sábado, 18 de julho de 2009

Mensagem aos Jovens: Prece da Mocidade Cristã

Senhor!
Ensina-me a servir ao próximo para que eu aprenda a servir-Te.
Não me abandones à vontade das experiências inferiores, nem me confies aos meus próprios desejos.
Venho hoje ao encontro do Teu Evangelho de Luz, mas trago no coração a sombra em que respirei até ontem.
Mestre, querer é poder, todavia, induz-me a querer o Bem para que o mal não me inutilize.
Fazei-me sentir que somente os meios retos conduzem aos fins corretos.
Dá-me a cultura da inteligência e do coração.
Não me deixe vaguear na razão da força para que a força da razão me auxilies a discernir.
Guia-me os propósitos para que a minha coragem não seja petulância e para que a minha humildade não seja abjeção.
Fortalece-me o pensamento no estudo e guarda minhas mãos no trabalho digno.
Mostra-me o amor que brilha no espírito, acima do nevoeiro da carne, a fim de que não me precipite na voragem da ilusão.
Inspira-me o respeito aos companheiros mais velhos que me dirigem os passos, para que a irreverência não me conduza ai escárnio de meu próprio caminho.
Inspira-me a compreensão, a diligência e a fraternidade!
Ampara-me na conquista do prêmio do dever bem cumprido.
Sustenta-me para que eu seja fiel ao Bem e ensina-me que, à claridade da Tua Bênção, depende apenas de mim que eu seja pior ou melhor, hoje e amanhã!
Auxilia, perdoa, trabalha, ama e serve, gastando sensatamente os recursos o que o Céu te situou no caminho e nas mãos, como quem sabe que a Contabilidade Divina a todos nos procura no grave instante do acerto justo.

LIVRO: MENTORES E SEAREIROS - Bezerra de Menezes/Francisco Cândido Xavier e Autores Diversos.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Estudo dirigido: O Livro dos Espíritos - parte XVI

Ainda dentro dos itens 330 a 339, analise as assertivas e coloque V ou F, justificando sua escolha:

( ) Há entre as Criaturas ligações cuja natureza ainda não compreendemos.

( ) O bom Espírito pode sentir repulsa pelo mau, porque sabe que não será compreendido por ele e que ambos não participam dos mesmos sentimentos.

( ) As nossas tendências instintivas nada mais são que reminiscência do nosso passado.

( ) A recordação das vidas anteriores criaria dificuldades ao pleno exercício de nosso livre-arbítrio.

( ) Muitas pessoas sabem o que foram e o que fizeram em anteriores existências, mas não comentam.

( ) Pelo estudo de nossas tendências podemos reconhecer as faltas que cometemos.

( ) Não pode acontecer que o homem venha a cometer numa existência faltas não cometidas na precedente.

( ) As provas que um Espírito sofre tanto se referem ao futuro quanto ao passado, por isso não é válido o princípio de que cada um é punido naquilo que pecou.
( adaptado de Estudo das Obras Básicas, promovido pelo IDE/JF)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Notícia: "Quero provar que não há aluno ruim!"

PAULO BLIKSTEIN 36 anos, engenheiro e professor. Brasileiro especialista em tecnologia aplicada à educação quer descobrir os talentos não revelados dos estudantes.
Por BRUNO GALO.

Ainda criança, o engenheiro e professor paulistano Paulo Blikstein, 36 anos, desmontava todo e qualquer objeto que encontrava pela frente em casa - um radinho de sua mãe costumava ser a vítima preferida. Para sua sorte, seu visionário avô Saulo sempre o incentivou a aprender mais sobre eletrônica, fato que hoje ele considera determinante para sua carreira.

Além disso, ele estudava em uma escola diferente ("da filha do educador brasileiro Paulo Freire, falecido em 1997" - e do qual é devoto) em que os alunos tinham a sua criatividade bastante estimulada. Apenas para se ter uma ideia do quão progressista era o tal colégio, os alunos não faziam prova, sequer tinham nota, e ainda participavam de discussões para combinar a grade curricular.

Aos 15 anos, atraído pelas novas tecnologias que então emergiam, Paulo ganhou de aniversário o livro Logo: Computadores e Educação, do pioneiro educador sul-africano Seymour Papert, em que ele apontava caminhos para o uso dos computadores no ensino.

Mais tarde, enfim, ele resolveu estudar engenharia na USP, decidido a se tornar um inventor de novos aparelhos. Consciente de que a referência de escola que tinha era bastante diferente da de seus colegas, durante a graduação, ele ficou intrigado com o fato de que muitos bons alunos não conseguiam aprender coisas básicas e percebeu que havia algo muito errado com aquele método de ensino, que ele classifica como tradicionalíssimo. "Por que não se poderia ensinar engenharia do jeito do Paulo Freire, do jeito do Seymour Papert?", se perguntava Paulo, à época.

APRENDER PARA ENSINAR

Movido por esse incômodo, pouco tempo depois da sua formatura, ele se candidatou a uma vaga no grupo do próprio Papert, no Media Lab, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, um dos principais pólos da vanguarda mundial de pesquisa em novas tecnologias.

De lá pra cá, já se vão nove anos desde que Paulo migrou para estudar, sem nunca se esquecer do Brasil. "Meu trabalho só tem sentido se eu puder ajudar a melhorar alguma coisa na educação do nosso País".

Mas, voltando à pergunta anterior, que jeito de se ensinar diferente seria esse afinal? "Entre outras coisas, Paulo Freire diz que a educação deve levar as pessoas do real para o possível, ou seja, deve ensinar que o conhecimento é uma arma de transformação do mundo. Já Papert é o grande defensor daquilo que popularmente chamamos de aprender fazendo."

E continua: "Portanto, em vez de aulas teóricas e de laboratórios com problemas inventados, o ensino de engenharia (mas não só ele) deveria colocar o aluno para resolver problemas reais, desde o primeiro ano. De preferência, problemas socialmente importantes como o saneamento básico, etc." E conclui: "Daí, as aulas teóricas passam a ter mais sentido na cabeça do aluno. Ele precisa aprender cálculo, por exemplo, para saber dimensionar o novo sistema de esgoto que inventou, e não simplesmente para fazer uma prova".

Em 2002, durante sua passagem pelo MIT, que durou três anos e lhe rendeu um mestrado, Paulo pôde finalmente colocar em prática algumas de suas ideias. Estimulado a pesquisar sobre educação e novas tecnologias, ele fez do dia-a-dia dos estudantes a base para o ensino de ciências, muitas vezes, afirma ele, ministrado nas escolas - não apenas brasileiras - como a chata continuação de fórmulas desconectadas da realidade. Em uma parceria entre o Media Lab e a Prefeitura de São Paulo, que mais tarde foi replicada em outros países, ele criou experimentos com alunos de escolas públicas, que buscavam resolver problemas da comunidade como ligações clandestinas de eletricidade.

TODO ALUNO É BOM

Atualmente, após concluir um doutorado na Universidade de Northwestern, em Chicago, e de ter sido assediado por algumas das principais universidades dos EUA, dá expediente na Universidade de Stanford, na Califórnia. Em termos de pesquisa, tem se dedicado a criar programas e sistemas que ajudem a "libertar" a criatividade e inventividade das crianças, como placas de robótica educativas, softwares de simulação científica, etc.

Além, ainda, da criação de modelos computacionais da cognição humana, que, segundo ele, irão ajudar a entender de forma mais profunda como funciona o aprendizado das crianças. Paulo diz crer que por meio dessas iniciativas conseguirá cumprir seu projeto de vida: "Quero provar que não há alunos ruins. Há apenas alunos com talentos não descobertos".

EDUCAÇÃO OBSOLETA

Paulo Blikstein não é conciso na hora de falar sobre seus projetos e ideias. Ele fala bastante e lentamente, além de fazer grandes parênteses dentro de cada uma das suas respostas. O que não quer dizer que não valha a pena ouvi-lo - pelo contrário.

Ele acredita que há um descompasso entre as possibilidades abertas pelas novas tecnologias e a forma como elas são usadas nas escolas. "Falta foco na criação de conhecimento", afirma. "A disponibilidade instantânea de informação está tornando a educação tradicional cada vez mais obsoleta", conclui.

Apesar dos elogios, ele não nutre uma fé cega no novo. "Não podemos nos deslumbrar e achar que a tecnologia é a resposta para todos os problemas", alerta.

Enquanto isso, Paulo participa de um projeto com jovens de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Toda quarta-feira, ele conversa e orienta jovens de uma oficina de robótica via Skype. Os encontros ocorrem no colégio Santo Américo, que há cerca de seis anos abre seus laboratórios, entre eles o de robótica sob o comando do professor Fernando dos Santos, para os jovens da comunidade vizinha.

Paulo participa da iniciativa desde 2007. "Os projetos dessas crianças, muitas vezes, são melhores do que aqueles que vejo nas escolas de elite dos EUA", garante.

Jaíne Roberta dos Santos, de 19 anos, por exemplo, é uma das alunas mais aplicadas da oficina. Balconista, ela agenda suas folgas do trabalho para toda quarta-feira, para assim continuar o desenvolvimento do seu protótipo: um carrinho de bebê que anda sozinho para frente e para trás quando um sensor capta o choro da criança. O objetivo é de simular um balanço.

Paulo tem alguns planos bem ambiciosos, mas enquanto eles ainda não se realizam, ele se contenta com pequenas ações que, na prática, ajudam a alargar os estreitos horizontes de muitos desses jovens.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/tecnologia+link,quero-provar-que-nao-ha-aluno-ruim,2524,0.shtm

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Comentário

"Paulo Freire diz que a educação deve levar as pessoas do real para o possível, ou seja, deve ensinar que o conhecimento é uma arma de transformação do mundo" [...] "Daí, as aulas teóricas passam a ter mais sentido na cabeça
do aluno."

Não seria esta a verdadeira "função" da reencarnação? Trazer ao mundo do realmente possível aquilo que se estuda no mundo dos espíritos?

A doutrina espírita nos esclarece que o espírito desencarnado estuda e melhora na erraticidade, que é o tempo entre uma encarnação e outra.

"227. De que maneira se instruem os Espíritos Errantes? Pois certamente não o fazer da mesma maneira que nós.

- Estudam o seu passado e procuram o meio de se elevarem. Vêem, observam o que se passa nos lugares que percorrem; escutam os discursos dos homens esclarecidos e os conselhos dos Espíritos mais elevados que eles, e isso lhes proporciona idéias que não possuíam." - O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.

Comparando com a notícia, o professor não se encaixa como o homem esclarecido que discursa, e os espíritos mais elevados, os alunos de outras séries à frente, da mesma forma que o engenheiro precisa testar na prática cálculos para a criação de um novo sistema de esgoto, o espírito precisa testar na prática a nova forma de desenvolver a tolerância, por exemplo.

"230. O Espírito progride no estado errante?

- Pode melhorar-se bastante, sempre de acordo com a sua vontade e o seu desejo; mas é na existência corpórea que ele põe em prática as novas idéias adquiridas." Do livro acima citado.

Muitas vezes algumas colocações nos afastam muita da prática, mesmo que pareça o contrário. Jesus é o modelo mais perfeito que podemos compreender, isto é um fato e não pode ser negado, mas dizer a um indivíduo siga o exemplo de Jesus, faça como ele é atualmente uma meta fadada ao fracasso. Não estamos, em nossa grande maioria, nem perto do nível de evolução que Jesus tinha naquela época. E aí se ouvem respostas como: Ah! Mais Jesus era Jesus! Eu não tenho capacidade para isto! Ao invés de estimular, acaba muitas vezes desestimulando, porque o caminho a percorrer é sempre infinitamente enorme.

Mas ao contrário se procurarmos primeiramente seguirmos modelos que estão logo à frente, sendo uma meta possível de realizar-se, nós nos sentimos estimulados e tentaremos com muito mais vontade. Se você quer se tornar mais paciente, siga o exemplo de fulano que é sempre muito paciente com todos, quer ser mais caridoso siga o exemplo de ciclano que tem sempre um conforto e uma palavra amiga, e assim por diante.

A doutrina espírita nos ensina que na Natureza nada dá saltos, então a nossa evolução tem que ser degrau por degrau, e ao invés de apenas focarmos a ponta da escada, prestarmos mais atenção ao próximo degrau, a subida será mais segura e tranquila.

(Comentário por: Claudia Cardamone, psicóloga e espírita. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de atendimento fraterno e notícias.)

quarta-feira, 15 de julho de 2009



Enquanto houver sol
Titas
Composição: Sergio Brito

Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma idéia vale uma vida...

Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós
Algo de uma criança...

Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol...

Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando
Que se faz o caminho...

Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós
Aonde Deus colocou...

Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol...

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Notícia: SONHO DE LIBERDADE - Uma esperança para jovens infratores.

Edileine Ferreira Guimarães.
Notícia publicada na edição de 22/02/2009 do Jornal Cruzeiro do Sul, napágina 2 do caderno D - o conteúdo da edição impressa na internet éatualizado diariamente após as 12h.

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Esqueça aquele 'depósito' de adolescentes que a antiga Febem nos mostrava
diariamente, em motins e rebeliões transmitidos pela TV. Esqueça as
instalações que lembravam presídios, onde a violência imperava e as chances
de recuperação eram remotas. Também apague da memória a 'escola de crimes'
que a antiga Febem passou a ser considerada por muitas pessoas.

A unidade 'Dom Luciano Mendes de Almeida' da Fundação Casa - Centro de
Atendimento Socioeducativo ao Adolescente, que funciona em Sorocaba, é uma
realidade muito diferente da descrição acima. Os 56 meninos que estão
internados ali, além de matriculados no ensino regular, praticam esporte,
participam de cursos profissionalizantes e outras atividades variadas, além
de sessões semanais de terapia individual e em grupo. O objetivo é a
ressocialização com qualificação educacional e profissional para que tenham
chances reais de recuperação total.

Dirigida em gestão compartilhada entre o Estado e a Pastoral do Menor, a
unidade Dom Luciano é considerada modelo para todo o Brasil. O motivo está
justamente no trabalho educativo desenvolvido com os meninos e o
envolvimento da família no processo de crescimento e recuperação dos
adolescentes. De acordo com Agda de Jesus, diretora da unidade, o trabalho
visa resgatar a cidadania e a identidade desses meninos. Para isso, eles
passam por etapas que, uma vez vencidas, são recompensadas com benefícios.
Por exemplo, ao chegarem na unidade, são obrigados a vestir o uniforme, mas
à medida que vão passando pelas fases, demonstrando disciplina e empenho,
conquistam o direito de vestir suas próprias roupas. Outros 'prêmios' são
conquistados ao longo da internação, até chegarem a um grau de confiança que
permite inclusive passar um final de semana em casa, junto da família, ou
participar de atividades externas como cursos e trabalhos fora da unidade
(todas com autorização da Justiça e devidamente monitorada por agentes).

Esse é o modelo pedagógico chamado Contextualizado - criado na Colômbia e
trazido à unidade pela Pastoral do Menor -, que coloca o jovem como
protagonista de um novo comportamento, convidando-o a refletir sobre as
mudanças necessárias em sua vida para interação e integração com o mundo.
Conforme explicou a diretora, o progresso é alcançado de acordo com o
desenvolvimento emocional e educacional de cada um. "Por conta da história
de vida de cada um dos meninos, essa progressão de vida pode ser mais lenta
ou mais rápida. Depende muito deles", explica a diretora. Conta também que o
contrário é verdadeiro, uma vez que a falta de disciplina ou qualquer outro
fato que demonstre a regressão de comportamento, são punidos com a perda das
regalias adquiridas. "Cada um é responsável pelos seus atos e todo ato tem
consequências".

Ressocialização em fases

A unidade mantém alguns padrões que propiciam o sucesso do modelo. Por
exemplo, a Unidade II da Casa Dom Luciano Mandes de Almeida recebe meninos
que cometeram atos infracionais graves, mas não abriga reincidentes. "Todos
os nossos internos são infratores médio e grave, mas são primários", explica
Agda.

Quando são encaminhados pelo poder judiciário para a Fundação Casa, os
meninos vão, primeiramente, para uma unidade de atendimento inicial, onde
passam pela triagem e cumprem o período de internação provisória que é de
(no máximo) 45 dias. Durante esse tempo, seus atos são julgados e se a
Justiça achar necessário, o jovem é encaminhado para a unidade de internação
(I se for reincidente, e II se for primário) onde será inserido no Projeto
Pedagógico Contextualizado.

A partir daí, os meninos passam por 5 fases que visam levar à recuperação. A
primeira delas é a Motivação, quando a unidade busca contato com a família
para um fazer um histórico do menino. Também é nessa fase que o interno
passa por consultas médicas e psicológicas e conhece as regras de conduta
dentro da entidade. A segunda fase (chamada Reconhecimento e considerada uma
das mais difícieis) - o jovem passa a vivenciar a internação. De acordo com
a diretora alguns rejeitam e resistem à nova vida que terão de enfrentar. Em
seguida, na terceira fase (chamada Aprofundamento) já começa a haver
questionamento e conscientização sobre o ato infracional cometido. Também é
nessa fase que os meninos começam a participar das oficinas e orientações
vocacionais.

Projetos de Vida é o nome da quarta fase dentro da unidade e é o momento
onde começam interagir com a sociedade (visitam a família participam de
cursos externos, etc), uma vez que aprenderam outros modos de vida e já
iniciaram o processo de ressocialização. "Nessa fase eles questionam a
maneira como viviam antes e alguns passam a estimular as mudanças dentro de
casa", conta a diretora. Ela diz que nessa fase eles passam a ser
organizados e quando estão visitando os familiares ajudam nos afazeres
domésticos porque querem manter um padrão de vida. Também é nessa fase do
processo que são incentivados a procurar emprego e programas de estágio. Se
o ensino médio estiver concluído, eles são encaminhados a cursinhos
pré-vestibulares.

O quinto e último estágio do processo de reeducação dos internos é chamado
República e permite que o adolescente infrator trabalhe e estude e retorne à
unidade apenas à noite para dormir. Durante todas as fases, os meninos
continuam devidamente matriculados no ensino regular e formal e ainda
praticam esportes e participam de oficinas dentro da própria unidade.

Além do trabalho com o menino infrator, o modelo pedagógico adotado pela
fundação em Sorocaba também se volta para as famílias dos internos que são
envolvidas no projeto, para que haja comprometimento na recuperação dos
jovens. "Realizamos cerimônias repletas de simbolismos para que os
familiares entendam que o trabalho de recuperação e ressocialização dos
meninos também depende deles", conta Wanderlei da Silva Leite, gerente da
Pastoral do Menor em Sorocaba.

Modelo Nacional

Como foi explicado no começo desta reportagem, o projeto colocado em prática
na Dom Luciano Mendes, nada tem do modelo antigo que colocava os meninos em
grandes abrigos geralmente na Capital, longe da família e igualando a todos
sem se importar com sua história de vida. O novo sistema, conforme
Wanderlei, tem se mostrado eficiente e possível. "Essa descentralização que
traz para perto da realidade de cada um, levando em conta não apenas o jovem
infrator, mas toda sua vida e a mapa social do município que vive, tem muito
mais chances de dar certo", explica.

O apoio que a entidade e a fundação receberam da Universidade de Sorocaba
(Uniso), Universidade do Trabalhador (Unit), Sebrae, Prefeitura e outras
empresas e entidades públicas e privadas foi fundamental para o sucesso do
projeto, de acordo com o gerente da pastoral.

Tanto é verdade que a unidade está sendo considerada modelo no País, tendo
em vista a ressocialização de jovens infratores. Sorocaba foi a primeira
cidade a aplicar o sistema e, a partir daí, outras adotaram o mesmo método,
como Franca, Jundiaí, Osasco, Jacareí, Guarulhos, Taubaté. Além disso, a
unidade recebe quase semanalmente visitas de representantes de vários
estados e até de outros países para conhecer o projeto e sua aplicação.

Os números confirmam o sucesso da gestão, já que desde que foi criada não
houve nenhum registro de rebeliões ou incidentes. Nesses dois anos de
funcionamento, passaram pelas unidades 201 adolescentes, que atualmente
estão em medida socioeducativa de liberdade assistida ou semiliberdade.
Destes, 82 já estão no mercado de trabalho formal e informal. Mais ainda:
desde que foi criada, em novembro de 2006, dos jovens atendidos pelas
unidades em Sorocaba, apenas 9 reincindiram em atos infracionais. Isso
significa que o índice de reincidência nessas unidades é de 4,4%, enquanto a
média estadual é de 17% (no antigo sistema, antes da descentralização,
chegava a 30%).

O exemplo da Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, de Sorocaba, é a
comprovação de que a solução para o problema do jovem infrator existe, basta
ter as ferramentas certas e aplicá-las de modo eficiente.

Fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=86&id=162852

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COMENTÁRIO

Ao ler este trecho em particular:

"Conforme explicou a diretora, o progresso é alcançado de acordo com o
desenvolvimento emocional e educacional de cada um. "Por conta da história
de vida de cada um dos meninos, essa progressão de vida pode ser mais lenta
ou mais rápida. Depende muito deles", explica a diretora. Conta também que o
contrário é verdadeiro, uma vez que a falta de disciplina ou qualquer outro
fato que demonstre a regressão de comportamento, são punidos com a perda das
regalias adquiridas. "Cada um é responsável pelos seus atos e todo ato tem
consequências"."

Pensei comigo: Não há coisa mais espírita do que isto!

Isto é educação. É ensinar àquele jovem que todos os seus atos possuem uma consequência, mas valorizar mais os benefícios.
Ninguém lá, aparentemente, espera que ao entrar em contato com este trabalho o jovem mude de uma hora para outra e este é um ponto muito importante. Esclarecê-lo de que é um processo , com seu tempo e sequência, e deixar claro como ele pode realizar o caminho.

E não é assim que nos ensina a Doutrina Espírita, somos espíritos internados temporariamente na Terra para aprender a nos ressocializar. Temos sempre o livre arbítrio para aceitar as regras ou não, e quando somos rebeldes e teimosos, não avançamos, podemos perder alguns benefícios e geralmente reclamamos.

"117. Depende dos Espíritos apressar o seu avanço para a perfeição?
- Certamente. Eles chegam mais ou menos rapidamente, segundo o seu desejo e a sua submissão à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui mais depressa que um rebelde?" O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.

Outra coisa que também possui similaridade, é o fato de que esta unidade de internação não atende a reincidentes.

"184. O Espírito pode escolher o novo mundo em que vai habitar?
- Nem sempre; mas pode pedir e obter o que deseja, se o merecer. Porque os mundos só são acessíveis aos Espíritos de acordo com o grau de evolução.

184-a. Se o Espírito nada pede, o que determina o mundo onde irá reencarnar-se?
- O seu grau de elevação." O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.

Isto deixa claro ao jovem que ele realmente irá arcar com a responsabilidade de seus atos e que se reincidir no erro, ele perde a possibilidade de estar ali. Mas não pense que é uma regressão, da mesma forma que se um mundo de provas e expiação evolui para mundo de regeneração, pela evolução da maioria de seus habitantes, aqueles que continuam rebeldes à mudança, passarão a reencarnar em outro mundo de provas e expiações, não porque ele tenha regredido, mas por não avançar ele permanece no mesmo estágio.

Infelizmente pelo curto período de tempo da adolescência, a rebeldia propicia a perda definitiva, nesta encarnação, de um grande benefício e que este seja reproduzido não só aos jovens do restante do país, mas também aos adultos.

(Comentário por: Claudia Cardamone, psicóloga e espírita. É membro da Equipe Espiritismo.net, atuando nas áreas de atendimento fraterno e notícias.)

terça-feira, 14 de julho de 2009

As Dependências...


Dependências

Buscar a verdade é o único caminho que leva um dependente a agir no sentido de curar-se do nodoso mal da dependência.

Mas o que faz uma pessoa tornar-se vítima de si mesma, criando um estado de dificuldades internas?

Quase sempre, é um estado de espírito ensimesmado, criando uma atmosfera de autocomiseração que permita à pessoa que assim procede tentar dominar aquele que esteja a seu lado.

Qualquer que seja o ângulo pelo qual se veja a questão, tem em vista alguém com o poder de dominar, sendo algoz, mais do que alguém que sofre pesada carga de emoções, como costumam asseverar os dependentes, geralmente.

Por todos os ângulos da questão, nota-se que somente quando o ser busca autoconhecer-se(...)

Conhecer-se, nesse caso, é o começo da libertação, pois o cativo das forças inferiores que deseja buscar o autoconhecimento começar a libertar-se da idéia do querer escravizar ao próximo e, a partir dessa conquista, buscará outras formas de viver mais agradáveis e menos onerosas para sua economia espiritual. Nessa busca, verá aquele que o acompanha não mais como um vassalo, mas, sim, alguém que, como ele mesmo, busca encontrar a chave que o levará à libertação.
Luís
(Trecho da mensagem psicográfica recebida pelo médium Altivo Carissimi Pamphiro, em 02/06/2005)(Goulart, Elisa. Dependências e Espiritismo. Prefácio. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2005)
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Para fechar as questões iniciais sobre o informativos legais Drogas, embora ainda tenhamos muito mais ainda a falarmos e interagirmos sobre o assunto, deixamos como dica legal o endereço do site sobre a 6a Minijornada da Família, cujo tema foi:
As Drogas e a Família.
Por lá, encontraremos as diretrizes doutrinárias, artigos, mensagens para nossa reflexão, exercícios de autoconhecimento, sites de ajuda ao dependente e à sua família, legislação, áudios, vídeos e bibliografia sobre o assunto.
Visite-o! Será super legal! :)
beijos e abraços

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Notícia: Tecnologia para o mal.

Celulares, laptops e GPS não são úteis só para gente como eu e você. Também ajudam os terroristas na hora de planejar e executar ataques. - Paula Sato

Desde os ataques de 11 de setembro de 2001, a ação de terroristas tem ganhado espaço em jornais e noticiários de todo o mundo. Mas se naquela época os destaques eram o grau de organização desses grupos e a quantidade de informação de que dispunham, o que chama a atenção agora são os gadgets que utilizam. Para quem lida com ações antiterrorismo, a aplicação de tecnologia para o mal não é novidade. Já em 2002, quando uma bomba matou 182 pessoas em uma casa noturna de Bali, foi por meio de um telefone celular que o terrorista detonou os explosivos.

O que mudou de lá pra cá foi a modernização dos aparelhos eletrônicos. Assim como eles facilitam a vida de pessoas comuns, também deixam tudo mais fácil para os criminosos. Como analisa Giovanni Piero Spinelli, consultor internacional em defesa, segurança e medidas antiterrorismo, "os ataques de Mumbai [em novembro de 2008] não teriam acontecido do mesmo jeito sem a ajuda da tecnologia. Com certeza eles foram projetados, planejados e simulados em um ambiente de inteligência artificial e realidade virtual para prever possíveis ações e avaliar as possibilidades de sucesso", diz. Antes de colocar o ataque em prática, softwares de arquitetura serviram para desenhar a planta dos hotéis, prevendo por onde a polícia poderia entrar, quais os melhores pontos de observação e os locais mais seguros. Tudo isso feito em um computador comum.

Mas nem todos os gadgets que estão nas mãos dos criminosos podem ser comprados em qualquer lugar. Os terroristas também usam equipamentos que não têm utilidade para pessoas comuns, como detectores de grampo e interceptadores de rádio, mas que não são difíceis de encontrar. E esse é o problema. Não há como impedir que os equipamentos cheguem até os criminosos, já que são baratos e de comercialização livre. Também é impossível impedir que esses gadgets sejam usados para fins ilícitos. "Tentar barrar o uso da tecnologia pelos terroristas significaria bloquear os celulares do mundo inteiro. É inviável", diz Giovanni.

A única solução é tentar prever quais serão as próximas cartadas dos extremistas. Pelo menos essa é a opinião de Daniel Pipes, especialista em Oriente Médio e Islã. "Os terroristas não inventam nada, mas usam os melhores instrumentos disponíveis de maneiras inovadoras, pegando as autoridades de surpresa. As agências governamentais precisam pensar de um jeito mais criativo, para antecipar como é que a tecnologia será empregada por eles", diz. E, pelo jeito, os governos vão ter muito trabalho. Análises das agências internacionais antiterrorismo apontam que a tendência é que, nos próximos anos, homens-bombas e missões suicidas deem lugar a tecnologias que façam o "serviço sujo" sem sacrificar soldados. Os ataques do futuro devem incluir aviões não-tripulados carregados de explosivos e veículos movidos por controle remoto. Enquanto isso não acontece, confira como algumas tecnologias são usadas em nome do terror.

O ARSENAL DO TERRORISTA: À primeira vista, ele pode ser confundido com um inofensivo geek. Mas as novidades tecnológicas que carrega na mochila são usadas para matar.

1>>>TELEFONE CELULAR
Para dificultar o rastreamento das ligações, os chips são comprados em vários países. Além disso, são usados programas que codificam as chamadas, evitando grampos, e parte das ligações são feitas por meio do sistema VOIP (o mesmo do Skype), mais difícil de ser interceptado. Blackberrys e aparelhos com tecnologia 3G servem como GPS e para monitorar a internet. Para escutar as conversas inimigas, programas fexispy capturam todas as conversas e mensagens enviadas pelo celular "grampeado". Os aparelhos também podem ser transformados em explosivos ou detonadores.

2>>>COMPUTADORES E LAPTOPS
A internet serve para a comunicação entre os terroristas, para difundir a propaganda extremista e também para tentar interceptar as conversas inimigas. Malwares, softwares que, se invadem os computadores, roubam informações de todos os tipos de fonte. Mapas digitais, como os dos Google Earth, servem como fonte de estudo sobre os locais a serem atacados. Softwares de arquitetura desenham a planta de prédios a serem invadidos, assim, cada movimento pode ser previsto.

3>>>CRIPTOFAX
Aparelho que codifica as mensagens de fax para impedir que elas sejam lidas mesmo quando interceptadas, garantindo o sigilo das comunicações.

4>>>JAMMER
Este aparelho é um sistema de interferência, que bloqueia sinais de rádio ou telefone celular em uma certa área. Serve para impedir as comunicações entre os inimigos.

5>>>GPS
O mesmo aparelho que você carrega no carro para não errar o caminho também serve para que as bombas terroristas acertem os alvos com precisão. Ou simplesmente para se localizar, como no caso da invasão por mar em Mumbai.

6>>>TELEFONE POR SATÉLITE
Mesmo onde não há sinal de telefonia celular, como no meio do mar, esse tipo de telefone mantém as comunicações entre os terroristas. Também usam chips de vários países e tecnologia VOIP para burlar o monitoramento.

7>>>RF DETECTOR
Este aparelho detecta câmeras, microfones, grampo ou qualquer outro tipo de dispositivo de monitoramento. É usado para que as reuniões entre terroristas não sejam espionadas e, em caso de ataques e sequestros, para inutilizar câmeras de vigilância.

8>>>SCANNER
Permite localizar todos equipamentos que transmitam sinais radio de 1 a 1000 Mhz. Alguns desses scanners eram usados no Iraque, pelo grupos da Al-Qaeda, para grampear as comunicações em VHF dos comboios da Coalizão.

Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG86195-8489-211,00-TECNOLOGIA+PARA+O+MAL.html

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COMENTÁRIO

As inovações tecnológicas são uma imagem de marca da nossa sociedade, a qual até podemos chamar de sociedade tecnológica. Nunca, como nos dias de hoje, o Homem foi confrontado com tamanhos progressos nos instrumentos à sua disposição e nas condições que dispõe para enfrentar o mundo e a vida. Dispomos de satélites no espaço que dirigem as nossas comunicações, veículos capazes de sondar os locais mais inóspitos do Universo, técnicas médicas impressionantes que prolongam a nossa vida física, aparelhos de telecomunicações que incorporam cada vez mais aperfeiçoadas ferramentas, um mundo de conhecimento, entretenimento e socialização através da Internet, etc, etc.

Muitos são aqueles que, através de uma visão pessimista e conservadora, argumentam que as inovações tecnológicas são nocivas, corrompem o Homem, potenciam o desleixo e a preguiça e são armas perigosíssimas em mãos criminosas e terroristas. Todos estes argumentos são de algum modo verdadeiros, pois tudo o que é colocado ao serviço do Homem pode ser vítima de abuso e má utilização. Mas precisamos perceber que a tecnologia amplia as nossas possibilidades, escolhas e potencialidades. Cada inovação, invenção ou descoberta oferece ao Homem uma nova forma de se expressar, de obter a excelência, de colocar em acção os talentos que lhe são inerentes e uma nova oportunidade de crescimento e transcendência. O nosso trabalho como seres humanos numa era tecnológica passa por privilegiar as tecnologias que ampliam o nosso poder de escolha e de crescimento, em detrimento daquelas que o limitam e atrofiam. Claro que existem tecnologias fantásticas e outras menos boas que podem até colocar em risco a sobrevivência do Homem. Existe o paradoxo de tecnologias boas em essência poderem servir simultaneamente o bem e o mal, como é o caso da Energia Nuclear, da Internet, as Telecomunicações, etc. Mas esse é um efeito secundário do progresso e da evolução a que não podemos fugir. Quando o Homem descobriu o fogo, uns utilizaram-no para cozinhar os alimentos e outros para incendiar casebres inimigos. Seria melhor não ter descoberto o fogo? Claro que não.

Temos hoje, melhores condições do que ontem, para lidar com os desafios que esta era tecnológica nos coloca, mas não podemos deixar de incorporar alguns limites éticos a esse progresso para que a tecnologia se mantenha ao serviço do Homem e da sua evolução, e não o oposto. Progresso e inteligência sem uma ética firme e consistente, é como cavalo sem rédea: ninguém sabe onde vai parar.

(Carlos Miguel Pereira é trabalhador do Centro Espírita Caridade por Amor (CECA), na cidade do Porto, e colaborador regular do Espiritismo.net)

domingo, 12 de julho de 2009

Artigo: A "lei seca" e o direito à liberdade

A "lei seca" e o direito à liberdade


Recente lei decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República vem causando polêmica na sociedade. Trata-se da lei que altera o Código Nacional de Trânsito, proibindo o consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo automotor e estabelecendo sanções para o seu descumprimento. Não vamos emitir juízo de valor quanto ao acerto ou não da medida nem se a proibição deve ser absoluta ou relativa, pois isto fugiria aos objetivos desta publicação. O que gostaríamos de refletir é sobre a necessidade ainda presente de sermos tutelados pela legislação humana, no que concerne a algo que, à primeira vista, de tão óbvio, deveria ser regulado apenas pelo bom senso: a incompatibilidade entre o consumo de alcoólicos e a condução de veículo automotor.

Por que ainda precisamos que o poder público venha intervir numa questão que a nossa própria consciência deveria ser suficiente para ditar o que devemos ou não fazer? Os Espíritos ensinam que unicamente as Leis Naturais bastariam para reger a sociedade, desde que todos as compreendessem e quisessem praticá-las. Quando isto acontecer, as Leis Naturais serão suficientes para regularem as relações entre os homens. Por enquanto, como espíritos ainda imperfeitos, mais próximos do começo da caminhada do que da nossa destinação, que é a condição de espíritos puros, inteiramente depurados e com a evolução concluída, ainda estamos sujeitos a desvios de conduta, precisando de leis severas para colocarem um freio nos desmandos de alguns.

Para que possamos prescindir de dispositivos coercitivos tão rigorosos como este é indispensável que, através da educação, o homem se reforme. Quanto menos evoluídos forem os espíritos que formam uma sociedade, mais duras haverão de ser as leis que regem as relações entre eles. A Lei Natural é perfeita, imutável e existe desde sempre, como o Criador. Mas a legislação humana é temporal e progressiva. Modifica-se naturalmente, pela força do progresso, que cria novas necessidades e faz com que o homem tenha que adaptá-la à nova condição social que ocupa. O Espiritismo mostra que o progresso é lei da natureza e sua ação se faz sentir em todo o Universo. O homem pode criar-lhe embaraços e atrasá-lo, porém não frustrá-lo nem impedí-lo. A legislação humana não foge a esse determinismo divino e vai se adaptando ao progresso realizado.

Nesse estágio de evolução em que nos encontramos, o egoísmo ainda está fortemente presente, fazendo com que alguns não percebam que o homem não pode gozar de uma liberdade absoluta. Há direitos recíprocos que lhe cumpre respeitar. À legislação humana cabe zelar pelo respeito a esses direitos, estabelecendo o limite que deve ser observado por cada indivíduo no uso de sua liberdade. O homem goza de liberdade absoluta apenas quanto ao pensamento e à consciência, aos quais não se pode opor embaraços. Em tudo o mais, de uma ou de outra maneira, a liberdade é relativa, desde que juntos estejam dois ou mais homens.

À medida que o processo civilizatório for avançando, alguns males gerados pelo egoísmo, pela ambição e pelo orgulho deixarão de existir e o progresso moral prevalecerá. Quando os valores morais sobrepujarem os materiais, o homem poderá gozar do direito à liberdade de modo mais amplo e com menos restrições. Combatendo o homem suas más tendências através da educação, a legislação humana acompanhará esse progresso, tornando-se mais branda e menos punitiva, pois haverá um maior discernimento quanto ao que podemos ou não fazer. A Terra é o educandário que a misericórdia divina nos oferece para que possamos operar essa transformação. Por enquanto, havemos de admitir que, apesar de seu caráter restritivo ao direito de liberdade, não podemos prescindir de leis semelhantes à acima citada, necessárias para frearem essas más tendências que ainda trazemos em nosso íntimo.

(Sérgio Rodrigues - membro da Equipe do CVDEE - http://www.cvdee.org.br/artigostexto.asp?id=141)