sábado, 11 de janeiro de 2014

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

Sócrates e Platão, precursores da ideia cristã e do Espiritismo (Estudo 4 de 135)

 

 

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EESE004b - Introdução - Item IV

Tema: Sócrates e Platão, precursores da ideia crista

e do Espiritismo

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A - Questão para estudo e dialogo virtual:

 

1 - Sendo Jesus um espirito de tão grande envergadura, por que haveria de enviar Sócrates e Platão para serem seus precursores?

 

B - Texto de Apoio:

 

* Do fato de haver Jesus conhecido a seita dos essênios, fora errôneo concluir-se que a sua doutrina hauriu-a ele na dessa seita e que, se houvera vivido noutro meio, teria professado outros princípios. As grandes ideias jamais irrompem de súbito. As que assentam sobre a verdade sempre tem precursores que lhes preparam parcialmente os caminhos.

 

* Sócrates, como o Cristo, nada escreveu, ou, pelo menos, nenhum escrito deixou. Como o Cristo, teve a morte dos criminosos, vitima do fanatismo, por haver atacado as crenças que encontrara e colocado a virtude real acima da hipocrisia e do simulacro das formas; por haver, numa palavra, combatido os preconceitos religiosos.

 

* A doutrina de Sócrates só temos conhecimento pelos escritos de seu discípulo Platão.

 

* Resumo da doutrina de Sócrates e de Platão:

 

I. O homem e uma alma encarnada.

II.A alma se transvia e perturba, quando se serve do corpo para considerar qualquer objeto; tem vertigem, como se estivesse ébria, porque se prende a coisas que estão, por sua natureza, sujeitas a mudanças; ao passo que, quando contempla a sua própria essência, dirige-se para o que e puro, eterno, imortal, e, sendo ela desta natureza, permanece ai ligada, por tanto tempo quanto passa.

III. Enquanto tivermos o nosso corpo e a alma se achar mergulhado nessa corrupção, nunca possuiremos o objeto dos nossos desejos: a verdade.

IV. A alma impura, nesse estado, se encontra oprimida e se ve de novo arrastado para o mundo visível, pelo horror do que e invisível e imaterial.

V. Apos a nossa morte, o gênio (daimon, demônio), que nos fora designado durante a vida, leva-nos a um lugar onde se reúnem todos os que tem de ser conduzidas ao Hades, para serem julgados. As almas, depois de haverem estado no Hades o tempo necessário, são reconduzidas a esta vida em múltiplos e longos períodos.

VI. Os demônios ocupam o espaço que separa o céu da Terra; constituem o laço que une o Grande Todo a si mesmo. Não entrando nunca a divindade em comunicação direta com o homem, e por intermédio dos demônios que os deuses entram em comércio e se entretém com ele, quer durante a vigília, quer durante o sono.

Obs.: A palavra daimon designava tanto seres malfazejos quanto todos os Espíritos, em geral, dentre os quais se destacavam os Espíritos superiores, chamados deuses, e os menos elevados, ou demônios propriamente ditos, que comunicavam diretamente com os homens.

VII. A preocupação constante do filosofo (tal como o compreendiam Sócrates e Platão) e, a de tomar o maior cuidado com a alma, menos pelo que respeita a esta vida, que não dura mais que um instante, do que tendo em vista a eternidade.

VII. Se a alma e imaterial, tem de passar, apos essa vida, a um mundo igualmente invisível e imaterial, do mesmo modo que o corpo, decompondo-se, volta a matéria.

IX. Se a morte fosse a dissolução completa do homem, muito ganhariam com a morte os maus, pois se veriam livres, ao mesmo tempo, do corpo, da alma e dos vícios. Aquele que guarnecer a alma, não de ornatos estranhos, mas com os que lhe são próprios, só esse poderá aguardar tranquilamente a hora da sua partida para o outro mundo.

X. O corpo conserva bem impressos os vestígios dos cuidados de que foi objeto e dos acidentes que sofreu. Da-se o mesmo com a alma.

XI. De duas uma: ou a morte e uma destruição absoluta, ou e passagem da alma para outro lugar. Se tudo tem de extinguir-se, a morte será como uma dessas raras noites que passamos sem sonho e sem nenhuma consciência de nos mesmos. Todavia, se a morte e apenas uma mudança de morada, a passagem para o lugar onde os mortos se tem de reunir, que felicidade a de encontrarmos lá aqueles a quem conhecemos!

XII.Nunca se deve retribuir com outra uma injustiça, nem fazer mal a ninguém, seja qual for o dano que nos hajam causado.

XIII. E pelos frutos que se conhece a arvore. Toda ação deve ser qualificada pelo que produz: qualifica-lá de má, quando dela provenha mal; de boa, quando de origem ao bem.

XIV. A riqueza e um grande perigo. Todo homem que ama a riqueza não ama a si mesmo, nem ao que e seu; ama a uma coisa que lhe e ainda mais estranha do que o que lhe pertence.

XV. As mais belas preces e os mais belos sacrifícios prazem menos a Divindade do que uma alma virtuosa que faz esforços por se lhe assemelhar.

XVI. Chamo homem vicioso a esse amante vulgar, que mais ama o corpo do que a alma.

XVII. A virtude não pode ser ensinada; vem por dom de Deus aos que a possuem.

XVIII. E disposição natural em todos nos a de nos apercebermos muito menos dos nossos defeitos, do que dos de outrem.

XIX. Se os médicos são malsucedidos, tratando da maior parte das moléstias, e que tratam do corpo, sem tratarem da alma.

XX. Todos os homens, a partir da infância, muito mais fazem de mal, do que de bem.

XXI. Ajuizado serás, não supondo que sabes o que ignoras.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Você sabia?!

Você sabia...
 O meio mais eficaz para uma pessoa buscar sua reforma moral é o autoconhecimento.
Quando alguém estuda a si mesmo, tem a oportunidade de corrigir seus erros e desenvolver virtudes.

Frase rápida, reflexão nem tanto...

"Hoje é sempre o dia de fazer o melhor que pudermos.
Amanhã, invariavelmente, é o dia do resultado de nossas próprias ações."
 
(Obra: Cartas do Coração - Chico Xavier)

Como você explicaria/comentaria? :)


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Campanha de enfrentamento ao suicídio

Falando abertamente sobre o suicídio
CVV - Centro de Valorização da Vida
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Matéria: Promoção da vida e combate ao suicídio
Sistema de Saúde Mãe de Deus e Prefeitura de Porto Alegre lançam campanha para o enfrentamento do fenômeno
 
A aliança entre o Sistema de Saúde Mãe de Deus, através do Centro de Promoção da Vida, com a Coordenadoria Municipal de Urgências da Prefeitura de Porto Alegre para a prevenção do suicídio consolidou-se em evento realizado na manhã desta terça-feira (06). Na ocasião, as entidades realizaram o lançamento oficial da primeira Campanha Aberta de Combate ao Suicídio e Promoção da Vida. Para o prefeito da cidade de Porto Alegre, José Fortunati, a iniciativa mostra como é possível combater um fenômeno tão complexo, através de uma parceria que consolida a saúde pública enquanto um direito de todos, com a qualidade e a dignidade que todos merecem.
Essa campanha busca orientar as equipes de saúde em como agir diante de situações extremas, bem como em capacitar sobre atitudes a serem tomadas para evitar o suicídio. Assim, os profissionais em capacitação receberão continuamente informações sobre os fatores de risco e demais aspectos relacionados à problemática do suicídio. Visa ainda proporcionar uma reflexão sobre a assistência prestada nos serviços especializados na rede municipal de saúde de Porto Alegre, representando, assim, uma ação de qualificação constante.
O evento ocorreu no auditório do Centro de Saúde Cruzeiro do Sul, contando com as presenças do Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, do Secretário Municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli, bem como dos médicos psiquiatras Dr. Ricardo Nogueira, do Sistema de Saúde Mãe de Deus, do Dr. Sérgio Louzada, Coordenador do Plantão de Emergências em Saúde Mental, e do Dr. Jorge Luiz Silveira Osorio, coordenador do Setor de Urgências da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre.
Conforme explicou o Dr. Sérgio Louzada, a partir do ingresso e colaboração do Sistema de Saúde Mãe de Deus junto ao Plantão de Emergência em Saúde Mental do IAPI, houve uma maior integração entre os serviços de atendimento psiquiátrico em Porto Alegre. Ao explicar os objetivos do projeto de prevenção ao suicídio, Louzada destacou que, além da assistência à população, a atuação prevê a condução de estudos para levantamento de dados estatísticos, assim como a execução de treinamentos constantes para as equipes de saúde na cidade. Melhorando, assim, a saúde da população em um aspecto amplo "por meio da capacitação, sensibilização e treinamento para os atendimentos em situações de urgência e emergência".
O médico psiquiatra Dr. Ricardo Nogueira, do Sistema de Saúde Mãe de Deus, ressaltou que o Estado do Rio Grande do Sul é líder no número proporcional de pessoas que efetivamente levaram a cabo a ação de por fim na própria vida. “Dentre os vinte municípios brasileiros com maior incidência de suicídio, treze encontram-se no Estado do Rio Grande do Sul”, afirmou. "Isso faz com que sejam prioritárias as ações de combate do fenômeno, atuando em distintas frentes e com parceiros diversos", explicou.
Ademais, o médico psiquiatra comentou que os profissionais de saúde, ao se depararem com uma situação de ideação suicida por parte de algum paciente-usuário, devem investigar a questão com cautela e perícia, atentando para múltiplos aspectos envolvidos. Para que esse objetivo seja alcançado com êxito, o especialista explicou que os servidores públicos receberão instruções específicas para o manejo de um instrumento utilizado internacionalmente para rastreio de sinais, sintomas e outros fatores que possivelmente elevam o risco de uma pessoa tentar ou efetivamente cometer suicídio.
Estatísticas – Entre os anos de 1980 e 2008, houve um aumento global nas taxas de suicídio no país, sendo o fenômeno mais comum nas pessoas do sexo masculino. Para cada 100 mil óbitos, no ano de 1980, 1.9 eram relacionados ao suicídio entre o gênero feminino, e 4.5 no gênero masculino. Em 2008, todavia, as taxas aumentaram em ambos os gêneros: 2.0 e 7.7, respectivamente. A faixa etária com maior proporção de suicídios é a economicamente ativa, ou seja, dos 20 aos 39 anos. O Dr. Ricardo Nogueira explicou que os suicídios consumados são três vezes mais frequentes nos homens, enquanto as tentativas são mais comuns nas mulheres.
Entre 2010 e 2011, houve uma queda na ordem de 11% nos suicídios consumados no Estado do Rio Grande do Sul. “Acreditamos que esses resultados sejam decorrentes da intensa campanha de mobilização e capacitação de profissionais de saúde, bem como através das ações no âmbito da saúde pública, conscientizando a população”, pontuou o Dr. Nogueira.
Perfis – O suicídio é um fenômeno complexo, influenciado por aspectos genéticos, sociais e culturais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o problema figura na décima posição entre as causas de mortalidade mundial, sendo considerado um problema de saúde pública. Contudo, alguns indivíduos apresentam maiores riscos de tentar ou efetivamente por fim à própria vida. Dentre os fatores de risco, destacam-se o uso ou abuso de álcool e drogas, presença de transtornos mentais e histórico familiar de suicídio.
Sobre a Campanha de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio – O objetivo da campanha é de capacitar e sensibilizar os profissionais de saúde para a detecção e prevenção do fenômeno. Assim, o Sistema de Saúde Mãe de Deus, juntamente à Secretaria Municipal de Saúde irão atuar, constantemente, no aprimoramento da qualidade assistencial prestada no Plantão de Emergência em Saúde Mental da Vila Cruzeiro (Rua Prof. Manoel Lobato, 151) e no Plantão de Emergência em Saúde Mental do IAPI (Rua Valentim Vincentini, s /n).
Sobre o Sistema de Saúde Mãe de Deus - O Sistema de Saúde Mãe de Deus apresenta como missão: “garantir soluções completas e integradas em saúde, com desenvolvimento científico, tecnológico e humano”. Aliando tecnologia de ponta a um corpo clínico altamente qualificado, abarca uma ampla rede de hospitais e serviços de saúde. O investimento contínuo em equipamentos e na estrutura física, atendimento de qualidade e gestão com responsabilidade social demonstram o compromisso com a comunidade. Para mais informações, acesse o site do Sistema de Saúde Mãe de Deus: http://www.maededeus.com.br
 
 
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Artigo: Aumento da sensação de angústia pode estar presente no final do ano
 
Diversos fatores podem gerar essa perigosa sensação que tem no apoio emocional eficiente forma de prevenção
 
Final de ano é período de festas, comemoração e alegria, certo? A resposta pode ser sim para a maioria das pessoas, mas existem muitas outras que sentem um peso emocional maior quando chega o mês de dezembro.
Um sintoma claro dessa situação é o aumento médio de 20% da procura pelo apoio do CVV no final do ano. “Tem gente que se sente frustrado pelo que não conseguiu realizar durante o ano, tem gente que se sente solitário ao não ter com quem dividir as festividades, existem aqueles que associam a época à saudade de pessoas amadas”, exemplifica Adriana Rizzo, voluntário do CVV. “Os motivos são variados e as dores idem, mas todas elas precisam de apoio emocional, de alguém com quem conversar de forma aberta e segura”, complementa.
O CVV é uma das ONGs mais antigas do país, com 51 anos de atuação gratuita e sigilosa. Nascida com o objetivo de prevenir suicídios, a entidade desenvolveu metodologia própria que permite o apoio em diversas situações da vida das pessoas em que se sentem solitárias, angustiadas, sem saída ou, simplesmente, não encontram com quem dividir determinados assuntos.
“É claro que nem todos que nos procuram estão pensando em tirar a própria vida, mas podemos afirmar que nove entre dez suicidas passam por situações como as que atendemos antes de tomarem a iniciativa fatal”, afirma Adriana. Pesquisas e iniciativas ao redor do mundo apontam que iniciativas simples, como a oferecida nacionalmente pelo CVV, podem evitar suicídios. Adriana comenta que qualquer um pode oferecer ajuda a quem se encontra em situações de forte angústia. As pessoas dão sinais, que podem ser evidentes, como a afirmação de que vai se matar; ou sutis, como a falta de vontade de participar de encontros com amigos, aumento de comentários negativos ou isolamento. “Podemos ajudar nossos amigos nos colocando à disposição deles para ouvi-los sem tentar resolver seus problemas ou criticar suas decisões”, comenta a voluntária do CVV, “nós não queremos os outros nos apontando o dedo ou dizendo o que fazer e o que não fazer quando não estamos bem. Queremos nos sentir amados e apoiados”. O CVV atende pelo telefone 141, pela internet (www.cvv.org.br), por meio de chat, skype e e-mail ou pessoalmente nos 70 postos de atendimento pelo país.
Sobre o CVV
O CVV - Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal em 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os mais de um milhão de atendimentos anuais são realizados por 2.200 voluntários em 18 estados mais o Distrito Federal, pelo telefone 141 (24 horas), pessoalmente (nos 70 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br via chat, VoIP (Skype) e e-mail.
É associado ao Befrienders Worldwide (www.befrienders.org), entidade que congrega as instituições congêneres de todo o mundo e foi reconhecido pelo Ministério da Saúde como a melhor iniciativa não governamental de prevenção do suicídio no Brasil. Contatos com a imprensa sobre temas nacionais
LVBA Comunicação Corporativa e Relações Públicas
André Lorenzetti
11 3039-0660 / 3039-0659
cvv@lvba.com.br
 
 
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O que acontece com a alma de quem se mata? Perde a alma? A alma tem salvação?
- Segundo a Doutrina Espírita a alma é imortal, portanto é indestrutível. Um dos princípios básicos da Doutrina Espírita é a reencarnação que representa uma das formas pela qual se manifesta a Justiça de Deus. Portanto, todas as almas têm salvação.
Em uma reencarnação a criatura desenvolve valores; noutra, ela já realiza outra experiência, como se fossem etapas, séries de uma grande escola. Quando alguém se equivoca e falha em uma existência corporal reencarna-se mais tarde com os mesmos problemas e repete a experiência fracassada. Quando vence as dificuldades, é promovido a um estágio superior.
Somos Espíritos em aprendizagem, em constante progresso. Todos nós, um dia, seremos perfeitos, felizes. Como bem disse Jesus: "Nenhuma das ovelhas de meu Pai se perderá, mas todas elas terão que pagar ceitil, por ceitil, do que devem". Equivale dizer que, nenhum de nós estará mergulhado em um sofrimento eterno. Não! O Pai é de Infinita Bondade. E se é infinitamente Bom, não podemos imaginar que ele Castiga seus filhos eternamente por uma falta! Às vezes, nem um pai humano faz isso. Imaginemos Deus!
No entanto, todos nós teremos que recuperar as nossas faltas, reeducar os nossos sentimentos, para um dia chegarmos à felicidade total. Aquele que se suicida comete um crime grave! Talvez seja um dos crimes de maior gravidade. Isso porque ele tenta destruir o maior patrimônio que existe: A Vida! E ele não é Autor da Vida, mas sim alguém que desfruta da Vida. Os Espíritos Suicidas que se comunicam falam das suas dores, do seu remorso intenso. A primeira decepção do suicida é se deparar, surpreendido, com a Vida. Ele esperava que fosse mergulhar em um escuro total, na Inconsciência. Mas, o que ocorre é totalmente diferente. Ele continua vivo. Com os mesmos problemas!
Uma sensação que ocorre também é o suicida encontrar-se preso ao corpo físico. Porque ele destruiu o corpo, mas não houve desencarnação natural. Ou seja, os laços que prendiam o espírito ao corpo não foram, por assim dizer, liberados. O que ocorre então são sensações de dores horríveis! Ele acompanha o enterro, e sente todo o processo de transformação do corpo. A decomposição, os vermes roerem o corpo, os suicidas experimentam as sensações com dores incríveis!
O sofrimento da consciência arrependida é difícil de ser narrado por eles. Eles constatam que não conseguiram fugir dos problemas, e agora estão em situação pior. Porque terão que reencarnar talvez em um corpo doente, para dar valor à vida.
Uma das obras da Doutrina Espírita mais lidas, "Memórias de um Suicida", recebida pela médium Yvonne do Amaral Pereira, narra o martírio dos suicidas. A conclusão que se tira desse livro é que: todas as misérias humanas, todas as desgraças, todas as tragédias juntas, são muito pouco ao lado dos sofrimentos que o suicídio proporciona.
Como ajudar um suicida? Através da oração. A oração, o pedido a Deus por aquela alma, é como se fosse um bálsamo, um alivio na sua vida. O Espírito sente, e fica sensibilizado com as preces que fazem por ele!
Se alguém sente a vontade ou pensa em abreviar a própria vida pensando em solucionar seus problemas, recomendamos buscar ajuda em uma casa espírita séria, perto de onde se encontra ou contate a Federação Espírita do seu Estado para maiores esclarecimentos. Também sugerimos a prática do Evangelho no lar. É um trabalho simples: escolhemos alguns minutos por semana e nos reunimos com todos aqueles que vivem conosco, para o aprendizado das lições de Jesus.
Recomendável seja feito esse estudo no mesmo dia da semana e horário. Iniciamos com uma prece espontânea, abrimos uma página do Evangelho e lemos, em voz alta, alguns trechos, comentando-os em seguida. Se os familiares não quiserem participar da leitura, não se deve desanimar, e sim prosseguir fazendo a leitura e reflexão do Evangelho, pois os bons espíritos e Jesus estarão amparando.
(Espiritismo.Net)


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Motorista de ônibus evita que menina se jogue de ponte nos EUA


Motorista de ônibus evita que menina se jogue de ponte nos EUA

Imagens de uma câmera de segurança de um ônibus registraram o momento em que o motorista para e desce do veículo para impedir uma menina que parecia querer pular de uma ponte, na cidade de Buffalo, no Estado de Nova York.
 
Darnell Barton percebeu a jovem na beira da ponte enquanto passava pela via expressa.
Preocupado, ele saiu do ônibus e conseguiu convencer a menina a desistir de pular.
Barton disse que ela estava fora de si quando segurou seu braço e perguntou se ela não queria passar para o outro lado da grade.
Os passageiros esperaram pacientemente enquanto Barton conversava com a jovem e dizia que tudo ficaria bem.
 
Notícia publicada na BBC Brasil, em 1º de novembro de 2013.

Breno Henrique de Sousa* comenta
A cada dia estamos mais vigiados por câmeras em todos os lugares. Isso me faz lembrar do fato de que no mundo espiritual é muito mais improvável ocultar alguma coisa, ainda mais dos espíritos superiores que podem ler os nossos pensamentos e intenções. Estamos sempre cercados por uma nuvem de testemunhas e quando menos esperamos estamos sendo observados. Se isso não faz sentido para quem não crer na existência do mundo espiritual, não há como escapar do fato de que o mundo é a cada dia mais vigiado, isso fica claro quando são revelados os casos de corrupção. É certo que essa vigilância atual esconde seus interesses, que é o controle que os detentores do poder sempre querem exercer sobre o povo, mas, como é de se esperar na história da humanidade, o veneno sempre se volta contra aquele que o destila e é do mesmo veneno que se faz o remédio.
Um fato não esperado é o de que essas câmeras espalhadas pelo mundo não revelam apenas o que há de mau na humanidade, mas revelam também um lado oculto e que pouca gente tem interesse de divulgar que é o da bondade oculta, aquela que não faz alarde, aquela que não dá “Ibope”, aquela que acontece nas ruas todos os dias e não virava notícia até ao surgimento da internet e da existência de câmeras por todas as partes. Outro dia eu assisti a uma outra reportagem na TV de um sistema de vigilância por câmeras nas ruas de Recife, que deveria flagrar motoristas infratores, crimes e etc, o que de fato foi feito, mas o que não se esperava foram os “flagras do bem”, de dezenas de atitudes bondosas, pessoas que ajudavam moradores de rua, outros tantos que ajudavam anciões a atravessar as avenidas. O fato também virou notícia e é espantoso que isso pareça surpreendente. Isso é um sinal de que estamos descrentes do ser humano e quando somos surpreendidos com atitudes bondosas ficamos perplexos.
Não devemos perder a fé no ser humano. Todos os dias abundam atitudes de bondade, óbolos da viúva que alimentam o corpo e a alma, que trazem esperança e que salvam vidas. O exemplo desse motorista é mais um que reflete o trabalho silencioso e constante do bem, que sem alarde e sem propaganda, opera os seus benefícios aos pequeninos, aos sofredores, aos invisíveis da sociedade. Jesus ali se encontra, nas esquinas, entre os enfermos e desesperados, levando ajuda e consolação. Que exemplos dessa natureza nos remetam ao Cristo e nos inspirem outras atitudes bondosas. Somos chamados todos os dias a dar testemunho do que somos e nossas atitudes falam por nós. Enquanto isso, uma nuvem de testemunhas nos observa e dará esse testemunho do que somos quando formos chamados a prestar contas.

* Breno Henrique de Sousa é paraibano de João Pessoa, graduado em Ciências Agrárias e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba. Ambientalista e militante do movimento espírita paraibano há mais de 10 anos, sendo articulista e expositor.

Menina mantida em armário por seis anos nos EUA supera, aos poucos, abusos da mãe e do padrasto

Menina mantida em armário por seis anos nos EUA supera, aos poucos, abusos da mãe e do padrasto

Extra
 
Pela primeira vez em anos, Lauren Kavanaugh deixou os antidepressivos e remédios para transtorno bipolar de lado. Passou a fazer exercícios, a conversar mais e concluiu o ensino médio. Aos 20 anos, a jovem que vive em uma casa de campo na cidade de Canton, no Texas, nos Estados Unidos, parece superar o passado aos poucos. Aos 8 anos de idade, ela foi resgatada pela polícia dentro de um closet onde era mantida desde os 2 anos.
A história é semelhante ao caso que foi noticiado nos últimos dias. Uma mãe na França manteve a filha de 2 anos escondida desde o nascimento, no porta-malas de um carro. A menina foi encontrada por um mecânico, desnutrida e com atrasos intelectuais. A mãe foi presa e o advogado de defesa alegou que a mulher não tinha plena consciência do que havia feito.
No caso de Lauren, não há dúvidas de que a mãe tinha total consciência dos atos. A menina passou seis anos trancada. Durante esse tempo, sofreu abuso sexual, foi maltratada fisicamente e psicologicamente pela própria mãe e pelo padrasto. Quando finalmente foi encontrada, Lauren tinha um retardo mental. Segundo uma matéria especial publicada pelo jornal The Dallas Morning News, aos 8 anos ela não sabia sentar em uma cadeira, segurar um lápis e muito menos conhecia o alfabeto.
- Quando eu comecei a ver Lauren, ela não era sociável, tinha uma depressão crônica, era suicida e se sentia sem esperanças - contou Lindsay Jones, terapeuta da jovem há seis anos. - Hoje, ela está pronta para abraçar o passado. Ela não tem mais vergonha disso. Ela pensa ‘isso aconteceu comigo, mas ainda estou aqui. Sobrevivi e estou prosperando’.
Lauren vive com a mãe adotiva, Sabrina Kavanaugh, e três cachorros. Sabrina e o marido adotaram Lauren ainda bebê, mas foram obrigados a devolvê-la para a mãe biológica, Barbara Atkinson, quando a menina tinha 1 ano e 8 meses. Barbara alegava que havia se arrependido de ter dado a filha para adoção.
Nas mãos de Barbara e de Kenneth Ray Atkinson, ela sofreu durante seis anos, presa em um armário. Quando a policia a encontrou, Lauren estava suja, sentada nas próprias fezes e urina e tinha a boca suja de excrementos. O casal não alimentava a criança, a agredia e a estuprava. Aos 8 anos, Lauren pesava o mesmo que uma criança de 2 anos. Dentro do closet, ela só via um feixe de luz que passava sob a porta.
Blake Strohl, filha mais velha de Barbara e meia-irmã de Lauren, conta que, aos 10 anos, viu a menina machucada em inúmeras ocasiões. Às vezes, tirava a irmã do armário no meio da noite e dava um banho nela. A menina tinha queimaduras de cigarro pelo corpo, manchas de sangue e a vagina inchada.
- Eu sabia que ela precisava de ajuda - disse a jovem, hoje com 23 anos. - Ela conseguia falar comigo, mas era quase como se eu estivesse falando com um bebê.
Ao Dallas Morning News, Blake contou também que a vida sexual da mãe e do padrasto era bastante ativa.
- Eu sabia que eles faziam muito sexo porque podia ouvir, mas não sabia o que estavam fazendo com ela. Eles sempre ligavam música muito alto. Lauren gritava, mas eu sempre pensava que eles estavam batendo nela. Ela gritava demais.
Pelo que fizeram com Lauren, Barbara e Kenneth foram sentenciados à prisão perpétua. Sabrina conseguiu adotar a criança, definitivamente, cerca de um ano após o resgate. Lauren foi libertada aos 8 anos, mas condenada a carregar as lembranças da infância pelo resto da vida.
- Espero um dia ter uma vida normal. É claro que a minha vida nunca foi normal - disse Lauren, em entrevista à publicação. - Eu não quero ser como os meus pais. Esse é o meu foco. Eu tenho medo de virar o que eles eram, porque todos os dias eu sinto isso. Eu tenho aquele raiva dentro de mim como a minha a mãe.
Notícia publicada no Jornal Extra, em 31 de outubro de 2013.

Humberto Souza de Arruda* comenta
Quando sabemos que em uma prisão houve uma violência muito grande a estupradores ou assassinos que são torturados até a morte, não demoramos a aplicarmos, em nossos julgamentos, a Lei de Causa e Efeito.
E também não é raro aplicarmos, inclusive, a Lei de Talião em nossos jugos, como “olho por olho, dente por dente”, pois muitas vezes nos pegamos regredindo moralmente em pensamentos que aceitam com certa naturalidade a violência para apagar uma violência. Como o assassinato de um assassino em série, o estupro praticado por detentos a estuprador e outras atrocidades em nome da educação punitiva.
Mas quando relembramos que a Lei de Causa e Efeito é uma combinação das Leis de Liberdade e da Lei de Justiça, e sabendo que nelas sempre está o Amor de Deus, passamos então a mudar a forma de julgar este irmão infrator.
Até agora falamos de um caso com um adulto sendo vítima, mas, quando a vítima é uma criança de dois anos, fica às vezes difícil lembrarmos dos entendimentos oferecidos pela reencarnação, Lei de Ação e Reação, comunicabilidade dos Espíritos e imortalidade da alma.
Quando, na reencarnação, o Espírito passa a usar uma nova roupagem, um corpo novo e de formas angelicais nos é presenteado para facilitar toda a reaproximação com este conhecido do passado e renovar estas relações. Daí a necessidade de vermos a criança como um Espírito angelical e não como um indivíduo milenar, com defeitos e qualidades próprias, a serem passadas pelo refinamento necessário para chegar à felicidade.
Entretanto, quando este Espírito está criança e o vemos passar por abandono, prisão, violências sexuais e outros graves atentados à saúde mental e espiritual, são de apertar o coração. Se não usarmos da fé raciocinada, abalamos na crença de que o amor de Deus está no controle.
Este controle amoroso de Deus se mostra presente inclusive quando nos é concedido escolher a natureza de nossas provas neste orbe. Certo que devidamente em condições de merecimento para isso. Neste momento, passamos a nos ligar por afinidade aos nossos pais, em especial pela mãe, para juntos conseguirmos cumprir tarefas evolutivas que muitas vezes são comuns aos pais tanto quanto aos filhos.
É importante lembrar que não se reencarna para ser violentado ou outras agressões. Quem comete este tipo de violência, comete por livre-arbítrio. E como trata de uma violência a um espírito que está criança e ainda nem tem as suas atividades psíquicas completas, para discernir sobre o porquê isso está acontecendo com ele, a prova maior é para os próprios pais.
Mesmo porque, neste período, até os sete anos, aproximadamente, o amparo espiritual é maior pelo fato da reencarnação ainda não estar totalmente consolidada, como vemos no livro “Missionários da Luz”, psicografado por Chico Xavier.
Através deste auxílio extra, a pequena Lauren conseguiu forças para suportar esta prova, que diretamente ou indiretamente escolheu. São os Espíritos protetores e familiares que ajudam neste momento de grande dificuldade, pois são muitas formas de violência reunidas para um indivíduo, violência praticada por quem tinha obrigação de proteger. Apesar de não podermos especular sobre o que este espírito fez para passar por esta prova, sabemos que foi a forma que encontrou para superar ou tentar superar um determinado período de suas várias existências.
Entendendo que não é um castigo divino, pois uma inteligência suprema, infinitamente bom e justo, não seria contraditório em punir. Assim, nos deu o livre-arbítrio, que usamos para a nossa conduta e para reprimir o que não conseguimos controlar por amor.
Hoje a Lauren se encontra fortalecida e já em condições de melhor escolher o seu futuro com os exemplos dos caminhos que não devem ser seguidos. Ela conseguirá superar cada vez mais estes percalços que podem ter vindos pela afinidade entre ela e sua mãe. Afinidade que a uniu com sua mãe a partir do planejamento reencarnatório e pode ficar por muito tempo. Aos poucos, irão mudando a faixa vibratória desta união para uma mais elevada, quando futuramente ambas forem entendendo o motivo de terem passado por tudo isso, podendo assim, o mais breve possível, se desejado, parar uma desavença espiritual que pode ter começado há muitas existências vividas.
Oremos por estes espíritos que optaram por violar as Leis Morais que tanto nos ajudam a nos elevar pelo amor, para que futuramente não necessitem ser protagonistas de escândalos tão tristes.
Seja a violência do abandono, abuso sexual, torturas ou violências psicológicas e espirituais, os pais da Lauren precisarão de muito amor e tolerância para conseguirem se elevar ao Pai. Pois os acolhimentos que terão no julgamento dos seus atos através das suas próprias consciências não serão tão brandos quanto o acolhimento espiritual tido pela menina que eles causaram tanta dor, uma vez que ela já está conseguindo perdoar os pais.
 
* Humberto Souza de Arruda é evangelizador, voluntário em Serviço de Promoção Social Espírita (SAPSE) e colaborador do Espiritismo.net

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Pergunta feita: Como se explica o desejo que às vezes temos de fazer o mal? Podemos evitar isso?

Como se explica o desejo que às vezes temos de fazer o mal? Podemos evitar isso?
 
- Não há quem detenha o poder para fazer o mal a alguém, pois somente no bem encontramos a verdadeira força. Ninguém pode ir contra os desígnios de Deus, que determinam o direcionamento do homem sempre para o alcance de mais altos níveis de conscientização da vida. Quando algo desagradável nos ocorre não é porque alguém quis ou determinou, mas porque nos encontramos em débito perante as leis de Deus.
O médium baiano Divaldo Pereira Franco, ao ser indagado a respeito, assim se pronunciou:
"Não devemos recear o mal que porventura queiram nos fazer, porque somente nos acontece aquilo que devemos aos soberanos códigos.
Se nos elevarmos em pensamento através da oração e por meio da ação, nenhuma força, por mais negativa, mandada ou encontrada, pode nos fazer qualquer mal.
Não obstante, se nós temos uma vida dissoluta, sensualista, vulgar, e sintonizamos com os espíritos infelizes, não é necessário que ninguém nô-los mande: eles virão ter conosco pelo processo da sintonia."
Igualmente indagado se existia o chamado "malfeito", Chico Xavier disse que, se atirarmos uma bolinha de borracha de encontro à parede, e havendo nela um buraco, a bolinha passará...
Finalizando o proveitoso ensinamento da Lei de Causa e Efeito, lembrou que "semelhante atrai semelhante" e só recebe o mal quem está no mal. Você certamente estará livre de qualquer investida do mal pelo seu interesse em somente fazer o bem. Não há maior defesa e liberdade senão no pensamento e no trabalho no bem, em favor de si mesmo e de outrem. Não há maior força que a do amor e aquele que ama nada deve temer.
Devemos procurar nos fortalecer mental e espiritualmente, adotando as seguintes ações:
- Cultivar bons pensamentos e sentimentos, pois assim atrairás boas companhias espirituais que te ajudarão no processo de superação das dificuldades. Não poderá estar mal acompanhado aquele que praticar a caridade moral através da benevolência, da indulgência e do perdão das ofensas.
- Manter-se em estado de oração e vigilância, para não cair em tentação, conforme asseverou o nosso Mestre Jesus.
- Frequentar uma casa espírita, para participar das reuniões de palestras e estudos, que muito colaborarão para o conhecimento e vivência das leis de Deus.
- Praticar a boa leitura, tanto das obras básicas da Doutrina Espírita, quanto os inúmeros livros de mensagens edificantes que chegam a nós através de abnegados médiuns trazendo consolo ao coração.
- Realizar o estudo do Evangelho no Lar, que é um trabalho simples: escolhemos alguns minutos por semana e nos reunimos com todos aqueles que vivem conosco, para o aprendizado das lições de Jesus. Que seja feito esse estudo no mesmo dia da semana e horário. Iniciamos com uma prece espontânea, abrimos uma página do Evangelho Segundo o Espiritismo e lemos, em voz alta, alguns trechos, comentando-os em seguida.
Para aquele que se julga afetado por alguma intervenção indébita orientamos, além das providências citadas, tomar o passe na casa Espírita, que muito contribuirá para renovação das energias e afastamento de qualquer investida menos digna. Ressaltamos que o passe não deverá ser recebido indefinidamente, mas apenas durante o tempo em que se achar necessitado.
 
 
(Fonte: Espiritismo.Net)

domingo, 5 de janeiro de 2014

Acontecerá: Evangelho em destaque no verão de Salvador

"Vivencie o Evangelho e ilumine sua vida" é o tema central do Projeto Verão 2014 organizado pela Casa de Oração Bezerra de Menezes (COBEM) que será realizado de 20 de janeiro a 12 de fevereiro de 2014 em Salvador/BA.
O evento celebra os 150 anos do lançamento de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e contará com palestras sobre o tema, sempre de 19h30 às 21h.
A Casa de Oração Bezerra de Menezes fica na Rua Bezerra de Menezes, nº 90 - Brotas. Mais informações no site www.cobem.org.br ou pelo telefone  (71) 3356-0256.

Acontecerá: 2º Congresso Espírita no Pará em janeiro

"Jesus: guia e modelo para a Humanidade" é o tema central do 2º Congresso Espírita Paraense, que será realizado de 17 a 19 de janeiro de 2014, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia em Belém/PA.
O evento, organizado pela União Espírita Paraense, contará com palestras de Alberto Almeida, Divaldo Franco, Marlene Nobre, Sandra Borba e Severino Celestino. Os temas serão desenvolvidos em forma de conferências e mesas redondas com perguntas e respostas.
O Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia fica na Avenida Dr. Freitas, s/nº, Sacramenta. Mais informações podem ser obtidas através do site www.paraespirita.com.br ou pelo telefone (91) 3223-4082.

Revista Espírita - Controle Universal dos Espíritos

Abril de 1864 

Já abordamos esta questão em nosso ultimo número, a propósito de um artigo especial – da perfeição dos seres criados. Mas ela é de tal importância, tem conseqüências de tal magnitude para o futuro do Espiritismo, que julgamos dever tratá-lo de modo mais completo.
Se a Doutrina Espírita fosse uma concepção puramente humana, não teria como garantia senão as luzes de quem a tivesse concebida. Ora, ninguém aqui poderia ter a pretensão fundada de possuir, ele só, a verdade absoluta. Se os Espíritos que a revelaram se tivessem manifestado a um só homem, nada garantiria a sua origem, pois seria preciso crer sob palavra naquele que dissesse ter recebido seu ensino. Admitindo de sua parte uma perfeita sinceridade, ao menos poderia convencer as pessoas de seu ambiente. Poderia ter sectários, mas não conseguiria jamais atrair todo o mundo.

Quis Deus que a nova revelação chegasse aos homens por uma via mais rápida e mais autêntica. Eis por que encarregou os Espíritos de a levar de um a outro polo, manifestando-se por toda parte, sem dar a ninguém o privilégio exclusivo de ouvir a sua palavra. Um homem pode ser enganado, pode mesmo enganar-se. Assim não poderia ser quando milhões de homens vêem e ouvem a mesma coisa: é uma garantia para cada um e para todos. Aliás pode fazer-se um homem desaparecer, mas não desaparecem as massas. Podem queimar-se os livros, mas não os Espíritos. 

Ora, se queimassem todos os livros, a fonte da doutrina não seria emudecida, por isso que não está na terra: surge por toda a parte e cada um pode aproveitá-la. Em falta de homens para a espalhar, haverá sempre Espíritos que atingem todo o mundo e ninguém os pode atingir.
Na realidade, são os próprios Espíritos que fazem a propaganda, auxiliados por inumeráveis médiuns que suscitam por todos os lados. Se tivessem tido um intérprete único, por mais favorecido que fosse, o Espiritismo seria apenas conhecido. Esse mesmo intérprete, fosse de que classe fosse, teria sido objeto de prevenções por parte de muita gente. Nem todas as nações o teriam aceitado, ao passo que os Espíritos se comunicam por toda a parte, a todos os povos, a todas as seitas e partidos, sendo aceitos por todos. O Espiritismo não tem nacionalidade. Está por fora de todos os cultos particulares, não é imposto por nenhuma classe da sociedade, pois cada um pode receber instruções de parentes e amigos de além túmulo. Era preciso que assim fosse, para que pudesse chamar todos os homens à fraternidade. Se, não tivesse colocado em terreno neutro, teria mantido dissenções, em vez de as apaziguar.

Essa universalidade do ensino dos Espíritos constitui a força do Espiritismo. Aí, também, está a causa de sua propagação tão rápida. Ao passo que a voz de um só homem, mesmo com o auxílio da imprensa, teria levado séculos antes de chegar a todos os ouvidos, eis que milhares de vozes se fazem ouvir simultaneamente em todos os pontos da terra, para proclamar os mesmos princípios, e os transmitir aos mais ignorantes, como aos mais sábios, a fim de que ninguém fique deserdado. É uma vantagem de que não gozou nenhuma das doutrinas até hoje aparecidas. Se, pois, o Espiritismo é uma verdade, nem teme a má vontade dos homens, nem as revoluções morais, nem os desmoronamentos físicos do globo, porque nenhuma dessas coisas podem atingir os Espíritos.

Mas se não é a única vantagem resultante desta posição excepcional, o Espiritismo aí encontra uma onipotente garantia contra os cismas que poderiam suscitar, pela ambição de uns, ou pelas contradições de certos Espíritas. Seguramente essas contradições são com escolho, mas que leva em si o remédio ao lado do mal.

Sabe-se que os Espíritos, por força da diferença existente em suas capacidades, estão longe de estar individualmente na posse de toda a verdade; que nem a todos é dado penetrar certos mistérios; que seu saber é proporcional à sua depuração; que os Espíritos vulgares não sabem mais que os homens e até menos que certos homens; que entre eles, como entre estes, há presunçosos e pseudo-sábios, que crêem saber o que não sabem, sistemáticos que tomam suas verdades; enfim, que os Espíritos de ordem mais elevada, os que estão completamente desmaterializados, são os únicos despojados das idéias e preconceitos terrenos. Mas sabe-se, também, que os Espíritos enganadores não tem escrúpulo em esconder-se sob nomes de empréstimo, para fazerem aceitas as suas utopias. Disso resulta que, para tudo quanto esteja fora do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um pode obter tem um caráter individual sem autenticidade. Que devem ser consideradas como opinião pessoais de tal ou qual Espírito, e que seria imprudente aceitá-las e promulgá-las levianamente como verdades absolutas.

O primeiro controle é, sem sombra de dúvida, o da razão, à qual é preciso submeter, sem exceção, tudo quanto vem dos Espíritos. Toda teoria em manifesta contradição com o bom senso, com uma lógica rigorosa e com os dados positivos que se possuem, por mais respeitável que seja a sua assinatura, deve ser rejeitada. Mas esse controle é incompleto em muitos casos, por força da insuficiência das luzes de certas pessoas e da tendência de muitos a tomar seu próprio julgamento por único árbitro da verdade. Em tal caso, que fazem os homens que não tem absoluta confiança em si próprios? Seguem a opinião do maior número e a opinião da maioria é o seu guia. Assim deve ser a respeito do ensino dos Espíritos, que nos fornecem, eles próprios, os seus meios.
A concordância no ensino dos Espíritos é, pois, o melhor controle, mas ainda é preciso que ocorra em certas condições. A menos segura de todas é quando um médium interroga, ele próprio, a vários Espíritos sobre um ponto duvidoso. É evidente que se estiver sob o império de uma obsessão e se tratar com um Espírito enganador, este lhe pode dizer a mesma coisa com nomes diversos. Também não há garantia suficiente na conformidade obtida pelo médiuns de um mesmo centro, pois podem sofrer a mesma influência. A única séria garantia está na concordância que exista entre as revelações espontâneas, feitas por grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em diversas regiões. Compreende-se que aqui não se trata de comunicações relativas a interesses secundários, mas do que se liga aos princípios da mesmos da doutrina.

Prova a experiência que quando um princípio novo deve ter a sua solução, é ensinado espontaneamente em diversos ponto ao mesmo tempo e de maneira, senão na forma, ao menos no fundo. Se, pois, a um Espírito agrada formular um sistema excêntrico, baseado em suas próprias idéias e fora da verdade, podemos estar certos que o sistema ficará circunscrito e cairá ante a humanidade das instruções dadas por toda a parte, como já houve vários exemplos. É essa unanimidade que faz caírem todos os sistemas parciais, nascidos na origem do Espiritismo, quando cada um explicava os fenômenos à sua maneira e antes que fossem conhecidas as leis que regem as relações entre o mundo visível e o invisível.

Tal a base em que nos apoiamos quando formulamos um princípio da doutrina. Não o damos como verdadeiro por ser conforme as nossas idéias; não nos colocamos absolutamente como árbitro supremo da verdade e a ninguém dizemos: "Crede nisto porque o dizemos". Nossa opinião, aos nossos olhos, não passa de opinião pessoal, que pode ser justa ou falsa, desde que não somos mais infalível que qualquer outro. Também não é porque um princípio nos é ensinado que para nós é a verdade, mas porque recebeu a sanção da concordância.

Esse controle universal é uma garantia para a futura unidade do Espiritismo e anulará todas as teorias contraditórias. É aí que, no futuro, será procurado o critério da verdade. O que fez o sucesso da doutrina formulada no Livro dos Espíritos e no Livro dos Médiuns é que por toda parte cada um pode receber dos Espíritos, diretamente, a confirmação do que eles encerram. Se, de todos os lados, os Espíritos tivessem vindo contradize-los, de há muito esses livros teriam tido a sorte de todas as concepções fantásticas. O próprio apoio da imprensa não os teria salvo do naufrágio, ao passo que, privados desse apoio, nem por isto deixaram de fazer um caminho rápido, porque tiveram o dos Espíritos, cuja boa vontade compensou com sobra a má vontade dos homens. Assim será com todas as idéias emanadas dos Espíritos ou dos homens que não puderem suportar a prova do controle, cujo poder ninguém poderá contestar.

Suponhamos, pois, que apraza a certos Espíritos ditar, sob um título qualquer, um livro em sentido contrário. Suponhamos mesmo que, numa intenção hostil, e visando desacreditar a doutrina, a malevolência suscitasse comunicações apócrifas. Que influência poderiam ter esses escritos, se são desmentidos de todos os lados pelos Espíritos? É da adesão destes últimos que seria necessário assegurar-se, antes de lançar um sistema em seu nome. Do sistema de um só ao de todos há uma distância da unidade ao infinito. Que podem mesmo todos os argumentos dos detratores sobre a opinião das massas, quando milhão de vozes amigas, partidas do espaço, vem de todos os pontos do globo e no seio de cada família, os bater na brecha? Sob esse ponto a experiência já não confirmou a teoria? Em que se tornaram todas as publicações que se diziam vir aniquilar o Espiritismo? Qual a que lhe deteve a marcha? Até hoje a questão não tinha sido encarada sob este ponto de vista, sem dúvida um dos mais sérios. Cada um contou consigo, mas não com os Espíritos.

Ressalta de tudo isto uma verdade capital: é que quem quer que quisesse atravessar-se contra a corrente das idéias estabelecidas e sancionadas, poderia bem causar uma pequena perturbação local e momentânea, mas nunca dominar o conjunto, mesmo no presente e, ainda menos, no futuro.

Ressalta, ainda, que as instruções dadas pelos Espíritos sobre pontos da doutrina ainda não elucidados, não poderia constituir lei, enquanto ficassem isoladas. Consequentemente, não devem ser aceitas senão com todas as reservas e a título de informação.

Daí a necessidade de dar à sua publicação a maior prudência. E, no caso se julgasse dever publicá-las, importa não as apresentar senão como opiniões individuais, mais ou menos prováveis, mas tendo, em todo o caso, necessidade de confirmação. É essa confirmação que se deve esperar, antes de apresentar um princípio como verdade absoluta, se não quiser ser acusado de leviandade ou de irrefletida credulidade.

Em suas revelações, os Espíritos superiores procedem com extrema sabedoria. Só gradativamente abordam as grandes questões da doutrina, à medida que a inteligência se torna apta a compreender verdades de uma ordem mais elevada, e que circunstâncias propícias para a emissão de uma idéia nova. Eis porque, desde o começo, não disseram tudo e ainda hoje não o disseram, jamais cedendo à impaciência de criaturas muito apressadas, que querem colher os frutos antes de sua maturidade. Seria, pois, supérfluo querer precipitar o tempo marcado a cada coisa pela Providência, porque então os Espíritos realmente sérios positivamente recusam o seu concurso; mas os Espíritos levianos, pouco se incomodando com a verdade, a tudo respondem. É por isso que, sobre todas as questões prematuras, sempre há respostas contraditórias.

Os princípios acima não são fruto de uma teoria pessoal, mas a conseqüência forçosa das condições em que se manifestam os Espíritos. É evidente que se um Espírito diz uma coisa de um lado, enquanto milhões dizem o contrário alhures, a presunção de verdade não pode estar com aquele que é o único ou mais ou menos de sua opinião. Ora, pretender ser o único a ter razão contra todos seria tão ilógico da parte de um Espírito quanto da parte de um homem. Os Espíritos verdadeiramente sábios, se não se sentem suficientemente esclarecidos sobre uma questão, jamais a resolvem de maneira absoluta. Declaram não a tratar senão de seu ponto de vista, e aconselham mesmo a esperar-se a sua confirmação.

Por mais bela, justa e grande que seja uma idéia, é impossível que, desde o começo, alie todas as opiniões. Os conflitos daí resultantes são conseqüência inevitável do movimento que se opera. São mesmo necessários para melhor destacar a verdade, e é útil que ocorram no começo, para que as idéias falsas sejam mais prontamente desgastadas. Os espíritas que concebessem alguns temores devem, pois, ficar perfeitamente seguros. Todas as pretensões isoladas cairão pela força das coisas, ante o grande e poderoso critérium de controle universal. Não é à opinião de um homem que se aliarão, é a voz unânime dos Espíritos. Não é um homem, nem nós mais que outro, que fundará a ortodoxia espírita; também não é um Espírito vindo impor-se a quem quer que seja: é a universalidade dos Espíritos, comunicando-se em toda a terra, por ordem de Deus. Aí está o caráter essencial da doutrina espírita. Aí está a sua força e a sua autoridade. Deus quis que a sua lei se assentasse numa base inabalável, e, por isso, não a assentou sobre a cabeça frágil de um só.

É perante esse poderoso areópago, que nem conhece grupelhos, nem as rivalidades invejosas, nem seitas ou nações, que virão quebrar-se todas as oposições, todas as ambições, todas as pretensões à supremacia individual; que nós mesmos nos quebraríamos se quiséssemos substituir os seus soberanos desígnios por nossas próprias idéias; ele é o único que resolverá todas as questões litigiosas, que fará calarem-se as dissidências e dará ou não razão a quem de direito. Ante esse imponente acordo de todas as vozes do céu, que pode a opinião de um homem ou de um Espírito? Menos que a gota d’água que se perde no oceano, menos que a voz da criança, abafada pela tempestade.

A opinião universal, eis, então, o juiz supremo, o que se pronuncia em última instância. Ela se forma de todas as opiniões individuais. Se uma delas for verdadeira, terá apenas o seu peso relativo na balança. Se for falsa, não pode triunfar sobre todas as outras. Neste imenso concurso os indivíduos se apagam, e aí está um novo cheque para o orgulho humano.
Esse conjunto harmonioso já se desenha. Ora, este século não passará sem que resplandeça em todo o seu brilho, de maneira a fixar todas as incertezas. Porque, daqui para a frente vozes poderosas terão recebido a missão de se fazer ouvir para aliar os homens sob a mesma bandeira, desde que o campo seja suficientemente trabalhado. Enquanto espera, aquele que flutuasse entre dois sistemas opostos, pode observar em que sentido se forma a opinião geral; é o índice certo do sentido no qual se pronuncia a maioria dos Espíritos sobre os diversos pontos em que se comunicam. É um sinal não menos certo de qual dos dois sistemas triunfará.


Acontecerá: Simpósio sobre Saúde e Espiritismo de Araxá, em Minas Gerais

Acontecerá no dia 11 de janeiro de 2014, de 8h às 17h30 na Casa do Caminho, o 1º Simpósio de Saúde e Espiritismo em Araxá/MG.
O evento marcará o encerramento do Projeto ESA (Educação, Saúde e Acolhimento) que ocorrerá de 4 a 12 de janeiro. Na programação, palestras com Jorge Daher, André Luiz Ramos, Natália Reis e Leandro Franco.
A Casa do Caminho fica na Rua Rio Grande do Sul, 618 - Bairro São Geraldo, Setor Oeste. Mais informações podem ser obtidas através do site www.casacaminho.com.br ou pelo telefone (34) 3662-5049.