sábado, 10 de setembro de 2016

Reflexão...


Mayse Braga - mensagem de valorização a vida


Setembro Amarelo: Falar é sempre a melhor opção - Pela Valorização da Vida

O Centro de Valorização da Vida desenvolve um trabalho para a prevenção do suicídio. Com sigilo absoluto, atende por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias. Procure ajuda. Falar é sempre uma boa opção, clique aqui: Centro de Valorização da Vida

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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão - A021 – Cap. 7 – Apontamentos Novos – Segunda Parte

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970

Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

A021 – Cap. 7 – Apontamentos Novos – Segunda Parte


Apontamentos novos

— E terá ela probabilidade de se refazer? — indaguei, interessado.
Sempre muito sereno, o interlocutor fitou-me com os seus olhos muito claros e brilhantes, e disse:
— Como você sabe, Miranda, a Lei é de Amor, sem dúvida; no entanto, também é de Justiça e de Misericórdia. Muito dependerá da menina Mariana. Falou-nos Dona Rosa que o esculápio diagnosticara tratar-se o seu problema de uma «crise histérica», deixando maliciosamente a suspeição de ser o problema de ordem sexual, que não tenho autoridade técnica do assunto para contestar. Acreditam os discípulos de Freud, que no sexo se encontram as explicações para quase todos os problemas que afligem o homem, na Terra. A comunhão afetiva, inegàvelmente, vazada na excelência do amor, consegue sublime intercâmbio de forças e energias de variada espécie que restauram, às vezes, as organizações físicas e psíquicas em desalinho, especialmente quando de tal intercâmbio resulta a bênção de filhos, pois que os inimigos espirituais quase sempre tomam a roupagem filial e renascem nos braços dos seus antigos adversários, libertando-os temporàriamente das perturbações que antes experimentavam — o que dá aos materialistas a falsa impressão de que o problema foi resolvido pela comunhão sexual calmante, por ignorarem, os que assim pensam, as leis das reencarnações, que são santificadoras portas de paz! — para surgirem outras implicações, mais tarde, que somente o amor, a abnegação, o perdão puro e a humildade, amparados na oração, podem eqüacionar. Confiemos que Mariana se liberte quanto antes da atual conjuntura e se possa preparar para o amanhã vitorioso. Há também um argumento que contraria a tese materialista que atribui ao sexo proezaz quase ilimitadas.
Não poucas vezes casais perfeitamente harmonizados e sexualmente tranquilos, descambam para lamentáveis desequilíbrios, os quais não se enquadram na apressada solução do uso do sexo, como moderador para o campo emocional.
Chegáramos ao local do transporte. Tomamos as conduções e rumamos em direção diversa.
Desde então, diariamente visitávamos a paciente que, lenta, porém seguramente, dava mostras de recomposição íntima. Dias houve mais graves, consequência natural dos encontros mantidos espiritualmente nas tarefas em desdobramento e de que ela não se dava conta ao retomar a lucidez orgânica.
Instruída cada dia nas lições ministradas por Petitinga, logo depois começou a andar e pôde, então, frequentar as sessões de estudos e passes dirigidas pelo amoroso seareiro de Jesus.
De quando em quando, acordava agitada, revendo-se em terras distantes, experimentando tormentosas agonias compreensíveis...
Petitinga, inteirado do processo de obsessão, conforme prosseguiam os serviços espirituais nas diversas reuniões especialmente convocadas por Saturnino para tal mister, quanto estávamos nós próprio, auxiliava a enferma, esclarecia, ministrava passes, orava, conclamava, otimista, aos serviços da esperança e do amor. Concitou-a vezes várias à aproximação afetiva com o Sr. Mateus que, sempre reservado, apresentava já alguns sintomas característicos da «psicose senil», ele que também estava menos azorragado pelas tenazes de Guilherme, ora em tratamento.
Graças às palestras edificantes do generoso expositor, o lar dos Soares se foi transformando, não totalmente, produzindo uma atmosfera de entendimento relativo, que resultava em bem geral.
O caminho a percorrer, no entanto, era ainda muito longo. Passaram-se apenas quatro semanas desde o choque entre filha e pai, quando tivera começo o serviço da desobsessão.
Na noite imediata ao encontro malogrado, Adalberto, refeito do problema gastrintestinal de que fora vítima, procurou informações sobre Mariana, vindo a saber por pessoa amiga de que esta se encontrava enferma. Solicitou, então, logo depois, permissão a Dona Rosa para visitar-lhe a filha, no que foi atendido pela generosa matrona, embora sem atinar com a razão que o levava a este impulso.
Sem compreender o que ocorrera, Adalberto não pôde ocultar a singular surpresa que o acolheu quando visitou Mariana. Desfeita, sem vitalidade, a jovem causou-lhe imediata compaixão. Fitando-a, em silêncio, repassou pela mente pouco afeita a cogitações mais elevadas os planos que animara até quase às vésperas, deixando-se arrastar por abençoado arrependimento. Vendo a sua quase vítima, indefesa, quase desfalecida, um sentimento novo de afeição começou a brotar no seu espírito, compreendendo a necessidade de imprimir diferente rumo às suas atitudes. A vida física, junto ao leito da namorada, lhe parecia tão rápida e enganosa! Agradecia a Deus, sem palavras, a enfermidade que o impossibilitara de ter ido ao encontro com a jovem, sem entender de como tudo fora estabelecido pelos Emissários do Bem.
A partir daquela noite, passou a visitá-la com regularidade, sob a aquiescência materna, e, depois, por curiosidade e para ser gentil acompanhou-a às dissertações espíritas, revelando-se um admirador entusiasta do Espiritismo, e de Petitinga que lhe conquistara imediatamente a amizade.
Quando se encerravam as exposições doutrinárias, invariàvelmente Adalberto se acercava do venerando evangelizador e lhe apresentava, em forma de perguntas inteligentes, problemas que o afligiam intimamente, ou relacionava os informes espíritas com os fatos e angústias humanas, os dramas sociais, as enfermidades irreversíveis, nas quais milhões de seres se debatem e se desesperam, e para os quais a Ciência Médica na grande maioria dos casos se apresenta impotente.
As respostas serenas, lúcidas e lógicas, oferecidas por Petitinga, dealbavam para o moço horizontes de esperança, dantes jamais sonhados.
Mariana, conquanto muitas vezes permanecesse de semblante turbado por funda melancolia, invadida por macilenta palidez da face, registrava as lições novas nos refolhos dalma, com viva emoção. Vezes outras, enquanto recebia o recurso do passe, deixava-se dominar por choro convulsivo e desesperador, tomando um “facies” de desespero como se visões pavorosas lhe assomassem à mente, após o que caía em prostração.
Petitinga sempre interessado em ajudar-nos com esclarecimentos, diante da jovem adormecida, explicava:
— Essas crises procedem de visões por parte de Mariana dos seus perseguidores espirituais, pois que estes, amparados, não a inquietam no momento.
Ocorre que o próprio espírito, jugulado ao remorso por muitos anos antes de reencarnar, fixou vigorosamente na sede da memória perispiritual, que mais tarde se imprimiriam no cérebro, as cenas dolorosas que vivera no Hospício do Haarlen, conforme narrara ela mesma quando desdobrada pelo sono, no reencontro com Guilherme. O corpo é sempre para o espírito devedor — devedores que reconhecemos ser todos nós — sublime refúgio, portador da bênção do olvido momentâneo aos males que praticamos e cuja evocação, se nos viesse à Consciência de inopino, nos aniquilaria a esperança da redenção. Quando viciado por indisciplina da nossa vontade, ele envia aos recônditos do espírito os condicionamentos que se transformam em flagício, passando de uma reencarnação a outra, até que se depure, libertando os centros da vida das impressões vigorosas que os sulcaram. Na mesma ordem, os erros e os gravames praticados pelo espírito em processo evolutivo são transmitidos ao corpo que os integra na forma, assinalando nas células os impositivos da própria reparação, a se apresentarem como limitação, frustração, recalque, complexos da personalidade como outros problemas e enfermidades que são as mãos da Lei Divina reajustando o infrator à ordem. A semelhança de uma esponja, o corpo absorve as impressões que partem do espírito ou as elimina, como também se carrega da psicosfera ambiente e a envia ao íntimo, passando a viver-lhe as emanações. Abençoar, portanto, esse «doce jumentinho», como o chamava meigamente Francisco, o Santo de Assis, com disciplina e educação, é dever que a todos nos devemos impor a benefício próprio e que não podemos postergar.
Diante das ínformações doutrinárias oferecidas pelo preclaro Benfeitor Petitinga, quedávamo-nos comovidos, buscando pesar, cada vez mais, as responsabilidades que nos competem na condução da organização física, lamentàvelmente tão pouco aproveitada pela imensa maioria das criaturas humanas.
Enquanto se desenvolviam os labores socorristas a Guilherme e simultaneamente a Mariana, os implicados mais diretamente nas malhas do sofrimento redentor, ela apresentava sinais de reequilíbrio, enquanto registrávamos os benefícios que a todos nós alcançavam, graças à aplicação da caridade fraternal.


QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – O instrutor Petitinga afirma que, apesar dos avanços da Medicina, ela ainda é incapaz de solucionar uma série de enfermidades psíquicas. O que lhe falta? E quais recursos o Espiritismo dispõem para auxiliar no progresso do tratamento das doenças psíquicas?


2 – Quais atividades foram desenvolvidas pela equipe de desobsessão, especialmente, Petitinga, para o tratamento de Mariana?


3 – Como Adalberto colaborou para a recuperação de Mariana e para o próprio despertamento?


Bom estudo a todos!!


Equipe Manoel Philomeno

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Mãe e filho enfrentam a Justiça com história de amor proibido que provoca polêmica na web

Mãe e filho enfrentam a Justiça com história de amor proibido que provoca polêmica na web

Veja São Paulo


Uma história polêmica noticiada pelo tabloide inglês Daily Mail vem provocando controvérsia na internet por tocar em um tabu dos mais incômodos: o incesto. No caso específico, uma história de amor proibido entre uma mãe de 36 anos e o filho que ela deu para adoção quando bebê e só conheceu recentemente, com 18 anos de idade. Os dois podem ser presos se decidirem manter a relação.
Se culpados de prática de incesto em um julgamento no Novo México (Estados Unidos), Monica Mares, 36 anos, e seu filho Caleb Paterson, 19, podem pegar pena de 18 meses de prisão. Eles afirmaram que brigarão pelo direito de manter o relacionamento e que “arriscarão tudo” por esse objetivo.
“Ele é o amor da minha vida e não quero perdê-lo. Meus filhos o amam, minha família inteira também. Nada pode nos separar”, disse Monica, ao jornal. “Se eu for presa, cumprirei a pena e, ao sair da prisão, nós nos mudaremos para um estado que aceite nossa união”, disse. Incesto é considerado crime em cinquenta estados americanos, mas a pena varia de lugar a lugar.
Mãe de nove crianças, Monica chegou a dizer que, se tivesse que escolher entre os filhos e o namorado, ficaria com ele.
Atualmente, o casal vive em casas separadas em Clovis, no Novo México, e estão proibidos de manter contato um com o outro. O caso começou no fim do ano passado. Monica tinha apenas 16 anos quando deu a luz a Caleb, que foi adotado quando bebê.
A mulher viu o filho pela primeira vez quando ele tinha 18 anos, no Natal, depois de terem entrado em contato via Facebook. Rapidamente, eles se apaixonaram e mantiveram relações sexuais. “Foi amor à primeira vista“, ela diz. “Depois dos primeiros encontros, abri o jogo e disse a ele que estava começando a me apaixonar. Ele disse que também estava, mas tinha medo”, conta. “Mas você sairia num encontro romântico com sua mãe?”, ela perguntou. E ele acabou aceitando o convite.
Os dois começaram a viver juntos e um dos filhos pequenos de Monica começou até a chamar Caleb de pai, mas a polícia foi chamada quando um dos vizinhos, após uma briga, decidiu denunciá-los. Eles foram acusados de incesto, soltos após pagamento de fiança e aguardam julgamento.
Caleb também afirma estar apaixonado. “Nunca tive ninguém que cozinhasse para mim, que me desse tanto carinho. Ela chegou e me deu tudo isso. Me apaixonei”, disse. “Nunca vi essa mulher como minha mãe. É outro sentimento”, resumiu. “Nunca imaginei que poderia haver algum empecilho à relação. Somos dois adultos. Temos direito a tomar decisões”, afirmou.
Segundo advogados, o resultado do caso, se favorável ao casal, pode abrir um precedente legal nos Estados Unidos. O casal afirmou que, se preciso, pretende recorrer à Suprema Corte para ficar juntos.
Notícia publicada no MSN Notícias, em 10 de agosto de 2016.

Jorge Hessen* comenta
Conta a mitologia grega que Jocasta foi filha de Menocenes e mulher de Laio, rei de Tebas, com quem teve um filho, Édipo. Pela previsão do oráculo, Édipo, quando crescesse, seria um perigo para a vida de Laio. Abandonado, Édipo foi deixado pelo pai numa floresta para morrer. Sendo salvo por um pastor, acaba por cumprir o que lhe estava destinado. Já adulto, numa viagem, mata Laio, o seu pai, e desposa Jocasta, a sua mãe, sem, no entanto, saber de quem se tratam. Quando da consulta do oráculo, por ocasião de uma peste, Jocasta e Édipo descobrem que são mãe e filho. Ela suicida-se e ele fura os próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria mãe. Édipo e Jocasta tiveram 4 filhos, Antígona, Ismênia, Etéocles e Polinice.
Em alguns países, mormente os islâmicos, a pena de morte é prescrita para os casos de incesto.
A aberração da prática sexual, quando somente visa a satisfação egoística, imediata e desvairada, cede lugar a patologias graves como a pedofilia, o incesto, o masoquismo, o sadismo, a necrofilia, a prostituição, a pederastia e a outras anomalias psicológicas e psiquiátricas que rebaixam o ser humano.
A obscuridade da consciência medieval e as torturas íntimas camufladas de muitos teólogos mediévicos apontaram que a sexualidade se tratava de uma função “impura”, “suja” e “repreensível”, como se Deus houvesse escolhido um meio funesto para a reprodução da vida na Terra. Atualmente muitos seres humanos sofrem diversos tipos de aflições morais, amiúde derivadas da má condução da sexualidade e dos antigos temores que deram lugar a mitos, ignorância e fobias. Em face disso, merece que seja examinada a nobreza da prática sexual, porquanto ela é a matriz da continuidade da vida biológica.
Historicamente o incesto e a endogamia não se restringiram às tradicionais monarquias europeias. Exemplos são encontrados no Egito antigo, onde havia casamentos entre irmãos. No Pamir era normal o faraó casar-se com suas irmãs para manter o poder entre eles. Cleópatra casou-se com dois irmãos consanguíneos. Em Roma, ocorriam enlaces entre primos, caso de Nero e Claudia Octavia. O imperador Calígula era amante das suas 3 irmãs. Há indícios de que os incas na América do Sul também casavam irmãos e irmãs.
Naturalmente, perante as leis humanas e de civilidade, é preciso manter a observância às normas e regras, que nos diferem dos seres irracionais. Ora, do ponto de vista biológico, a sexualidade é uma sublime seiva para manter a vida em padrões de estabilização e de encanto, proporcionando, quando o seu uso é ético e equilibrado, contentamento e completude nos relacionamentos.
Doutrinariamente discorrendo sobre o assunto recordemos que há espíritos que ainda não conseguiram superar as viciações sexuais do passado que entorpecem a consciência. Há os casos obsessivos gravíssimos. Citamos aqui o caso do personagem Cláudio, narrado por André Luiz no livro Sexo e Destino.(1) Cláudio concretizou uma relação incestuosa com a própria filha Marita, recebendo influência direta dos obsessores.
Observemos que pela lei da pluralidade das existências muitos pais e filhos, irmãs e irmãos, primos e primas, os tios e tias, etc, etc, etc, podem ter sido “amantes” nas vidas passadas. Alguns não superaram essa experiência e, sendo assim, não conseguem ainda modificar a posição psíquica e emocional que ocupam na atual existência. Por vezes culminam por praticarem o vil incesto que representa invariavelmente um arrepiador estacionamento moral do espírito reencarnado.
Conta Emmanuel que no fundo da personalidade paterna ou do maternal coração “descansam os remanescentes de grandes afeições, às vezes desequilibradas e menos felizes, trazidos de outras estâncias, nos domínios da reencarnação. A libido ou o instinto sexual na forma de energia psíquica, tendente à conservação da vida, permanece. Os pequeninos, porém, recém-vindos da amnésia natural que a reencarnação lhes impõe, não conseguem esconder as próprias disposições no campo das preferências. E surgem neles, de inopino quase sempre, as inclinações descontroladas, nos caprichos com que se mostram, exigindo especial atenção de pai ou mãe a revelarem, de modo claro para que rumo se lhes dirigem os laços mais fortes. Geralmente, com muitas exceções, aliás, as filhas se voltam para os pais e os filhos para as mães, patenteando a natureza das ligações havidas em existências passadas e prenunciando a obra de desvinculação [ante a lei da natureza] que se executará, inevitável, no futuro próximo."(2)
Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos, orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos.
Recorramos às reflexões do nobre Espírito Emmanuel: "Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, coloquemo-nos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as nossas tendências mais íntimas e, após verificarmos se estamos em condições de censurar alguém, escutemos no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".(3)

Notas e referências bibliográficas:
(1) Xavier, Francisco Cândido. Sexo e Destino, ditado pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed. FEB, 1999;
(2) Xavier, Francisco Cândido. Vida e sexo, Cap. 15, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2000;
(3) Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001.
* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Sutilmente - Nando Reis e Skank

Vamos desenvolver o tema dessa linda canção à Luz da Doutrina Espírita?



Sutilmente
Nando Reis


E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Revista Espírita - MAIO DE 1863 - Exame das Comunicações Mediúnicas que nos são Enviadas

Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VI
MAIO DE 1863

Exame das Comunicações Mediúnicas que nos são Enviadas

Muitas comunicações nos foram enviadas por diferentes grupos, quer nos pedindo conselho e julgamento de suas tendências, quer, da parte de alguns, na esperança de as verem publicadas na Revista. Todas nos foram entregues com a faculdade de delas dispor como melhor entendêssemos para o bem da causa.
Fizemos o seu exame e classificação e esperamos que ninguém haja de se surpreender ante a impossibilidade de inseri-las todas, considerando-se que, além das já publicadas, há mais de três mil e seiscentas que, sozinhas, teriam absorvido cinco anos completos da Revista, sem contar um certo número de manuscritos mais ou menos volumosos, dos quais falaremos adiante. A apreciação crítica deste exame nos fornecerá matéria para algumas reflexões, que cada um poderá tirar proveito.
Em grande número encontramo-las notoriamente más, no fundo e na forma, evidente produto de Espíritos ignorantes, obsessores ou mistificadores e que juram pelos nomes mais ou menos pomposos com que se revestem. Publicá-las teria sido dar armas à crítica. Circunstância digna de nota é que a quase totalidade das comunicações dessa categoria emana de indivíduos isolados, e não de grupos. Só a fascinação os poderia levar a tomá-las a sério e impedir que vissem o lado ridículo. Como se sabe, o isolamento favorece a fascinação, ao passo que as reuniões encontram controle na pluralidade das opiniões.
Todavia, reconhecemos  com  prazer  que  as comunicações dessa natureza formam, na massa, uma pequena minoria. A maioria das outras encerra bons pensamentos e excelentes conselhos, sem significar que todas devam ser publicadas, e isto pelos motivos que vamos expor.
Os Espíritos bons ensinam mais ou menos a mesma coisa em toda parte, porque em toda parte há os mesmos vícios a reformar e as mesmas virtudes a pregar. Eis um dos caracteres distintivos do Espiritismo; muitas vezes a diferença está apenas na correção e elegância do estilo. Para apreciar as comunicações, tendo em conta a publicidade, não se deve considerá-las de seu ponto de vista, mas do público. Compreendemos a satisfação que se experimenta ao obter algo de bom, sobretudo quando se começa, mas além do fato de que certas pessoas podem ter ilusão sobre o mérito intrínseco, não se pensa que em cem outros lugares se obtêm coisas semelhantes, e o que é de poderoso interesse individual pode ser banalidade para a massa.
Além disso, é preciso considerar que, de algum tempo para cá as comunicações adquiriram, em todos os aspectos, proporções e qualidades que deixam muito para trás as que eram obtidas há alguns anos. Aquilo que então era admirado parece pálido e mesquinho junto ao que se obtém hoje. Na maioria dos centros realmente sérios, o ensino dos Espíritos cresceu com a compreensão do Espiritismo. Desde que por toda parte são recebidas instruções mais ou menos idênticas, sua publicação poderá interessar apenas sob a condição de apresentar qualidades adicionais, como forma ou como alcance instrutivo. Seria, pois, ilusão crer que toda mensagem deve encontrar leitores numerosos e entusiastas. Outrora, a menor conversa espírita era uma novidade que atraía a atenção; hoje, que os espíritas e os médiuns não se contam mais, o que era uma raridade é um fato quase banal e habitual, e que foi distanciado pela vastidão e pelo alcance das comunicações atuais, assim como os deveres do escolar o são pelo trabalho do adulto.
Temos à vista a coleção de um jornal publicado no princípio das manifestações sob o título de A Mesa Falante, característico da época. Diz-se que o jornal tinha de 1.500 a 1.800 assinantes, cifra enorme para a época. Continha uma porção de pequenas conversas familiares e fatos mediúnicos que, então, atraíam profundamente a curiosidade. Aí procuramos em vão alguma coisa para reproduzir em nossa Revista; tudo quanto tivéssemos colhido seria hoje pueril e sem interesse. Se o jornal não tivesse desaparecido, por circunstâncias que não vêm ao caso, só poderia ter vivido com a condição de acompanhar o progresso da ciência e, se reaparecesse agora nas mesmas condições, não teria cinqüenta assinantes. Os espíritas são imensamente mais numerosos do que então, é verdade; mas são mais esclarecidos e querem um ensinamento mais substancial.
Se as comunicações não emanassem senão de um único centro, sem dúvida os leitores se multiplicariam em razão do número de adeptos. Mas não se deve perder de vista que os focos que as produzem se contam aos milhares e que por toda parte onde são obtidas coisas superiores não pode haver interesse pelo que é fraco ou medíocre.
Não falamos assim para desencorajar as publicações; longe disso. Mas para mostrar a necessidade de uma escolha rigorosa, condição sine qua non do sucesso. Aprofundando os seus ensinamentos, os Espíritos nos tornaram mais difíceis e mesmo exigentes. As publicações locais podem ter imensa utilidade, sob duplo aspecto: espalhar nas massas o ensino dado na intimidade e mostrar a concordância que existe nesse ensino sobre diversos pontos. Aplaudiremos isto sempre e os encorajaremos toda vez que forem feitas em boas condições.
Antes de mais, convém dela afastar tudo quanto, sendo de interesse privado, só interessa àquele que lhe concerne; depois, tudo quanto é vulgar no estilo e nas idéias, ou pueril pelo assunto.
Uma coisa pode ser excelente em si mesma, muito boa para servir de instrução pessoal, mas o que deve ser entregue ao público exige condições especiais. Infelizmente o homem é propenso a imaginar que tudo o que lhe agrada deve agradar aos outros. O mais hábil pode enganar-se; o importante é enganar-se o menos possível. Há Espíritos que se comprazem em fomentar essa ilusão em certos médiuns; por isso nunca seria demais recomendar a estes últimos que não confiassem em seu próprio julgamento. É nisto que os grupos são úteis: pela multiplicidade de opiniões que eles permitem colher. Aquele que, neste caso, recusasse a opinião da maioria, julgando-se mais iluminado que todos, provaria sobejamente a má influência sob a qual se acha.
Aplicando esses princípios de ecletismo às comunicações que nos são enviadas, diremos que em 3.600 há mais de 3.000 que são de moralidade irreprochável, e excelentes como fundo; mas que desse número nem 300 merecem publicidade e apenas 100 têm mérito fora do comum. Como essas comunicações vieram de muitos pontos diferentes, inferimos que a proporção deve ser mais ou menos geral. Por aí pode julgar-se da necessidade de não publicar inconsideradamente tudo quanto vem dos Espíritos, se quisermos atingir o objetivo a que nos propomos, tanto do ponto de vista material quanto do efeito moral e da opinião que os indiferentes possam fazer do Espiritismo.
Resta-nos dizer algumas palavras sobre manuscritos ou trabalhos de fôlego que nos remeteram, entre os quais não encontramos, em trinta, mais que cinco ou seis de real valor. No mundo invisível, como na Terra, não faltam escritores, mas os bons são raros. Tal Espírito é apto a ditar uma boa comunicação isolada, a dar excelente conselho particular, mas incapaz de produzir um trabalho de conjunto completo, passível de suportar um exame, sejam quais forem suas pretensões e o nome com que se disfarce como garantia. Quanto mais alto o nome, maior o cuidado. Ora, é mais fácil tomar um nome que justificá-lo; eis por que, ao lado de alguns bons pensamentos, encontram-se, muitas vezes, idéias excêntricas e traços inequívocos da mais profunda ignorância. É nessas modalidades de trabalhos mediúnicos que temos notado mais sinais de obsessão, dos quais um dos mais freqüentes é a injunção por parte do Espírito de os mandar imprimir; e alguns pensam erradamente que tal recomendação é suficiente para encontrar um editor atencioso que se encarregue da tarefa.
É principalmente em semelhante caso que um exame escrupuloso é necessário, se não nos quisermos expor a fazer discípulos à nossa custa. É, ainda, o melhor meio de afastar os Espíritos presunçosos e pseudo-sábios, que se retiram inevitavelmente quando não encontram instrumentos dóceis a quem façam aceitar suas palavras como artigos de fé. A intromissão desses Espíritos nas comunicações é, fato conhecido, o maior escolho do Espiritismo. Toda precaução é pouca para evitar as publicações lamentáveis. Em tais casos, mais vale pecar por excesso de prudência, no interesse da causa.
Em suma, publicando comunicações dignas de interesse, faz-se uma coisa útil. Publicando as que são fracas, insignificantes ou más, faz-se mais mal do que bem. Uma consideração não menos importante é a da oportunidade. Algumas há cuja publicação seria intempestiva e, por isso mesmo, prejudicial.
Cada coisa deve vir a seu tempo. Várias das que nos são dirigidas estão neste caso e, conquanto muito boas, devem ser adiadas.
Quanto às outras, acharão seu lugar conforme as circunstâncias e o seu objetivo.

Enviado por: "Joel Silva"

domingo, 4 de setembro de 2016

Mural reflexivo: O sol da esperança

O sol da esperança

     Por vezes, a vida nos oferece maus momentos. Sofrimento, lágrimas e infelicidade nos visitam e nos sentimos desesperançados e infelizes.
     Nesses momentos amargos, em que a alma dolorida se volta para Deus e indaga Por que passo por essas provações?, é a hora em que devemos lembrar de uma palavra luminosa: a esperança.
     Narra a tradição grega que uma jovem chamada Pandora recebeu uma bela caixa com a recomendação de jamais abri-la.
     Mas Pandora era curiosa e desobediente. Ao abrir a caixa, ela liberou todos os males, misérias e sofrimentos no Mundo.
     Desesperada, Pandora chorou. Mais tarde, viu que, após saírem todas as mazelas, havia ficado, no fundo da caixa, a esperança. Brilhava sozinha a esperança - um fiozinho de luz que pulsava. Mas que poder possuía!
     *   *   *
     O mito de Pandora deve ser refletido profundamente, em especial quando estamos atravessando momentos difíceis.
     Observe que, na lenda grega, é um ato da própria Pandora que liberta os males do Mundo. Na nossa vida não é muito diferente: em geral, somos nós mesmos que, de alguma forma, provocamos muitos males que nos atingem.
     Por isso, cada momento difícil é uma oportunidade de meditarmos e analisarmos qual foi a nossa contribuição para aquela situação.
     No entanto, a lenda de Pandora vai além: ela mostra que – apesar da gravidade dos sofrimentos – não estamos completamente sós: há uma luz posta por Deus para nos consolar e devolver o brilho em nossos olhos.
     Essa luz é a esperança.
     Esperança que restaura as forças, reequilibra o coração, acalma as emoções.
     A esperança é a mão generosa que acende a luz quando estamos mergulhados na treva profunda. É medicamento quando nos contorcemos em dores.
     Esperança é canção suave, que nos acalenta quando nos sentimos desamparados. É um olhar de compaixão no instante em que o Mundo nos rejeita.
     A esperança nasce de gestos de generosidade, de atitudes espontâneas, de palavras corretas.
     Mas não se habitue apenas a aguardar que a esperança venha gratuitamente se aninhar no seu coração. Abra as portas da alma para ela!
     Para isso, é necessário educar o coração.
     A esperança é como um visitante importante. Devemos nos preparar adequadamente para recebê-la. A primeira atitude é retirar a poeira do pessimismo.
     Depois, varrer as sujeiras acumuladas pela mágoa. Essas sujeirinhas têm vários nomes: rancor, maledicência, desejo de vingança.
     Em seguida, com a casa mental bem limpa, é hora de perfumá-la com bons pensamentos, sorrisos, serenidade e otimismo.
     Então, quando menos se espera, eis que chega a esperança. Viaja em uma carruagem dourada, espalha flores pelo caminho e se instala no Espírito fazendo festa.
     É uma presença tão forte, tão bela, que transforma de imediato o ambiente em que se hospeda: impregna a alma de coragem e de alegria.
     Esperança é um sol que nasce após uma longa noite escura. Chega trazendo calor e a luz dourada de um dia cheio de boas realizações. Ela aponta, firme, para um futuro radioso. Basta recebê-la.
      
     Redação do Momento Espírita


Conversando com Lèon Denis - O Amor


Conversando com Lèon Denis - Marcha