sábado, 13 de outubro de 2012

Mural Reflexivo: Aceitação

Aceitação
 
Quando precisamos aceitar uma circunstância que não foi planejada, o primeiro impulso que temos é o de ser resistente à nova situação.
É difícil aceitar as perdas materiais ou afetivas, a dificuldade financeira, a doença, a humilhação, as traições.
A nossa tendência natural é resistir e combater tudo o que nos contraria e que nos gera sofrimento.
Agindo assim, estaremos prolongando a situação. Resistir nos mantém presos ao problema, muitas vezes perpetuando-o e tornando tudo mais complicado e pesado.
Em outras ocasiões, nossa reação é a de negação do problema e, por vezes, nos entregamos a desequilíbrios emocionais como revolta, tristeza, culpa e indignação.
Todas essas reações são destrutivas e desagregadoras.
Quando não aceitamos, nos tornamos amargos e insatisfeitos. Esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades e nos impedem de enxergar as soluções.
Pode parecer que quando nos resignamos diante de uma situação difícil, estamos desistindo de lutar e sendo fracos.
Mas não. Apenas significa que entendemos que a existência terrestre tem uma finalidade e que a vida é regida pela lei de ação e reação; que a luta deve ser encarada com serenidade e fé.
Na verdade, se tivermos a verdadeira intenção de enfrentar com equilíbrio e sensatez as grandes mudanças que a vida nos apresenta, devemos começar admitindo a nova situação.
A aceitação é um ato de força interior que desconhecemos. Ela vem acompanhada de sabedoria e humildade, e nos impulsiona para a luta.
É detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.
Existem inúmeras situações na vida que não estão sob o nosso controle. Resta-nos então acatá-las.
É fundamental entender que esse posicionamento não significa desistir, mas sim manter-se lúcido e otimista no momento necessário.
No instante em que aceitamos, apaga-se a ilusão de situações que foram criadas por nós mesmos e as soluções surgem naturalmente.
Aceitar é exercitar a fé. É expandir a consciência para encontrar respostas, soluções e alívio. É manter uma atitude saudável diante da vida.
É nos entregarmos confiantes ao que a vida tem a nos oferecer.
* * *
Estamos nesta vida pela misericórdia de Deus, que nos concedeu nova oportunidade de renascimento no corpo físico.
Os sentimentos de amargura, desespero e revolta, que permeiam nossa existência, são frutos das próprias dificuldades em lidar com os problemas.
Lembremos que todas as dores são transitórias.
Quando elas nos alcançarem, as aceitemos com serenidade e resignação. Olhemos para elas como mecanismos da Lei Universal que o Pai utiliza para que possamos crescer em direção a Ele.
Busquemos, desse modo, as fontes profundas do amor a que se reporta Jesus que o viveu, e o amor nos dirá como nos devemos comportar perante a vida, no crescimento e avanço para Deus.
Redação do Momento Espírita, com base
no texto
Aceitação, de autoria desconhecida e com parágrafo final do
cap. 20, do livro
Terapêutica de emergência, por diversos Espíritos,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Richard Simonetti responde: Fatalidades.

1 - Os construtores do navio Titanic apregoavam que “nem Deus afundará nosso navio”. Deus castigou?
O despótico Jeová da tradição mosaica, que se vinga até a quarta geração daqueles que o aborrecem, como está no texto bíblico, é mera fantasia. Somente um Deus antropomórfico, a refletir as fraquezas humanas, promoveria um tragédia para “castigar” alguns presunçosos.
2 – Se não foi Deus, quem afundou o grande navio?
Em primeiro lugar, a desonestidade. Recentes pesquisas revelam que o aço empregado na construção do navio era quebradiço e poroso, de qualidade inferior, que jamais poderia ser usado em embarcação de tal porte. Houve deu mais lucro para os fornecedores, mas irreparável prejuízo de vidas humanas, vitimando 1.513 pessoas.
3 – E o que mais?
A imprudência e a incompetência. Havia a intenção de bater o recorde de tempo na travessia do Atlântico. O navio seguia a pleno vapor, uma temeridade num mar gelado, minado de icebergs. Por outro lado, a desastrada manobra do comandante, que ao tentar conter o navio, revertendo as máquinas, jogou o frágil costado no gigante de gelo.
4 – não poderíamos debitar a tragédia à fatalidade?
A morte é uma fatalidade – todos morreremos um dia. Mas não há um dia certo para morrer. Depende das contingências geradas pelas ações humanas. Tragédias como a titanic seriam evitadas se os homens agissem sempre orientados pela prudência, a distância das ambições e paixões que costumam inspirá-los.
5 – As pessoas que morreram no naufrágio do Titanic não estavam pagando dívidas?
Se alguém, pela sua índole e os crimes que cometeu é remetido a uma prisão destinada a prisioneiros de alta periculosidade, poderá ser assassinado, seviciado, agredido, sem que isso faça parte de sua pena. O egoísmo, motivação maior do espírito humano, sujeita-nos a residir num planeta de provas e expiações, onde muitos males podem nos atingir, sem que, necessariamente, façam parte de nosso destino. Nós os merecemos, pelo simples fato de estarmos aqui.
6 – Então aquelas mortes não estavam “escritas”, conforme o maktub da tradição oriental?
Sabe-se que a grande maioria dos que morreram estavam na terceira classe, destinada aos passageiros de baixa renda. Não havia barcos salva-vidas para eles. Só o mais retrógrado e fantasioso preconceito poderá imaginar que entre os pobres estaria a quantidade maior de “pecadores”, cumprindo suposto carma. Foi a odiosa discriminação que os vitimou. Deus nos dá o dom de viver. As condições de vida e as contingências da morte, nós as fazemos.
7 – E como fica a idéia de que “não cai folha de uma árvore sem que seja pela vontade de Deus?”, conforme está no Evangelho?
É preciso entender essa vontade como consentimento. Não posso imaginar assassinatos e estupros, genocídios e atrocidades cometidos pela vontade de deus. Deus consente, permitindo-nos exercitar o livre-arbítrio, mas responderemos sempre por nossas ações, quando levarem prejuízo ao semelhante.
8 – Isso significa que no futuro, numa humanidade disciplinada e moralizada, tragédias como a do titanic não acontecerão?
Certamente. Observemos que nos últimos anos houve sensível redução no número de mortes nas estradas brasileiras. Haverá menos problemas cármicos hoje? Negativo! Esse resultado é fruto do novo código de trânsito. Mais rigoroso, impõe multas pesadas e sanções severas aos infratores, disciplinando o comportamento dos motoristas.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
Primeiro Ano – 1858

Revista Espírita, dezembro de 1858
Variedades - Monomania religiosa
Leu-se, na Gazette de Mons: "Um indivíduo atacado de monomania religiosa, seqüestrado há sete anos no estabelecimento do senhor Stuart, e que até ali se mostrara de uma natureza muito doce, chegou a enganar a vigilância de seus guardas e a se apoderar de uma faca.
 
Estes, não podendo fazê-lo devolver essa arma, informaram o diretor do que se passava.
 
"O senhor Stuart logo se colocou perto desse furioso, e, não consultando senão sua coragem, quis desarmá-lo; mas, apenas havia dado alguns passos ao encontro do louco, este se arrojou sobre ele com a rapidez do relâmpago e o atingiu a golpes redobrados. Não foi senão com muita dificuldade que se chegou a dominar o assassino.
 
"Das sete feridas, com as quais o senhor Stuart fora atingido, uma era mortal: a que recebera no baixo ventre; e segunda-feira, às três horas e meia, sucumbiu em conseqüência de uma hemorragia que se declarara nessa cavidade."
 
Que se diria se esse indivíduo estivesse atacado de uma monomania espírita, ou mesmo se, em sua loucura, tivesse falado de Espíritos? E todavia isso se poderia, uma vez que há muitas monomanias religiosas, e todas as ciências forneceram seu contingente. Que se poderia racionalmente disso concluir contra o Espiritismo, senão que, em conseqüência da fragilidade de sua organização, o homem pode se exaltar sobre esse ponto como sobre tantos outros? O meio de prevenir essa exaltação não é combater a idéia; de outro modo se correria o risco de se ver renovarem os prodígios das Cévènes. Se jamais se organizasse uma cruzada contra o Espiritismo, vê-lo-íamos propagar-se mais e mais; por que, como se opor a um fenômeno que não tem nem lugar nem tempo preferidos; que pode se reproduzir em todos os países, em todas as famílias, na intimidade, no segredo mais absoluto, melhor ainda que em público?
 
O meio de prevenir os inconvenientes, dissemo-lo em nossa Instrução prática, é fazê-lo compreender de tal modo que nele não se veje mais que um fenômeno natural, mesmo naquilo que ofereça de mais extraordinário.
 
(Enviado pelo JoellSilva via email)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

"A causa real da maioria de nossos grandes problemas está entre a ignorância e a negligência."
(Goethe)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Qual sua opinião?

O Pedro, do Espiritismo.Net, escreveu falando sobre suas sugestões para os congressos Espíritas.
Agora, esperamos Vc trocar ideias conosco acerca dessas sugestões e também nos falando quais seriam as suas sugestões.
Aguardamos Vc! :)
Beijos e Abraços
 
De: Pedro Vieira
Data: 30 de setembro de 2012 00:10
Assunto: Sugestões para os Congressos Espíritas


Caros confrades,

Reverencio as boas intenções em reunir os espíritas do RJ em torno de uma proposta de estudos.

Nos congressos acadêmicos, os trabalhos são reunidos por área de interesse, selecionados por mérito e importância, e publicados a posteriori nos anais do evento, tanto em formato digital quanto impresso, disponíveis para acompanhamento e consulta sem limites. Isso permite que novos trabalhos possam se basear nos antigos e, com isso, facilitar o progresso do conhecimento, no caso da Ciência.

No campo empresarial, os congressos são menos democráticos, mas, em compensação, possuem diversas formas de contato interpessoal, como feiras e intervalos onde o networking é não só possível como estimulado. É onde nascem os negócios, conectados sempre com o objeto do congresso. No final, é comum que um palestrante-chave faça um resumo de todas as apresentações e gere, com isso, um resumo útil a todos.

Ambos os modelos evoluíram muito de 60 anos para cá, notadamente após a Segunda Guerra com as técnicas de mercadologia e o advento da computação, na década de 1970, e da Internet, nos anos 90.

E os congressos espíritas? Desde as narrativas de Denis e Delanne dos primeiros encontros no início do século XX, o que progrediu? Será que esse gênero de encontro tem sido vanguarda, como sonhou Kardec, ou retaguarda dos progressos da própria sociedade? Pior: será que regredimos com relação ao que lemos, por exemplo, em "No Invisível"?

Será que a juventude que compra pelo celular, compartilha sua vida no Facebook e estuda no tablet é atraída para um formato expositivo puro, como as palestras em nossas Casas Espíritas, iguais às que existem há mais de 100 anos no Brasil? Será que atingimos o público que tomará o Espiritismo em seu lombo para divulgá-lo em breve de forma eficaz?

Em 1996, fundei junto com poucos amigos o trabalho que hoje se tornou o Espiritismo.Net, o maior site espírita colaborativo da Internet, que originou outras tantas tarefas no mundo virtual. Na época, falar em divulgar a Doutrina Espírita na Internet era sinônimo de obsessão. E hoje? O que ainda ignoramos hoje?

Todos esses questionamentos têm por objetivo enviar a vocês sugestões simples, baseadas em experiências diversas nos mundos acadêmico e empresarial, e também na carreira de educador, para que nossos congressos espíritas não sejam autofágicos e se tornem úteis a todos, gerem produtos reais, e sejam eficazes na divulgação da ideia espírita. Tentarei ser objetivo e direto.

(1) É preciso que um encontro gere um produto que tenha relação com o tema abordado. No caso, uma carta de intenções, uma orientação aos Centros Espíritas, relacionado com as posturas para a valorização da vida, em diversas áreas. Isso está fora dos objetivos divulgados por vocês. Sem produto, o fruto é restrito, e suas conquistas são efêmeras. Léon Denis relata produtos claros dos primeiros congressos espíritas: deliberações, orientações, análises. Andamos para trás?

(2) É importante que o material gerado no congresso esteja disponível automaticamente, em formato autoexplicativo, a quem desejar, de forma simples. Caso o expositor não use slides, pedir que gere um resumo escrito e didático é sempre uma ideia útil.

(3) O afastamento que o movimento espírita brasileiro criou do Plano Espiritual, elegendo sacerdotes no lugar da metodologia kardequiana fecha as portas a uma oportunidade única: a de obtenção e análise de orientações relacionadas a problemas cotidianos, de uma forma estruturada. Os desencarnados não conseguem mais crachá de participantes em nossos congressos espíritas. Não parece um contrasenso? E é. Por que não reunir médiuns de diversas Casas e fazer reuniões instrutivas com objetivo de obter orientações ligadas ao tema, de forma atual, compará-las criticamente e submeter seu senso geral ao crivo do bom senso, divulgando-o como produto mediúnico? Em um congresso brasileiro da FEB em Brasília há alguns anos atrás vi uma cena patética, e, envergonhado, me retirei do recinto: o excelente médium Divaldo Franco recebeu uma psicografia especular com xenoglossia e, ANTES QUE SE LESSE A MENSAGEM, o público aplaudiu o fenômeno, numa prova de ignorância kardequiana total, que manda que seja analisado o conteúdo e não a forma de uma mensagem. É isso que queremos? Se não for, o congresso é a hora de fazer e ensinar a fazer diferente.

(4) Ao invés de selecionar expositores com conhecimentos muito questionáveis da Doutrina Espírita (mas eventualmente com algum cargo em alguma instituição), por que não deixar uma parte do congresso para submissão de trabalhos, analisados por seu conteúdo por uma comissão do CEERJ? Isso estimularia os anônimos a expor suas ideias e seus trabalhos e nos ajudaria a nos afastar do modelo sacerdotal-católico que tem tomado conta de nosso movimento nos últimos anos, no Brasil.

Vejo que temos uma escolha: ou damos à mensagem espírita uma finalidade que responda aos anseios do mundo moderno, insuflando novamente, como fez Kardec, o Espiritismo com vida e dinamismo, ou os revolucionários que ditaram a Codificação certamente encontrarão outros caminhos, fora, distante do Movimento Espírita, para continuarem seu trabalho de progresso para a Humanidade. O trem está partindo. Cabe-nos escolher o lugar: maquinistas, passageiros ou, pior, esquecidos na estação. Ainda há tempo.

Abraços,
Pedro Vieira 
 Rio de Janeiro - RJ/Brasil

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

24ª Semana do Jovem Espírita de Pernambuco: Jovens construindo um mundo melhor

De 15 a 21 de Outubro de 2012 a Comissão Estadual de Espiritismo - PE realizará a 24ª Semana do Jovem Espírita de Pernambuco.
 
 
A Comissão Estadual de Espiritismo – CEE convida os jovens das casas espíritas do Estado a participar da 24ª SEMANA DO JOVEM ESPÍRITA DE PERNAMBUCO.
Prezados Dirigentes das Casas Espíritas
Investir na Juventude é estruturar as bases do amanhã da Casa Espírita! A Casa Espírita que não tem um setor de Infância e Juventude, está fadada a descontinuidade, tem seus dias de vida contados.
Participe!

Heleno Vidal
Presidente da CEE”
Acesse a Programação da 24ª Semana do Jovem Espírita de Pernambuco no link ao lado:CEE PROGRAMAÇÃO 24 Semana
Mais informações com a CIJ/CEE – Coordenadoria de Infância e Juventude da CEE pelo e-mail: cee.pe@hotmail.com
 
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PROGRAMAÇÃO:
 
PROGRAMAÇÃO DO 1º DIA: 15/10/2012 - 20h
LOCAL: GRUPO FRATERNIDADE ESPÍRITA DE OURO PRETO
ENDEREÇO: Rua Moreno, nº 1, Ouro Preto - Olinda, esquina com a Rua Atlântico. Ponto de referência: Entrar em Ouro Preto pelo posto BR (chamada entrada pelo argentina, pela Av. Argentina Castelo Branco) e entrar na 4ª rua à direita (Rua Moreno), última casa desta rua.)
PROGRAMAÇÃO DO 2º DIA: 16/10/2012 - 20h
LOCAL: ESCOLA ESPÍRITA MARIA DE NAZARÉ
ENDEREÇO: Rua Bom Conselho, nº 248, Arruda- Recife/PE (Próximo ao Estádio José do Rêgo Maciel – Santa Cruz)
PROGRAMAÇÃO DO 3º DIA: 17/10/2012 - 20h
LOCAL: Escola Espírita Francisco de Assis
ENDEREÇO: Rua Henrique de Holanda,s/ nº , Centro – Camaragibe/PE.
Ponto de referência: Após o Shopping Camaragibe pegar a primeira rua a esquerda, em seguida entrar na primeira a direita e por ultimo pegar a segunda rua a esquerda. (rua em frente a uma torre/antena de telefonia)
PROGRAMAÇÃO DO 4º DIA: 18/10/2012 - 20h
LOCAL: ASSOCIAÇÃO MUNICIPAL ESPÍRITA DE ABREU E LIMA
ENDEREÇO: Rua General Abreu e Lima - número 52
centro - Abreu E Lima
PROGRAMAÇÃO DO 5º DIA: 19/10/2012 - 20h
LOCAL: ABRIGO ESPÍRITA BATISTA DE CARVALHO
Endereço: Av. São Paulo, 373, Jardim São Paulo, Recife/PE
PROGRAMAÇÃO DO 6º DIA: 20/10/2012 - 9h
LOCAL: COMISSÃO ESTADUAL DE ESPIRITISMO - PE
Endereço: rua Iguatú -135 campina do Barreto- recife
PROGRAMAÇÃO DO 7º DIA: 21/10/2012 -9h
LOCAL: COMISSÃO ESTADUAL DE ESPIRITISMO - PE
Endereço: rua Iguatú -135 campina do Barreto- recife
 

domingo, 7 de outubro de 2012

Mural Reflexivo: O país que eu quero

O país que eu quero
 
Foi num dia Sete de Setembro, no século XIX. A História encheu de magia o gesto espontâneo de um imperador amante do Brasil.
E Laços fora! e Independência ou morte! são frases repetidas, dramatizadas, recordadas a cada novo Sete de Setembro.
Desfiles militares, hasteamento da bandeira, execução do Hino Nacional se sucedem em rememoração à Independência do Brasil.
Olhando para as ruas do meu país, nesse festejar de cento e oitenta e sete anos de independência, me surpreendo com os desejos de minha alma patriota.
Da alma que assiste o pavilhão nacional tremular ao vento, mostrando as cores vibrantes que falam de verdura, riqueza, um céu de estrelas, ordem e progresso.
Quero um país independente, uma nação livre. Livre da corrupção, da desonestidade e do compadrio.
Livre das drogas, das armas de guerra e dos discursos vazios, da violência de todas as cores.
Quero um país onde as crianças possam sair à rua, para suas brincadeiras, sem medo de sequestros.
Possam ir à praia, ao campo, jogar futebol na quadra da esquina, sem que tenham de se esquivar de balas perdidas.
Eu quero um país onde se respeite o idoso, não porque ele não tenha a destreza da juventude, mas porque nele se reconheça a experiência dos anos vividos e das contribuições à sociedade por largos anos de trabalho.
Eu quero um país sem medo do amanhã. Um país que tenha os olhos no futuro e, por isso, invista na formação do cidadão.
Um país com escolas, bibliotecas e museus, franqueadas a todos.
Um país que preze seu passado e nunca esqueça dos seus heróis.
Dos heróis que defenderam suas fronteiras, com armas, com leis, com a vida e com a voz. Dos heróis de todos os dias, de todas as raças, que deixaram seu torrão natal e adotaram uma nova pátria.
Dos heróis que suaram sangue, trabalharam duro, desbravaram matas, criaram filhos.
Dos heróis que a História venera. Dos heróis que deram sua vida pelo ideal de uma nação sem escravidão. Uma nação de irmãos.
Eu quero um país responsável, onde os governantes sejam conscientes de seus deveres.
E onde o povo eleja seus representantes, não iludidos por promessas utópicas, mas porque conhecem a vida honrada do candidato e suas propostas maduras, coerentes, viáveis de aplicação a curto, médio e longo prazos.
Eu quero um país justo, que ampare a quem trabalhe, não àquele que somente sabe enumerar pretensos direitos.
Um país que proteja seus filhos, preserve suas riquezas, distribua seus bens.
Um país de paz. Um país de luz.
O país que eu quero não é irreal, nem impossível.
Ele somente depende de mim, de você, de cada um dos seus mais de cento e oitenta milhões de habitantes.
* * *
Pensemos nisso, hoje, agora, enquanto os versos do Hino pátrio nos exortam a agradecer a Deus por um país tão vasto, tão rico, tão maravilhosamente pleno de belezas naturais e oportunidades de progresso.
Redação do Momento Espírita