sábado, 14 de março de 2009

Biografia: Francisco Xavier

O dia 7 de abril de 1506 assinala a data do nascimento de Francisco de Jassu y Javier, no Castelo dos Javier, perto de Pamplona, na Espanha.

Aos 19 anos foi a Paris para estudar, ali permanecendo até seus 28 anos. Com Inácio de Loyola e mais cinco seguidores, fez o voto de caridade e pobreza, no dia 15 de agosto de 1534, do qual se originou a fundação da Companhia de Jesus.

Sendo ordenado padre 3 anos mais tarde, ao contrário de Inácio de Loyola, que permaneceu na Europa, foi enviado ao Extremo Oriente.

A serviço da monarquia portuguesa fez de Goa, na Índia, o centro de difusão do seu apostolado. Sua obra rendeu frutos no Ceilão, nas ilhas do sudeste da Ásia e no Japão.

Quando viajava para iniciar uma nova etapa missionária na China, morreu nas costas do país, aos 46 anos de idade, a 3 de dezembro de 1552, sem poder desembarcar no continente.

Ficou conhecido como o Apóstolo da Índia. O valor desse jesuíta está em sua atitude pioneira de apostolado junto aos povos asiáticos. Os jesuítas detêm o mérito de terem sido nas colônias de Espanha e Portugal o único centro de cultura e um exemplo missionário nos séculos XVI e XVII.

É no capítulo "Amai os vossos inimigos" em O Evangelho segundo o espiritismo que Francisco Xavier disserta a respeito do duelo, afirmando que "Quando a caridade regular a conduta dos homens, eles conformarão seus atos e palavras a esta máxima: `Não façais aos outros o que não quiserdes que vos façam.' "

Da sua desencarnação à mensagem, ditada em Bordéus, em 1861, estabelece-se um período de 309 anos.

Fonte: www.espirito.org.br

Adereços

1 – Usar piercings, adereços fixados no corpo, pode afetar o perispírito?

O perispírito, normalmente , é atingido pelo mal que fazemos, a nós mesmos ( suicídio , vício , rancor , pessimismo …), ou aos outros ( maledicência , agressividade, violência , traição , mentira …). Tais adereços, portanto , não afetam o corpo espiritual , mas , certamente , são atentados ao bom gosto .

2 – Há quem diga que pode ocorrer uma mutilação perispiritual...

Penso mais numa mutilação do bom senso, a afetar a noção do ridículo. Por uma dessas estranhas contradições do comportamento humano, vemos isso acontecer com jovens inteligentes e bem articulados, como se houvessem desligado o desconfiômetro.

3 – Males eventuais no corpo, provocados por esses adereços, podem causar danos espirituais?

Espirituais, não. Haverá, digamos, danos à autoestima. Lamentará o Espírito a vaidade pretensiosa que, buscando originalidade, o fez regredir à taba.

4 – Retornando ao plano espiritual, a pessoa poderá usar algo semelhante, atendendo ao seu gosto pessoal?

Tendemos a moldar fluidicamente, no Além, roupas e objetos de uso pessoal que mereceram nossa preferência na Terra. Isso atende a certo automatismo. Portanto, é possível, mas igualmente lamentável, que o desencarnado continue envolvido com as futilidades da Terra.

5 – E quanto às tatuagens ?

Esses adereços definitivos costumam ocasionar problemas. Sempre chega o momento em que a pessoa vai se arrepender, após ter mudado de idéia, em relação ao objeto da tatuagem. Digamos que era o desenho de alguém que já não ama, ou a representação de um princípio que já não aceita. Ainda que a tatuagem seja adotada por mero enfeite, acaba cansando a beleza e torna-se um problema.

6 – O que leva a pessoa a tatuar-se?

Nas culturas primitivas era usada com finalidades mágicas, para evocar a interferência de divindades, para o bem ou para o mal. Hoje é, para muitos indivíduos, uma espécie de ritual de passagem, envolvendo a integração num grupo. Pode ser também uma mensagem de identificação. Pela tatuagem a pessoa está dizendo algo de si mesma. Há psicólogos que veem na tatuagem um dos caminhos para entender a personalidade humana.

7 – A tatuagem pode aparecer no corpo espiritual, após a desencarnação?

É possível até mesmo fazer tatuagens na espiritualidade, mas hão de lamentar seus familiares e amigos do Além que o desencarnado conserve hábitos tão primários.

8 – Espíritos não usam adereços?

Se esclarecidos e conscientes buscam, por supremo enfeite, sua própria iluminação. Haverá algo mais belo do que a aura luminosa de um Espírito harmonizado com os ritmos do Universo, consciente de sua filiação divina?


(Contribuição de Richard Simonetti. Artigo contido no livro "Dúvidas e Impertinências", a ser lançado em Abril/2009 - site: www.richardsimonetti.com.br e CEAC - www.ceac.org.br)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Vestibulares

1 – É enorme o contingente de adolescentes preparando-se para vestibulares, mas com dificuldade para escolher uma profissão. Por que isso acontece? Como pode o aluno saber o que programou ao reencarnar?

Nem sempre o Espírito é portador de programação detalhada, que envolva a profissão que vai exercitar. Isso deverá ser definido a partir de suas tendências e habilidades, no desdobramento das experiências humanas.

2 – Mas não há o Destino, o conjunto de forças que nos conduzem por determinados caminhos?

O Destino, envolvendo uma profissão, pode acontecer na base de intuições de benfeitores espirituais que assessoram seus pupilos. Ocorre que, com o exercício do livre-arbítrio, estes podem decidir diferente. Aliás, o grande desafio do Homem é justamente executar os projetos que elaborou na vida espiritual. As limitações impostas pelo corpo físico favorecem esses desvios. Jesus tem uma referência clássica a esse respeito (Mateus, 26:41): … na verdade, o Espírito está sempre pronto, mas a carne é fraca.

3 – Um exemplo:

O Espírito planeja ser médico. Reencarna filho de médicos e desde pequeno é estimulado, pelo próprio ambiente e pelas pressões de seu psiquismo, a estudar Medicina. No entanto, deixa-se dominar pela indolência e perde a oportunidade, optando por outra profissão que lhe exija menos disciplina, menos estudo. Segue caminho diferente.

4 – Nesse caso, houve um desvio de sua parte, comprometendo a existência?

Ele comprometeu parte do planejamento, o que não significa uma existência perdida. Pode desenvolver outra atividade profissional, compatível, também, com sua vocação, com suas tendências, transformando-se em excelente profissional. Vai depender sempre do exercício da vontade, atendendo ao livre-arbítrio.

5 – Pode dar-se o contrário? Não veio para ser médico e acaba seguindo esse caminho, por influência dos pais, que lhe asseguram uma faculdade particular, menos exigente no estudo e na aplicação.

Ocorre com frequência. Nessa condição situamos todos os profissionais que exercitam uma atividade para a qual não têm legítima vocação, visando apenas o interesse pecuniário. Dificilmente obterão sucesso, terão destaque.

6 – Geralmente, quando se fala em planejamento espiritual, envolvendo uma profissão, pensa-se logo em Medicina, Direito, Engenharia, Educação… E o trabalhador braçal, o operário, o comerciário?

O desempenho de uma atividade profissional mais simples pode indicar que não houve planejamento nesse particular, por razões da alçada dos mentores espirituais. Isso não significa que jamais ocorra. Alguém pode planejar ser bancário, funcionário público, operário ou trabalhador braçal, tendo em vista determinados compromissos.

7 – Você foi bancário, funcionário do Banco do Brasil. Acredita que planejou essa atividade profissional?

Tenho plena convicção disso. O Banco deu-me a retaguarda financeira e a segurança que me permitiram desenvolver atividades na seara espírita, sem maiores preocupações quanto à subsistência. Foi uma bênção.

8 – Que conselho você daria ao estudante em dificuldade para definir sua vocação?

Psicólogos podem ajudá-lo quanto ao seu perfil e o tipo de atividade compatível com suas habilidades, buscando definir o que planejou ao reencarnar. Há, também, cursos vocacionais muito eficientes nesse particular. Sobretudo, eu lembraria a recomendação inicial de Jesus no texto citado: vigiai e orai para não cairdes em tentação… Em todas as situações, a vigilância que eu traduziria por reflexão, um mergulho na intimidade de nossa alma, associada à oração que nos coloca em contato com a Espiritualidade, representam os melhores recursos para que façamos na Terra o que planejamos no Além.


(Contribuição de Richard Simonetti. Artigo contido no livro "Dúvidas e Impertinências", a ser lançado em Abril/2009 - site: www.richardsimonetti.com.br e CEAC - www.ceac.org.br)

Estudo dirigido 2 : O Livro dos Espíritos II

Na primeira parte de O Livro dos Espíritos (As Causas Primárias), identificamos quatro capítulos (Deus, Elementos Gerais do Universo, Criação e Princípio Vital). Estude os itens 01 a 59 e depois analise as assertivas abaixo, verificando se são verdadeiras ou se são falsas, explicando, justificadamente, sua resposta:


a) Ao definir Deus como “a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas”, os Espíritos nos dão uma ideia precisa de Seus atributos?

b) Aqueles que não admitem a ideia de Deus estão afirmando indiretamente que o nada é capaz de produzir alguma coisa.

c) Informam os benfeitores que o sentimento íntimo da existência de Deus não é fruto da educação.

d) Jamais o homem compreenderá a natureza íntima de Deus.

e) O homem compreende pouco da Divindade porque lhe atribui as imperfeições que possui.

f) Analisando os atributos de Deus, podemos afirmar que Ele não teve começo, não se sujeita à mudanças, é único e imaterial.

g) O princípio segundo o qual Deus seria o resultante de todas as forças e de todas as inteligências do Universo chama-se panteísmo e foi rejeitado por Kardec.

h) Se é impossível sabermos o que Deus é, podemos pelo menos ter ideia daquilo que Deus não é.

i) No momento não é dado ao homem conhecer o princípio das coisas porque lhe falta certas faculdades.

j) Deus não permite que seja revelado ao homem aquilo que a ciência ainda não conseguiu aprender.

k) A definição de matéria como aquilo que tem massa e pode impressionar os sentidos é incompleta, se analisada do ponto de vista material.

l) A melhor definição espírita de matéria é: “A matéria é o liame que escraviza o Espírito, é o instrumento que ele usa e sobre o qual exerce a sua ação.”.

m) Espírito e inteligência podem ser considerados como a mesma coisa, já que são sinônimos e um não depende do outro.

n) Kardec chama de Trindade Universal aos três elementos gerais do universo. São eles: Deus, espírito e matéria.

o) Não existe o vazio, porque o que é vazio para nós está ocupado por uma matéria que escapa aos nossos sentidos.

p) Kardec chama de Fluido Universal à matéria elementar primitiva que dá origem a todos os corpos.

q) Os mundos se formam pela condensação da matéria espalhada no espaço.

r) Os corpos celestes têm grande influência nos fenômenos físicos e na sorte das pessoas.

s) Todos os globos que circulam no espaço são habitados, mas a sua constituição física é bastante distinta, assim como a organização dos seres que os habitam.

t) Examinando a questão da criação da Terra, vamos verificar que a Bíblia é um erro.

(adaptado de apostila de Estudo das Obras da Codificação e de Allan Kardec, promovido pelo Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora-MG)

Propaganda de álcool na TV leva a beber mais, diz estudo

Pesquisa holandesa afirma que jovens que viram referências a bebidas alcoólicas bebiam duas vezes mais.

- Uma pesquisa liderada por cientistas da Universidade de Radboud, Holanda, sugere que as pessoas tendem a consumir álcool quando veem pessoas bebendo em filmes ou em comerciais enquanto assistem à TV.

Os pesquisadores monitoraram o comportamento de 80 jovens enquanto eles assistiam televisão e descobriram que os que viam mais referências a bebidas alcoólicas bebiam duas vezes mais do que os que não as viam.

"Nosso estudo mostra claramente que mostrar bebidas alcoólicas em filmes e propagandas não apenas afeta as atitudes das pessoas e as regras para bebida na sociedade, mas pode funcionar como uma sugestão que afeta o desejo e o subsequente consumo de bebida", afirmou o pesquisador que liderou o estudo Rutger Engels.

A pesquisa foi publicada na revista especializada Alcohol and Alcoholism.

A equipe de cientistas dividiu os 80 jovens, com idades entre 18 e 29 anos, em quatro grupos.

O primeiro grupo assistiu ao filme American Pie - A Primeira Vez é Inesquecível, um filme com muitas referências ao consumo de bebidas alcoólicas, e também assistiu às propagandas de bebidas que interrompiam o filme.

O segundo grupo assistiu ao mesmo longa sem interrupções de propagandas.

O terceiro grupo assistiu ao filme 40 Dias e 40 Noites, longa que tem menos referências a bebidas alcoólicas, interrompido por propagandas de bebidas.

O grupo final assistiu ao mesmo longa, mas sem as interrupções.

Durante a exibição os participantes tinham acesso a uma geladeira que continha cerveja, pequenas garrafas de vinho e refrigerantes.

Os que assistiram American Pie - A Primeira Vez é Inesquecível com as propagandas de bebidas consumiram quase três garrafas de bebidas alcoólicas, em comparação a 1,5 garrafa consumida por aqueles que assistiram 40 Dias e 40 Noites sem as propagandas de bebidas.

De acordo com o pesquisador Rutger Engels as descobertas da pesquisa sugerem que existem razões para restringir as propagandas e introduzir mensagens de alerta em filmes.

Mas Engels acrescentou que são necessários mais estudos para estabelecer as implicações das propagandas e referências a bebidas em filmes sobre o consumo de álcool a longo prazo.

O diretor-executivo da organização britânica Alcohol Concern, Don Shenker, disse que o estudo reforça a necessidade de se restringir ainda mais a propaganda de bebidas alcoólicas ou de se considerar sua proibição definitiva.

"Infelizmente a propaganda e promoção de bebidas alcoólicas em filmes e na televisão geralmente apresenta o ato de beber apenas como um ritual social positivo e não mostra os danos potenciais que a bebida pode causar", afirmou.

Normas da União Europeia determinam que os anúncios de bebidas veiculados nos países do bloco não podem promover o consumo usando crianças ou mostrar a bebida como uma ferramenta para sucesso social ou sexual.

A propaganda também não pode encorajar o excesso de bebida.

http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid333284,0.htm

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Comentário:


"459. Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?
- Nesse sentido, a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem." O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.

Esta afirmação dos Espíritos comprovam como os espíritos encarnados podem ser facilmente sugestionados por pensamentos estranhos, e como o pensamento é feito mais de imagens do que de palavras, uma imagem pode exercer sim uma certa influência. Mas a responsabilidade não é da imagem ou do pensamento, e sim do espírito que já tinha este desejo.

Na pesquisa holandesa, eles quiseram verificar o que um indivíduo que gosta de tomar uma cerveja faz, quando vê imagens de jovens tomando cerveja ou de cervejas. Então na verdade a imagem pode apenas incentivar o hábito e não desenvolvê-lo. Assim como aquele que está com calor ou sede, ao ver um copo de água, pode levantar e ir beber água.

Outra coisa que me pareceu confusa na pesquisa, eles afirmam que aqueles que viam propaganda de bebida beberam mais, que o outro, mas o resultado é inconclusivo, porque o outro grupo não tinha nenhum tipo de propaganda, ou seja o filme não era interrompido. Então os jovens do primeiro grupo beberam mais porque o filme parou por alguns minutos dando a oportunidade do jovem ir até a geladeira, ou foi somente pela imagem da bebida? O correto era fornecer propagandas neutras ao segundo e quarto grupo, dando-lhes o mesmo tempo de interrupção para ir até a geladeira e escolherem a bebida.

Esta falha ao meu ver, torna os resultados da pesquisa inconclusíveis.

(Comentário por: Claudia Cardamone, psicóloga e espírita. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de atendimento fraterno e notícias.)



quinta-feira, 12 de março de 2009

Biografia: Paulo, o apóstolo

Foi em Tarso, na Cilícia, um importante centro mercantil e intelectual do mundo romano que nasceu entre os anos 5 e 10 da Era Cristã, uma criança que, no momento da circuncisão recebeu o nome de Saulo. Seus pais, embora judeus, gozavam dos privilégios da cidadania romana.

Privilégios que podiam ser conseguidos pelos habitantes das províncias de duas formas: como recompensa por serviços prestados ou pelo desembolso de vultuosa quantia.

Nos primeiros anos, ele freqüentou a Sinagoga onde aprendeu nos textos sagrados até a aritmética. Um escravo o acompanhava todos os dias, carregando-lhe a pasta com os utensílios escolares. Sentado ao chão, com as pernas cruzadas, o menino Saulo ensaiou as primeiras letras, gravando-as com um estilete de ferro sobre uma tabuinha coberta com uma camada de cera. Como a tradição prescrevia ensinar um trabalho útil às crianças, Saulo aprendeu a tecer pano de barraca, usando uma fazenda áspera e durável, entremeado com pelos de cabra.

Adolescente ainda seguiu para Jerusalém, onde se tornou discípulo do grande Gamaliel, no Templo de Salomão, preparando-se para ser um devoto rabino. Ele mesmo na Epístola aos Gálatas afirma: "... e me avantajava no judaísmo sobre muitos da minha idade e linhagem , pelo extremo zelo às tradições de meus pais."

Ardoroso defensor de Moisés, Saulo desencadeou séria perseguição aos homens do Caminho. E considerou seu primeiro grande triunfo contra o Nazareno a lapidação do jovem Estêvão.

Emmanuel descreve na obra "Paulo e Estêvão", em detalhes, toda sua dor e vergonha, ao se dar conta que Estêvão não era outro senão o irmão da sua amada noiva Abigail, que viria a morrer 8 meses depois.

É, no entanto, a caminho de Damasco, na Síria, levando cartas que lhe autorizavam a prender outros tantos seguidores de Jesus, que Saulo foi surpreendido, em pleno meio-dia, pela luz imensa daquele a quem perseguia.

"Saulo, Saulo, por que me persegues? ", diz-lhe a voz. Nas entrelinhas, pode-se ler: "Por que, Saulo, se és o vaso escolhido para levar a minha palavra a todas as gentes?"

Tendo vislumbrado a luz, ele se ergue da areia, onde tombara, sem visão. Seguindo a orientação dada pelo Mestre, entrou na cidade e aguardou. Ananias , em nome de Jesus, o vem retirar da sua noite de sombras.

Começou para Saulo a jornada de trabalho e o calvário das dores. Após o exílio de 3 anos, no deserto de Dan, ele retornou para pregar a Boa Nova. Aquele Jesus a quem tanto perseguira na pessoa dos seus seguidores, tornou-se seu Senhor. Quando empreendeu a viagem a Damasco ele era o orgulhoso Saulo, cujo nome significa aquele a quem se pede, solicita algo, orgulhoso. Ao se erguer, após a queda do cavalo e a visão extraordinária do Cristo, ele se ergueu transformado.

Era o escravo. "Que queres que eu faça, Senhor?", é o que roga. Por isso mesmo, haveria de trocar seu nome para Paulo, posteriormente, que significa modesto, pequeno, humilde.

Pode-se dividir o seu apostolado em três grandes viagens. Na primeira, partindo de Antioquia com Barnabé e Marcos, foi à ilha de Chipre, depois à Panfília e à Pisídia. Deixou núcleos implantados em Perge, Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derme, retornando a Jerusalém.

Na segunda grande viagem, em companhia de Silas e Timóteo, atravessou a pé toda a Ásia menor, e , com Lucas chegou até a Macedônia. As pequenas igrejas foram se formando em Filipes, Tessalônica, Beréia. Ele chegou até a Grécia. Na primavera de 53, saiu de Corinto, voltou a Jerusalém e Antioquia.

Na terceira viagem percorreu a Frígia e a Galácia. Permaneceu dois anos em Éfeso, depois regressou à Macedônia e Corinto. Retornando a Jerusalém foi preso, remetido a Cesaréia e, apelando para César, chegou a Roma, depois de um naufrágio na ilha de Malta. Estima-se que ele tenha percorrido em sua longa marcha nada menos de 20.000 km a pé, ou seja, metade do comprimento da linha do Equador.

Sob a inspiração de Jesus, tendo a servir de intermediário o próprio Estêvão, na espiritualidade, Paulo escreveu as epístolas, cartas cheias de ternura aos companheiros das comunidades nascentes, também carregadas de orientações: duas aos Tessalonicenses , em Corinto, em 52-54; 1ª aos Coríntios , de Éfeso, em 57; 2ª aos Coríntios, de Filipos, em 57; aos Gálatas e aos Romanos, de Corinto, em 57; aos Filipenses, aos Efésios, aos Colossenses e a Filémon, de Roma, em 62; aos Hebreus, em 63 ou 64, da Itália; 1ª a Timóteo, em 64 ou 65, a Tito em 64 ou 65, e a 2ª a Timóteo, em 66, de Roma.

Mais de uma vez foi apedrejado, açoitado, maltratado. Padeceu fome, frio, privações. Por amor a Jesus, ele tudo aceitou e afirmou portar no corpo "as marcas do Cristo".

Decapitado, fora dos muros de Roma, no ano de 67, por ordem do Imperador Nero, ele adentrou a espiritualidade. Quando a Terceira Revelação se apresentou na Terra, ei-lo participando da equipe do Espírito de Verdade, deixando seus palavras em O Evangelho segundo o espiritismo, nos capítulos X, item 15 ( sobre o perdão , em Lyon, em 1861) e capítulo XV, item 10 ( Fora da caridade não há salvação, em Paris, em 1860). Igualmente, respondendo a questão de número 1009 de O livro dos espíritos, a respeito da eternidade das penas, junto a dissertações de Santo Agostinho, Lamennais e Platão.

Fonte: www.espirito.org.br

Garotos de fé

Os jovens estão mais místicos,
mas definem sua religiosidade
com liberdade e sincretismo



Claudio Rossi


José Daniel Violante Filho, 17, de São Paulo

O estudante paulista visitou pela primeira vez o centro budista Buddha's Light há um ano, com os amigos. "Fui por curiosidade", diz. Lá, praticou meditação, gostou e se tornou freqüentador. Ele mora na Zona Sul de São Paulo com os avós, que são católicos. "Eles vão à missa, mas eu não me identifico com a fé católica", comenta ele.


Você acredita em Deus? O Instituto de Estudos da Religião (Iser) fez essa pergunta a 800 brasileiros com idade entre 15 e 24 anos e 98% deles responderam sim. Trata-se de uma maioria acachapante, capaz de desarmar qualquer ceticismo em relação à religiosidade dessa geração. Talvez o correto seja dizer "espiritualidade", pois a fé é hoje muito mais uma questão de escolha pessoal do que era nos tempos do vovô, quando a garotada ia à igreja por imposição familiar e social. Os jovens hoje elegem a própria fé. "Como a decisão é deles, a religiosidade dessa geração tende a ser muito mais forte que nas décadas passadas", diz a antropóloga Regina Novaes, do Iser. Entre os que seguem alguma religião, 33% escolheram por decisão pessoal, independentemente da preferência familiar. Tanto é assim que dois em cada dez mudaram de religião ao menos uma vez.




Joyce de Souza Cunha Melo, 18, de BH
Católica

A estudante mineira vai à missa uma vez por semana e é devota de São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei. Acredita em milagres e já fez promessas, uma delas para passar no vestibular. Ela cursa o 1º ano de administração na Universidade Federal de Minas Gerais. Nem sempre foi assim. "Quando eu era mais nova, era superesotérica, acreditava em horóscopo", diz

Boa parte dos teens está olhando para a religião como se estivesse diante de uma prateleira de supermercado. "É como um serviço self-service, em que a pessoa escolhe a que mais a atrai", define Mário Sérgio Cortella, professor do departamento de teologia e ciências da religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Os teens sentem-se à vontade para experimentar. Eles acreditam em Cristo, nos orixás e até em duendes, tudo ao mesmo tempo. Sobra ainda espaço para a proliferação de crenças alternativas, cujo maior atrativo é o inusitado, como cura por cristais, invocação de anjos e bruxaria.


William Silva, 18, de Itacaré, Bahia
Evangélico

Nascido numa família de católicos praticantes, William tornou-se evangélico há seis anos. Sua igreja, a Bola de Neve, é freqüentada sobretudo por jovens. Surfista desde criança, ele sempre reza antes de entrar no mar e pegar onda. Muitos de seus amigos usam drogas. "Eu não uso porque Deus não gosta dessas coisas", diz. "Vivo aconselhando meus amigos e às vezes consigo convencer alguns deles a largar o vício."

É curioso que isso esteja ocorrendo com os filhos de uma geração que, trinta anos atrás, fugiu da religião institucionalizada. O movimento atual é no sentido inverso, com o aumento nas hostes de fiéis. Metade dos freqüentadores dos cultos evangélicos tem menos de 24 anos. Missas católicas são agora animadas em ritmo de rock, tecno e rap. Há igrejas neopentecostais criadas especialmente para fiéis mais jovens. Uma delas, a Bola de Neve, usa uma prancha de surfe como altar. A tolerância religiosa é uma das características bem-vindas dos novos fiéis. Nesse aspecto, o budismo, que não exige exclusividade de seus praticantes, tornou-se a opção preferida de quem deseja freqüentar mais de uma religião ao mesmo tempo.

98%dos 800 brasileiros com idade entre 15 e 24 anos ouvidos numa pesquisa disseram acreditar em DeusEntre os que seguem alguma religião,

33%escolheram sua fé por decisão pessoal, sem interferência da família

17%deles tinham mudado de religião ao menos uma vez

Uma das características da religião é promover a integração social. Rapazes e moças vão à igreja ou ao templo e lá conhecem outros adolescentes que pensam como eles. Assim, formam grupos. Assistem aos cultos juntos, saem à noite, viajam. O lazer fica associado à religiosidade. "A maioria de meus amigos é daqui", diz a estudante paulista Ana Teresa Santos Cavalcante, de 17 anos, que freqüenta a igreja evangélica Bola de Neve. "Gostamos das mesmas coisas, fazemos os mesmos passeios, por isso nos damos tão bem", afirma ela.


http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_028.html





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Comentário:


"A nova geração, devendo fundar a era do progresso moral, distingue-se por uma inteligência e uma razão geralmente precoces, unidas ao sentimento inato do bem e das crenças espiritualistas, o que é sinal indubitável de um certo grau de adiantamento anterior. Ela não será composta exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas daqueles que, tendo já progredido, são predispostos a assimilar todas as idéias progressivas e aptos a secundar o movimento regenerador." A Gênese, Allan Kardec

Neste momento, em que a Terra progride, lenta e constantemente, de um mundo de provas e expiações a um mundo de regeneração, devemos compreender que já não se faz necessária a vinda de um salvador, de um profeta ou de seres especiais. Precisamos acompanhar este progresso e compreender que somos nós que realizaremos as mudanças necessárias.

Esta reporta reportagem demonstra bem isto, pouco importa se são nossos avós que progrediram, se são espíritos mais evoluídos, se são azuis, vermelhos ou verdes. Somos todos espíritos irmãos em busca de um único objetivo comum, que é o progresso espiritual. Ninguém vai fazer nada para nós, ou acompanhamos a mudança, ou poderemos seguir para outro planeta de provas e expiações.

"A maneira pela qual se opera a transformação é bastante simples, e, como se viu, ela é toda moral e não se afasta em absoluto, das leis da natureza." do livro acima citado.

Esta transformação é simples como o testemunho do jovem surfista, que compreende o mal das drogas e busca através da sua crença e da sua compreensão auxiliar aqueles que estão próximo a deixarem o vício. É a humanidade ajudando a si mesma.

Porque a transformação agora é toda moral?

"780.O progresso moral segue sempre o progresso intelectual?

- É a sua consequência, mas não o segue sempre imediatamente."

780-a. Como o progresso intelectual pode conduzir ao progresso moral?

- Dando a compreensão do bem e do mal, pois então o homem pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio segue-se ao desenvolvimento da inteligência e aumenta a responsabilidade do homem pelos seus atos." O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.

"30. Quer os Espíritos da nova geração sejam Espíritos novos, melhores, ou os antigos Espíritos, melhorados, o resultado é o mesmo; desde o instante em que apresentem melhores disposições sempre será uma renovação." A Gênese, Allan Kardec.

E este tem sido o convite dos bons espíritos: Participar ativamente do movimento de renovação moral da Terra e de seus habitantes.

(Comentário por: Claudia Cardamone, psicóloga e espírita. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de atendimento fraterno e notícias.)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Artigo: Espiritismo e Sexualidade

Espiritismo e Sexualidade

Palestra Virtual Promovida pelo IRC-Espiritismo (antigo nome do Espiritismo.Net)http://www.irc-espiritismo.org.br
Palestrante: Pedro Vieira - Rio de Janeiro, 03/03/2000

Organizadores da palestra:
Moderador: "jaja" (nick: Moderador) "Médium digitador": "Brab" (nick: Pedro_Vieira)
Apresentação do Palestrante:
Boa noite a todos. Meu nome é Pedro Vieira, sou trabalhador do Centro Espírita Cristófilos, em Botafogo, no Rio de Janeiro, e do Centro Espírita Léon Denis, pelo trabalho de operação do IRC-Espiritismo com o nick "Brab". (t)


Considerações Iniciais do Palestrante:


Hoje a nossa conversa se dará em torno do assunto "Espiritismo e Sexualidade". O foco que iremos imprimir à palestra será o da busca da conscientização de como a sexualidade age sobre e é influenciada pelo espírito imortal.

Mas, afinal, o que significa "sexualidade"? Recorrendo ao Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, temos a seguinte definição: "sexualidade [De sexual + -i- + -dade] Substantivo feminino. 1. Qualidade de sexual. 2. O conjunto de fenômenos da vida sexual. 3. Sexo (3) [Sexo(3): Sensualidade, volúpia, lubricidade, sexualidade ]"

As definições que iremos destacar são as duas últimas. Quando falamos em sexualidade, estamos trabalhando com dois conceitos absolutamente distintos. O primeiro é o conceito do conhecimento dos fenômenos que regem a vida sexual do indivíduo. O segundo é o conceito de sensualidade.

Recorrendo mais uma vez ao Dicionário Aurélio, temos a definição de sensual: "sensual [Do latim sensuale]. Adjetivo, 2 gêneros. 1. Respeitante aos sentidos. 2. Que denota sensualidade (...) 3. Lúbrico, voluptoso, lascivo (...)"

Referindo-se à definição do conhecimento da própria natureza sexual, logicamente de uma maneira saudável, os Espíritos responderam a Allan Kardec várias questões em "O Livro dos Espíritos", das quais selecionamos duas:

Questão 200 - Têm sexos os Espíritos? Resposta: "Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos."

Questão 822 a): "(...) Os sexos, além disso, só existem na organização física. (...)"

Como pode-se perceber claramente, o conhecimento da sexualidade do ponto de vista espiritual traz ao ser humano mais auto-conhecimento. Nesse sentido, é estimulado - e até considerado muito importante - pelos Espíritos. No entanto, por outro lado, temos a "sexualidade" entendida como sensualidade. A respeito disso temos a citação abaixo de "O Livro dos Espíritos", Introdução VI: "Ensinam-nos que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à matéria (...)", quando faz Kardec um resumo dos ensinamentos dos Espíritos. Por essa passagem, podemos entender que quando a "sexualidade" é entendida - e vivida - como um apego excessivo as "sensações" materiais, ela é considerada uma "paixão" ou um "vício", que "aproxima o espírito do animal"

Quando falamos de Espiritismo, falamos do estudo dos processos pelos quais somos nós, espíritos imortais, submetidos pela força das Leis de Deus. Entender como esse processo de vinculação se dá a partir de práticas cotidianas é a chave para que entendamos a necessidade de alterarmos o nosso pensamento e nossas ações no sentido da liberdade e não da escravidão.

Jesus, há 2000 anos atrás, no Sermão do Monte, segundo o Evangelista Mateus (Capítulo 5, versículos 27 e 28): "Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." Inaugurava a Era do Espírito. Quando Jesus referiu-se a vários pontos da Lei Mosaica e complementou-os, mostrando a todos a força definitiva do pensamento além da ação, ele falava do espírito. Ora, o pensamento não cessa, não morre com a carne. Portanto, se o pensamento está vinculado à matéria, o espírito assim também o estará, sofrendo disso todas as conseqüências. Parece-nos bastante simples.

O grande desafio do Espírita é, portanto, compreender e agir no sentido de libertar seu pensamento das sensações materiais, alçando vôos mais altos em direção à sua essência, que independe da matéria. Em tudo na vida, não culpar, mas corrigir, não desistir, mas compreender que o erro é um passo às vezes ao acerto. Com esse entendimento sem tabus do sexo como processo divino, iremos fazer de nós certamente espíritos melhores.

Aguardamos dos amigos perguntas que nos permitam estudar juntos sobre dúvidas da humanidade, relacionadas ao sexo, aos processos espirituais e mediúnicos da sensualidade, à instituição do casamento, poligamia, processos espirituais de seres ligados ao sensualismo exacerbado, etc. Fiquem à vontade para ajudar em nosso estudo da noite. (t)


Perguntas/Respostas:

[01] Ao falar-se em Espiritismo e Sexualidade, nos vem à mente a seguinte questão: os espíritos desencarnados mantêm vida sexual ativa?


Como foi citado de "O Livro dos Espíritos" na introdução da palestra, copiamos novamente:

200) Têm sexos os espíritos? Resposta: "Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos."

No entanto, em "A Gênese", Capítulo XIV, item 4, quando Kardec trata dos Fluidos Espirituais, lemos: "É assim, por exemplo, que um Espírito se faz visível a um encarnado que possua a vista psíquica, sob as aparências que tinha quando vivo na época em que o segundo o conheceu, embora haja ele tido, depois dessa época, muitas encarnações."

Continuando, lê-se: "Não quer isso dizer que haja conservado essas aparências, certo que não, porquanto, como Espírito, ele não é coxo, nem maneta, nem zarolho, nem decapitado; o que se dá é que, retrocedendo o seu pensamento à época em que tinha tais defeitos (...) seu perispírito lhes toma instantaneamente as aparências, que deixam de existir logo que o mesmo pensamento cessa de agir naquele sentido."

Sob esse aspecto, portanto, podemos dizer que os espíritos desencarnados que mantém-se em pensamento nas funções sexuais que são, na verdade, constituintes de sua organização física - e que não precisam existir enquanto Espírito - realmente plasmam esses órgãos e essa organização em seu corpo espiritual e podem sim, por meio da ação do pensamento modificando esses fluidos espirituais, manterem "relações sexuais". Cabe, no entanto, ressaltar que espíritos dessa inferioridade normalmente necessitam "compartilhar" com os encarnados fluidos ainda mais pesados, razão pela qual estabelecem com pessoas encarnadas de pensamentos igualmente transviados obsessões simples, compartilhando-lhes os sentimentos, para se reportarem ao prazer que não mais podem possuir - o da sensação física. (t)

[02] Como muitas pessoas tem que o sexo é pecado, errado, como explicar melhor a questão da força sexual, nas casas espíritas?

A Casa Espírita, como órgão primeiro responsável pela divulgação do Espiritismo, deve primar pela educação do espírito. Sendo assim, deve informar ao freqüentador de suas potencialidades espirituais, das origens dos problemas que enfrenta, muito além do psicológico, no ser espiritual e procurar fazer com que esse freqüentador sinta a necessidade de melhorar-se nos pontos que vê que age incorretamente. Sem culpas que o prendam. É necessário conscientizar, mas que a conscientização, meus amigos, não esbarre em uma palavra que gerará remorso ou culpa, que têm efeitos contrários. A abordagem que o Espiritismo dá ao sexo é exatamente essa: a do sexo como mecanismo de troca não só fluídica, energética, mas como uma concretização de uma relação profunda entre dois espíritos. E que a escolha de fazer dessa relação algo positivo, duradouro, útil e bom é do espírito que a vive e de ninguém mais. O peso da responsabilidade com a força da liberdade é aquilo que faz do Espiritismo uma filosofia, muito mais do que uma seita religiosa dogmática. (t)

Duas perguntas correlatas: [03] Se nada acontece por acaso, como aprendemos na doutrina espírita, por que ocorre de certas pessoas nascerem com tendência homossexual? [04] O homossexualismo pode ser tomado como uma problemática no campo sexual? Como a doutrina espírita enfoca a postura sexual dos homossexuais?

No livro "Vida e Sexo" do espírito Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, o homossexualismo "não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível à luz da Reencarnação" (Página 89) [ esta citação foi retirada da palestra virtual proferida pelo Dr. Américo Domingos em 1997] A "tendência homossexual" e o "homossexualismo" são duas coisas bastante diferentes. Pelo menos representam uma mesma problemática, só que em níveis distintos. Quando um indivíduo sente em si uma "tendência homossexual", ou seja, atração de ordem sexual - ou mesmo afetiva - por outro indivíduo do mesmo sexo, acontece um processo interessante a nível espiritual. A psicoterapia trata essa "tendência homossexual" como "transtorno de identidade sexual", segundo a Dra. Carmita H.N. Abdo - médica psiquiatra, psicoterapeuta, professora do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas.

O Espiritismo nos diz, no entanto, que essa "confusão de identidade sexual" guarda, como nos diz Emmanuel, sua raiz na reencarnação. Por quê? Porque o indivíduo espiritual é aquilo que ele pensa. Quando se mantém ligado mentalmente a uma organização física tem uma dificuldade IMENSA de utilizar outro corpo carnal sem que essa ligação mental seja desfeita. O que isso significa? Um indivíduo que encarne como homem e, nessa encarnação, ligue-se doentiamente ao sexo, em disfunções e abusos que deixem sua mente entorpecida como objeto-corpo-feminino. Certamente em uma encarnação futura essa ligação mental não estará desfeita. E é por isso que, encarnando num corpo feminino, sentirá tendências que superarão a formação hormonal e física do corpo, porque está enraizada no seu espírito.

Assim a Reencarnação - e o Espiritismo - falam da homossexualidade. O homossexualismo, mais do que isso, é a utilização da homossexualidade em atitudes sexuais. Na realidade, convém que, em foro íntimo, cada qual se pergunte independente da orientação sexual, se está fazendo do sexo algo útil, bom, proveitoso, santo. Se o amor impera sempre ou são os impulsos. Essas respostas trarão à pessoa a conclusão sobre que tipo de processo está sofrendo, e que nível de ligação mental - e comprometimento espiritual - está tendo perante a vida. Eis tudo. (t)

[05] Como tratar o tema "masturbação" no grupo de adolescentes da casa espírita?

Normalmente o tema é tratado em grupo de meninos, mas é possível também tratá-lo em grupo de meninas. Isso porque a masturbação masculina é não só mais aceita como mais ativa durante a puberdade. Temos uma proposta de tratamento da questão:

Leve argila ou massa ao seu Centro Espírita e peça aos jovens adolescentes que esculpem o bumbum mais redondo e bonito que conseguirem. Instigue a criatividade sexual deles nesse trabalho artístico. Deixe que eles trabalhem bem sobre a obra de arte. Faça dois exercícios. O primeiro: retire do bumbum de um adolescente esculpido um pedaço da massa. E pergunte a ele como ficou. Ele certamente não gostará. "Meu amigo, você sabe que não existem bumbuns sozinhos no mundo. Eles pertencem a pessoas. Se eu tirei a massa do seu, poderia muito bem ter colocado novamente. Quer dizer então que você está julgando, se excitando e toda essa cena por causa de um pedaço de massa mole - gordura - colocada aqui ou ali, que pode ser modificada por qualquer cirurgião plástico? Isso é racional?". O segundo: peça para irem envelhecendo o bumbum deles e peçam para irem imaginando que ele pertence a uma pessoa que amam muito. Vão descrevendo o processo de envelhecimento e o sentimento em relação à pessoa. Vá conduzindo-os de modo a verem que o amor independe do sentimento físico, e que um bumbum não importa tanto assim. Leve-os a pensar sobre isso, e coloque a situação propositadamente ridícula do culto a um pedaço de gordura.

Não adianta muito falar do pensamento, da atração e dos processos espirituais que se desenrolam durante a masturbação. Adolescentes não funcionam normalmente com grandes reflexões. Ações mais imediatas e que os toquem à mente mais presente são preferíveis. Instigue-os à razão. (t)

[06] Qual seria o caminho prático de trocar essa má energia sexual que tanto vemos, por um equilíbrio espiritual?

Virar para si mesmo e repetir com Jesus (JO 8:10-11) "E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais." (t)

[07] Pode um espírito que viveu encarnado como homem apresentar-se com aparência de mulher num trabalho espiritual?

Kardec nos responde isso em "A Gênese", Capítulo XIV, item 4. Vejamos: "Se, pois, de uma vez ele foi negro e branco de outra, apresentar-se-á como branco ou negro, conforme a encarnação a que se refira a sua evocação e à que se transporte o seu pensamento." No caso de a evocação do espírito ser feita em relação a uma encarnação em que foi mulher ou que o pensamento desse espírito se reporte a essa encarnação, por qualquer circunstância, ele se apresentará como seu pensamento estiver comandando os fluidos perispirituais. Há ainda outro caso de Espíritos Superiores que moldam sua aparência como querem. Por motivos que por vezes nos escapam podem tomar aparências femininas, mas somente com finalidades úteis. Mas normalmente as aparências que vemos são de encarnações do espírito, para as quais o pensamento "desliza" mais facilmente em espíritos de mediana evolução. (t)

[08] A sexualidade exacerbada, como sabemos, nos aproxima da natureza animal. Como explicar o crescente aumento da sensualidade, da sexualidade, da supervalorização do corpo e da superexposição do mesmo? Estaríamos nós regredindo? Isto não parece contrário à lei natural da evolução?

Desde o advento da psicanálise, com Sigmund Freud, o homem descobriu que entre os processos psicológicos havia uma interpenetração de fatores sexuais. Freud, entretanto, atribuía a esses fatores sexuais as CAUSAS dos processos psicopatológicos. No entanto o seu trabalho foi excepcional porque mostrou como o fator sexual pode entrar no homem manipulando-o a vontade para fazer dele um indivíduo melhor, pela psicoterapia.

No entanto, como todo conhecimento humano, é sempre bem e mal utilizado. A grande onda de sensualismo que a mídia nos impõe vem dessa manipulação. O interesse não é outro senão o de ganhar dinheiro e criar poços de poder e manipulações humanas por orgulho e vaidade. Utilizam-se, para isso, de pontos da fraqueza humana, que foram descobertos com finalidades terapêuticas para induzí-lo à prisão e à dependência psíquicas, infelizmente. Como fizeram com a pólvora - inventada para fins úteis - em guerras, fizeram dos conhecimentos da sexualidade nos mecanismos psicológicos de Freud máquinas de ganhar dinheiro e poder, usando manipulação e dependência.

Quanto à sensação de que está havendo uma "involução", ela é irreal. O selvagem é "feliz"? A ignorância dos processos que o selvagem - e a humanidade pré-Freud - tinha lhe trazia uma certa "calma", uma aparência de normalidade. Mas na realidade, não estava pronta para lidar com a própria sexualidade de maneira compreendida e livre. O que nunca havia sido levado em conta está em aberto agora, como a ferida daquele que está pronto para a medicina começa a ser tratada, sendo limpa e colocada em aberto. Não há involução, apenas estamos preparados hoje para trabalhar os pontos que ontem desconhecíamos que éramos carentes. Tudo vai ficar bem. (t)

[09] Qual a função da sexualidade na vida das pessoas? Uma vez entendendo-se sexualidade num sentido amplo, que determina inclusive o "modus vivendi" de cada um, por que não reencarnamos todos com o mesmo sexo?

Vamos em "O Livro dos Espíritos", na questão 696. Lemos na resposta dos Espíritos: "(...) O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se observa entre todos os povos, se bem que em condições diversas."

A dicotomia dos sexos é algo FUNDAMENTAL para o aprendizado em nosso nível evolutivo. Os Espíritos dizem que "o mundo material poderia deixar de existir", porque o mundo espiritual é a única morada eterna e verdadeira, e o material é transitório. É um fato, mas para nós a encarnação é necessária. E na encarnação devemos desenvolver a solidariedade fraterna a partir do relacionamento com os nossos semelhantes. Vago demais? Sejamos mais específicos. O espírito se desenvolve do princípio inteligente, que não vê senão as finalidades materiais. No processo de perfeição deve utilizar-se do ponto em que está - e com o que seus sentidos, ainda atrofiados , estão acostumados - que é a matéria - como ponte necessária ao aprendizado. Não conseguiríamos desenvolver o sentimento de amor sem que para nós fosse necessário um cenário material, como é o caso da dicotomia dos sexos. A necessidade fisiológica passa, gradualmente, a dar lugar à vontade do homem, ao seu controle. É assim que é feito com o espírito em aprendizado, e é essa a finalidade da dicotomia - o aprendizado na Terra. (t)

[10] No atual estágio evolutivo dos homens (ser humano), pode-se dizer que o sexo é uma necessidade biológica? Se é, seria legítimo procurar sua satisfação ainda que fosse preciso recorrer a prostituição, por exemplo? Pode-se comparar a necessidade alimentar com a necessidade do sexo?

Em "O Céu e o Inferno", 1a. Parte, Capítulo VII, item "A carne é fraca", lê-se: "(...) Hoje, está plenamente reconhecido pelos filósofos espiritualistas que os órgãos cerebrais correspondentes a diversas aptidões devem o seu desenvolvimento à atividade do espírito. Assim, esse desenvolvimento é um efeito e não uma causa. (...) A carne só é fraca porque o espírito é fraco, o que inverte a questão deixando àquele a responsabilidade de todos os seus atos. A carne, destituída de pensamento e vontade, não pode prevalecer jamais sobre o espírito, que é o ser pensante e de vontade própria. O espírito é quem dá à carne as qualidades correspondentes ao seu instinto, tal como o artista que imprime à obra material o cunho do seu gênio. Libertado dos instintos da bestialidade, elabora um corpo que não é mais um tirano de sua aspiração, para espiritualidade do seu ser, e é quando o homem passa a comer para viver e não mais vive para comer. A responsabilidade moral dos atos da vida fica, portanto, intacta. (...)"

Para complementar a afirmação de Kardec, que é altamente esclarecedora Do livro "Vinha de Luz" escrito por Emmanuel (Espírito), pelo lápis de Francisco Cândido Xavier, na lição 10 ("Levantai os Olhos") lemos:

"'Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.' - Jesus. (Jo, 4:35)

O mundo está cheio de trabalhos ligados ao estômago.

A existência terrestre permanece transbordando emoções relativas ao sexo.

Ninguém contesta o fundamento sagrado de ambos, entretanto, não podemos estacionar numa ou noutra expressão.

Há que levantar os olhos e devassar zonas mais altas. É preciso cogitar da colheita de valores novos, atendendo ao nosso próprio celeiro.

Não se resume a vida a fenômenos de nutrição, nem simplesmente à continuidade da espécie.

Laborioso serviço de iluminação espiritual requisita o homem.

Valiosos conhecimentos reclamam-no a esferas superiores. (...)"

Acredito que as fontes bibliográficas transcritas aqui sejam a resposta que o amigo deseja. (t)

[11] Pode haver um bom propósito em se escolher uma vida de abstinência sexual perpétua, do ponto de vista espiritual?

"Perpétua, do ponto de vista espiritual" não deve significar "para sempre, para o espírito", porque isso é impossível. O espírito precisará, por mais que adote a abstinência sexual, que passar pelas experiências de formação familiar, aprendendo a fraternidade sob essa forma de amor, ainda ligado à dicotomia sexual. No entanto, sob o ponto de vista de uma única vida, sim, pode haver bom propósito. Vejamos alguns casos. Por exemplo, o espírito que se encontra em luta com a própria sexualidade, procurando não dar vazão a instintos que sabe errados, inúteis e nocivos, adota a abstinência sexual acompanhada do direcionamento de suas forças sexuais para outras áreas do amor, do serviço, do afeto e da caridade. Pode ser que o espírito, por força da tarefa que desempenha (ex: Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Mahatma Ghandi) deseje abrir mão de sua vida sexual por não comportar companheiras ao seu lado, evitando, assim, fazer do sexo uma obrigação irracional, sabem o que devem fazer e que o tempo não lhes permite adotarem a instituição família nessa vida. Enfim, há uma série de casos em que isso pode se aplicar, mas em todos eles, observe, há um direcionamento das forças sexuais para objetivos maiores, em prol dos outros. (t)

[12] Por que e quando o sexo nos aproxima da natureza animal?

Quando é feito de maneira "sensual", ou seja, prima pelas "sensações" ao invés de pela finalidade, pelo amor e pela troca de afeto, companheirismo e carinho. Quando é relegado a plano material e esquecida a sua finalidade maior. Isso ocorre porque o espírito, como foi dito, posiciona seu pensamento na direção da ligação material. A satisfação dos desejos materiais é característica dos animais, que não possuem vida moral e cuja inteligência não passa além dessas mesmas necessidades. Daí a comparação. (t)

[13] Devido aos diferentes níveis em que se encontram os espíritos ao desencarnar, uma vez que sabemos que a vontade pode criar muito no mundo espiritual, pode-se admitir a existência de relações sexuais no mundo espiritual?

Sim. Pode-se. (t)

Duas perguntas correlatas: [14] Homossexualismo é distúrbio espiritual ou orgânico, ou ainda misto? [15] Mas e se o homossexual tem um relacionamento de amor a dois?

Segundo o Dr. Américo Domingos, na palestra virtual que proferiu em 1997 sobre o tema "Sexualidade": "o homossexualismo tem uma origem biológica, ocorrendo uma mutação genética verificada ainda no início da gravidez, chegando ao ponto do hipotálamo, nos homossexuais ser 2 a 4 vezes menor do que nos hetero. (...) O hipotálamo regula o apetite, a temperatura corporal e o comportamento sexual (pesquisa do biólogo e neurologista americano do Salk Lake Institute de La Jolla, na Califórnia Simon Le Vay (é o nome do cientista) Também na Califórnia, na Universidade um estudo revela que a parte do cérebro chamada de junta anterior é 34% maior nos homossexuais em relação aos heterossexuais. (...) Outras pesquisas, agora no Canadá, na Universidade Mc Master, em Ontário revelam que a região do cérebro conhecida como corpo caloso é maior nos homossexuais (...)". O Dr. Américo, como médico, responde melhor a essa questão biológica que eu, que tenho formação na área das ciências exatas.

Vemos com isso que o homossexualismo encontra também no corpo físico suas manifestações. No entanto, vimos que o corpo obedece aos impulsos do espírito, que possui, por assim dizer, um psiquismo sexual de gênero diferente do seu corpo material, por uma ligação mental passada fora do normal à área sexual. Portanto, o processo tem origem no espírito e é transmitido ao corpo físico, sob a forma de mutações, no processo de encarnação. A psicologia trata o homossexualismo também como um desvio, como foi dito anteriormente, segundo conceituada psiquiatra citada.

O Espiritismo, no entanto, vê além das aparências e das conseqüências físicas e psíquicas. Vê - e deseja encontrar e educar - o espírito imortal. Esse espírito que está em evolução como todos nós estamos, e que não tem sexo, como nenhum de nós tem. Sob esse aspecto é que deve ser enxergado o homossexualismo, como um processo que o espírito deve trabalhar para a sua evolução. Nunca de maneira discriminatória ou como uma 'doença'. Como uma luta interior que se trava, como todos nós travamos, em busca da própria perfeição. Quanto ao amor, mais uma vez, é uma questão de foro íntimo, com a qual não podemos interferir. Cabe, somente, aos envolvidos levarem em consideração sempre a questão da ligação mental somente com as sensações materiais. Se elas existirem, o comprometimento espiritual está caminhando da maneira errada. (t)

[16] Como um espírito que tenha abusado do sexo durante sua reencarnação sacia seus desejos depois de desencarnado? Ficaria ele a obsidiar encarnados afins?

Sim, o processo é esse. Estando privado das sensações físicas, deseja referir-se às suas próprias aurindo os fluidos daqueles que ainda as praticam. Com isso retornam às sensações que tiveram pela lembrança, como se ainda sentissem a satisfação a nível físico, que, no entanto, é um processo puramente ilusório, já que não tem mais corpo carnal. (t)

[17] Analisando as teorias psicológicas de Freud, por exemplo, podemos compreender, e isso comprovado por pesquisas sérias, que o desenvolvimento da sexualidade tem um papel muito importante no desenvolvimento de pessoas com distúrbios de diversas categorias. Como devemos pensar isso de acordo com a doutrina espírita?

Falaremos um pouco sobre psicanálise. O professor Sigmund Freud, o pai da psicanálise, desenvolveu sua teoria que abordava a psiquê, cujo ponto central era é divisão da personalidade em três sistemas principais: o id, o ego e o superego. A transcrição a seguir foi feita do site especializado em Psicologia (Teoria Psicanalítica de Freud): http://users.linkexpress.com.br/mmm/psicologia/freud.htm

Segue o texto: "O id contém os instintos básicos do sexo e da agressão (também chamados instintos de vida e de morte). Seu conteúdo não está diretamente disponível à consciência. O id não pode tolerar aumentos dolorosos de tensão. (...) Conseqüentemente, se seu nível aumentar, seja por estímulos externos, seja por excitações produzidas internamente, ele procurará descarregar esta enorme tensão imediatamente, de maneira impulsiva e muitas vezes irracional. Este método impulsivo de redução-da-tensão, pelo qual o id opera, é chamado o princípio do prazer. (...) O superego tenta inibir os impulsos do id, especialmente os do sexo e da agressão, já que esses são aqueles cuja expressão é mais intensamente condenada pela sociedade. Tenta também convencer o ego a trocar metas realistas por moralistas. Com a formação do superego, o domínio sobre si mesmo substitui a direção dos pais ou externa."

Analisando o indivíduo dessa forma, Freud limita-se à existência atual e às agressões promovidas no desenvolvimento desses três fatores psicológicos durante várias fases da infância e adolescência onde podem ocorrer agressões e/ou distúrbios que promovem um desenvolvimento anômalo que causa neuroses posteriores. É sobre o tratamento dessas neuroses a que a pergunta do amigo se refere. Na realidade, o processo de tratamento está intimamente ligado ao processo de conhecimento das causas que levam os processos psicopatológicos a ocorrerem. Por isso vamos fazer um paralelo com o Espiritismo.

O Espiritismo, no entanto, aborda a questão sob um ponto de vista mais amplo. Reconhecendo a validade e a legitimidade dos estudos da ciência acadêmica, mostra, no entanto, que por trás dos componentes psicológicos e psíquicos há um ser imortal, que arrasta, pela força do seu pensamento, encarnação após encarnação seus traumas, seus vícios, suas dores, seus preconceitos e suas carências, e que essas carências determinarão, na nova encarnação, um molde a todas as suas formas: física, psíquica e perispiritual. O tratamento deve ser integral, ou seja, atingir todas as formas necessárias, mas não pode NUNCA prescindir de atingir o espírito, que é a fonte do pensamento e o foco irradiador de todos os problemas que se vêem em todos os outros níveis - e que se aproxima da teoria Freudiana na ação do que ele denominou "superego", ou seja, a imposição da vontade sobre o instinto, do Espírito sobre a matéria.

É nesse sentido que o tratamento espírita deve se utilizar do conhecimento freudiano - complementando-o. Casos de ordem psicopatológicas devem ser acompanhados por profissionais capacitados a isso. O Espiritismo irá dando a força necessária ao espírito do auto-conhecimento, discernimento e paz para que possa fazer do reequilíbrio realmente uma CURA. (t)

[18] Como saber se estamos sendo obsidiados sexualmente?

"O Livro dos Médiuns", Capítulo XX, item 227: "(...) Se o médium é vicioso, em torno dele se vêm grupar os Espíritos inferiores, sempre prontos a tomar o lugar aos bons Espíritos evocados. As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria. (...)"

Para analisar a nossa situação de obsidiados ou não sexualmente, basta analisar as nossas atitudes cotidianas. Segundo o que nos dizem os Espíritos em "O Livro dos Médiuns", as companhias espirituais que nos cercam serão de acordo com as nossas ações e pensamentos. Analisando os pensamentos, saberemos determinar exatamente quais são essas companhias. "Dize-me o que pensas e te direi com quem andas" (t)

[19] O que se pode considerar "certo" e/ou "errado" numa relação sexual, do ponto de vista espírita?

Certo = todo pensamento, ato, sugestão ou ação que vise a satisfação e a felicidade de ambos. Que tenha em si respeito, carinho, amor. Tudo aquilo que você não teria vergonha de falar a si mesmo no dia seguinte - nem à outra pessoa. Toda ação que não faça renegar a personalidade que compartilha contigo o ato sexual em prol simplesmente do seu corpo físico. Tudo aquilo que poderia ser feito acompanhado de um abraço carinhoso e meigo, de preocupação com aquele que se ama.

Errado = Tudo aquilo que não é certo. :) (t)

[20] O que é "sexo desregrado"? Há um limite fixo para esse conceito, ou varia de acordo com as culturas e as épocas?

Pergunta interessante. Como sabemos, o "aceitável" pela sociedade modifica-se ao longo do tempo. Para se ter uma idéia, na Grécia o homossexualismo era assunto natural e tratado de maneira plenamente aceita pela sociedade. Em Roma as grandes reuniões carnais grupais eram fato comum e feitos pelos grandes ditadores do Império, aceito pela sociedade como "regra". Em várias culturas religiosas, as sacerdotizas que eram responsáveis por deuses que cultuavam o corpo por vezes participavam de rituais sexuais também plenamente não só aceitos, mas divinizados. Na Idade Média o sexo era visto como pecado pela Igreja. Sua prática devia ser sempre rápida e o mínimo de vezes possível somente para garantir o mínimo da procriação da espécie. Era considerado um ato sujo e do qual todos deveriam se envergonhar. Nessa época, o próprio sexo - independente da forma - era "desregrado".

A própria cultura ocidental moderna assiste a uma crescente "quebra de tabus" do sexo, principalmente desde o início do século até os dias de hoje, quando começaram a assimilar as incursões de interesses externos baseados no conhecimento trazido pelo Prof. Sigmund Freud para a manipulação da psiquê humana, ao invés do tratamento sadio proposto pelo Prof. Freud.

Portanto, o conceito de "desregrado", ou seja, "fora da regra social" é mutável sim, e bastante, de acordo com a cultura, com a sociedade, com o tempo e com os Espíritos que constituem determinada comunidade. No entanto, convém ressaltar que, de acordo com a resposta à questão de número 19, o conceito CONSCIENCIAL de "certo" e "errado" é invariável com o tempo. Se tivesse sido observado em todos os tempos o conceito de respeito, amor, compreensão e empatia a evolução do homem em relação ao conhecimento da própria sexualidade teria sido incrivelmente mais rápida, lisa e satisfatória, impulsionando, quem sabe, o conhecimento de si mesmo. (t)

Duas perguntas correlatas: [21] Então o sexo deve ser feito unicamente para procriação! Então onde fica o desejo? Homem e mulher não só fazem sexo para procriar! É sabido que o homem precisa de sexo como precisa de alimentação! [22] Se a função do sexo para o ser humano não é apenas para reprodução, mas também para troca afetiva, a sua repressão representaria um desequilíbrio para o ser?

Referenciaremo-nos ao livro "Evolução em Dois Mundos", escrito pelo Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, Parte I, Capítulo 18, página 144: "(...) Isto ocorre porque o Instinto Sexual não é apenas agente de reprodução entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos que lhes são necessários ao progresso"

A partir da informação que nos trouxe o Espírito André Luiz, e das constatações da psicologia, sabemos que o sexo não é somente um mecanismo para procriação. Deve ser um instrumento de renovação de energias, pela doação respeitosa e recepção consciente da intimidade, do carinho, do amor.

No entanto, dizer que "o homem precisa de sexo como precisa de alimentação" é uma banalização desse sentimento, atribuindo a ele somente uma significação fisiológica. O Espiritismo nos diz que o sexo não é uma função fisiológica somente, mas que somente se manifesta no corpo carnal dessa forma, sendo um conjunto de atribuições do espírito.

A respeito disso, recorreremos novamente ao livro "Evolução em Dois Mundos", Parte I, Capítulo 18, página 146, onde lemos: "(...) O sexo reside na mente, a expressar-se no corpo espiritual, e conseqüentemente no corpo físico, por santuário criativo de nosso amor perante a vida, e, em razão disso, ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças, sem escamecer e desarmonizar a si mesmo." (André Luiz)

Portanto, a banalização e o tratamento animalizado do sexo como uma "necessidade fisiológica" deve ser substituído - com urgência - pelo conhecimento do processo como um processo da mente, e verificado até que ponto a conceituação de "necessidade fisiológica" está compatível com a necessidade do Espírito de praticá-lo. É possível que espíritos não o pratiquem sem que com isso sintam-se diminuídos nem com alguma necessidade não satisfeita. Com isso entramos na segunda pergunta.

A "repressão" certamente é muito ruim para o espírito, no entanto a "liberação a nível físico" simplesmente pode lhe ser ainda pior - com conseqüências para si e para os outros idem. Se o espírito sente a necessidade do sexo e precisa lançar mão de alguma auto-repressão é porque tem dentro de si alguma tendência que precisa analisar, porque não está tendo um correto conceito do sexo. Lembramos, enfim, que há espíritos que não lançam mão do sexo, sem, no entanto, necessitarem "reprimí-lo", porque, por opção, direcionam suas energias sexuais para outras atividades de serviço e de bem, enquanto, conscientes, procuram harmonizar-se melhor para o cumprimento de suas tarefas. É uma atitude muito corajosa e madura, quando é feita essa constatação. (t)

[23] Gostaria de saber sobre a existência dos íncubus e súcubos.

Tais expressões não constam da codificação espírita. Desconheço seu significado. Desculpe. (t)


Considerações Finais do Palestrante:

Amigos, estamos em época de carnaval. Vamos refletir bastante sobre o papel do sexo em nossas vidas. Na realidade, quando pensamos no ato sexual devemos estar prontos e completamente conscientes de que é um ato de extrema responsabilidade, amor, doação e carinho. Devemos abrir os nossos espíritos, despindo nossas almas num encontro de afeto muito mais do que despindo os nossos corpos físicos. E se algo de errado ocorreu em nosso passado, que a culpa não nos paralise os movimentos, porque não há condenação eterna, somente aprendizado em luta para a perfeição.

Meus queridos, amigos, tenhamos responsabilidade. Se não podemos ainda compreender e agir em cima das causas, pelo menos por amor ao nosso próximo, ajamos em cima das conseqüências do ato sexual. Nenhuma criança tem que responder pela volúpia exacerbada dos instintos sexuais de ninguém. Ajudem a todos nós - digam NÃO ao Aborto. Digam NÃO à exploração sexual infantil. Digam SIM ao sexo com responsabilidade. Porque só ele poderá fazer do homem mais do que um ser humano justo, um ser humano feliz. Deus abençoe sempre a todos. (t)

Comentário de filme: Busca Implacável (Taken)

Sinopse: Bryan Mills (Liam Neeson) é um ex-agente do governo, que deixou o emprego para que pudesse passar mais tempo com Kim (Maggie Grace), a filha que teve com sua ex-esposa Lenore (Famke Janssen). Ele passa então a trabalhar com antigos colegas, realizando serviços leves de segurança particular. Um dia Kim pede ao pai autorização para que viaje a Paris com uma amiga, a qual é negada pelo fato de que Bryan sabe bem os perigos que ela correria em um país estranho. Isto não a impede, fazendo a viagem assim mesmo. Só que o temor de Bryan se concretiza, já que logo após a chegada Kim e sua amiga desaparecem.

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/busca-implacavel/busca-implacavel.asp

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Olá, pessoal!

O cinema nos apresentou recentemente o filme acima, que desperta nossa atenção para uma frase muito comum vinda dos pais de jovens: “eu confio em você, mas não confio no mundo.” Essa expressão traz alguns assuntos graves para nossas reflexões quando tratamos dessa fase de descoberta do mundo pelos jovens: a responsabilidade e confiança entre pais e filhos.

São muitas as situações na rotina social das cidades que podem expor os jovens a riscos. São festas (um aniversário, uma formatura, um churrasco...), baladas (um barzinho, uma danceteria, um show...), um passeio (cinema, um parque, um evento...), uma viagem (próxima ou distante)... Não há dúvidas de que desfrutar desses bons momentos com amigos é uma grande alegria, mas nem sempre as pessoas que cruzam nosso caminho são movidas pelas boas intenções. É importante ficarmos atento a isso.

Antes, para sair de casa e aproveitar um momento agradável, há uma rotina muito particular. Vejamos como acontecem as negociações:

- O convite: tal evento, tal dia, tal horário, em tal local. (Essa é imperdível!!!)
- Interrogatório dos responsáveis: Quem vai, como vai, como volta, que horas começa, que horas termina e o que vai acontecer? (Pensei que nunca acabaria com tantas perguntas...)
- A negociação com os pais: Argumentação, comparação com os pais dos amigos, choros, gritos, discussão, vontade de quebrar tudo e ir embora de casa... (Mas tudo deu certo e agora falta pouco.)
- Cláusulas da permissão: “Você vai se...” – Roupa, companhia, transporte, telefonema, comportamento, horários... (Meu Deus! Em que planeta eles vivem?!?!?)
- Permissão concedida: Voto de confiança, recomendações, responsabilidade assumida, tranquilidade para os pais... (Se tem que ser assim, né??)
- Análise das perdas da negociação: O que deixará de ser aproveitado se cumprir com essas ou aquelas determinações? (Não acredito que vou perder a melhor parte!)
- Manobras para contornar o “problema”: Uma estorinha, uma mentirinha, um segredo, um álibi... (O que os olhos não veem, o coração não sente...)
- Consequências das manobras: Cada caso é um caso, dependendo da experiência vivida. (A vida é bela, as pessoas são lindas e nada vai dar errado...)

Nesse breve roteiro, podemos pensar que tudo acontece de forma quase idêntica em praticamente todas as casas e com praticamente todas as famílias.

Qualquer semelhança não é mera coincidência.

Voltando à sugestão do filme, os fatos mostrados na trama, embora fictícios, retratam... quando as coisas dão, realmente, errado, fogem do controle e o que era uma alegria garantida torna-se um verdadeiro inferno para todos, tudo por causa de uma simples quebra de confiança.

Uma das ideias da popular Lei de Murphy diz: “Tudo que pode dar errado vai dar errado.” Por incrível que pareça, isso é algo que realmente acontece.

Em casa temos nossa fortaleza. Convivemos com pessoas que se preocupam conosco e desejam sempre o melhor. Muitos pais dizem: “quando você tiver os seus filhos você vai entender”. De fato, trocando os papéis, temos uma visão diferente da mesma situação mostrando que sem confiança e responsabilidade nada se constrói no mundo. Além disso, a confiança é uma virtude que se constrói aos poucos, com o passar do tempo, com demonstrações de responsabilidade e respeito mútuos.

Portanto, na relação entre os pais e filhos é de fundamental importância que haja essa ponte ligando-os, acima dos laços físicos, coração com coração, mente com mente.
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Comentário por: André Luiz Rodrigues dos Santos: paulista, espírita desde 1991, militar e professor. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de Atendimento Fraterno, divulgação e estudos doutrinários no meio virtual.

Notícia: A diferença entre medo e fobia.

Por Adriana Bifulco.

- Você tem medo de escuro ou passa tremendamente mal só de ver a figura de uma barata na página de um livro? Então saiba então que as duas situações são bastante distintas.

De acordo com Rita Calegari, chefe do departamento de psicologia do Hospital São Camilo-Pompeia, na zona oeste da capital paulista, medo é uma reação de autopreservação. "Ele não deve ser combatido e eliminado. É desejável, saudável e importante para nossa sobrevivência", explica.

Existem, no entanto, aqueles que não têm medo. "Trata-se de um transtorno de humor, seus portadores são bipolares (têm duas polaridades: uma de depressão e outra de agitação psicomotora). A pessoa perde a noção do medo e do perigo", avisa Luiz Gonzaga Leite, chefe do departamento de psicologia do Hospital Santa Paula, em São Paulo, e doutor em psicologia pela PUC-SP.

Já a fobia, segundo Rita, é semelhante ao medo, mas nela existe um nível de ansiedade que interfere na vida cotidiana da pessoa. "Muitos que sofrem de fobia não a interpretam como doença, mas como falha do caráter e da personalidade. O fóbico reconhece que seu medo é excessivo, mas não consegue controlá-lo", enfatiza.

Rita explica que a fobia envolve transtorno de ansiedade em algum nível. De acordo com a profissional, para tratar tanto esse mal quanto a Síndrome do Pânico são necessários medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos. "A Síndrome do Pânico é um transtorno involuntário. O indivíduo tem um mal-estar súbito, que envolve taquicardia, sudorese, tremores, vertigens e sensação de desmaio. É um mal de difícil diagnóstico, pois até a pessoa chegar ao hospital, esses sintomas já passaram. Ela faz exames que não apontam nada. Essa síndrome provoca um grande impacto na rotina do paciente, pois ele não tem como prever quando vai acontecer".

Rita complementa que, tanto na Síndrome do Pânico quanto nos casos de fobia, o tratamento é feito com ansiolíticos e antidepressivos, além de terapia.

Perfil - Leite esclarece que as fobias atingem 10% da população. Na maioria das vezes, ele adverte, os fóbicos são inteligentes, responsáveis, sensíveis, com certa tendência a serem detalhistas e controladores. "Essas pessoas passaram, em algum momento de suas vidas, por alguma experiência de morte. São indivíduos metódicos, sistemáticos e controladores", diz Rita.

"Eles têm ideia de controle através de rituais, gestos, tiques, não conseguem nomear o que estão sentindo. Eles criam rituais e acreditam que estão dominando a situação", acrescenta Leite.
De acordo com Rita, muitas vezes esses transtornos surgem diante de algum fato estressante que ocorre na vida do paciente. "Por isso é importante não desprezar sintomas, quanto antes o problema for diagnosticado, melhor.

As fobias mais comuns:
1. Claustrofobia - mede de lugares fechados, como ambientes pouco ventilados, túneis, elevadores e até equipamentos de ressonância magnética e de tomografia;
2. Eritrofobia - medo de sangue;
3. Agorafobia - medo de lugares cheios de gente como shoppings centers, locais de shows, ruas de comércio e estádios;
4. Hidrofobia - medo de água, de entrar no mar e em piscinas;
5. Glossofobia - medo de falar para plateias;
6. Amaxofobia - medo de andar de carro;
7. Hipsiofobia - medo de altura;
8. Medo de animais domésticos, como gato e cachorro;
9. Medo de insetos ou animais peçonhentos;
10. Fobia social - É facilmente confundida com timidez. A pessoa tem medo de se expor, evita contato social e estar em evidência. Esses indivíduos têm dificuldade de envolvimento amoroso. Trata-se de uma timidez patológica;

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/26022009/25/entretenimento-diferenca-medo-fobia.html

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COMENTÁRIO:

O medo é um instrumento extremamente útil à sobrevivência aqui na Terra. Imagine se não tivessemos medo de bater o carro, de se afogar, de se queimar, etc, provavelmente não sobreviveríamos por muito tempo.

Sendo uma coisa boa e útil, como o medo pode nos fazer mal?

"908. Como definir o limite em que as paixões deixam de ser boas ou más?

-As paixões são como uma cavalo que é útil quando governado e perigoso quando governa. Reconhecei, pois, que uma paixão se torna perniciosa no momento em que a deixais de governar e quando resulta num prejuízo qualquer para vós ou para outro."

Muitas vezes estas fobias tem fatos reais como origem, mas são exarcebadas e acabam provocando uma ansiedade que muitas vezes chega a parecer insuportável. E a medida em que o tempo passa e a pessoa se deixa controlar mais pela doença, esta fobia se afasta do objeto real, onde apenas a idéia pode desencadear os sintomas da fobia.

Podem ser também portas abertas para a influência espiritual perniciosa, que transmitindo pensamentos negativos podem aumentar a ansiedade e os sintomas fóbicos.

Não sei se há uma cura para a fobia, mas o indivíduo deve através do autoconhecimento, buscar controlar cada vez mais suas reações, para que consiga garantir uma boa qualidade de vida, além disso cultivar o hábito da oração, os pensamentos positivos e os bons sentimentos poderão fortalecer a sintonia com os bons espíritos.

(Comentário por: Claudia Cardamone, psicóloga e espírita. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de atendimento fraterno e notícias.)

terça-feira, 10 de março de 2009

Conflitos

1 – Vivo em conflito permanente com meus pais, que não concordam com meus hábitos, minha maneira de ser. Pretendem impor disciplinas com as quais não concordo. Se não estavam dispostos a me aceitar como sou, por que me conceberam? Não pedi para nascer!

Lamentável engano. A rebeldia implícita em sua postura revela que você, muito mais do que pedir, implorou para nascer em seu lar. Foi a oportunidade abençoada de sair das regiões umbralinas, no Além-túmulo, por onde terá transitado, entre angústias e aflições. Considere que a barra é bem mais leve em seu lar.

2 – Tudo bem que eu tenha pedido para nascer. Mas eles são muito controladores. Querem se imiscuir em tudo que faço.

É porque não veem em você a firmeza e a disciplina necessárias para soltar as rédeas. E não se esqueça de que eles pagam suas contas. É de justiça, portanto, que leve em consideração o que dizem.

3 – Mesmo que não concorde? Meus pais parecem viver noutro planeta.

Um psicólogo chamaria isso de conflito de gerações. Será superado quando lhe pesarem os anos e você reconhecer que as coisas não eram bem como imaginava. Até lá terá quebrado a cara muitas vezes. Será bem melhor, menos traumatizante, se admitir que seus pais talvez tenham razão e dispuser-se ao diálogo com eles, sem a pretensão de impor a liberdade de jogar como deseja, no cassino da Vida, sem cacife para isso.

4 – O problema é que meus pais me sufocam...

Se não concordar com sua maneira de ser e com suas ideias é sufocá-lo, você vai ter problemas a vida toda, porquanto sempre encontrará pessoas que pensam diferente, e terá que se submeter a disciplinas que não guardam compatibilidade com seus interesses e seus desejos.

5 – Uma das coisas que mais me aborrecem em meus pais é acharem ruim que eu ouça música em meu quarto.

Certamente reclamam do volume. Assim como você quer a liberdade de curtir um som em seu quarto, seus pais têm o direito de não ouvi-lo no quarto deles. Torturar os próprios tímpanos, exercitando masoquismo, é escolha sua. Impor essa tortura aos familiares é exercício de sadismo. Que tal usar fones de ouvido?

6 – Também me aborrecem com a mania de ordem em minhas coisas. – Arrume o quarto! Olha a bagunça! Apague as luzes! Cuidado com o chuveiro elétrico! – É o dia todo! Por que não me deixam em paz?

Dizem os mentores espirituais que esse desleixo é uma tendência herdada do trânsito pelo umbral, onde impera a desordem. Uma boa razão para você organizar-se. Imagine se todos em sua casa fossem assim displicentes! Em breve estariam numa sucursal umbralina.

7 – Não deveriam cobrar-me tanto. Afinal vou indo bem na escola. Tiro notas sofríveis, é verdade, mas nunca levei “bomba”.

Não faz nada além da obrigação, já que esse é o seu único compromisso, não com seus pais, mas com seu futuro. Notas sofríveis não são suficientes para quem quer entrar numa faculdade e preparar-se adequadamente para enfrentar os desafios da Vida.

8 – A gente acaba cansando das cobranças.

Quem recebe cobranças é o mau pagador. Se quer viver em paz com a família e consigo mesmo, experimente cumprir seus deveres escolares e familiares, levando a sério suas obrigações.


(Contribuição de Richard Simonetti. Artigo contido no livro "Dúvidas e Impertinências", a ser lançado em Abril/2009 - site: www.richardsimonetti.com.br e CEAC - www.ceac.org.br)

Biografia: Samuel Hahnemann

Christian Friedrich Samuel Hahnemann nasceu em 10 de abril de 1755, em Meissen, na Saxônia. Seus pais lhe deram o nome de Christian, seguidor de Cristo ; Friedrich, protegido do rei; Samuel, Deus me escutou, em sinal de reconhecimento a Deus.

Seu pai era pintor de porcelana e ele mesmo foi preparado para seguir a carreira paterna. Desta forma, aprendeu na Escola várias línguas estrangeiras: inglês, francês, espanhol, latim, árabe, grego, hebreu e caldeu, além da língua nacional. O objetivo era poder, no futuro, comercializar em outros países a porcelana.

Mas, o seu destino seria outro. Foi estudar Medicina em Leipzig e Viena. Por ser pobre, sustentava-se fazendo traduções, e assim entrando em contato com obras sobre doutrinas existenciais.

Em 1812, era docente da Universidade de Leipzig. Contudo, na carreira médica se mostrava inquieto por não conseguir bons resultados na cura dos enfermos que tratava. Seus amigos diziam que ele sonhava, que tudo que almejava era utopia." O homem é limitado mesmo, limitados também seus conhecimentos."

Finalmente, aos 36 anos, após a morte de um amigo que cuidava clinicamente, resolve abandonar a medicina. Adentra o seu consultório e avisa a seus pacientes que não mais os atenderá. Se os não pode curar, de que vale a sua ciência! E despede a todos.
Está profundamente desanimado. Para sobreviver e sustentar a família, trabalha em traduções, mais especialmente na área da química e da farmacologia.

Fazendo a tradução de uma obra de um médico escocês William Cullen, no ano de 1790, surpreende-se com a descrição das propriedades do quinino. Chama-lhe a atenção, em especial, o fato de que a intoxicação pelo quinino tinha sintomas semelhantes aos da enfermidade natural da febre intermitente.

Ele próprio passou a ingerir doses de quinino, comprovando que os resultados eram semelhantes à febre combatida por aquele produto.

Repetiu a experiência com outras drogas, como o mercúrio, a beladona, a digital, sempre no homem sadio, concluindo por elaborar a doutrina homeopática, resumida na expressão : "similia similibus curantur", ou seja, sintomas semelhantes são curados por remédios semelhantes.
Já no ano de 1796, suas observações foram divulgadas. Observações que passariam a compor sua mais importante obra: O Organon, publicado em 1810, onde explica seu sistema e cria a Homeopatia. Depois, publicaria Ciência Médica Pura e Teoria e tratamento homeopático das doenças crônicas.

Nos princípios homeopáticos estabelece-se que toda substância que, em dose ponderável,é capaz de provocar no indivíduo são um quadro sintomático, também tem capacidade de o fazer desaparecer, com administração em pequenas doses. Também que a preparação dos medicamentos requer diluições infinitesimais, pois que elas teriam a capacidade de desenvolver as virtudes medicinais dinâmicas das substâncias grosseiras.

Desde os primeiros momentos, Hahnemann sofreu acirrada campanha contrária ao que expunha, em especial dos farmacêuticos, pelo que muito padeceu.

Somente em 1835, já com seus 80 anos, viúvo, foi procurado por uma jovem que o buscou em sua cidade como último recurso médico e foi por ele curada. Eles se consorciam e ela o leva para Paris, onde finalmente obtém geral reconhecimento.

Foi em Paris que ele desencarnou a 2 de julho do ano de 1843, 14 anos antes de vir a lume O livro dos espíritos e nascer, portanto, a Doutrina Espírita.

Compondo a equipe espiritual responsável pela Codificação, deu seu contributo particularmente em O evangelho segundo o espiritismo, cap. IX, Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos, onde assina a mensagem do item 10, tratando das virtudes e dos vícios que são inerentes ao Espírito. A mensagem foi dada em Paris, no ano de 1863.

À guisa de curiosidade somente, no mesmo ano, a 13 de março, na Sociedade Espírita de Paris, tendo como médium a sra. Costel, Hahnemann dissertou a respeito do estado da ciência à época, em resposta a um médico homeopata estrangeiro, presente à sessão. Dita dissertação se encontra no volume sexto da Revista Espírita.

Fonte: www.espirito.org.br

Notícia: Música estimula vida sexual dos jovens, diz estudo.

Um estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que adolescentes que escutam músicas de conteúdo sexual depreciativo têm uma vida sexual mais ativa.

A equipe da Universidade de Pittsburgh entrevistou 711 jovens dos 13 aos 18 anos de idade sobre suas vidas sexuais e hábitos musicais.
Eles perceberam que os que ouviam músicas com versos sobre sexo explícito e agressivo regularmente, cerca de 17h por semana, tinham o dobro das chances de fazer mais sexo do que os que ouviam músicas apenas 2,7h no mesmo período.
Os especialistas classificaram como letras vulgares as que descrevem o sexo como um ato puramente físico e relacionado a relações de poder, diz o estudo divulgado na publicação especializada American Journal of Preventative Medicine.

Papel dos pais

Os pesquisadores se recusaram, no entanto, a nomear as canções que consideraram depreciativas, dizendo apenas que versos como I’m gonna beat that pussy up ("Eu vou bater naquela vulva", em tradução livre), são comuns nas letras.
O coordenador da pesquisa, Brian Primack, disse que apesar de a pesquisa ter encontrado um elo entre música e sexo, "é difícil afirmar que canções de sexo contribuam diretamente para que os jovens façam sexo mais cedo".
"Eu acredito, no entanto, que os pais devam considerar os resultados. É tentador dizer que música é só ‘coisa de jovem’".
"Eu não estou dizendo que os pais devam tentar banir este tipo de música. Isso não vai ajudar. Mas eles devem falar com seus filhos sobre sexo e colocar este tipo de música no contexto correto", completou.

Notícia publicada na BBC Brasil, em 24 de fevereiro de 2009.

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Comentário:

No livro A Gênese, Allan Kardec define a obsessão como uma ação persistente que um mau Espírito exerce sobre um indivíduo. Sabemos que um Espírito pode nos influenciar oferecendo-nos os mais diversos pensamentos estranhos, porém se ele tiver sintonia conosco, ou seja, se pensarmos da mesma forma, iremos aceitar facilmente estes pensamentos estranhos.
Agora, com os ipods, mp3, mp4 e demais tecnologias, os jovens estão sempre ouvindo músicas. Isto, por si só, já é nocivo ao organismo, principalmente ao aparelho auditivo, que é sensível, e a sua exposição constante a sons altos pode, com o tempo, produzir sérios danos. Mas e ao espírito?
O que acontece com um jovem que passa várias horas por dia ouvindo músicas com frases que estimulem a violência e o sexo desregrado? É claro que nem todo jovem vai se tornar agressivo, mas se este pensamento tiver sintonia com ele, e se já pensava em fazer coisas, será que a música não vai potencializar isto, de forma que o jovem fique cultivando pensamentos correlatos?
Não estou dizendo que devemos proibir as músicas, o ipod, etc, mas precisamos refletir o que os estímulos da vida moderna podem fazer conosco, de que forma eles podem nos influenciar. Precisamos estar mais conscientes de nós mesmos e o esclarecimento é o melhor instrumento para isto.

(Comentário por: Claudia Cardamone, psicóloga e espírita. É membro da Equipe do Espiritismo.Net, trabalhando nos setores de atendimento fraterno e notícias)

segunda-feira, 9 de março de 2009

A Palavra é sua: Trocando ideia 4

Tema para trocarmos ideia: "Sexualidade"


Continuando a ideia do a Palavra é sua, para intercambiamos conhecimento e entendimento, seguindo a linha do "Projeto Trocando Ideias", da FERGS, só que aqui na net, colocamos nosso quarto tema pra trocarmos ideia, ok?! :)

Fica, então, aqui, o espaço para que a juventude comente o tema. E aguardamos vocês aumentarem essa lista, combinado?!

Vocês podem participar de duas formas:

1) Escrevendo pra nós através do email : blogjovem@cvdee.org.br, que receberemos e publicaremos a participação do seu conhecimento, ideia, artigo, etc sobre o assunto;
ou
2) clicando aí embaixo em comentários, e deixando sua participação.
Beleza?

O tema desta semana será: "Sexualidade"


Estamos, por aqui, aguardando você!;)

beijos e abraços

Artigo: Respeito: fator primordial da Educação!

Respeito: fator primordial da Educação!

Quando João e Camila chegaram em casa, vindos da escola, o avô, que ali estava em visita, percebeu que eles traziam um ar de tristeza estampado na face. Após os cumprimentos, em forma de beijos carinhosamente recíprocos, o avô perguntou-lhes:
— Que é isso? Noto tristeza nos dois...
— Pois é, Vô — adiantou-se Camila —, aconteceu uma coisa horrível na escola.
— Um aluno, de outra classe — completou João — levou um revólver para a escola e deu um tiro num colega!
— Santo Deus! — exclamou o avô, querendo saber: e o que aconteceu depois?
— O pronto-socorro e a policia foram chamados. O que atirou foi para o Juizado de Menores e o ferido para o hospital. Ninguém consegue entender como uma coisa dessas foi acontecer justamente numa escola!
Após meditar um pouco, o avô disse aos netos:
— Isso acontece porque o mundo de hoje está carente de respeito. As pessoas estão cada vez mais se afastando dos princípios mais simples da boa educação.
— Como assim, Vô, se quem atirou até então sempre foi educado? — questionou Camila.
— Educado, sim, mas respeitoso, não.
— Eu também não estou entendendo isso — disse João, solidário a Camila.
— Vou lhes explicar: se em vez de atirar esse aluno ao menos procurasse conversar com o colega para tentar resolver as coisas entre os dois, certamente encontrariam um ponto de acordo e talvez até se tornassem amigos. Em tempo algum, problema algum, encontrou solução pela violência. Só com acordo.
— Mas o senhor disse que ele faltou com o respeito... — interveio Camila.
— Querem ver quantas vezes ele foi desrespeitoso? Pois vamos contar:
1. – para com seu pai, do qual pegou escondido a arma e que agora, como responsável, terá enorme dor de cabeça junto à lei e às autoridades;
2. – para com a Educação escolar, ao entrar na escola levando na mochila livro e revólver juntos: livros ensinam a viver e revólveres só servem para matar...
3. – para com os professores e colegas, pois usando uma arma de fogo ali, não pensou que de uma bala perdida pudesse morrer mais gente além do seu infeliz plano;
4. – para com as duas famílias: a sua e a do colega ferido, pois já pensaram no desespero que agora devem estar esses pais, irmãos, avós?
5. – para com o sentimento religioso, certamente recebido de sua família, pois todas as religiões — todas, sem exceção — só ensinam o bem e o amor ao próximo.
Respirando fundo e abraçando com carinho os netos, o avô concluiu:
— O desrespeito maior, porém, foi para com Deus, porque tentou tirar a vida de alguém e a vida é o maior presente do Criador a cada um de Seus filhos. Com esse gesto tão infeliz esse aluno despedaçou muitas vidas, além da própria.
— Vô! — perguntou Camila — tem um jeito da gente saber se está agindo com respeito, tanto para com todo mundo, quanto para com Deus?
— Tem sim e é simples, simples: pergunte a si mesma se o que você está ofertando aos outros, em palavras, gestos, atitudes e ações é exatamente o que você gostaria de receber deles ou de quem quer que seja...
(Ribeirão Preto/SP – Eurípedes Kühl, especialmente pro Blog Jovem-EspNet/CVDEE)