e partilha que sustenta a vida e o progresso. Segundo Emmanuel: “Em nenhum caso, ser-nos-á lícito subestimar a importância da energia sexual que, na essência, verte da Criação Divina para a constituição e sustentação de todas as criaturas. Com ela e por ela é que todas as civilizações da Terra se levantaram, legando ao homem preciosa herança na viagem para a sublimação definitiva (...).” De natureza divina, a energia sexual, quando adequadamente utilizada, expressa-se como manifestação do amor criador, propiciando elementos de satisfação, realização íntima, produção intelectual e prazer profundo, de corpo e alma. A sexualidade, nesta visão, é muito mais que o desejo e o ato sexual, compreendendo toda forma de obtenção de prazer e satisfação na vida, do trabalho à religiosidade, bem como da partilha à permuta magnética das parcerias afetivas. O sexo, expressão nobre da enegia sexual, é fonte de troca de afeto e partilha energética que permite a criação e a reprodução das formas, sendo sublime intrumento da vida no campo abençoado da reencarnação e, quando honrado com a presença do amor, do afeto e do respeito mútuo, permite aos parceiros a alimentação energética superior, que renova em ambos as forças físicas, psíquicas e a alegria de viver. No entanto, observa-se na atualidade uma grande banalização do sexo e das relações afetivas. Os jovens manifestam conflitos variados na sexualidade, derivados da falta de valores e exemplos nobres nos lares, decorrentes das crises familiares e do vazio de sentido e significado dos pais e modelos sociais. O abuso da energia sexual, inadequadamente, cria indivíduos neuróticos, depressivos e angustiados, sem satisfação e prazer de viver. Urge, portanto, educarmo-nos à luz da imortalidade da alma no terreno da afetividade e da sexualidade, para o bom aproveitamento desta usina divina, a favor da evolução espiritual e da felicidade. Com esta visão, os educadores da Federação Espírita do Espírito Santo (FEEES) idealizaram e promoveram o 32 Encontro de mocidades espíritas do Espírito Santo, em fevereiro de 2012, do qual tive a honra de participar e colaborar, embora tenha aprendido muito mais com eles do que eles comigo. Tive a satisfação de ver algumas centenas de jovens entusiasmados, alegres e criativos, interessados em discutir a energia sexual e os conflitos da juventude com respeito profundo à realidade do espírito imortal, tratando a energia sexual com a sacralidade necessária, sem perder a leveza da juventude. Este livro é fruto do esforço de pais, educadores e jovens dedicados ao aprendizado do amor em suas múltiplas expressões e à busca do prazer profundo, de corpo e alma, com compromisso consigo mesmo, com o outro e com a vida. Parabenizo os dedicados autores, que hoje são amigos queridos de muita partilha nos ideais de espiritualidade com Jesus, pelo trabalho competente e pela abordagem lúcida e leve de um tema tão complexo, sem tabus e sem os preconceitos habituais da ignorância. A Ame Editora, órgão editorial da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais, tem a alegria de propiciar-lhes essa obra que visa a educação sexual do espírito imortal, promovendo, assim, a profilaxia das enfermidades morais e o estabelecimento da saúde mental e orgânica, como expressão da sintonia com o amor. Afinal, como diz Emmanuel, é necessário: “Distinguir no sexo a sede de energias superiores que o Criador concede à criatura para equilibrar-lhe as atividades, sentindo-se no dever de resguardá-las contra os desvios suscetíveis de corrompê-las. O sexo é uma fonte de bênçãos renovadoras do corpo e da alma.”
 
  
(Andrei Moreira - Presidente da Associação Médica de Minas Gerais)

Maiores informações:
 
Você poderá adquirir esta obra na Livraria da Feees:
(27) 3222-6509.