sábado, 29 de março de 2014

Como Fazer o Evangelho no Lar

Como Fazer o Evangelho no Lar

Primeiro marcamos um dia e hora apropriada para nós e nossos familiares, conscientes de que este é o momento de intimidade da família com Jesus. As reuniões deverão ser realizadas todas as semanas e não esporadicamente. O Culto do Evangelho no Lar não deverá ser transferido para outro dia por impedimentos circunstanciais. Somente uma forte razão deverá impedir que ele se realize no dia e hora determinados.
A reunião não deverá ser muito prolongada, podendo ter, portanto, cerca de 30 minutos de duração.
Prece Inicial: Iniciamos com uma simples e espontânea prece. Silenciamos dentro de nós mesmos e buscamos e figura de Jesus, equilibrando assim nossa aura, sintonizando-nos com o Plano Maior e pedimos: (sugestão)
“Senhor, dá-nos a tua inspiração na Leitura Evangélica de hoje, e sustenta-nos durante toda a reunião através de Teus Mensageiros, para que possamos assimilar os ensinamentos e colocá-los em prática no nosso dia-a-dia”.
Leitura do Evangelho: Fazer a leitura de um pequeno trecho do Evangelho, com voz normal, claramente, para que todos possam entender e comentar. O Evangelho poderá ser aberto ao acaso ou mesmo ser estudado sequencialmente.
Comentários sobre o texto lido: Os comentários são breves, feitos por todos, e cada um expõe o que entendeu da leitura, com simplicidade, sem fugir do assunto.
Vibrações: eis o ponto culminante da reunião, onde passamos para a condição de doadores. Vibrar é doar, e todos nós temos algo de bom a dar em favor do próximo. Um bom pensamento, uma palavra de carinho, um sentimento de bem que enviamos é doação, é caridade. Destacar um membro da reunião para dirigir estas vibrações, com tonalidade de voz moderada, e os outros acompanham com o pensamento, procurando doar amor, paz, saúde e equilíbrio. A importância da vibração está no impulso mental que é dado, na vontade firme e sincera de querer ajudar, na dedicação e amor aos semelhantes e no poder de fé ardente e confiante na ajuda do Alto. Enquanto uma pessoa profere as vibrações em voz alta, os outros, em pensamento, sempre ligados a Jesus, vão envolvendo mentalmente, neste clima radiante, as pessoas que estão sendo mencionadas.
Prece de encerramento: Ao final, proferir prece simples e espontânea, agradecendo ao Mestre Jesus, ao Plano Espiritual, que deram sustentação ao Culto do Evangelho no Lar, num clima de paz e harmonia.

Texto extraído da Revista Cristã de Espiritismo – nº 03 – Ano 01 – set/out de 1999 – São Paulo – SP – pág. 41.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Principais Finalidades do Culto do Evangelho no Lar

Principais Finalidades do Evangelho no Lar
 
  • Estudar o Evangelho à Luz da Doutrina Espírita, a qual possibilita compreendê-lo em “espírito e verdade”, facilitando, assim, pautar nossas vidas segundo a vontade do Mestre.
  • Criar em todos os lares o hábito salutar de reuniões evangélicas, para que despertem e acentuem o sentimento de fraternidade que deve existir em cada criatura.
  • Pelo momento de paz o que o Evangelho no Lar oferece, unir as criaturas, proporcionando-lhes uma vivência mais tranquila.
  • Tornar o Evangelho melhor compreendido, sentido e exemplificado, no lar e em todos os ambientes.
  • Higienizar o lar pelos nossos pensamentos e sentimentos elevados, permitindo assim, mais fácil influência dos Mensageiros do Bem.
  • Ampliar o conhecimento literal e espiritual do Evangelho, para oferecê-lo com maior segurança a outras criaturas.
  • Facilitar no lar e fora dele, o amparo necessário para enfrentar as dificuldades materiais e espirituais, mantendo, operantes, os princípios da oração e da vigilância.
  • Elevar o padrão vibratório dos componentes do lar, a fim de que ajudem, com mais eficiência, o Plano Espiritual na obtenção de um mundo melhor.
Texto extraído da Revista Cristã de Espiritismo – nº 03 – Ano 01 – set/out de 1999 – São Paulo – SP – pág. 40.

Espiritirinhas: O Evangelho no lar

quinta-feira, 27 de março de 2014

Revista Espírita: Cura pela magnetização espiritual

Sem dúvida os leitores se lembram do caso de uma cura quase instantânea de um entorse, operada pelo Espírito do Dr. Demeure, poucos dias após a sua morte e que relatamos na Revista de março último, como a descrição da cena tocante ocorrida na ocasião. Esse excelente Espírito vem ainda assinalar a sua boa vontade, por uma cura ainda mais maravilhosa, na mesma pessoa.
Eis o que nos escrevem de Montauban, a 14 de julho último:
"O Espírito do Dr. Demeure acaba de dar-nos uma prova de suta solicitude e de seu profundo saber. Eis em que ocasião. Na manhã de 26 de maio último, a Sra. Maurel, nosso médium vidente e escrevente mecânico, deu uma queda desastrosa e quebrou o ante-braço, um pouco abaixo do cotovelo. A fratura complicada por distensões no punho e no cotovelo, estava bem caracterizada pela crepitação dos ossos e inchação, que são os sinais mais certos.
Sob a impressão da primeira emoção produzida pelo acontecimento, os pais da Sra. Maurel iam procurar o primeiro médico que aparecesse quando esta, retendo-os, tomou de um lápis e escreveu mediunicamente, com a mão esquerda: "Não procureis um médico; eu me encarrego disto. Demeure". Então esperaram com confiança.
Conforme as indicações do Espírito, faixas e um aparelho foram imediatamente confeccionados e colocados. Em seguida foi feita uma magnetização espiritual praticada pelos bons Espíritos que, provisoriamente, ordenaram repouso.
Na noite do mesmo dia, alguns adeptos, convocados pelos Espíritos, reuniram-se em casa da Sra. Maurel que, adormecida por um médium magnetizador, não demorou a entrar em sonambulismo. Então o Dr. Demeure continuou o tratamento que havia iniciado pela manhã, agindo mecanicamente sobre o braço fraturado, já sem outro recurso aparente além de sua mão esquerda, nossa doente tinha tirado rápido o primeiro aparelho, deixando apenas as faixas, quando se viu insensivelmente e sob a influência da atração magnética, o membro tomar diversas posições, próprias para facilitar a redução da fratura. Parecia, então ser objeta de toques inteligentes, sobretudo no ponto onde devia operar-se a soldadura dos ossos; depois se alongava, sob a ação de trações longitudinais.
Após alguns instantes dessa magnetização espiritual, a Sra. Maurel procedeu sozinha, à consolidação das faixas e a uma nova aplicação do aparelho, consistente de duas tabuinhas ligadas entre si e ao braço por meio de uma correia. Tudo, pois, se havia passado como se um hábil cirurgião tivesse, ele próprio, operado visivelmente. E, coisa curiosa, ouvia-se durante o trabalho as palavras que, em suador, se escapavam da boca da paciente: "Não aperte tanto!... Vós me maltratais!... ". Ela via o Espírito do doutor é era a ele que se dirigia, suplicando poupar sua sensibilidade. Era, pois, um ser invisível para todos, exceto para ela, que lhe fazia apertar o braço, servindo-se inconscientemente de sua própria mão esquerda.
Qual o papel do médium magnetizador durante esse trabalho? Aos nossos olhos parecia inativo; com a mão direita apoiada na espádua da sonâmbula, contribuía com sua parte para o fenômeno, pela emissão de fluidos necessários à sua realização.
Na noite de 27 para 28, tendo a Sra. Maurel desarranjado o braço, em conseqüência de uma posição falsa, tomada durante o sono, declarou-se uma febre alta, pela primeira vez. Era urgente remediar esse estado de coisas. Assim reuniram-se novamente no dia 28 e, uma vez declarado o sonambulismo foi formada a cadeia magnética, a pedido dos bons Espíritos. Após diversos passes e manipulações, em tudo como as acima descritas, o braço foi recolocado em bom estado, não sem ter a pobre senhora experimentado dores muito cruéis. Apesar do novo incidente, o membro já se ressentia do efeito salutar produzido pelas magnetizações anteriores.
O que se segue alias o prova. Momentaneamente desembaraçado das tabuinhas, repousava sobre almofadas, quando de repente se levantou alguns centímetros em posição horizontal e dirigido suavemente para a esquerda e para a direita; depois baixou obliquamente e foi submetido a uma nova tração. A seguir os Espíritos se puseram a girá-lo e tornar a girá-lo em todos os sentidos e de vez em quando, fazendo trabalhar direito as articulações do cotovelo e do punho. Tais movimentos automáticos imprimidos a um braço fraturado inerte, contrários a todas as leis conhecidas da gravidade e da mecânica, só podiam ser atribuídos à ação fluídica. Se não tivesse havido a certeza da existência dessa fratura, bem como os gritos dilacerantes dessa pobre senhora, confesso que teria tido muita dificuldade em admitir o fato, um dos mais curiosos que a ciência possa registrar. Assim, posso dizer, com toda a sinceridade, que me sinto feliz por ter testemunhado semelhante fenômeno.
Nos dias 29, 30, 31 e seguintes as magnetizações espirituais sucessivas, acompanhadas de manipulações variadas de mil maneiras trouxeram sua sensível melhora no estado geral de nossa doente. Diariamente o braço adquiria novas forças. Sobretudo o dia 31 deve ser assinalado, como marcando o primeiro passo para a convalescença. Naquela noite dois Espíritos, que se faziam notar pelo brilho de sua radiação, assistiam ao nosso amigo Demeure. Pareciam dar-lhe conselhos, que este se apressava em por em prática. Um deles, até, de vez em quando se punha à obra e, por sua suave influência; produzia sempre um alívio instantâneo. Pelo fim da noite as tabuinhas foram definitivamente abandonadas e ficaram só as faixas, para sustentar o braço e mantê-lo em determinada posições.
Devo acrescentar que, além disso, um aparelho de suspensão vinha aumentar a solidez do enfaixamento. Assim, no sexto dia após o acidente e, mau grado a recaída sobrevinda a 27, a fratura estava em tal via de cura, que o emprego dos meios usados pelos médicos durante trinta ou quarenta dias, tinha se tornado inútil. A 4 de junho, dia fixado pelos bons Espíritos para a redução da fratura complicada de distensões, reunimo-nos à noite. A Sra. Maurel, apenas em sonambulismo, pôs-se a desenrolar as faixas, ainda enroladas no braço, imprimindo-lhe um movimento de rotação tão rápido que dificilmente o olho seguia os contornos da curva descrita. A partir desse momento, servira-se do braço como habitualmente. Estava curada.
No fim da sessão houve uma cena tocante, que merece ser relatada. Os bons Espíritos, em número de trinta, no começo formavam urna cadeia magnética, paralela à que nós próprios formávamos. Tendo-se levantado, a Sra. Maurel, pela mão direita, punha-se em comunicação direta, sucessivamente, com cada dois Espíritos, colocada no interior das duas cadeias, recebia a ação benéfica da dupla corrente fluídica enérgica. Radiosa de satisfação, aproveitava a ocasião para agradecer com efusão o poderoso concurso que tinham prestado 1a sua cura. Por sua vez, recebia encorajamento a perseverar no bem. Terminado isto, ela experimentou suas forças de mil modos; apresentando o braço aos assistentes, fazia-os tocar nas cicatrizes da soldadura dos ossos; apertava-lhes a mão com força, indicando com alegria a cura operada pelos bons Espíritos. Ao despertar, vendo-se livre em todos os movimentos, desfaleceu, dominada por profunda emoção!..."
Quando se foi testemunha de tais fatos não se pode deixar de os proclamar alto e bom som, pois merecem atrair a atenção da gente séria.
Porque, então no mundo inteligente se encontra tanta resistência em admitir a influência do Espírito sobre a matéria? Porque se encontram pessoas que crêem na existência e na individualidade do Espírito, mas lhes recusam a possibilidade de se manifestar? É porque não se dão conta das faculdades físicas do Espírito, que se lhes afigura imaterial de maneira absoluta.
Ao contrário, a experiência demonstra que, por sua própria natureza, ele age diretamente sobre os fluidos imponderáveis e, por consequinte, sobre os fluidos ponderáveis, e mesmo sobre os corpos tangíveis.
Como procede um magnetizador ordinário? Suponhamos que queira agir, por exemplo, sobre um braço. Concentra sua atenção sobre esse membro e, por um simples movimento dos dedos, executado à distância e em todos os sentidos, agindo absolutamente como se o contato da mão fosse real, dirige uma corrente fluídica sobre o ponto desejado. O Espírito não age diversamente. Sua ação fluídica se transmite de perispírito a perispírito, e deste ao corpo material. O estado de sonambulismo facilita consideravelmente essa ação graças ao desprendimento do perispírito, que melhor se identifica com a natureza fluídica do Espírito, e sofre, então, a influência magnética espiritual, elevada ao seu maior poder.
Toda a cidade ocupou-se desta cura, obtida sem auxílio da ciência oficial, e cada um dá o seu palpite. Uns pretenderam que o braço não se tinha quebrado; mas a fratura tinha sido bem e devidamente constatada por numerosas testemunhas oculares, entre outras o Dr. D., visitou a doente durante o tratamento. Outros disseram: "E muito surpreendente!" e pararam nisto.
Inútil acrescentar que alguns afirmavam que a Sra. Maurel tinha sido curada pelo diabo. Se ela não estiverem entre mãos profanas, nisso teriam visto um milagre. Para os espíritas, que se dão conta do fenômeno, aí vêem muito simplesmente a ação de uma força natural, até agora desconhecida, e que o Espiritismo veio revelar aos homens.
Observações: Se há fatos espíritas que, até certo ponto, poderiam ser atribuídos à imaginação, como, por exemplo, os das visões, neste já não seria o mesmo. A Sra. Maurel não sonhou que tivesse quebrado o braço, como não sonharam diversas pessoas que acompanharam o tratamento; as dores que sentia não eram alucinação; sua cura em oito dias não é uma ilusão, pois se serve de seu braço, o fato que no estado atual dos conhecimentos, parece impossível. Mas não foi assim sempre que se revelaram novas leis? É a rapidez da cura que vos espanta? Mas não terá a medicina descoberto inúmeros agentes mais ativos do que os que conhecia para apressar certas curas? Nos últimos tempos não foram achados meios de cicatrizar certas feridas quase que instantaneamente? Não se encontrou o de ativar a vegetação e a frutificação? Porque não se poderia ter um para ativar a soldagem dos ossos? Então conheceis todos os agentes da natureza? Deus não tem mais segredos para vós? Não há mais lógica em negar hoje a possibilidade de uma cura rápida do que havia, no século passado, de negar a possibilidade de fazer nalgumas horas o caminho que se levaram dez dias para percorrer. Direis que este meio não está no codex; é verdade; mas antes que a vacina nele fosse inscrita, seu inventor não foi tratado como louco? Os remédios homeopáticos também lá não se acham, o que não impede que os médicos homeopatas se encontrem em toda a parte e curem. Aliás, como aqui não se trata de uma preparação farmacêutica, é mais provável que esse meio de cura não figure por muito tempo na ciência oficial.
Dirão, porém, se os médicos vem exercer sua arte depois de mortos, querem fazer concorrência aos médicos vivos; é bem possível; entretanto, que estes últimos se garantam; s eles lhes arrancam algumas praticas, não é para os suplantar, mas para lhes provar que não estão absolutamente mortos, e lhes oferecer o concurso desinteressado aos que quiserem aceitá-lo. Para melhor faze-los compreender, mostram-lhes que, em certas circunstâncias, pode-se passar sem eles. Sempre houve médicos e os haverá sempre; apenas os que aproveitarem as novidades que lhes trouxerem os desencarnados terão uma grande vantagem sobre os que ficarem para trás. Os Espíritos vem ajudar o desenvolvimento da ciência humana, e não suprimi-la.
Na cura da Sra. Maurel, um fato que surpreenderá, talvez, ainda mais que a rápida soldura dos ossos, é o movimento do braço fraturado, que parece contrário a todas as leis conhecidas da dinâmica e da gravidade. Contrário ou não, o fato aí está; desde que existe, tem uma causa; desde que se renova, está submetido a uma lei. Ora, essa lei que o Espiritismo nos vem dar a conhecer pelas propriedades dos fluidos perispiritais. Aquele braço que, submetido só às leis da gravidade, não podia erguer-se, suponde-o mergulhado num líquido de uma densidade muito maior que a do ar, fraturado como está, uma vez sustido por esse liquido que lhe diminui o peso, poderá aí mover-se sem esforço, e até erguido som o menos esforço. É assim que num banho, o braço que parece muito pesado fora da água, parece muito leve dentro da água. Substitui o liquido por um fluido que goze das mesmas propriedades e tereis o que se passa no caso presente, fenômeno que repousa no mesmo princípio que o das mesas e das pessoas que se mantém no espaço sem ponto de apoio. Esse fluido é o fluido perispirital, que o Espírito dirige à vontade, e cujas propriedades modifica pela simples ação da vontade. Na circunst6ancia presente, deve-se, pois, imaginar o braço da Sra. Maurel mergulhado num meio fluido que produz o efeito do ar sobre os balões.
Alguém perguntava, a respeito, se na cura dessa fratura, o Espírito do Dr. Demeure teria agido com ou sem concurso da eletricidade e do calor. A isto respondemos que a cura foi produzida, no caso, como em todos os casos de cura pela magnetização espiritual, pela ação do fluido emanado do Espírito; que esse fluido, posto que etéreo, não deixa de ser matéria; que pela corrente que lhe imprime, o Espírito pode com ele impregnar e saturar todas as moléculas da parte doente; que pode modificar suas propriedade, como o magnetizador modifica as da água, dando-lhe uma virtude curativa às necessidades; que a energia da corrente está na razão do número, da qualidade e da homogeneidade dos elementos que constituem a corrente das pessoas chamadas a fornecer seu contingente fluídico. Essa corrente provavelmente ativa a secreção que deve produzir a soldadura dos ossos e assim produz a cura mais rápida do que quando entregue a si mesma.
Agora a eletricidade e o calor representam um papel no fenômeno? Isto é tanto mais provável quanto o Espírito não curou por milagre, mas por uma aplicação mais judiciosa das leis da natureza, em razão de sua clarividência. Se, como a ciência, é levada a admitir, a eletricidade e o calor não são fluidos especiais, mas modificações ou propriedades de um fluido elementar universal, devem fazer parte dos elementos constitutivos do fluido perispirital. Sua ação, no caso vertente, está implicitamente compreendida, absolutamente como quando se bebe vinho, necessariamente se bebe água e álcool.

Revista Espírita, setembro de 1865

População de Macau está de luto. Professor Fernando comete suicídio em sala de aula

População de Macau está de luto. Professor Fernando comete suicídio em sala de aula

“A cidade está ainda em choque com a notícia de um suicídio cometido pelo o professor Fernando que lecionava na Escola Estadual Clara Teteo”.

O Professor Fernando Leonez, cometeu suicídio na manhã desta segunda, dia (30), em uma sala de aula da Escola Estadual clara Teteo em Macau.
Perto do seu corpo, a polícia encontrou uma mesa, em cima delas seus óculos, livros, um celular e uma carta onde estava escrito em uma frase: “Ato de protesto, contra o governo do estado pela a falta de pagamento”.

Uma de suas maiores qualidades era a seriedade no qual exercia seu trabalho, rígido e responsável, uma pessoa alegre que era bastante conhecido por suas piadas de duplo sentido tipo essas: “Trabalho em grupo individual”, “Atrás de você eu sou um burro”. Na hora da prova: “Não faça nenhum movimento brusco porque eu posso me assustar”. Para os alunos, era motivo de sorrisos. A escola perdeu não só um grande homem, mas também um grande professor.
Notícia publicada no Guamaré em Dia, em 30 de dezembro de 2013.

Jorge Hessen* comenta
Conquanto não seja assunto exclusivo do psiquiatra, do psicólogo, do psicoterapeuta, reconhecemos ser penoso abordar o tema SUICÍDIO sob qualquer perspectiva. Para comentá-lo, a rigor somos impelidos a consignar algumas infelizes estatísticas. A maioria dos suicídios, talvez acima de 60%, está diretamente ligada a estados depressivos, incluindo as chamadas doenças afetivas, como o transtorno bipolar. Contudo, qualquer depressão mais grave, na qual a pessoa esteja em situação de dificuldade e de falta de apoio social, pode levar ao suicídio. A prática também está bastante associada à toxicodependência.
Algumas pessoas (re)encarnam com certas desordens psiquiátricas, tal como a esquizofrenia e o alcoolismo, o que obviamente acresce o risco de autocídio. Os determinantes do autoextermínio estão nas ansiedades mentais, obsessão, subjugação, desesperanças, desgostos, intranquilidades emocionais, alucinações recorrentes. Podem estar vinculadas a falência financeira, vergonha e mácula moral, decepções amorosas, depressão, solidão, medo do futuro, empáfia pessoal (recusa em admitir o fracasso) ou acentuado amor próprio (acreditar que sua imagem não possa sofrer nenhum arranhão ou ferimento).
Os números (nada alvissareiros) apontam para um contingente de um milhão de pessoas que se suicidam anualmente, quantidade essa maior que o total de vítimas de guerras e homicídios urbanos. Como se não bastasse, o número de tentativas de suicídio é trágico, com 20 milhões de casos por ano, o que leva a ser "o suicídio a segunda causa de morte no mundo entre os adolescentes de 15 a 19 anos, mas também alcança taxas elevadas entre pessoas mais velhas”.(1)
Um drama social que tem se agravado, sobretudo sob os impactos das crises econômicas, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicado em Genebra.(2) Detalhe: há três vezes mais suicídios entre homens do que entre mulheres (exceto entre os chineses), independente das faixas de idade. Por outro lado, há três vezes mais tentativas de suicídio entre as mulheres que entre os homens. A dessemelhança entre os quantitativos é explicada pelo fato que os homens empregam métodos mais violentos que as mulheres para o autoextermínio.(3)
Há diversas linhas de investigação sobre as prováveis causas e motivos que induzem alguém a eliminar a própria vida. As causas reais sempre foram um problema para médicos, psicólogos, psiquiatras, criminalistas. Até porque a autopreservação é um dos maiores instintos humanos; logo, a “coragem” de cometer suicídio deve ser ainda mais intensa.
O que motiva essa decisão extremada? Cremos que a exata causa do suicídio não está nas ocorrências infelizes em si, todavia na atitude como a pessoa cede diante da infelicidade, do desgosto. Émile Durkheim e Sigmund Freud apresentaram algumas teses. Durkheim percebeu as causas do suicídio em fatores sociais, como por exemplo a incapacidade que uma pessoa tem de se integrar na sociedade (o indivíduo se deixa abater pelo coletivo). Freudenraizou sua explicação em impulsos instintivos, especialmente no que ele chamou de “instinto de morte”. Não obstante discordemos sobre o argumento do “instinto de morte”, pois só acreditamos no instinto de sobrevivência, reconhecemos que as pessoas que cometem suicídio carregam dentro de si denso transtorno de personalidade.
Segundo os Benfeitores espirituais, comumente o suicida tem um histórico de vida com manifesta rebeldia às leis divinas. Distúrbio íntimo que provavelmente fizesse parte do cotidiano da vida do professor Fernando Emanoel Vasquez Leonês,que se matou na sala de aula da Escola Estadual Clara Teteo em Macau, Rio Grande do Norte. No fastígio da indignação, somado às perturbações emocionais, Vasquez Leonês arremessou a culpa de sua revolta (escrita num bilhete de “despedida”) ao governo, em face da falta (atraso) de pagamento do salário.(4)
Esta semana a namorada de Mick Jagger, L'Wren Scott, famosa produtora de moda, que vestiu celebridades, incluindo Oprah Winfrey, Nicole Kidman, Michelle Obama, Madonna, Julia Roberts e Tom Hanks, foi encontrada morta (enforcada) em seu apartamento em Manhattan, nos Estados Unidos. Scott optou por não culpar ninguém e sequer deixou um bilhete de despedida. Especula-se que teria sido a pretexto de dívidas colossais.
Coincidentemente, em épocas de crise econômica, muitos empresários falidos e mutuários inadimplentes têm buscado a ponte Golden Gate, nos Estados Unidos. Essa ponte de 67 metros de altura, localizada na entrada da baía de San Francisco, tem sido ultimamente um dos locais públicos mais utilizados para suicídios no mundo, e quase todas as tentativas resultam em morte.
Em termos de suicídios no mundo, a OMS destacou que as taxas mais elevadas são a dos países do leste europeu, como Lituânia e Rússia, enquanto as mais baixas se situam na América Central e do Sul. No Brasil o número de suicídios é bem menor do que a média mundial, mas ainda assim o número não pode ser desprezado: dados do Ministério da Saúde relativos a 2002 contabilizam 7.719 suicídios nesse ano – número aparentemente alto, mas pequeno quando comparado aos "campeões", como os Estados Unidos, onde cerca de 32 mil pessoas se suicidam por ano. Atualmente, na “Pátria do Evangelho” o suicídio começa a ser considerado um problema de saúde pública e chama atenção pelo crescimento: o número de suicidas no país passou de 4,2 para 4,9 em cada 100 mil habitantes na população de todas as idades, e de 4,4 para 5,1 a cada 100 mil jovens, entre 1998 e 2008.
É justo citar nestas reflexões o hercúleo esforço de uma das organizações não-governamentais (ONG) mais antigas do Brasil, o CVV – Centro de Valorização da Vida(5), que tem enfrentado o assunto como um problema que se pode prevenir na grande maioria das vezes, e esse é um dos maiores esforços do CVV. Acreditam seus membros que o estudo e a discussão do tema é uma das formas mais eficientes de se promover a prevenção, pois esta só é possível quando a população, os profissionais da saúde, os jornalistas e governantes têm informações suficientes para conduzir as medidas adequadas e ao seu alcance nessa frente.(6)
A principal iniciativa do CVV é o Programa de Apoio Emocional, realizado por telefone, chat, e-mail, VoIP, correspondência ou pessoalmente nos postos da instituição em todo o país. Trata-se de um serviço gratuito, oferecido por voluntários que se colocam à disposição do próximo em uma conversa de ajuda, preocupados com os sentimentos dessa pessoa amargurada.(7)
Na literatura espírita há boas obras que abordam o assunto. Temos como exemplo especialmente "O Martírio dos Suicidas", de Almerindo Martins de Castro e "Memórias de um Suicida", de Yvonne A. Pereira. O Codificador, no livro "O Céu e o Inferno" ou "A Justiça divina segundo o Espiritismo", deixa enorme contribuição em exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual e, especificamente no capítulo V, da Segunda parte, onde aborda a questão dos suicidas.
Em suma, o espírita tem várias razões a se contrapor à ideia do suicídio, principalmente a confiança de uma vida futura, em que, sabe ele, será de tal maneira mais venturosa quão mais difícil e abdicada o tenha sido na Terra. Assim ensinou Jesus: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.”(8)

Notas e referências bibliográficas: (1) Disponível em <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/um-milhao-de-pessoas-morrem-por-suicidio-no-mundo-ao-ano-diz-oms.html>, acessado em 15/03/2014;
(2) Idem;
(3) Idem;
(5) Associado ao Befrienders Worldwide (http://www.befrienders.org/), entidade que congrega instituições de apoio emocional e prevenção do suicídio em todo o mundo;
(8) Mateus, 5:4.

* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados

quarta-feira, 26 de março de 2014

Pergunta feita: TOC e ideias suicidas

De: E. M. B.
Idade: 25 
Estado: Paraná
Motivo: Olá! Tenho 25 anos, tenho TOC e estou muito deprimido ultimamente.
As únicas coisas que faço são comer e dormir, não tenho disposição para nada e além de tudo pedi demissão do meu trabalho que eu tanto precisava. Me passam pela cabeça ideias suicidas. Desde já, muito Obrigado pela oração!
Fiquem com Deus!
 
==========Resposta:
 
Caro E.,
 
Que Jesus o abençoe hoje e sempre, e o fortaleça para a superação desse momento de grande dificuldade.
 
Informamos que seu nome foi encaminhado ao nosso trabalho de vibrações.
 
A dificuldade por que passa é, de fato, um grande desafio a ser superado. Porém, conhecendo o amor de Deus, nosso Pai Maior, por mais árdua que seja a luta, jamais estará além de nossas forças.
 
Vivemos num mundo de muitas provas. Cada um de nós tem a sua própria, que é pessoal e intransferível. Claro que vemos na nossa a mais difícil de todas, mas, acredite, ninguém veio ao mundo a passeio.
 
Tanto o TOC como a Depressão merecem nossa atenção para que nossa vida transcorra dentro da maior normalidade possível. Para isso, é de fundamental importância que faça um rigoroso acompanhamento médico seguindo as orientações passadas. Caso ainda não tenha iniciado um tratamento, faça-o o quanto antes.
 
Apesar do desânimo e da falta de vontade que o abate, você deve tomar decisões que não há como fugir delas. Como acima, a iniciativa para tratar-se deve partir de você, preferencialmente com a ajuda de seus familiares, que também devem se envolver com seu tratamento.
 
O TOC está, muitas vezes, associado à Ansiedade e à Depressão, sendo esta a mais difícil de ser combatida. Acesse http://www.ufrgs.br/toc/ para maiores informações sobre as causas e os tratamentos possíveis para o TOC, mesmo que já conheça. Informação nunca é demais.
 
Agora, para conhecer mais sobre a Depressão, diz-nos Silvana Martani – psicóloga:
 
A depressão é uma doença que afeta as pessoas de uma maneira voraz, comprometendo a parte física, o humor e o pensamento. Ela altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer em relação à vida. A depressão modifica a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa e percebe as coisas.
 
A depressão é, portanto, uma doença afetiva ou do humor, não é simplesmente estar "mau" ou de "baixo astral" temporário. Também não é sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou com esforço. As pessoas com doença depressiva não podem, simplesmente, melhorar por conta própria e através dos pensamentos favoráveis, conhecendo pessoas novas, viajando, passeando ou tirando férias. Sem tratamento adequado e intenso, os sintomas podem durar semanas, meses ou anos.
 
A depressão, de um modo geral, resulta numa inibição global da pessoa, afeta a parte psíquica e as funções principais da mente, como a memória, o raciocínio, a criatividade, a vontade, o amor e o sexo, além de comprometer também a parte física. Enfim, tudo parece ser difícil, problemático e cansativo para o deprimido.
 
Do ponto de vista clínico, seria simples e muito mais fácil se a depressão fosse caracterizada, única e exclusivamente, por um rebaixamento do humor com manifestação de tristeza, choro, abatimento moral, desinteresse e tudo aquilo que todos sabemos que uma pessoa deprimida é capaz de apresentar.
 
Desta forma, até os amigos, os pais ou mesmo o companheiro(a) poderiam identificá-la. A parte mais difícil e trabalhosa da psiquiatria está no diagnóstico dos muitos casos de depressão atípica, característica ou mascaradas, bem como perceber traços depressivos em outras patologias emocionais como, por exemplo, nos casos de pânico, fobia, TOC, etc.
 
A sintomatologia depressiva é muito variada e difere entre as pessoas. Para entendermos melhor essa diversidade de sintomas depressivos, vamos considerar que, entre as pessoas, a depressão seria como uma grande bebedeira, onde cada pessoa alcoolizada fica de um jeito: uns alegres, outros tristes, irritados, engraçados, lentos, desatentos, sendo que a única coisa que teriam em comum é o fato de terem ingerido uma grande quantidade de álcool.
 
Normalmente a depressão vem acompanhada de sintomas físicos como dores pelo corpo, tonturas, cólicas, falta de ar, palpitação, enjôo e emocionais: tristeza, angústia, ansiedade, medo, baixa de rendimento, e queda da libido, choro constante e apatia, dentre outros sintomas.
 
(...)
 
A partir dessa breve definição, podemos compreender a importância de um acompanhamento médico o quanto antes, pois determinar a causa e tratar os sintomas é uma necessidade imediata.
 
E., todos somos Espíritos constituídos de vários aspectos, o social, o biológico, o psíquico e o espiritual. Assim, não basta apontarmos para um na tentativa de resolver um problema, sem levarmos em conta que todos estão interligados. Eles são dependentes um do outro e todos merecem nossa atenção.
 
No que trata do aspecto espiritual, a Doutrina Espírita nos ensina que ao nosso lado existem muitos Espíritos, alguns bons, outros nem tanto. Eles estão sempre a nos influenciar através de sutis pensamentos. Quando cultivamos pensamentos tristes e pessimistas, iremos sintonizar e atrair Espíritos que têm pensamentos semelhantes, de tal forma que não saberemos mais quais são os nossos pensamentos ou deles, Além de termos os nossos sentimentos negativos ampliados. Mas se nos esforçarmos para cultivar pensamentos positivos e elevados, nos sintonizaremos com os bons Espíritos e com o nosso anjo guardião, quando poderemos ouvir os seus sábios conselhos tornando nossos sentimentos cada vez mais leves e alegres.

Procure cultivar o hábito da oração. A prece é poderoso instrumento que possibilita uma ligação com Deus, nos traz um alívio e ajuda a elevar as nossas vibrações. Peça a Deus e a Jesus, a prece é um pedido jamais recusado. Peça força e coragem para lutar, resistir e vencer esta síndrome.

A Depressão, E., nos tira a visão real da nossa existência, mas a vida não deixa de seguir seu curso por isso, e é nesse entendimento que devemos nos apegar. A vida é uma abençoada oportunidade de produzirmos e construirmos, e hoje estamos aqui, presentes e embarcados nesse nosso mundo para cumprir aquilo a que nos propusemos a fazer. Desistir não “rasgará nosso contrato” com a vida, ao contrário, nos diz o ditado popular que “tudo o que é mal feito tem que ser feito duas vezes”. Acrescentando os ensinamentos dos Espíritos nesse pensamento, a segunda vez será mais difícil, pois não só trará de volta as lutas que devemos travar, com suas dores e obstáculos, mas acumulará a elas os agravantes que provocarmos com a fuga. Ninguém fugirá de suas responsabilidades. Jesus nos disse que “a cada um segundo suas obras”, e assim será, com o que for meritório ou de fracasso. O que devemos sempre ter em mente é que nunca estamos sozinhos nesse caminho que estamos percorrendo. Um Espírito amigo nos trouxe essa mensagem:

“Nenhum de nós está imune às vicissitudes da vida carnal, na qual só vemos uma pequena parte da verdade. E, exatamente por esse motivo, as dores nos parecem injustas. Se hoje sou tão bom e correto com todos, por que passo por tantos sofrimentos? Será que Deus se esqueceu de mim? Será que não sou merecedor da misericórdia divina? É claro que somos, todos nós o somos. Por maiores que sejam nossas faltas, sempre Deus olha por nós. O que hoje nos parece uma injustiça, amanhã se mostrará o quinhão merecido. Parecerá até mais: veremos que muito pouco nos foi cobrado diante de tudo que fizemos. Por isso, queridos amigos, confiem na justiça de Deus e aceitem as dificuldades como preciosas lições de humildade e aceitação. Que a paz de Deus os acompanhe hoje e sempre.”
Reflita sobre todas essas considerações, irmão, esforce-se a tomar novas condutas perante a vida, com fé em Deus e em si próprio, tendo a certeza de que a calma para suas inquietações e males está acima de tudo em você mesmo. Mais uma vez, procure uma assistência junto aos profissionais da nossa ciência terrena, caso não o tenha feito, para que possam ajudá-lo nesta fase depressiva. Podem auxiliá-lo na análise dessa angústia, na força e discernimento quanto a novas atitudes e decisões a serem tomadas perante a vida. Caso já esteja em tratamento, siga rigorosamente as recomendações passadas, seja em atitudes ou em uso de medicação, pois são imprescindíveis para sua recuperação. Deus atua em nossas vidas através de diversos caminhos, e devemos ter confiança, fé e resignação para vencer estes obstáculos porque, seja qual for seu sofrimento, ele é a depuração para uma vida melhor e feliz.
 
Recomendamos, finalmente, que busque junto à uma Casa Espírita auxílio para iniciar um tratamento espiritual, que é tão importante quanto o clínico. A Casa Espírita proporciona o benefício do passe, o qual constitui-se duma transfusão de energias, que nos revigoram e reanimam. O tratamento magnético (passes) vem como um poderoso recurso para o equilíbrio que todos precisamos e nele encontramos o suporte espiritual para nossas lutas cotidianas. A terapia dos passes serve não somente para o equilíbrio físio-psíquico, mas também para desfazer possíveis influencias espirituais negativas. Procure tomar o passe regularmente, pelo menos uma vez por semana, enquanto estiver com deprimido, ou conforme orientação da equipe do centro.
 
Também, assistindo às palestras oferecidas, prestando a devida atenção, sempre encontraremos respostas para as nossas dúvidas, por meio dos ensinamentos dos oradores e a assistência inspiradora dos nossos mentores e protetores espirituais.

Sugerimos, ainda, fazer a Reunião do Evangelho no Lar para que não somente você, mas todos da família, e auxiliares, possam receber os seus benefícios, que envolvem todo o ambiente doméstico.

Segundo Emmanuel, Espírito, não devemos esquecer a necessidade de trazer o Cristo para o cenário de amor onde nos refugiamos. É um trabalho simples. Escolhemos alguns minutos por semana e nos reunimos com todos aqueles que vivem conosco, para o aprendizado das lições de Jesus.

Recomendável seja feito esse estudo no mesmo dia da semana e horário. Iniciamos com uma prece espontânea, abrimos uma página do Evangelho e lemos, em voz alta, alguns trechos, comentando-os em seguida. Os companheiros participantes devem expor suas dúvidas, seus temores e dificuldades. Através da conversação edificante produzida, os benfeitores da espiritualidade superior "distribuirão a todos idéias e forças, em nome do Cristo, para que horizontes novos iluminem o espírito de cada um."

Um Roteiro e outros esclarecimentos sobre o assunto poderão ser encontrados no seguinte endereço:

http://www.espiritismo.net/evangelho_no_lar

Ouça, caro amigo, as palestras abaixo, que serão de grande ajuda para você. Ao final, mais algumas indicações para melhor esclarecê-lo.
 
CD Como superar a Ansiedade – Isaías Claro – www.meiovirtual.net/arquivos/como_superar_a_ansiedade_-_izaias_claro.zip
 
Palestras:
- Série de Nazareno Feitosa (palestrante espírita) - site http://palestrasespiritas.blogspot.com/search/label/Portugues*Nazareno_Feitosa?max-results=100
DEP.01 - Depressão e a Terapia do Amor
DEP.02 - AutoPerdão: Felicidade sem Culpa
DEP.03 - Depressão e Obsessão Espiritual. O Autoconhecimento
DEP.04 - Depressão e Desapego. A Alegria do Trabalho no Bem

Vídeo:
- www.virtual.espiridigi.net - seção - Multimídia > vídeos
Programas Espíritas
- Terceira Revelação - 09 - Depressão
 
Para que você identifique melhor o seu estado emocional e leia lindos textos, sugerimos visitar o site http://www.sosdepressao.com.br e http://www.sosdepressao.com.br/relaxamento.htm com estudos variados sobre depressão e exercícios relaxantes.
 
Recomendamos, caso seja possível e haja interesse, participar de nossas atividades na Internet (estudos, palestras, vibrações e Atendimento Fraterno), via Paltalk (programa de áudio-conferência). Informe-se sobre o programa - instalação e uso - no site www.espiridigi.net/paltalk, além da programação semanal de nossos grupos de trabalho, com as atividades e horários.

Como complemento para nosso atendimento, convidamos você, sua família e interessados, para conhecer nosso trabalho de vibração, desenvolvido no Paltalk - sala Espiritismo Net Vibração -, aos domingos, categoria Central & South America / subcategoria Brazil", das 22h às 22h30, que lhes proporcionará momentos de harmonia e reflexão. Você também pode encaminhar nomes para a vibração através do formulário no endereço www.espiritismo.net , seção "Preces Online".

Que Deus abençoe nossos propósitos de entendimento
Esperamos ter podido ajudar
 
Um abraço,

André.
Equipe Espiritismo.net Jovem
Dúvidas e Sugestões: www.cvdee.org.br/netjovem.asp

No Paltalk: categoria "Central & South America" - subcategoria "Brazil", sala ESPIRITISMO NET JOVEM - Às sextas-feiras, 21h, com estudo das Obras Básicas.
 
 
Visite!!!
 
 
========================================
 
Para suas reflexões sobre a dificuldade que enfrenta, ouça as mensagens abaixo:
 
 
========================================
 
Instrua-se com leituras edificantes – caso seja do seu interesse, a Codificação Espírita e outros livros espíritas instrutivos podem ser obtidos no link www.espiritismo.net/portugues_download ou www.virtual.espiridigi.net (Biblioteca Virtual).

Para estímulo e maior conhecimento, sugerimos que assista aos vídeos a baixo:

- Você Aprende - http://www.todos-os-sentidos.com.br/filme/filme1.html

Estude, também, os contidos no site www.virtual.espiritismo.net - Seção Multimídia > Vídeos:
Programas Espíritas
Terceira Revelação – 11 – Autoamor
Terceira Revelação – 34 – Autoaceitação
Terceira Revelação – 37 – Prece

- www.espiridigi.net/videos
Revista Informação
- Atitude Mental
- A Influência Espiritual

- "Obsessão: Um Flagelo Atual" - José Raul Teixeira - www.espiridigi.net/arquivos/raul-flagelo.zip

Veja o texto de "A depressão na visão espírita", do Dr. Wilson Ayub Lopes no seguinte endereço: http://www.espiritismo.net/content,0,0,154,0,0.html

_______________________________________________
Netjovemform list
 

terça-feira, 25 de março de 2014

I Seminário Doutrinário: Kardec e Arte Espírita


A nossa falta de formação cultural espírita não nos permite enfrentar a barreira dos preconceitos para demonstrar ao mundo que Espíritismo, como escreveu Humberto Mariotti, é uma estrela de amor que espera no horizonte do mundo o avanço das ciências. É curiosa e ridícula a nossa situação. [...] Mas, para superar essa falta de formação cultura...l espírita, temos de aprender com Kardec. Os que pretendem superar Kardec, não o conhecem. Se o conhecessem, não assumiriam a posição ridícula de críticos e inovadores do que, na verdade, ignoram. Chegamos a uma hora de definições; Precisamos definir a posição cultural espírita perante a nova cultura dos tempos novos. E só faremos isso através de organismos culturais bem estruturados, funcionais, dotados de recursos escolares capazes de fornecer, aos mais aptos e sinceros, a formação cultural de que todos necessitamos, com urgência."
Herculano Pires
na obra "O Mistério do bem e do Mal"
no texto "Falta de Formação Doutrinária"
O Grupo Sombras da Caridade de Pesquisa, Estudo e Aplicação da Arte Segundo a Doutrina dos Espíritos convida toda a comunidade espírita e interessados para o Seminário Doutrinário com o tema "Kardec e Arte Espírita: Conceitos, Princípios e Definições". Objetiva-se fomentar a construção de uma cultura espírita mais voltada na pesquisa, discussão e entendimento do conhecimento espírita para que se obtenha qualidade doutrinária e espiritual nas atividades artísticas do movimento espírita. Deus conosco e os Bons Espíritos nos iluminando sempre! Aproveitemos essa oportunidade! Muita Paz!
Divulguem, compartilhem, passem essa informação para todos!
A Doutrina Espírita bem divulgada é seara de luz e paz para todos!"
Rudá Roveda Abegg

segunda-feira, 24 de março de 2014

Revista Espírita: Cura moral dos encarnados

Muitas vezes vêem-se Espíritos de natureza má ceder muito prontamente sob a influência da moralização e se melhorar. Pode-se agir do mesmo modo sobre os encarnados, mas com muito mais trabalho. Porque a educação moral dos Espíritos desencarnados é mais fácil que a dos encarnados?
Esta pergunta foi motivada pelo seguinte fato. Um jovem cego há doze anos tinha sido recolhido por um Espírito dedicado, que tinha empreendido curá-lo pelo magnetismo, pois os Espíritos haviam dito que era possível. Mas o jovem, em vez de se mostrar reconhecido pela bondade de que era objeto e sem a qual teria ficado sem asilo e sem pão, só teve ingratidão e mau procedimento e deu provas do pior caráter.
Consultado a respeito, respondeu o Espírito de São Luís:
"Esse jovem, como muitos outros, é punido por onde pecou e suporta a pena de sua má conduta. Sua enfermidade não é incurável, e uma magnetização espiritual, praticada com zelo, devotamento e perseverança, certamente terá êxito, ajudada por um tratamento médico destinado a corrigir seu sangue viciado. Já haveria uma sensível melhora em sua visão, que ainda não está completamente extinta, se os maus fluídos de que está cercado e saturado não opuseram um obstáculo à penetração dos bons fluídos que, de certo modo, são repelidos. No estado em que se encontra, a ação magnética será impotente enquanto, por sua vontade e sua melhora, não se desembaraçar desses fluidos perniciosos.
"É, pois, uma cura moral que se deve obter, antes de buscar a cura física. Um retorno sério sobre si-mesmo é a única coisa que pode tornar eficazes os cuidados de seu magnetizador, que os bons Espíritos procuram ajudar. Caso contrário, deve esperar-se que perca o pouco de luz que lhe resta e novas e muito terríveis provações que terá de sofrer.
"Agi, pois, sobre ele como fazeis com os maus Espíritos desencarnados, que quereis trazer ao bem. Ele não está sob uma obsessão: é sua natureza que é má e, além disso, perverteu-se no meio onde viveu. Os maus Espíritos que o assediam só são atraídos pela semelhante com o seu-próprio. À medida que se melhora, eles se afastarão. Só então a ação magnética terá todo o seu efeito. Dai-lhe conselhos; explicai-lhe sua posição; que várias pessoas sinceras se unam em pensamento para orar, a fim de atrair para ele influências salutares. Se ele as aproveitar não tardará a lhes experimentar os bons efeitos, porque será recompensado por um mais sensível na sua posição."
Esta instrução nos revela um fato importante, o obstáculo oposto pelo estado moral, em certos casos, à cura dos males físicos. A explicação acima é de uma lógica incontestável, mas não poderia ser compreendida pelos que apenas vêem em toda a parte a ação exclusiva da matéria. No caso de que se trata, a pura moral do paciente encontrou sérias dificuldades; foi o que motivou a pergunta acima, proposta na Sociedade Espírita do Paris.
Seis respostas foram obtidas, todas concordando perfeitamente entre si. Citaremos apenas duas, para evitar repetições inúteis. Escolhemos aquelas em que a questão é tratada com mais desenvolvimento.
"Como o Espírito desencarnado vê manifestamente o que se passa e os exemplos terríveis da vida, compreende tanto mais rapidamente o que o exortam a crer e a fazer. Por isso não é raro ver Espíritos desencarnados dissertar sabiamente sobre questões que, em vida, estavam longe de as comover. A adversidade amadurece o pensamento. Esta expressão é verdadeira sobretudo para as Espíritos desencarnados, que vêem de perto as conseqüências de sua vida passada.
A despreocupação e a idéia preconcebida, ao contrário, triunfam nos Espíritos encarnados; as seduções da vida e, até, os seus erros, dão-lhes uma misantropia ou uma indiferença completa pelos homens e pelas coisas divinas. A carne lhes faz esquecer o Espírito; uns fundamentalmente honestos, fazem o bem evitando o mal, por amor do bem, mas a vida de sua alma é quase nula; outros, ao contrário consideram a vida como uma comédia e esquecem seu papel de homens; outros, enfim, completamente embrutecidos e último degrau da espécie humana, nada vendo além, não pressentindo mesmo nada, entregam-se, como o animal, aos crimes bárbaros e esquecem sua origem. Assim, uns e outros, pela vida mesma, são arrastados, ao passo que os Espíritos desencarnados vêem, escutam e se arrependem com melhor vontade" - Lamennais (médium: Sr. A. Didier).
"Quantos problemas e questões a resolver antes que seja realizada a transformação humana conforme as idéias espíritas! A educação dos Espíritos e dos encarnados, do ponto de vista moral, está neste número. Os desencarnados estão desembaraçados da carne não mais lhe sofrem as condições inferiores, ao passo que os homens, encadeiados numa matéria imperiosa do ponto de vista pessoal, se deixam arrastar pelo estado das provas no qual estão metidos. É à diferença dessas diversas situações que se deve atribuir a dificuldade que os Espíritos iniciadores e os homens que têm essa missão experimentam para melhorar rapidamente e, por assim dizer, nalgumas semanas, aqueles homens que lhes são confiados. Ao contrário, os Espíritos aos quais a matéria não mais impõe as suas leis e não mais fornece os meios de satisfazer seus maus apetites, e que, por conseqüência, não tem mais desejos inconfessáveis, são mais aptos a aceitar os conselhos que lhes são dados. Talvez respondam com esta pergunta que tem a sua importância: Porque não escutam os conselhos de seus guias do espaço e esperam os ensinamentos dos homens? Porque é necessário que os dois mundos visível e invisível, reagem um sobre o outro e que a ação dos humanos seja útil aos que viveram, como a ação da maior parte destes é benéfica aos que vivem entre vós. E uma dupla corrente, uma dupla ação, igualmente satisfatória para esses dois mundos, que estão unidos por tantos laços. Eis o que julgo dever responder à pergunta feita por vosso presidente" - Erasto (médium: Sr. d'Ambel).

Estudo dirigido: O Evangelho Segundo o Espiritismo

Há muitas moradas na casa de meu Pai (Estudo 9 de 135)            
-------------------------------------------------------------------
EESE009b - Cap. III – Itens 1 a 5
Tema:  Diferentes estados da alma na erraticidade
           Diferentes categorias de mundos habitados
--------------------------------------------------------------------
A - Texto de Apoio:
        1. Não se turbe o vosso coração. - Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. - Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais. ( S. JOÃO, cap. XIV, vv. 1 a 3.)
        Diferentes estados da alma na erraticidade
        2. A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos.
        Independente da diversidade dos mundos, essas palavras de Jesus também podem referir-se ao estado venturoso ou desgraçado do Espírito na erraticidade. Conforme se ache este mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais, variarão ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensações que experimente, as percepções que tenha. Enquanto uns não se podem afastar da esfera onde viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos; enquanto alguns Espíritos culpados erram nas trevas, os bem-aventurados gozam de resplendente claridade e do espetáculo sublime do Infinito; finalmente, enquanto o mau, atormentado de remorsos e pesares, muitas vezes insulado, sem consolação, separado dos que constituíam objeto de suas afeições, pena sob o guante dos sofrimentos morais, o justo, em convívio com aqueles a quem ama, frui as delícias de uma felicidade indizível.     Também nisso, portanto, há muitas moradas, embora não circunscritas, nem localizadas.
        Diferentes categorias de mundos habitados
        3. Do ensino dado pelos Espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há-os em que estes últimos são ainda inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores a todos os respeitos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. A medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
        4. Nos mundos intermédios, misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais salientes, dividi-los, de modo geral, como segue: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias.
        5. Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingir a perfeição. Quando, em um mundo, eles alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais adiantado, e assim por diante, até que cheguem ao estado de puros Espíritos. São outras tantas estações, em cada uma das quais se lhes deparam elementos de progresso apropriados ao adiantamento que já conquistaram. É-lhes uma recompensa ascenderem a um mundo de ordem mais elevada, como é um castigo o prolongarem a sua permanência em um mundo desgraçado, ou serem relegados para outro ainda mais infeliz do que aquele a que se vêem impedidos de voltar quando se obstinaram no mal.
   
        B - Questões para estudo e diálogo virtual:
        1 – O que define os diferentes estados da alma na erraticidade?
        2 – Faça uma descrição de cada uma das categorias dos mundos habitados.
        3 – Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique.