sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Cidadão do Universo - Se eu fosse seu filho?


Além da Tela Entrevista - Marina Miranda - Filmes da minha vida


22 Mini Jornada da Família - Tema central: Suicídio




2º Simpósio de Prevenção ao Suicídio - Tema central : "Conversando com os nossos jovens"

De 7 a 9 de setembro de 2018 acontecerá no Grupo Espírita Irmãos Fêgo o 2º Simpósio de Prevenção ao Suicídio.
O tema central é "Conversando com os nossos jovens". O facilitador será o palestrante Adeilson Salles, que trabalhará questões como solidão interativa, automutilação, ação dos pais e Jesus como modelo.
O Grupo Espírita Irmão Fêgo fica na Rua Vereador João Claro, 261 - Siqueira Campos, Aracaju/SE. Mais informações podem ser obtidas em www.irmaofego.org.br ou através do telefone (79) 3044-6382.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

5ª Jornada Médico-Espírita da Paraíba - Tema central : "Saúde Mental e Espiritualidade"

Será realizada nos dias 31 de agosto e 1º de setembro de 2018 no Auditório do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) a 5ª Jornada Médico-Espírita da Paraíba.
O tema central é "Saúde Mental e Espiritualidade". Acontecerá também, nos mesmos dias e local, o 8º Encontro Acadêmico de Saúde e Espiritualidade, com o tema "Pensando a Espiritualidade dentro das Universidades". Entre os palestrantes confirmados estão Flávio Braum, Carlos Roberto, Giovana Campos e Islan Nascimento. Durante os eventos haverá intérprete para Libras.
O UNIPÊ fica na Rodovia BR-230, KM 22, s/nº - Água Fria, João Pessoa/PB. Mais informações podem ser obtidas através dos telefones (83) 3243-5975 e 3224-3990.


Seminário "Depressão e suicídio: males da modernidade"

Será realizado no dia 2 de setembro de 2018, de 9h às 12h no Centro Espírita Jacques Chulam, o Seminário "Depressão e suicídio: males da modernidade".
O evento faz parte do Projeto Seminários da instituição e contará com a expositora, psicóloga e pedagoga Eunice Madeira como facilitadora. A entrada é franca, mas a Casa aceita doações voluntárias de leite em pó para a Ação Cristã Vicente Moretti.
O Centro Espírita Jacques Chulam fica na Rua Visconde de Itamarati, 63 - Maracanã, Rio de Janeiro/RJ. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail eventoscjc@gmail.com

Ande como alguém feliz para ser feliz, afirma estudo

Pesquisa sugere que postura correta e maior movimentação dos braços podem aumentar sua felicidade

POR RENNAN A. JULIO

Uma pesquisa publicada no Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry afirma que para se sentir feliz, basta caminhar como uma pessoa alegre. Durante o experimento, uma série de pessoas foi testada para saber se estufar o peito e balançar os braços realmente traz mais felicidade do que passos pesados e olhares cabisbaixos.
No estudo, o grupo teve de caminhar durante 15 minutos em uma esteira enquanto alguns fatores eram analisados. Os participantes foram acompanhados por câmeras com sensores de movimento. Na frente da esteira, uma tela mostrava as ações de um medidor – que pendia à esquerda quando caminhavam “deprimidos” e à direita quando “felizes”.
À medida que os minutos iam passando, a equipe de pesquisadores pedia para que as pessoas tentassem jogar o medidor para a esquerda ou para a direita. Só que antes de começarem o teste físico, os convidados tiveram que ler uma lista de palavras positivas e negativas.
Depois da caminhada, os participantes tiveram que escrever as palavras que lembravam. O resultado mostrou que quem caminhava de maneira mais triste (seguindo a lógica de outro estudo) conseguiu lembrar mais palavras tristes; e aqueles que andaram felizes se lembraram de mais palavras positivas.
Para os pesquisadores, essa lógica está alinhada a de outros trabalhos publicados sobre o tema. Segundo tais pesquisas, andar como um líder pode aumentar as chances de se tornar um; e segurar uma caneta com os lábios pode aumentar a vontade de sorrir. Então não custa nada andar mais “animado” por aí. Vai que contagia.
Matéria publicada na Revista Galileu, em 23 de outubro de 2014.

Breno Henrique de Sousa* comenta

Mente, corpo e espírito
Constantemente ouvimos notícias sobre como a mente afeta o corpo. Hoje é amplamente aceito que nosso estado emocional afeta a nossa saúde. No Espiritismo observamos que essa relação é muito mais ampla e profunda do que a ciência é capaz de observar, ou seja, não se trata apenas de como o estresse pode causar uma gastrite ou problema cardíaco, a relação entre saúde física e mental possui matizes muito variados e complexos. Observa-se que não apenas a enfermidade pode ser causada pela mente, mas também ocorrem casos de reversão de enfermidades e curas surpreendentes pela ação positiva da mente do próprio enfermo, ou da ação de terceiros (encarnados ou desencarnados) que atuam magneticamente para a cura do indivíduo.
Nesses casos precisamos considerar as divinas leis misericordiosas que nos permitem ajudar-nos reciprocamente, exercitando a lei de amor e caridade. Porém, se a mente age sobre o corpo, o reverso também é verdadeiro. Trata-se de uma via de mão dupla onde o bem estar físico pode ajudar no desenvolvimento e bem estar espiritual. No Evangelho Segundo o Espiritismo, no Capítulo Sede Perfeitos, encontramos o item “Cuidar do Corpo e do Espírito”. Naquele item fica claro que devemos cuidar bem da manutenção dessa “máquina” que precisa de boa alimentação, repouso e atividade na medida correta. Não devemos viver uma vida ascética de mortificação e sacrifício do corpo, nem tão pouco devemos viver de forma sedentária e indolente. O equilíbrio na manutenção do corpo oferecerá as condições para que o espírito possa desenvolver as suas capacidades, afinal, se não precisássemos do corpo para evoluir, não estaríamos encarnados na Terra.
A peculiaridade dessa reportagem é que até mesmo atitudes muito simples, como a reeducação postural do nosso corpo, produz efeitos positivos sobre o nosso estado de ânimo. Se formos capazes de nos observar constantemente, veremos como o nosso corpo dá sinais claros do nosso estado emocional. As emoções estão muito conectadas com o corpo, desde a nossa postura, o nosso olhar, a forma de respirar e de caminhar dão sinais claros do nosso estado emocional. É surpreendente saber que ao corrigirmos aspectos como a postura e a respiração, criamos as condições propícias para o equilíbrio mental. Essa realidade nos faz lembrar também das doutrinas orientais, como a Ioga, as artes marciais ou mesmo pesquisas científicas atuais, como a dessa reportagem, que revelam essa interessante capacidade.
A vigilância dos nossos pensamentos é uma prática fundamental para o nosso aperfeiçoamento, porém, sabe-se que escondemos e reprimimos de forma inconsciente muitas emoções. É comum acharmos que estamos bem, porém o corpo denuncia o contrário, apresentando sintomas como tensões musculares, postura de desânimo, palpitações e outros sintomas que denunciam algum estado latente de ansiedade, medo, raiva ou apreensão. A consciência corporal é sem dúvida um poderoso meio de vigiar-nos e percebermos alguma desordem emocional. Utilizemos todos os recursos disponíveis para o nosso bem estar físico, emocional e espiritual.
* Breno Henrique de Sousa é paraibano, professor da Universidade Federal da Paraíba nas áreas de Ciências Agrárias e Meio Ambiente. Está no movimento Espírita desde 1994, sendo articulista e expositor. Atualmente faz parte da Federação Espírita Paraibana e atua em diversas instituições na sua região

O que aconteceria se todas as armas do mundo desaparecessem?

Rachel Nuwer
BBC Future


Em 24 de março de 2018, mais de 2 milhões de pessoas tomaram as ruas dos Estados Unidos em protestos contra a violência.
A solução para isso varia de acordo com a pessoa com quem você está falando. Algumas querem revogar os direitos dos cidadãos americanos de portar armas, enquanto outros defendem armar ainda mais a população. A maioria dos americanos tem opiniões que se situam entre esses dois extremos.
Mas o que poderia acontecer se o debate fosse de repente e irrevogavelmente resolvido pelo desaparecimento repentino de todas as armas de fogo do mundo, sem uma forma de trazê-las de volta?
Isso não pode simplesmente acontecer como por um passe de mágica. Mas essa experiência mental nos permite tirar a política da equação e considerar racionalmente o que poderíamos ganhar - e perder - se pudéssemos decidir ter menos armas por perto.
O efeito mais óbvio é simples: não haveria mortes por armas de fogo. Aproximadamente 500 mil pessoas ao redor do mundo são assassinadas por essas armas a cada ano.
Em países desenvolvidos, mais vidas são perdidas nos Estados Unidos, onde cidadãos têm de 300 a 350 milhões de armas. Por lá, a taxa de homicídio por arma de fogo é 25 vezes maior do que as taxas de outras nações de alta renda combinadas.
"Cerca de cem pessoas morrem no país diariamente por causa de um tiro", diz Jeffrey Swanson, professor de Psiquiatria e Ciência Comportamental da Escola de Medicina da Universidade de Duke, nos Estados Unidos.
"Se acabássemos com as armas, muitas e muitas dessas vidas seriam salvas."
No topo da lista, estariam as vidas perdidas para o suicídio. Cerca de 60% das 175,7 mil mortes por armas de fogo nos Estados Unidos entre 2012 e 2016 foram casos de suicídio. Em 2015, metade dos 44 mil americanos que se suicidaram usaram uma arma.
Mais de 80% das tentativas de suicídio com arma terminam em morte. "Infelizmente, as chances de sobrevivência são muito baixas", diz o criminologista e sociologista Tom Gabor, autor de Confronting Gun Violence in America (Confrontando a Violência Armada na América, em tradução livre).
E mais: a maioria dos sobreviventes das tentativas de suicídio não chega a tentar tirar a própria vida novamente.
"Algumas pessoas estão decididas a morrer e vão encontrar outra forma de fazer isso. Mas outras são impulsivas uma única vez e, após o episódio, passam a ter vidas felizes e produtivas", afirma Ted Miller, pesquisador-chefe do Instituto do Pacífico para Pesquisa e Avaliação. "Isto acontece principalmente com crianças".

Desarmento na Austrália levou a menos mortes

A Austrália fornece evidências reais e convincentes de que ter menos armas disponíveis está relacionado a uma redução significativa em mortes - por suicídio e violência.
Em 1996, Martin Bryant abriu fogo contra visitantes do ponto histórico de Port Arthur, na Tasmânia, matando 35 pessoas e ferindo 23. Para os australianos, aquela tragédia foi um ponto de virada.
Pessoas de todas as inclinações políticas apoiaram o banimento das armas semiautomáticas e rifles. Em questão de dias, uma nova legislação foi promulgada.
O governo comprou armas recém-banidas a um valor justo de mercado e, então, as destruiu, reduzindo o estoque de armas de civis australianos em 30%.
Philip Alpers, professor da Escola de Saúde Pública de Sydney, argumenta que foi significativo o impacto dessa legislação sobre o número de mortes, mesmo levando-se em conta outras possíveis explicações e declínios pré-existentes em taxas de suicídio e homicídio.
"O resultado foi que o risco de morrer por tiros na Austrália caiu mais de 50%, e não houve nenhum sinal de aumento nos últimos 22 anos", afirma.
Suicídios responderam por uma grande parte dessa queda: até 80% deste tipo de mortes com armas não acontecem mais. "Isso nos surpreendeu bastante", diz Alpers.
"Estamos mais felizes ainda de perceber que não houve aumento do uso de outros métodos letais. Em outras palavras, não há evidências de que aqueles que pretendiam cometer suicídio ou homicídio simplesmente passaram a usar outra arma."
Não foi só com suicídios. A taxa de homicídios por armas de fogo na Austrália caiu mais da metade. Além disso, embora críticos americanos geralmente argumentem que os assassinos simplesmente encontrariam outra maneira de matar as vítimas, isto não aconteceu na Austrália.
Em vez disso, homicídios sem armas permaneceram quase no mesmo patamar - o que mostra uma queda geral no número de homicídios.

Casos de abusos domésticos tornam-se menos fatais

Isso também se aplica aos casos de abuso doméstico. Um homem violento com acesso a uma arma tem de cinco a oito vezes mais chances de usá-la contra a mulher.
Se a arma desaparece, parceiros que atacam em momentos de raiva têm menos chances de provocar danos fatais - e talvez sejam até menos propensos a agir de forma violenta.
Embora polêmicas, algumas pesquisas indicam que a mera presença de uma arma torna o comportamento do homem mais agressivo, um fenômeno chamado "efeito das armas".
Se as armas desaparecessem, os Estados Unidos - onde 50 mulheres são mortas por seus parceiros por mês - provavelmente teriam uma experiência parecida de redução de mortes como na Austrália.
Os Estados Unidos não são diferentes com relação à maioria dos tipos de crime: suas médias são comparáveis às do Reino Unido, da Europa Ocidental, do Japão e de outras nações desenvolvidas.
Quando se trata de homicídio, no entanto, os Estados Unidos têm uma taxa até quatro vezes maior. Isso porque é muito mais provável que uma arma de fogo - em vez de qualquer outra - seja usada em um ataque, o que aumenta o risco de morte em sete vezes.
"Imagine dois homens jovens imaturos, raivosos, impulsivos e bêbados no Reino Unido que saem de um bar e começam a brigar", diz Swanson. "Alguém vai ficar com um olho roxo ou o nariz sangrando".
"Mas nos Estados Unidos é mais provável que um deles tenha uma arma, e isso resultará em morte".
A diferença se resume ao que especialistas classificam como "efeito de instrumentalidade de armas": o fato de haver uma arma em uso provoca um efeito no resultado final, diz Robert Spitzer, professor de Ciência Política da Universidade do Estado de Nova York. "Não há método mais eficiente para matar alguém que uma arma de fogo".
Como na Austrália, evidências nos Estados Unidos também mostram que menos armas resultam em menos mortes e ferimentos.
Um estudo de 2017 revelou que as taxas de homicídio por arma de fogo são menores nos Estados americanos com leis mais rígidas sobre armas, enquanto que uma análise de 2014 com menores internados por trauma mostrou que o controle de armas aumentava a segurança de crianças.
Armas também têm relação com uma polícia mais mortal. Embora as chances de uma detenção causar lesões seja a mesma nos Estados Unidos, na Província canadense de British Columbia e na Austrália Ocidental, pesquisas mostram que "quase ninguém morre durante uma prisão na Austrália ou no Canadá", diz Miller - mesmo que a polícia desses três países portem armas.
Nos Estados Unidos, entretanto, quase 1 mil cidadãos são mortos anualmente pela polícia. Claro, as razões para a violência policial são complexas e envolvem preconceito racial contra cidadãos não-brancos, incluindo contra os próprios policiais afro-americanos. Ainda assim, muitas mortes seriam prevenidas se armas não estivessem envolvidas.
"Muito da brutalidade policial acontece apenas porque os próprios agentes têm medo de serem alvejados", diz Miller. "Se a polícia precisa se resguardar contra uma arma a todo momento, as interações se tornam mais letais".
O banimento das armas provavelmente geraria condições mais seguras para a polícia, ele acrescenta. Mais da metade das pessoas mortas pela polícia em 2016 estava armada, e muitas estavam trocando tiros com agentes quando foram atingidas.
Ataques em massa cometidos por terroristas do próprio país também seriam reduzidos. Um estudo de 2017 com mais de 2,8 ataques nos Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental, Austrália e Nova Zelândia revelaram que armas são de longe a forma mais letal de matar o maior número possível de pessoas - até mais do que explosivos e atropelamentos com veículos.
Armas foram usadas em apenas 10% dos ataques, mas representaram 55% das mortes. Nos Estados Unidos, terroristas preferem as armas: de cada 16 ataques terroristas letais desde o 11/09, com exceção de dois, todos os outros envolveram armas de fogo.
"É difícil construir uma bomba, mesmo uma simples", diz Risa Brooks, professora de ciência política da Universidade de Marquette, nos Estados Unidos.
"Ao dificultar o acesso a armas letais, também se está dificultando a violência praticada por terroristas".

A violência da natureza humana torna a paz improvável

Mas a história mostra que a violência está entranhada na natureza humana, e armas não são, de forma alguma, um pré-requisito para o conflito.
"Pense no genocídio de Ruanda (em 1994)", exemplifica David Yamane, professor de Sociologia da Universidade Wake Forest, nos Estados Unids. "Houve uma violência tremenda, grande parte sem armas".
Mesmo quando levamos esse experimento mental ao extremo, se todas as armas desaparecessem da face da Terra, guerras e conflitos civis continuariam a acontecer.
Mas em vez de olhar para armamentos mais primitivos como lanças, espadas ou arco e flecha, as nações modernas provavelmente se voltariam para outras formas de matar, incluindo explosivos, tanques, mísseis, substâncias químicas e outras armas biológicas.
A guerra nuclear, entretanto, continuaria com pouco apelo dado sua destrutividade extrema, acrescenta Gabor.
As nações também devem inventar novos tipos de armas para preencher as lacunas, argumenta Brooks, com os Estados mais ricos e poderosos provavelmente sendo os mais rápidos em inovar nos meios mais eficientes de matar.
Então, mesmo que a forma de guerra entre os Estados mudasse, "não necessariamente isso mudaria o equilíbrio de poder", defende Brooks.
O mesmo provavelmente não se aplica a atores não estatais. Em lugares como Somália, Sudão, Líbia, onde as armas de fogo estão facilmente disponíveis, seu desaparecimento repentino reduziria a capacidade das milícias de operar.
"Uma coisa que define atores não estatais é a falta de equipamentos que requerem altos investimentos", diz ela. "Eles precisam de coisas que são fáceis de conseguir, fáceis de transportar e fáceis de estocar e esconder".
Uma redução no poder de várias milícias pode soar como algo bom. Mas, em alguns casos, contramilícias são compostas de lutadores resistindo à violência e a governos opressivos, defende Brooks.

Mundo natural

Se as armas desaparecessem, também haveria diferentes resultados para os animais. De um lado, a caça de espécies ameaçadas cairia drasticamente.
Por outro, o controle de animais problemáticos - seja guaxinins com raiva, elefantes em debandada, cobras venenosas ou ursos polares em ataque - seria mais difícil.
"Há muitas razões para a posse de armas, especialmente em um país como a Austrália, que é baseado na agricultura e tem uma história de fronteira semelhante à dos Estados Unidos", explica Alpers.
Armas também são necessárias para o gerenciamento de espécies invasoras, diz ele.
Milhares de gatos, porcos, cabras, gambás e outras espécies prejudiciais não nativas são mortas a cada ano na tentativa de se preservar ecossistemas delicados, especialmente ilhas.
Acabar com as armas tornaria a batalha ainda mais complicada - e mais desumano. As mortes intencionais de gado ferido e outros animais em situação similar seriam mais brutais sem as armas.
"Se você tem um animal grande e doente, um machado não é um bom substituto para uma morte rápida com uma arma", comenta Alpers.

Os ganhos e perdas econômicos do desaparecimento das armas

Armas são feitas para matar, mas sua influência se estende a outras facetas da vida e da sociedade, e todas sofreriam mudanças.
Em termos econômicos, os Estados Unidos são os que mais têm a perder se as armas desaparecerem.
A Associação de Comércio da Indústria de Armas calcula que esse mercado gera US$ 20 bilhões (R$ 75 bilhões) em contribuições diretas, além de US$ 30 bilhões (R$ 113 bilhões) em outras contribuições.
Para a economia americana, perder US$ 50 bilhões (R$ 188 bilhões) não seria muito significativo, diz Spitzer. "Não é zero, mas não é muito alto se comparado com a economia como um todo".
Provavelmente, haveria um modesto ganho econômico com o banimento das armas. Mortes e ferimentos por armas provocam gastos de US$ 10,7 bilhões (R$ 45 bilhões) por ano, e mais de US$ 200 bilhões (R$ 754 bilhões) quando outros fatores são levados em conta.
"Temos de levar em conta todos os custos financeiros da violência armada, não são apenas os custos médicos e de reabilitação das pessoas, mas também os custos do sistema judiciário e a perda de renda das vítimas, e até os custos com qualidade de vida", sugere Gabor.
De fato, embora os impactos gerais sobre a economia sejam insignificantes, Miller aponta que os ganhos menos tangíveis seriam significativos.
Por um lado, muitas pessoas se sentiriam mais seguras. "Nós veríamos novas gerações que não foram traumatizadas pelo som do disparo ouvido do quarto", diz. "Isto poderia fazer uma enorme diferença na saúde mental das crianças".
Os americanos de todas as idades estão cada vez mais com medo de serem atacados em espaços públicos, acrescenta Gabor, seja na escola, no cinema, na boate ou na rua.
Mesmo que tais eventos sejam relativamente raros, "esses tiroteios em massa corroem o tecido social", afirma. "A sensação de segurança e confiança nos demais é erodida, causando profundos efeitos sociais e psicológicos."
Muitos poderiam respirar mais tranquilos com as armas longe da vista, mas alguns donos de armas iriam ter a reação contrária e se sentir mais vulneráveis.
"Há pessoas que se armam defensivamente - sejam contra pessoas maiores, ou as que portam facas e armas - para equalizar a situação", diz Yaman.
Acabar com as armas "certamente deixaria pessoas que são potenciais vítimas de violência incapazes de se defender contra agressores", completa.
Se as armas realmente ajudam pessoas a ficar seguras e a se defender é algo polêmico. Mas as poucas pesquisas disponíveis sobre o tema tendem a indicar que as armas têm o efeito oposto.
Um estudo de 1993 com base em 1.860 homicídios descobriu que a presença de armas em casa aumenta significativamente o risco de homicídio por um membro da família ou um conhecido próximo, por exemplo.
Outro meta-estudo de 2014 corroborou que o acesso a armas de fogo está associado a homicídios e tentativas de suicídio.
Então, embora alguns donos de armas possam perder a sensação de segurança se as armas sumirem, "dados mostram que isto é uma falsa sensação de segurança", diz Miller.
A cultura em torno das armas também seria algo que muitos donos desses artefatos sentiriam falta. Mas Miller ressalta que caçadores recreacionais poderiam trocar o rifle por outros métodos, como o arco e flecha.
O mesmo serve para aqueles que visitam campos de tiro por hobby - eles simplesmente poderiam encontrar uma nova atividade. Mas, para muitos daqueles que têm as armas como uma paixão, isso não traria muito conforto.
"Eles perderiam um pouco o prazer, porque preferem comprar uma arma a uma televisão ou qualquer outra coisa. Mas, por outro lado, muitas pessoas ainda estariam vivas. E acho que isso supera a perda de prazer".
Notícia publicada na BBC Brasil, em 29 de julho de 2018.

Jorge Hessen* comenta

Lemos na reportagem que há os que ainda defendem o armamento da população. Realmente, a mera presença de uma arma torna o comportamento do homem mais agressivo. Mas a história comprova que a violência está entranhada na natureza humana, e armas de fogo não são necessariamente um pré-requisito para a violência social. Concordamos que se todas as armas de fogo desaparecessem da face da Terra, guerras e conflitos civis continuariam a acontecer por outros meios.
Não somos tão ingênuos a ponto de acreditar que a restrição (proibição) do uso de armas de fogo equacione definitiva e imediatamente o problema da violência. Uma arma de fogo pode ser substituída por outras, talvez não tão eficientes. E mais, na ausência de estrutura da aparelhagem repressora e preventiva do Estado, as armas de fogo continuarão chegando às mãos dos indivíduos descompromissados com o bem e fazendo suas vítimas. Por isso, é importantíssimo  meditar que devemos aprender a desarmar, antes de tudo, nossos espíritos, e isso só se consegue pelo exercício do amor e da fraternidade.
Consterna-nos saber que o Brasil é um dos líderes mundiais em casos de mortes produzidas com a utilização de armas de fogo, destarte, a sociedade clama por soluções efetivas para o problema da violência urbana. Cremos ser falsa a segurança oferecida pelas armas, especialmente considerando o potencial de alto risco do uso da arma por familiares não habilitados, que podem causar efeitos danosos irreparáveis na vida doméstica do cidadão de bem.
Os espíritas conscienciosos creem, obviamente, que uma das soluções para a criminalidade seria a proibição da venda de armas de fogo em todo o território nacional, ressalvada a aquisição pelos órgãos de segurança pública federal e estadual, municipal e pelas empresas de segurança privada regularmente constituída, na forma prevista em Lei.
É com inquietação que acompanhamos a crescente popularidade de certo “candidato à presidência” que, não obstante, jaza como um ponto fora da curva dos corrompidos, entretanto tem discorrido sobre o aparelhamento da população através da obtenção de armas de fogo. É óbvio que tal discurso preocupa bastante. Não duvidamos da integridade moral de tal candidato, contudo, suas promessas de governo têm sido controversas, ainda mesmo que esteja imbuído de boas intenções, e até mesmo reunir a seu favor excelentes cidadãos brasileiros. Todavia, insistimos dizer que o seu discurso “messiânico” para transformação social sob o látego do contra-ataque através de armas de fogo é cabalmente desfavorável à paz social. Acreditamos mais nas flores.
As leis e a ordem impostas à sociedade como resposta à exigência coletiva são aceitáveis e compreensíveis, porém, conforme advertem os Benfeitores espirituais é mais coerente nos amarmos ao invés de nos armarmos e desta forma fazermos aos outros o que desejaríamos que os outros nos fizessem.
Nesse contexto o ensinamento espírita em seu esboço filosófico e religioso (ético-moral) é e sempre será a ferramenta por excelência determinante para transformação social pela não violência.
* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (vinte e seis livros "eletrônicos" publicados). Jornalista e Articulista com vários artigos publicados

Exposição Yvonne Pereira – amor perfeito, no Amapá

Dia 5 de outubro será inaugurada a exposição Yvonne Pereira – amor perfeito, na abertura do 6º Congresso Espírita do Amapá, que se estende até dia 7 do mês. Uma realização da Federação Espírita do Amapá (FEAP) em parceria com a Federação Espírita Brasileira. A mostra conta a história da vida da médium Yvonne do Amaral Pereira, abordando a obra Memórias de um suicida. Contêm textos autobiográficos, fotografias, cartas que fizeram parte desta história de vida e trabalho pautado na mediunidade e auxílio aos suicidas.
A exposição será inaugurada no Hall do Teatro das Bacabeiras (R. Cândido Mendes, 1087 – Central, Macapá – AP)

Estudo a Distância da FEB

Entre os dias 21 e 29 de agosto serão abertos os novos cadastros para o terceiro período de atividades do Estudo a Distância da FEB (EAD Espiritismo). Os estudos serão gratuitos, online e realizados no período de 3 de setembro a 31 de outubro de 2018. Os interessados devem optar por apenas um módulo em cada período.
Informações: http://ead.febnet.org.br/
Atenção: após o cadastro será necessário inscrever-se em um dos estudos que serão oferecidos.
Como tem havido muitas consultas, esclarecemos que existem três situações identificadas que podem explicar o não recebimento de aviso de cadastramento ou inscrição no estudo escolhido:
1 – O participante só se cadastra (cria uma conta) na plataforma de EaD Espiritismo, mas não realiza a inscrição em nenhum Estudo;
2 – O servidor de e-mail do participante possui política de antispam ativada e as mensagens do EaD Espiritismo podem ser consideradas como SPAM sendo bloqueadas; e
3 – O e-mail é recebido porém é salvo automaticamente da pasta de Spam, Lixo Eletrônico ou E-mail secundário e não na caixa de entrada.
Pedimos ao interessado que antes de mandar e-mail informando que não recebeu o aviso, verifique se não ocorreu uma das três hipóteses.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Desenvolva o(s) tema(s) à luz da Doutrina Espírita


Você sabia?!


Mural reflexivo - Caridade: amor em ação

Caridade: amor em ação 

    Você já pensou a respeito do amor ao próximo, recomendado por todas as grandes religiões do Mundo?
    Certamente quando pensamos no amor-sentimento, como uma forte afeição, confiança plena, deduzimos que é difícil amar os próprios amigos, e quase impossível amar os inimigos.
    No entanto, vale a pena refletir sobre os vários significados da palavra amor.
    Paulo de Tarso, quando escreveu aos Coríntios, no capítulo 13, falou da caridade como sendo o amor em ação.
    Disse o apóstolo: "A caridade é paciente, é benéfica; não é invejosa nem temerária; não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não é injusta, apóia a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera."
    Interessante refletir sobre o amor por esse ângulo.
    No dicionário encontramos mais uma definição de amor: "Sentimento de caridade, de compaixão de uma criatura por outra, inspirada pelo sentido de sua relação comum com Deus."
    Assim fica mais fácil compreender o amor e praticar o amor para com os semelhantes.
    Pois se é verdade que nem sempre você consegue controlar o que sente por outra pessoa, pode perfeitamente escolher o seu comportamento com relação a ela.
    Se uma pessoa age mal, se é agressiva, desonesta, você pode escolher agir com respeito, paciência, honestidade, mesmo que ela aja de maneira inversa.
    Assim se expressa o amor-ação, o amor-atitude, o amor-comportamento.
    Podemos deduzir, pelas palavras de Paulo de Tarso, que foi a esse amor que ele se referiu, em sua Carta aos Coríntios.
    E faz mais sentido se entendermos que foi esse amor-atitude que Jesus recomendou que praticássemos para com nossos inimigos.
    Não podemos sentir ternura sincera por alguém que nos agride ou que fere um afeto nosso, mas podemos ter atitudes de tolerância, perdão, compaixão.
    Como todos ainda somos imperfeitos e sujeitos a cometer equívocos, devemos ter, uns para com os outros, atitude de benevolência, que é uma faceta do amor-ação.
    Assim sendo, sempre que se deparar com situações que lhe exijam fazer escolhas, você poderá escolher ter uma atitude amorosa, sem que para isso precise sentir amor pelo próximo.
    Ter atitudes de paciência, bondade, humildade, respeito, generosidade, é escolha de quem deseja cultivar a paz.
    Além disso, agir com serenidade diante das situações adversas, é uma escolha sábia, faz bem para a saúde física e mental e não tem contra-indicação.
    Mas se reagimos com agressividade, ódio, descontrole, estaremos minando nossa saúde de maneira desastrosa.
    Não é por outra razão que, após uma crise dessas, surgem as dores de cabeça, de estômago, de fígado, dores lombares, e outras mais.
    Vale a pena refletir sobre tudo isso e procurar agir como quem sabe o que está fazendo, e não como quem aceita toda provocação e reage conforme as circunstâncias, infelicitando-se ainda mais.
    Pense nisso!
    A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.
    Agir com calma é atitude de quem tem controle sobre a própria vontade.
    Lembre-se: Agir com calma é agir com caridade.
    E há a caridade em pensamentos, em palavras e em ações.
    Ser caridoso em pensamentos é ser indulgente para com as faltas do próximo.
    Ser caridoso em palavras, é não dizer nada que possa prejudicar seu próximo.
    Ser caridoso em ações é assistir seu próximo na medida de suas forças.
    Pense nisso, e coloque seu amor em ação.


(Redação do Momento Espírita, com pensamento extraído do item 3, do capítulo XIX de O evangelho segundo o espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.) 

Além da Tela - O mundo espiritual em Viva a Vida É uma Festa


150 Anos de A Gênese - Gabriel Salum - Mudou a Compreensão sobre Deus?