sábado, 14 de dezembro de 2013

Faculdades mal-assombradas assustam alunos no Brasil e no mundo

Faculdades mal-assombradas assustam alunos no Brasil e no mundo

Instituições carregam estigma de locais amaldiçoados, como se não bastasse ser uma escola...
 
Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP) — O prédio histórico, localizado no centro de São Paulo, tem porões famosos, recanto de encontro de diversos alunos. Ali já funcionou um mosteiro. Há boatos de que um dos professores mais antigos da faculdade foi enterrado no cemitério do local, dedicado apenas a católicos. O catedrático, porém, era protestante. Até hoje, algumas pessoas dizem ouvir alguns dos mais ilustres alunos da instituição discutindo política nos corredores escuros da faculdade.
Faculdade Cásper Líbero — Na avenida Paulista, no centro de São Paulo, diversos alunos falam que o prédio é um labirinto, com portas que não dão em lugar nenhum, e escadarias confusas. Há boatos de que ex-alunos são proibidos de visitar a instituição, a não ser em casos específicos, pois alguns teriam tentado pular do alto do prédio. Estudantes também dizem ouvir vozes perdidas pelos corredores da faculdade.
Uma escola em Itatira, no interior do Ceará, seria mal-assombrada pelo espírito de um ex-aluno morto. Durante um evento no local, diversos estudantes passaram mal e tiveram de ser atendidos em caráter de emergência.
Faculdade Estadual de Keene: Sala da Caçadora — Segundo a lenda local, o salão tem sido assombrado desde que o fantasma de Harriet Lane Caçadora soube que o dormitório local, projetado para abrigar 157 mulheres, foi transformado em abrigo para ambos os sexos durante a Segunda Guerra Mundial. Chateada com o equilíbrio, Harriet continuaria a ranger sua cadeira de rodas no sótão do salão até os dias de hoje.
Universidade St. Mary's de Minnesota: Salão Heffron — O bispo Patrick Heffron foi morto a tiros em uma capela no campus de St. Mary, em 1915, pelo padre Lesches. Os estudantes acreditam que o local tem sido amaldiçoado desde sua construção, em 1921, e que o fantasma do bispo é flagrado por ali, onde seria o responsável por inexplicáveis rascunhos.
Universidade Fordham — Estudantes relatam atividades paranormais em todo o campus, mas em particular no salão Keating. Alguns que dizem sentir um toque fantasmagórico por ali, acreditam que o local foi construído sobre os túneis de um necrotério.
Universidade Estadual do Leste do Tennessee — Alguns dizem que, praticamente, cada prédio pode se orgulhar de ter um fantasma próprio. O fantasma do primeiro presidente da instituição, John Gilbreath, percorre o campus, segundo a lenda.
Faculdade Gettysburg: Salão Brua — O campus desta faculdade fica ao lado do campo da batalha homônima, famosa na história americana. O local seria assombrado por espíritos de soldados mortos. Um dos fantasmas fica no Salão Brua, e é um oficial militar que conta piadas para os alunos.
Faculdade Hamilton — Estudantes acreditam que a Casa dos Alunos e o centro de admissões são assombrados pelos fantasmas das famílias que viviam ali.
Faculdade Wells: Prédio sede — Vários cômodos são assombrados, de acordo com a lenda. Ali, supostamente, não era apenas um hospital durante uma epidemia de gripe, mas um necrotério para quem não era salvo.
Universidade Estadual Truman: Salão Baldwin — Os membros da comunidade da Universidade Estadual Truman estão habituados com alguns fantasmas. Porém, quando algumas assombrações não identificadas começaram a mexer com o cotidiano da instituição, tiveram de chamar os caça-fantasmas da vida real.
Universidade de Boston: Salão Shelton — O espírito de um dramaturgo morto no local assombraria os corredores.
Universidade de Vermont — Professores e alunos relatam ter visto uma série de fantasmas flutuando em torno do campus, além de espíritos de estudantes que cometeram suicídio, e alguns que optaram por assombrar o local por motivos ou razões desconhecidas.
Universidade de Nova York: Salão Brittany — O edifício, de 1929, costumava ser um hotel com um bar clandestino em sua cobertura. Residentes dos dormitórios relatam que a morte não veio de maneira muito amistosa para um dos habitantes, e que ainda percebem música e dança na cobertura, mesmo após a proibição disto.
Universidade de Akron: A Casa Hower — Segundo alguns, a Casa Hower é assombrada pelo fantasma de uma estudante. O espírito ainda estaria irritado com a infidelidade de seu marido, e assusta pessoas do sexo masculino e membros da equipe e, de acordo com quem realmente acredita, às vezes ele queima.
Notícia publicada no Portal R7, em 6 de setembro de 2013.

Humberto Souza de Arruda* comenta
Por muitas vezes ouvimos falar de lugares mal assombrados por Espíritos cobrando vingança ou protegendo algum determinado patrimônio. Espíritos que arremessam objetos ou vozes que assombram lugares escuros e isolados.
Assim como as histórias relatadas, muitas são lendas e outras são eventos raros de serem presenciados, mas vão de boca em boca tomando grande proporção, até chegarem a ouvidos de muitos que passam a acreditar que existem mesmo tais aparições, que chegam ao ponto de sentirem o pavor tomar conta da razão, como se tivessem visto realmente as tais manifestações, acontecendo assim uma grande indução coletiva a uma divulgação aumentada dos fatos. Pois um médium sem estudo ou despreparado pode registrar a presença de um Espírito e compartilhar isso, em pânico, com outras pessoas. E estas podem repassar praticamente como se tivessem registrado também este fenômeno.
Nos anos 70, em Pernambuco, houve relatos sobre a aparição do Espírito de uma mulher loira com algodão na boca, ouvido e nariz. Segundo contavam, ela desencarnou em acidente de trânsito, sem assistência, e então aparecia nos banheiros das escolas aterrorizando os alunos em vingança pela morte do seu filho que ficou de castigo no banheiro e veio a desencarnar assim.
O fato logo foi divulgado massivamente entre alunos e inclusive no Diário de Pernambuco. E logo virou uma lenda que percorreu o Brasil. Mas pode ter começado em um ponto de verdade. Como diz um ditado popular, “quem conta um conto aumenta um ponto”.
Mas analisando os fatos reais sob a ótica Espírita, para que um Espírito seja visto, sentido, ouvido ou outras comunicações, precisamos primeiramente da permissão Divina, depois da utilidade que este fato venha ter para os envolvidos com a comunicação, e, por fim, da afinidade fluídica do Espírito com o médium facilitador deste fenômeno.
Assim, para ouvirmos vozes e barulhos perturbadores, materializações de Espíritos ou coisas do tipo, se não somos médiuns, o Espírito comunicante precisa do fluído de um médium nas proximidades para haver esta interação do plano espiritual com o material. Mesmo que este médium nem saiba que seja um médium.
E havendo condições materiais para o fato acontecer, lembramos que o Espírito que se manifesta desta forma perturbadora não é evoluído. Se existirem Espíritos evoluídos no local, com necessidade de se manifestarem, nunca farão isso de uma forma perturbadora.
Os lugares assombrados existem, realmente, mas sabendo-se que por muito pouco tempo um Espírito se prende a um lugar. A não ser no caso de certa punição, para que fique ali relembrando e sentindo a imagem de um crime cometido, por exemplo. Mais uma vez, lembrando que, nestes casos, se trata de Espíritos de baixa classe, pois os evoluídos têm melhor consciência da imortalidade da alma e são de estrutura mais sutil com relação à matéria.
Seja por apego a um bem material, por vingança ou levados pela pessoa que tem medo do lugar por uma questão de afinidade fluídica, os Espíritos que são passíveis de ficarem em um determinado lugar, o fazem por um espaço de tempo normalmente menor que a duração dos contos que acontecerão para o ocorrido. Chegando a criação de lendas a respeito, devido às fantasias que o homem ainda faz com relação às manifestações espíritas.
Numa visão cristã de como deixar novamente saldável um lugar mal assombrado, a melhor coisa a fazer é trazer, para próximo das pessoas que frequentam estes lugares, um número cada vez maior de Espíritos bons. Através de bons pensamentos e atitudes no bem, vamos aos poucos melhorando a nossa companhia e, assim, dando oportunidade de melhora aos Espíritos perturbadores que ainda insistem em ficar nestes lugares com o intuito de fazer o mal.
A prece de intercessão em favor dos perturbadores também tem um resultado muito eficaz. São irmãos que muitas vezes levamos a estes lugares por dívidas pretéritas ou, como dito anteriormente, por afinidade fluídica. Daí a importância de nos mantermos em constante comunhão com o nosso Pai Maior.
Ao contrário disso, seria usar meios de expulsar estes sofredores através de exorcismos que podem atrair mais perturbadores ao invés de realmente melhorar o ambiente. Assim como temos o poder de influenciar positivamente um encarnado com a nossa vivência no bem, da mesma forma podemos fazer com os desencarnados. Quando estamos em sintonia com os propósitos de amor e paz trazidos por Jesus, estendemos isso aos que se aproximam de nós.
Referência bibliográfica: O Livro dos Médiuns, capítulo IX, “Dos lugares assombrados”.
 
* Humberto Souza de Arruda é evangelizador, voluntário em Serviço de Promoção Social Espírita (SAPSE) e colaborador do Espiritismo.net.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Artigo: Natal - suas origens

 
Natal - suas origens

 
Conforme as convenções e o calendário da Terra, estabeleceu-se o dia 25 de dezembro como sendo a data em que se celebra o nascimento de Jesus.
Nos primeiros séculos, o Natal era comemorado nos dias 06 de janeiro ou 25 de março. Aliás, o teólogo Orígenes em 245, repudiou a ideia de festejar o nascimento do Cristo como se Ele fosse um faraó. A partir de 440 a data foi fixada, provavelmente para cristianizar as festas pagãs que ocorriam nesse período do ano (Nascimento do Vitorioso Sol, a Saturnália, etc).
Francisco de Assis foi o introdutor da ideia do presépio, no século XIII.
E a "arvore de Natal", de origem germânica, apareceu no tempo de S. Bonifácio (o Apóstolo da Alemanha, 680-754), dentro do objetivo de substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin, ao adorar-se uma árvore, em homenagem ao Messias.
A tradição do Papai-Noel é atribuída ãos alemães, provavelmente em lembrança de um bispo - S. Nicolau (séc. IV) que se notabilizou por ser um religioso paciente e caridoso. Protestantes holandeses, radicados nos Estados Unidos da América, o teriam transformado na figura de realizador de sonhos e desejos, originando-se aí a tradição folclórica.
As atuais pesquisas históricas indicam que Jesus não teria nascido em dezembro, nem há 1998 anos atrás. O engano ocorreu, inicialmente em razão de múltiplos erros, alterações e casuísmo da fixação do calendário oficial, incluindo extensão ou supressão de dias e meses. O ano 46 a. c., por exemplo, teve a sua duração aumentada para 445 dias, com alguns meses de 34 dias. Quando se quis fixar o nascimento de Jesus a partir 753 da fundação de Roma, por engano não se inclui o ano zero, o que significa uma diferença para menos.
Conciliando estas divergências e considerando o calendário das tradições judaicas, verifica-se a possibilidade de Jesus ter nascido no mês de abril, de 4 a 6 anos antes do que fora anteriormente considerado.
Nunca seria demais relembrar a Introdução do Evangelho segundo o Espiritismo, item 1, onde Allan Kardec diz que e o que mais importa é o ensinamento moral de Jesus, pois não se sujeita a controvérsias e nos oferece verdadeiramente a ciência da vida.
Como foi visto acima, o Natal convencionado no mundo está envolto em tradições e simbolismos, dos quais não participa o Espiritismo o que não afasta o nosso dever de respeitar e reconhecer que na época do Natal a sociedade costuma ser envolvida num clima de maior fraternidade.
Natal espírita não se relacionaria ao nascimento físico de Jesus, mas sim ao seu nascimento "espiritual" em nossas almas. Isto é, o Natal para o espírita é aquele momento em que nós nos impregnaríamos da mensagem evangélica, permitindo a Jesus nascer em nossos corações, para nos tornarmos o "homem novo".
O emérito escritor espírita Pedro de Camargo "Vinícius", no livro "Em torno do Mestre", FEB, pág. 192, expressou isto com tanta maestria que nos permitimos reproduzir alguns trechos: "Indaguemos de Madalena, onde e quando nasceu Jesus.
Ela nos informará - Jesus nasceu em Betania, certa vez em que sua voz, ungida de pureza e santidade, despertou em mim a sensação de uma vida nova, com a qual, até então, jamais sonhara. Ouçamos o depoimento de Pedro, sobre a natividade do Senhor, e ele assim se pronunciará: Jesus nasceu no átrio do paço do Caifás, no momento em que o galo, cantando pela terceira vez, acordou minha consciência para a verdadeira vida... Chamemos à baila João Evangelista e peçamos que nos diga o que sabe acerca do Natal do Messias. E ele nos dirá: Jesus nasceu no dia em que meu entendimento, iluminado pela sua divina graça, me fez saber que Deus é amor. Interpelemos Tomé, o incrédulo - Quando e onde nasceu o Mestre?
Ele por certo retrucará: Jesus nasceu em Jerusalém, naquele dia memorável e inesquecível em que me foi dado testificar que a morte não tinha poder sobre o filho de Deus.
Só então compreendi o sentido de suas palavras: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida".
Apelemos, finalmente, para Dimas, o bom ladrão - Onde e quando Jesus nasceu?
Ele nos informará: Jesus nasceu no topo do calvário, precisamente quando a cegueira e a maldade humana supunham aniquilá-lo para sempre; dali Ele me dirigiu um olhar repassado de ternura e piedade, que me fez esquecer todas as misérias deste mundo e antegozar as delícias do paraíso. Desde logo, senti-O em mim e Nele. Tal foi o testemunho do passado - tal é o testemunho do presente, dado por todos os corações que, deixando de ser quais hospedarias de Belém, onde não havia lugar para o nascimento de Jesus, se transformaram, pela humildade, naquela manjedoura, que o amor engenhoso da mais pura e santa de todas as mães converteu no berço do redentor do mundo.
Inspirados por tão sábias e edificantes reflexões, repassadas de beleza, rogamos que o Natal "verdadeiro" se faça em nossos corações, para que possamos renascer para uma nova vida, em harmonia com as Eternas Leis...

 

(SEI - Serviço Espírita de Informações, Boletim Semanal nº 1340)
(Fonte: CVDEE)

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Entrevista virtual: Cláudio Fajardo - O estudo do Evangelho pelo espírita

Entrevistado: Cláudio Fajardo
Tema: O estudo do Evangelho pelo espírita
Número de questões: 16

VER AQUI:

 

Resposta rápida: Em relação a previsões sobre futuro, gostaria de saber o que acham a respeito.

Em relação a previsões sobre futuro, gostaria de saber o que acham a respeito. 

Resposta: Estude com calma as questões tanto em O Livro dos Espíritos, como em O Livro dos Médiuns:
O Livro dos Médiuns, Cap.XXVI, item 289: Podem os espíritos dar-nos a conhecer o futuro ? Se o homem conhecesse o futuro descuidaria do presente (...) Se quiseres questão absoluta da resposta, recebe-la-eis de espíritos doidivanas. Ai segue o estudo do capitulo.
Em o Livro dos espíritos temos, na questão 868: Pode o futuro ser revelado aos homens ? Em principio o futuro lhe é oculto e só em casos raros e excepcionais permite Deus que seja revelado. Ou seja, estas previsões de futuro que andam por ai, nada são que suposições, sem base doutrinaria. Se temos alguns espíritos fazendo estas previsões, cuidado, pois pode ser espíritos brincalhões, a zombar de nossa credulidade ou falta de discernimento.

 

Fonte: CVDEE

Para refletir e comentar...


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

E, aí! Já assistiu?!

Sinopse: Baseado no romance homônimo da escritora Isabel Allende, este drama mistura romance, política e espiritualidade. Apesar de parecer estranho, o roteiro é muito bem construído e resulta um filme inteligente que prende a atenção do expectador. O filme mostra a saga da família Trueba desde a década de 20 até os anos 70 no Chile. O patriarca, Esteban Trueban (Irons) é um homem determinado e rude, casado com a amorosa Clara (Streep), pai de Blanca (Ryder) e irmão de Férula (Close). As relações familiares são, muitas vezes, conflituosas, principalmente, entre pai e filha cujos pensamentos são diferentes.  O grande sustentáculo da família é Clara que, através do seu amor pela família, consegue equilibrar a relação e unir todos. Possuidora de mediunidade e de uma visão espiritualizada da vida, ela sempre tem uma palavra de conforto e esperança.  O filme mostra a mediunidade como uma coisa natural sem apelar para o sensacionalismo, além de reforçar a ideia de que a morte física é apenas uma passagem para algo maior e que o amor existe além da vida material. Outro aspecto importante do filme é o seu caráter político, retratando o golpe no Chile e a tomada de poder pelos militares e como isso repercutiu nessa família e em toda a população do país. Saber viver com sabedoria e valorizar as coisas realmente importantes como a família, o amor e a felicidade são reflexões para o expectador. Contando com um elenco excelente, uma fotografia muito bonita e uma direção sensível e segura, o filme é imperdível e merece ser visto. Algumas cenas podem impressionar as crianças. Mas A Casa dos Espíritos é um programa obrigatório para quem gosta de cinema e também aprecia filme de teor espiritual.
 
 
 
 



Espero que você seja...

 Espero que Você Seja...

Aberto a Mudanças

Joamar Zanolini Nazareth

 Multiplicam-se os livros de auto-ajuda, as obras que nos auxiliam a refletir sobre nossa vida e potencialidades e o quanto a existência é um convite permanente ao sucesso. As diversas interpretações religiosas, obviamente excetuando-se aquelas que preguem a desarmonia e a separatividade (sendo equívocos de mentes perturbadas), à sua maneira, convidam o ser humano a desenvolver a fé e a confiança na Entidade Maior, seja lá o nome que dêem à essa Força Suprema, responsável pela existência de tudo que há. A própria Física, através de pesquisadores sérios, tem nos demonstrado como tudo caminha em regime de expansão e organização. O descobrimento do funcionamento dos mecanismos da vida maravilha a todos pela vertente de evolução de tudo. Somos destinados ao constante aperfeiçoamento e engrandecimento.

Como já diziam os antigos sábios orientais, desde os primeiros albores da Civilização Humana, a vida e a natureza conspiram a favor de todos nós. Todavia, nada vem sem esforço. Para que cada um abocanhe a boa parte que lhe cabe no grande concerto da vida, precisa nadar a favor da corrente, e não contra ela. Por isso, nossa teimosia em fechar nossa mente ao progresso, não nos mantendo abertos à análise de todas as novas idéias e teses, significa ficarmos trancafiados em um pequenino mundo, que só nos traz dissabores e infelicidade. Precisamos ser abertos a mudanças. Lógico que não queremos dizer aceitar tudo de novo que surja, mas sim, a tudo conhecer e analisar, refletindo e raciocinando sobre o que tenha fundo sólido e coerente. Sendo aberto a mudanças não teremos risco de perder o bonde certo.

Joamar Zanolini Nazareth

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Revista Espírita: Aurora dos novos dias, A

Aurora dos novos dias, A
Correspondência
CARTA DO SR. MATEUS SOBRE OS MÉDIUNS TRAPACEIROS32

“Paris, 21 de julho de 1861.
“Senhor,
“Pode-se estar em desacordo sobre certos pontos e de perfeito acordo sobre outros. Acabo de ler, na página 213 do último número do vosso jornal, algumas reflexões acerca da fraude 32 N. do T.: Vide O Livro dos Médiuns – 2a parte, capítulo XXVIII, item 317. em matéria de experiências espiritualistas (ou espíritas), às quais tenho a satisfação de me associar com todas as minhas forças. Aí, quaisquer dissidências a propósito de teorias e doutrinas desaparecem como por encanto.

“Não sou talvez tão severo quanto o sois, com relação aos médiuns que, sob forma digna e decente, aceitam uma paga, como indenização do tempo que consagram a experiências muitas vezes longas e fatigantes. Sou, porém, tanto quanto o sois – e ninguém o seria mais – com relação aos que, em tal caso, suprem,quando se lhes oferece ocasião, pelo embuste e pela fraude, a falta ou a insuficiência dos resultados prometidos e esperados.

“Misturar o falso com o verdadeiro, quando se trata de fenômenos obtidos pela intervenção dos Espíritos, é simplesmente uma infâmia e haveria obliteração do senso moral no médium que julgasse poder fazê-lo sem escrúpulo. Conforme o observastes com perfeita exatidão – é lançar a coisa em descrédito no espírito dos indecisos, desde que a fraude seja reconhecida. Acrescentarei que é comprometer do modo mais deplorável os homens honrados,que prestam aos médiuns o apoio desinteressado de seus conhecimentos e de suas luzes, que se constituem fiadores da boafé que neles deve existir e os patrocinam de alguma forma. É cometer para com eles uma verdadeira prevaricação.

“Todo médium que fosse apanhado em manobras fraudulentas; que fosse apanhado, para me servir de uma expressão um tanto trivial, com a boca na botija, mereceria ser proscrito por todos os espiritualistas ou espíritas do mundo, para os quais constituiria rigoroso dever desmascará-los ou infamá-los.

“Se vos convier, Senhor, inserir estas breves linhas no vosso jornal, ficam elas à vossa disposição.

“Aceitai, etc.

Mathieu”

Não esperávamos menos dos sentimentos honrados que distinguem o Sr. Mathieu, senão esta enérgica reprovação, pronunciada contra os médiuns de má-fé. Teríamos ficado surpresos, ao contrário, se ele tivesse encarado com frieza e indiferença tais abusos de confiança. Eles podiam ser mais fáceis,quando o Espiritismo era menos conhecido; mas, à medida que esta ciência se espalha e é mais bem compreendida, que melhor se conhecem as verdadeiras condições em que os fenômenos podem produzir-se, por toda parte encontram-se olhos clarividentes,capazes de descobrir a fraude. Assinalá-la, onde quer que ela se mostre, é o melhor meio de a desencorajar.

Disseram que era preferível não desvendar essas torpezas, no próprio interesse do Espiritismo; que a possibilidade de enganar poderia aumentar a desconfiança dos indecisos. Não somos desta opinião e pensamos que mais vale que os indecisos sejam desconfiados do que enganados, porque, desde que soubessem tê-lo sido, poderiam afastar-se para sempre. Aliás, haveria um inconveniente ainda maior aos que cressem que os espíritas se deixam iludir facilmente. Ao contrário, estarão tanto mais dispostos a crer quanto mais virem os crentes cercar-se de maiores precauções e repudiar os médiuns susceptíveis de enganar.

O Sr. Mathieu diz que talvez não seja tão severo, quanto nós, em relação aos médiuns que, sob forma digna e decente, aceitam uma paga, como indenização do tempo que consagram à matéria. Estamos perfeitamente de acordo que pode e deve haver honrosas exceções, mas, como o atrativo do ganho é uma grande tentação e os iniciantes não têm a necessária experiência para distinguir o verdadeiro do falso, mantemos nossa opinião de que a melhor garantia de sinceridade está no desinteresse absoluto, porque onde não há nada a ganhar, o charlatanismo nada tem a fazer. Aquele que paga quer alguma coisa por seu dinheiro e não se contentaria se lhe dissessem que o Espírito não quer agir. Daí a descoberta dos meios de fazer o Espírito atuar a qualquer preço, não há senão um passo, conforme o provérbio: quem não tem cão caça com gato. Acrescentamos que os médiuns ganhariam cem vezes mais em consideração o que deixassem de ganhar em proveitos materiais. Diz-se que a consideração não faz viver. É verdade que não basta, mas, para viver, há outros ofícios mais honestos do que a exploração das almas dos mortos.
R.E. , agosto de 1861, p. 352

Fonte: Site da FEB 

domingo, 8 de dezembro de 2013

Música: Vale a pena...

O que realmente vale a pena para você?
Grupo Vocal

valores: Viver a vida -- Passe adiante...

Viver A Vida 
 
a capacidade de viver a vida a todo vapor

Quando meu marido e eu ficamos noivos, ele me informou, com um brilho no olhar, que queria me apresentar à sua "namorada". Surpresa, eu sabia que ele estava aprontando alguma. Fomos à casa ao lado e fomos recebidos por uma velhinha muito agradável chamada Alta. Imediatamente, entendi tudo.
Alta já tinha mais de 90 anos, mas a mente era ativa e o senso de humor também. Apaixonei-me por ela naquele instante e pude entender por que ela era a outra garota "preferida" do meu marido. Um dia, há 10 anos atrás, ele a viu plantando tulipas na chuva e resolveu oferecer ajuda. Aquele foi o início dos seus encontros semanais aos domingos; ele cantava e tocava melodias no violão e ela preparava pudim de arroz para ele. Conversavam sobre os acontecimentos da semana e desfrutavam o tempo que passavam juntos.
Sem nenhuma pitada de ciúme, Alta abriu seu coração para mim. Ela nos fez dar boas risadas enquanto falava sobre os dias em que tocava piano para os "velhos" no asilo toda semana, mesmo sendo mais velha que todos eles. Alta nunca dava a impressão de estar triste. Embora o marido tivesse morrido quando ela tinha 34 anos, deixando-a com 3 filhos pequenos e um a caminho, ela nunca perdeu a esperança. Voltou a estudar para ser professora e sustentar a pequena família até que seus filhos tivessem sua própria família.
No decorrer dos anos, sempre que me sentia estressada com um bebê que não dormia ou quando a vida parecia dura demais para suportar, tudo que eu precisava fazer era visitar Alta. Com um sorriso no rosto marcado pelo tempo, ela simplesmente me lembrava de "seguir adiante". Seu conselho e firmeza de caráter, apesar das dificuldades, ajudaram-me a entender o que significa realmente viver a vida. Por isso, sempre serei grata a Alta, a "namorada" do meu marido.


Tenha um horário definido para trabalhar e divertir-se; faça com que cada dia seja útil e agradável e prove que compreende o valor do tempo ao empregá-lo bem. Assim, a juventude será agradável, a velhice trará pouquíssimos arrependimentos e a vida tornar-se-á um belo sucesso.

Louisa May Alcott - 1832-1888 romancista