sábado, 19 de julho de 2014

E, aí! Já leu?!

LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER

LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER

Ramiro Gama

Uma figura carismática, alegre, companheira e muito, muito feliz mesmo, apesar do peso de uma grande missão. Assim, Ramiro Gama apresenta facetas de um Francisco Cândido Xavier que são estranhas para muita gente.
Este livro conta, através de pequenos textos, histórias e "causos" envolvendo o médium, anedotas que ele gostava de narrar para divertir os amigos e pitadas da intimidade de Chico que só fazem com que tenhamos mais carinho e respeito com aquele missionário.

1o. Fórum Espírita Léon Denis – Jacob Melo e Armando Falconi – CELD – RJ/RJ

 

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E, aí! Já viu?!

Chico Xavier - o Filme, o Exemplo, a Missão


José Antonio M. Pereira

Quatro anos depois, o filme sobre a vida de Chico Xavier é reapresentado na televisão. Então lembrei daquele dia em que fui ver a tão esperada produção no cinema.

Na época meus filhos já tinham visto, a maior parte dos amigos também. Eu havia combinado com um amigo de vermos o filme juntos, mas não conseguimos um horário comum. Terminei indo ver sozinho. Foi a melhor coisa que podia ter acontecido naquele dia. Não que não desejasse companhia para ir ao cinema, mas as vezes precisamos de um pouco de solidão pra nos encontrar com o que temos de mais profundo em nós mesmos.
É raro eu me emocionar daquele jeito, mas chorei quase o filme todo. Não era pra menos. Há mais de trinta anos, aquele homem fazia parte da minha vida.
Nunca o vira pessoalmente, nunca fui a Uberaba numa dessas caravanas de visita ou para buscar notícias do meu pai desencarnado. É que pra mim, pra todos os espíritas brasileiros – e muitos não espíritas também – o Chico é alguém da família. Afinal, nada mais comum pra nós do que ler esta ou aquela obra psicografada por ele, ouvir citações e histórias, acompanhar seu estado de saúde quando estava entre nós, e agora, procurar saber se ele já se comunicou... Ver sua vida, sua bondade, sua simplicidade, seu amor à tarefa, tão bem contadas e interpretadas de forma imparcial e com tanto respeito, foi emocionante.
Mais que alguém da família. O Chico teve uma enorme importância para a expansão do Movimento Espírita no Brasil. Apesar do Espiritismo assentar suas bases sólidas na obra de Allan Kardec, foram os mais de 400 livros psicografados por Francisco Cândido Xavier, que imprimiram uma força espetacular à divulgação da Doutrina Espírita nas terras tupiniquins. E o que o filme mostra, para quem meditar um pouco sobre sua vida, é que tantos livros publicados não teriam tanta força e credibilidade, se não fosse sua humildade, seu exemplo de vida, sua alegria de viver, seu trabalho incansável.
O filme, que bateu todos os recordes de bilheteria, também tem um grande mérito além de ter sido feito a partir de um livro escrito por um jornalista não espírita; mérito aliás do livro. Ele mostra o famoso médium com suas humanidades, suas fraquezas. Por exemplo, no momento em que opta pela vaidade pessoal ao rejeitar a opinião de seu mentor tão querido, quando este faz comentários sobre sua aparência... Ou quando demonstra medo da morte.
Fundamental isto, porque temos o vício de idolatrar as personalidades. É uma maneira de colocá-las distantes, inatingíveis. Assim nos eximimos da obrigação criada pela própria consciência – exigente demais talvez – de agirmos ou sermos como aquela pessoa. É o que acontece já ha muito tempo em relação à figura do Chico, como vemos atualmente nas mensagens que circulam na Internet. Tentam santificar o médium, como se fosse um mito. E é isso que os santos são, mitos recriados fora da mitologia grega ou romana ressuscitada. É vício do comodismo.
E talvez esta tenha sido uma das maiores lições do seu legado: mesmo humano como todos nós, Chico Xavier pôs em prática a Doutrina Espírita em sua maior pureza. Era fiel ao Espiritismo não como movimento sectarista, mas como um conjunto de princípios destinados à iluminação do ser, independente de raça, cor, sexo, opinião política ou religiosa, tal qual idealizou Kardec. Sem abrir mão de sua fé, e sem nunca ter feito o menor esforço para impor esta fé a quem quer que seja, conquistou uma legião de admiradores de todos os credos e até dos céticos, com sua bondade e paciência. Ou melhor, amigos. Melhor ainda, conquistou uma família em toda sociedade brasileira.

9 de junho de 2014

José Antonio M. Pereira

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Linguagens de computador são o idioma do futuro

Linguagens de computador são o idioma do futuro

Saber a linguagem de códigos de computador é para muitos jovens igual ao inglês: o segundo idioma que faz a diferença na vida

Helena Borges

Sem que mesmo os pais mais atentos percebam, os jovens estão usando um novo idioma para se comunicar intensamente — com os computadores. Teclar, dar um clique no mouse, mover o cursor na tela sensível ao toque são maneiras de interagir com os computadores. Comunicar-se com eles é outra coisa. Isso exige o domínio de linguagens de programação. Para o resto de nós as frases nesses idiomas são apenas impenetráveis conjuntos de sinais matemáticos e de palavras em inglês. Combinando habilmente essas letras, números e símbolos, o programador dita passo a passo ordens complexas às camadas profundas das unidades de processamento dos computadores. Não confundir com os comandos de abrir ou fechar programas, copiar ou apagar textos, clarear fotos, receber ou enviar mensagens. Essas interações, que de tão simples parecem indistintas da mágica, só são possíveis porque, antes, os programadores ensinaram ao computador a “receita” que ele deve executar quando recebe um determinado comando.

RUMO AO MUNDIAL - O paulistano Mateus Bezrutchka, 17 anos, vive a expectativa de fazer sua primeira viagem ao exterior — e justo para o outro lado do mundo. Em julho, vai representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Informática, em Taiwan, onde medirá forças com prodígios da programação de outros noventa países. Para estar em plena forma, fez um curso intensivo na Unicamp e passa pelo menos duas horas por dia se exercitando em casa. “Achava as aulas de matemática fáceis demais, por isso fui buscar desafios maiores fora da escola. Aí encontrei a minha turma”, diz.

Matéria publicada na Revista Veja, em 19 de abril de 2014.

Breno Henrique de Sousa* comenta

Os tempos são chegados

Há não muito tempo, no espaço de menos de uma geração, era indispensável um curso de datilografia para garantir sua vaga no mercado de trabalho. Hoje me encontro com 37 anos, e quando me lembro da minha infância e comparo a vida daquela época com o presente, me parece um futuro muito distante, isso devido ao vertiginoso avanço tecnológico. Quando lembro que vi nascer o vídeo game, os telefones celulares, os CDs substituindo os discos de Vinil, os microcomputadores, a Internet, isso faz parecer que já estou muito velho, mas na verdade é que esses avanços tecnológicos vieram em um curto período de tempo.

O conhecimento humano se acumula exponencialmente, e a cada dia as descobertas chegam mais rapidamente e em maior quantidade. Além disso, essas descobertas tornam-se produtos acessíveis aos consumidores em um período não menos curto de tempo pela existência de uma portentosa indústria tecnológica. Um exemplo disso é como os aparelhos celulares se tornaram mais modernos e baratos. Antigamente, uma descoberta tecnológica levava muito tempo para se tornar um produto acessível ao consumidor comum. Essas mudanças têm provocado um extraordinário impacto cultural que ainda estamos tentando entender a profundidade de suas consequências. E agora garotos tornam-se verdadeiros gênios da programação realizando façanhas inimagináveis.

Acredito que em nenhum outro período da humanidade aconteceram mudanças tão rápidas e impactantes. O fenômeno da globalização e da Internet veio de maneira mais agressiva do que a popularização do livro com a invenção da prensa de tipos móveis de Gutenberg. A Internet uniu-se à prensa, à pólvora e à bússola como um dos maiores inventos da humanidade.

Todas essas mudanças fazem parte de um plano da divindade. O progresso material e do conhecimento humano abre caminho para o progresso moral. A humanidade que desenvolve as suas capacidades intelectuais, mais tarde poderá compreender as coisas morais. Este momento de intensas transformações é uma das evidências de que estamos no limiar de uma nova era que o Espiritismo enxerga com otimismo. Saímos de um mundo de provas e expiações para um mundo de regeneração, e ainda que essa transição não seja instantânea, ela se intensificará até que seja consolidada.

Já estão reencarnando no planeta os artífices dessa nova era. Muitos desses garotos que precocemente dominam as novas tecnologias vieram munidos dos recursos intelectuais necessários, ainda que moralmente estejam dentro da média evolutiva do planeta. Em breve também veremos o surgimento de espíritos intelectual e moralmente mais adiantados, que firmarão os pilares de uma nova sociedade alicerçada nos ideais do amor, justiça e igualdade.

* Breno Henrique de Sousa é paraibano de João Pessoa, graduado em Ciências Agrárias e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba. Ambientalista e militante do movimento espírita paraibano há mais de 10 anos, sendo articulista e expositor.

terça-feira, 15 de julho de 2014

A Literatura Espírita

A Literatura Espírita


André Luiz Rodrigues dos Santos

Uma questão de grande importância no campo da divulgação dos postulados doutrinários vem merecendo significativa atenção dos espíritas: “os livros” versus “a instrução”.

Entre a euforia pelo volume de obras vendidas no Brasil, em especial os romances, e a preocupação com seu conteúdo, a realidade é que o interesse dos leitores demonstra uma procura cada vez maior por informações trazidas do mundo espiritual. Para se ter uma ideia, a Federação Espírita Brasileira estima que já foram vendidos mais de 100 milhões de exemplares até 2009 – e 10 milhões só neste ano –, dos mais de 4.000 títulos editados.

Entretanto, mais do que quantidade de livros, o objetivo das informações transmitidas precisa ser analisado e avaliado, pois tal estratégia, a de romancear as experiências dos Espíritos, tornou-se quase que uma rotina.

Esse método não é obra do acaso, nem uma situação inédita. Allan Kardec, já na sua época, divulgava entrevistas realizadas com desencarnados de diversas categorias nas edições da Revista Espírita, e mesmo no livro “O Céu e o Inferno”, obra do Pentateuco Espírita repleta de diálogos, porém, com um propósito secundário, que era o de ilustrar, com certo realismo, a teoria resultante das reflexões, investigações e instruções recebidas e estudadas por ele e pelos frequentadores da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, e por outras instituições espalhadas pelo mundo. Mas podemos supor que aquele sistema não se mostrou bem sucedido para atrair a atenção do público, visto que o rigor acadêmico não representava a preferência popular, nem mesmo nos dias atuais. Dessa forma, os Espíritos inverteram o processo, chamando a atenção com relatos reais ou com experiências baseadas em fatos, mas que disseminam ideias e orientações valiosas para os leitores, espíritas ou simpatizantes, para, somente depois, convidá-los ao estudo sistemático.

Essa situação foi bem tratada, e com muita seriedade, pelo Espírito Bezerra de Menezes, na obra “Dramas da Obsessão”, descrevendo as ações dos Espíritos para despertarem nossa atenção:

“(...) Mas porque vimos decifrando certa inércia mental entre os aprendizes atuais da mesma Revelação, eis-nos aderindo a um movimento de reexplicações daquilo mesmo que há um século foi dito e que agora procuraremos algo encenar ou romantizar, a fim de divertir uma geração enquanto tentamos instruí-la no melindroso assunto, geração que não dispensa a positivação dos exemplos. (...) Há dois mil anos, o Mestre da Seara em que militamos criou a suavidade das Parábolas, cujos atraentes rumores ainda ecoam em nossa sensibilidade, ensinando-nos lições inesquecíveis. Seus obreiros do momento criam, ou traduzem da realidade da vida cotidiana, tal qual Ele o fez, a exemplificação dos romances, ou lições romantizadas, expondo teses urgentes, ensinamentos indispensáveis, no sabor de uma narrativa da vida comum. É o mesmo método de há dois mil anos, criado pelo Divino Mestre, para instrução urgente e fácil das massas...”

Muitos são os que, partindo de um romance comprado ou presenteado, se aproximaram das instituições espíritas para aderir aos estudos da Codificação ou mesmo das obras lidas, o que se fez cumprir o objetivo primário destas publicações, que era instruir, numa trajetória que costuma ser comum à maioria, na sequência: uma experiência dolorosa; uma leitura consoladora; a procura de ajuda; a instrução.

O que concluímos nesse processo é que houve a inversão da estratégia para despertar as mentes das massas, mas não se deve perder o foco: “Espíritas! amai-vos, eis o primeiro mandamento; instrui-vos; eis o segundo”. (ESE)

Nossas instituições, portanto, precisam estar atentas ao trabalho conjunto que devem realizar com os Espíritos, não apenas se aproveitando das circunstâncias para receber os interessados nas instruções espíritas, mas fazer com que as obras do acervo espírita, assim como as demais mídias (escrita, falada, televisiva e cinematográfica), sejam parte da cadeia de divulgação doutrinária, fazendo o papel de “pontas de flecha” ou embaixadores da mensagem para que a verdade seja alcançada por todos através do estudo nos centros de instrução.

 

André Luiz Rodrigues dos Santos

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Pergunta feita: Importância do Jovem para a doutrina Espírita

Nome: R S C
Idade: 17
Cidade: Rio de Janeiro
estado: RJ
Assunto: Importância do Jovem para a doutrina Espírita
Mensagem: Bom dia/noite,
Eu e um grupo de amigos da mocidade do centro que frequento, temos percebido que os jovens não possuem mais aquele espírito inovador que busca sempre algo novo, que procura estar sempre ativo.
Ao contrário temos percebido os jovens muito parados e muito acomodados com a nossa realidade, que nem sempre é favorável ao desenvolvimento do conhecimento da doutrina.
Sendo assim, estamos com o objetivo de ter uma reunião com nossos coordenadores de mocidade e pedir uma reunião que busque despertar nos jovens o espírito alegre e motivado até então esquecido.
Como em minha casa espírita existem apenas 2 grupos de mocidade, nós que somos do grupo mais velho estaríamos realizando essa reunião com o grupo mais novo, enquanto os coordenadores ficariam responsáveis pelo grupo maior.
Diante de tal situação venho por meio deste procurar saber se possuem algum material que destaque a importância do jovem na doutrina e mais do que isso a importância da motivação do jovem na busca de condições cada vez melhores para nosso aprendizado.
Desde já agradeço. R
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Olá, R!
Muita paz!
É muito gratificante receber seu e-mail demonstrando tanta preocupação e interesse por sua mocidade. Não há dúvida de que vocês, jovens, têm um papel fundamental numa Casa Espírita. Assim como os jovens de hoje herdarão o mundo amanhã, quem são os herdeiros das nossas instituições no futuro, senão vocês? Assim, cada atividade e cada reunião tornam-se imenso investimento que gerará lucro amanhã.
Para esclarecê-los com mais propriedade, baixem nos links
www.espiridigi.net/arquivos/jovem_casa_espirita_palestra_raul.zip e www.espiridigi.net/arquivos/jovem_casa_espirita_perguntas_raul.zip áudios com orientações de José Raul Teixeira a respeito do trabalho a ser realizado pelos orientadores de mocidades e evangelizadores no trato com os jovens perante a casa espírita. Ouçam em grupo e tracem novas estratégias.
Aproveitamos e acrescentamos algumas dicas que poderão ajudá-los a trabalhar com maior aproveitamento.
De um modo geral, o trabalho com crianças e jovens deve ser baseado principalmente nas atividades dinâmicas, pois, do contrário, o atrativo do mundo atual, infelizmente, bastante nocivo em algumas atividades e pouco educativo em outras, torna-se mais interessante. Os métodos devem ser aqueles que proporcionem alegria e satisfação, já que o estudo doutrinário não precisa e nem deve ser necessariamente monótono ou acadêmico para ser sério, ao contrário, precisa, sim, ser dinâmico, divertido e ativo, como as atividades do dia a dia. Basta o equilíbrio e o bom senso para dosar cada ingrediente.
Abaixo, passamos sugestões gerais para o desenvolvimento de trabalhos para todas as idades. Adaptando-as, acreditamos que poderá elaborar propostas interessantes para seu grupo conforme a faixa etária com que vai trabalhar.
Mais ao final, algumas sugestões de material para evangelização.
Inicialmente, são inúmeros os modelos de atividades que podem ser exploradas numa mocidade. Cada grupo jovem tem uma determinada linha de trabalho e precisamos de uma ampla troca de ideias com a equipe e o próprio grupo para aproveitar o conhecimento de cada um. Conversando com todos os jovens, destacando as virtudes e aquilo que precisa ser melhorado pessoal e institucionalmente (Centro Espírita), é possível traçar um perfil do grupo e, a partir daí, fazer a programação.
Todo planejamento, em especial dos estudos de conteúdo moral, como no “O Evangelho segundo o Espiritismo”, deve ter como referência as situações do cotidiano, onde o jovem irá identificar os ensinamentos de forma prática e real.
Para fazer da realidade prática um laboratório vivo, devemos incrementar as reuniões de forma que o jovem sinta-se atraído e estimulado à pratica evangélica.
Como atividades para dinamizar seu trabalho, tornando-o mais atrativo,sugerimos o esquema abaixo. Ele foi implantado com sucesso em mocidades.
- a cada semana há uma pessoa convidada (diferente a cada semana) para falar sobre um tema já previsto em uma grade de temas preparada anteriormente;
- procura-se ter na programação visitação a outras mocidades ou instituições educativas semelhantes, a hospitais, asilos, orfanatos, casas de abrigo,
penitenciárias, enfim, uma atividade prática;
- algumas mocidades têm a campanha do quilo, que é um dia no mês em um bairro escolhido previamente onde os jovens passam arrecadando alimentos, para formarem cestas básicas, e depois escolherem uma instituição ou algum local carente para efetuarem a doação, ou ainda, em alguns centros, há famílias cadastradas que recebem essas cestas arrecadadas pelos jovens;
- a utilização de atividades - dinâmica, palestra, reunião, etc - vai em conformidade com cada expositor convidado e com a própria programação dos dirigentes de mocidade;
- os dirigentes de mocidade frequentam uma vez ao mês a reunião mensal da associação de educação jovem das federativas - no Rio de Janeiro, as mocidades são ligadas no setor unificado da USE e FEERJ. Assim, dependendo da região, os dirigentes de mocidade devem procurar o setor especifico da Federação, Aliança, ou União das Sociedades Espíritas;
- fazer uma programação anual direcionando os trabalhos/temas de acordo com a participação dos expositores (geralmente jovens, quando possível), integrantes das federativas, e agendando o comparecimento deles. O dirigente do grupo fica apenas de sobreaviso, ou seja, deixa algo preparado para se alguma eventualidade acontecer e o expositor convidado não comparecer; o dirigente assume o dia. A credibilidade do grupo depende da seriedade e responsabilidade dos dirigentes, como em qualquer outra atividade da nossa sociedade;
- importante, também, o dirigente de mocidade estar ligado a outros dirigentes para troca de experiências;
Esse é um esboço de uma programação de trabalho que pode e deve ser alterado ou complementado de acordo com as características do seu grupo.
Para as Casas Espíritas, geralmente há o apoio das Federativas, alianças, união de sociedades, que fornecem aulas prontas para serem utilizadas integralmente ou adaptando-as. Por exemplo, em Juiz de Fora, um núcleo onde temos mocidades, a Associação Mineira Espírita/JF fornece mensalmente as aulas do mês, dá apoio, etc. Em Belo Horizonte, a UNEM (União Espírita Mineira) fornece também esse tipo de material. A FEB também tem esse sistema de apoio, bem como a Aliança Espírita, em São Paulo, onde temos inúmeros núcleos. Busque junto à sua federativa o material de suporte.
Entre os Centros, através de intercâmbios, poderão igualmente colaborar como os trabalhos entre si.
No site
http://www.cvdee.org.br/ev_plano.asp, temos modelos e temas para aprimorar suas reuniões.
Resumindo, temos diversas formas de tornar mais ativa e participativa as reuniões:
- Estudo teórico dos livros nos moldes do Estudo Sistematizado e história do Espiritismo;
- Dinâmicas temáticas para a integração do grupo;
- Atividades externas (visitas, intercâmbio, passeios, etc);
- Atividades culturais (encenação de peças teatrais, sessão de filmes com temas de interesse, recitais, trabalho com corais, musicais, etc);
- Grupo de discussão sobre temas doutrinários (mediunidade, reencarnação,
família, religiosidade, religião, manifestações espirituais, etc);
- Grupo de discussão sobre temas relacionados ao mundo jovem (educação, trabalho, sexo, drogas, família, problemas de relacionamento, atualidades, entre outros, sempre focando a visão espírita);
- Palestras e encontros com convidados e integrantes do Centro;
- Participação ativa em tarefas junto à casa espírita, como informativos (jornais, site, etc), atividades sociais enfocando a ação da caridade, organização de eventos (feiras, exposições, campanhas, etc);
Em nosso site, na seção Atividades -
http://www.cvdee.org.br/ev_atividade.asp e
http://www.cvdee.org.br/ev_atividade.asp?id=010#atividades - você encontrará
um conteúdo que enriquecerá suas reuniões.
No link
http://www.cvdee.org.br/ev_plano.asp, planos de aulas.
No site da livraria da Federação Espírita Brasileira -
http://www.feblivraria.com.br/ - seção Infância e Juventude, há livros para estudos dos diversos ciclos.
A Federação Espírita do Paraná oferece um interessante material para a estruturação de mocidades nos Centros Espíritas. Acesse
http://www.feparana.com.br/subsidios_centros.php?cod_cat=34
Os sites http://www.cdof.com.br/recrea10.htm e
http://evangelizacao.rafael.adm.br/ têm diversas dinâmicas e aulas que podem ser adaptadas.
Como sugestão para o estudo das Obras Básicas, há disponível em livrarias os livros "O Livro dos Espíritos" e "O Evangelho segundo o Espiritismo" direcionados para o jovem:
- "O Livrinho dos Espíritos" - Edições León Denis -
- "O Livro dos Espíritos para Infância e Juventude" - Vols. 1 e 2  e "O Evangelho segundo o Espiritismo para Infância e Juventude" - Vol 1, ambos publicações da Editora Mundo Maior

- "O Evangelho segundo o Espiritismo para a Infância" - FEESP
- "O Livro dos Espíritos para a Juventude" - Eliseu Rigonatti
Baixe a apostila com Dinâmicas -
www.espiridigi.net/arquivos/dinamicagrupo.zip .
Leia, também, a entrevista com Divaldo Franco sobre Evangelização Infanto-Juvenil. Texto extraído do Livro "Seara de Luz".
http://www.cvdee.org.br/evangelize/pdf/1_0555.pdf
Caso algum link esteja com problema de acesso, copie o endereço e cole em seu navegador.
Finalmente, uma ação que deve sempre praticar com seu grupo é o estímulo à leitura. Há um acervo de grande valor no meio espírita para oferecer à nossa juventude informações, aguçar a curiosidade e habituá-los no mundo
literário.
Boa sorte e que Jesus os ampare sempre.
Estamos à disposição para auxiliar no que for necessário e conte sempre conosco.
Um abraço,
André.
Equipe Espiritismo.net Jovem
Dúvidas e Sugestões:
www.cvdee.org.br/netjovem.asp
Recomendamos, caso seja possível e haja interesse, participar de nossas atividades na Internet (estudos, palestras, vibrações e Atendimento Fraterno), via Paltalk (programa de áudio-conferência). Informe-se sobre o programa - instalação e uso - no site http://www.espiritismo.net/content,0,0,90,0,0.html além da programação semanal de nossos grupos de trabalho, com as atividades e horários.
No Paltalk: categoria "Central & South America" - subcategoria "Brazil", sala ESPIRITISMO NET JOVEM - Às sextas-feiras, 21h.

http://espnetjovem.blogspot.com/

domingo, 13 de julho de 2014

Ação magnética

O Guia da Senhora Mally

(Sociedade, 8 de julho de 1859)
1. Evocação do guia da Sra. Mally.
Resp. – Aqui estou; isso é fácil para mim.

2. Sob que nome gostaríeis de ser designado?
Resp. – Como quiserdes; por aquele sob o qual já me conheceis.

3. Qual o motivo que vos fez ligar-se à Sra. Mally e a seus filhos?
Resp. – Antigas relações, inicialmente, e uma amizade e uma simpatia que Deus protege sempre.

4. Disseram que foi a sonâmbula, Sra. Dupuy, quem vos encaminhou à Sra. Mally; é verdade?
Resp. – Foi a primeira quem disse que eu me havia juntado à segunda.

5. Dependeis dessa sonâmbula?
Resp. – Não.

6. Poderiam elas afastar-vos daquela senhora?
Resp. – Não.

7. Se essa sonâmbula viesse a morrer, sofreríeis uma influência qualquer?
Resp. – Nenhuma.

8. Vosso corpo morreu há muito tempo?
Resp. – Sim, há vários anos.

9. O que éreis em vida?
Resp. – Uma criança morta aos oito anos.

10. Como Espírito, sois feliz ou infeliz?
Resp. – Feliz; não tenho nenhuma preocupação pessoal,não sofro senão pelos outros. É verdade que sofro muito por eles.

11. Fostes vós que aparecestes na escada à Sra. Mally,sob a forma de um rapaz que ela tomou por um ladrão?
Resp. – Não; era um companheiro.

12. E numa outra vez, sob a forma de um cadáver? Isso poderia impressioná-la desfavoravelmente. Foi um passo mal dado que demonstra ausência de benevolência.
Resp. – Longe disso em muitos casos; mas neste era para dar à Sra. Mally pensamentos mais corajosos. O que tem um cadáver de apavorante?

13. Tendes, pois, o poder de vos tornar visível à vontade?
Resp. – Sim, mas eu disse que não havia sido eu.

14. Sois igualmente estranho às demais manifestações materiais produzidas na casa dela?
Resp. – Perdão! Isto sim; foi o que eu me impus junto a ela, como trabalho material; mas realizo outro trabalho muito mais útil e muito mais sério para ela.

15. Poderíeis tornar-vos visível a todo o mundo?
Resp. – Sim.

16. Poderíeis tornar-vos visível a um de nós?
Resp. – Sim; pedi a Deus que isso possa acontecer; eu o posso, mas não ouso fazê-lo.

17. Se não quiserdes tornar-vos visível, poderíeis darnos ao menos uma manifestação, por exemplo, trazer qualquer coisa para cima desta mesa?
Resp. – Certamente, mas para que serviria? Para ela é assim que testemunho a minha presença, mas para vós é inútil, pois estamos conversando.

18. O obstáculo não estaria na ausência de um médium,necessário para produzir essas manifestações?
Resp. – Não, isso seria um obstáculo insignificante. Freqüentemente não vedes aparições súbitas a pessoas que absolutamente não têm mediunidade ostensiva?

19. Todo o mundo, então, é apto a ver manifestações espontâneas?
Resp. – Visto que todos os homens são médiuns, sim.

20. Entretanto, não encontra o Espírito, no organismo de certas pessoas, uma facilidade maior para comunicar-se?
Resp. – Sim, mas eu vos disse, e deveríeis sabê-lo, que os Espíritos têm o poder por si mesmos; o médium nada é. Não tendes a escrita direta? Para isso é necessário médium? Não, mas apenas a fé e um ardente desejo. Muitas vezes isso ainda se produz à revelia dos homens, isto é, sem fé e sem desejo.

21. Pensais que as manifestações, tais como a escrita direta, por exemplo, tornar-se-ão mais comuns do que o são hoje em dia?
Resp. – Certamente; como compreendeis, então, a divulgação do Espiritismo?

22. Podeis explicar-nos o que recebia e comia a menina da Sra. Mally, quando estava doente?
Resp. – Maná; uma substância formada por nós, que encerra o princípio contido no maná ordinário e a doçura do confeito.

23. Essa substância é formada da mesma maneira que as roupas e outros objetos que os Espíritos produzem por sua vontade e pela ação que exercem sobre a matéria?
Resp. – Sim, mas os elementos são muito diferentes; as porções que formam o maná não são as mesmas que eu consegui para formar madeira ou roupa.

24. [A São Luís] – O elemento tomado pelo Espírito para formar seu maná é diferente do que ele toma para formar outra coisa? Sempre nos disseram que não existe senão um elemento primitivo universal, do qual os diferentes corpos são simples modificações.
Resp. – Sim. Isto é, o mesmo elemento primitivo está no espaço, sob uma forma aqui, sob uma outra ali; é o que ele quer dizer. Seu maná é extraído de uma parte desse elemento, que supõe diferente, mas que é sempre o mesmo.

25. A ação magnética pela qual se dá a uma substância – a água, por exemplo – propriedades especiais, tem relação com a do Espírito que cria uma substância?
Resp. – O magnetizador não desdobra de forma absoluta senão a sua vontade; é um Espírito que o auxilia, que se encarrega de obter e de preparar o remédio.

26. [Ao Guia] – Há tempos referimos fatos curiosos de manifestações de um Espírito por nós designado pelo nome de louquinho de Bayonne. Conheceis esse Espírito?
Resp. – Não particularmente; mas acompanhei o que fizestes com ele e foi somente desse modo que o conheci primeiramente.

27. É um Espírito de ordem inferior?
Resp. – Inferior quer dizer mau? Não; quer dizer apenas que não é inteiramente bom, que é pouco adiantado? Sim.

28. Agradecemos por haverdes comparecido e pelas explicações que nos destes.
Resp. – Às vossas ordens.

Observação – Esta comunicação nos oferece um complemento àquilo que dissemos nos dois artigos precedentes sobre a formação de certos corpos pelos Espíritos. A substância dada à criança durante a sua enfermidade evidentemente era preparada por eles e tinha como objetivo restaurar-lhe a saúde. De onde tiraram os seus princípios? Do elemento universal, transformado para o uso desejado. O fenômeno tão estranho das propriedades transmitidas pela ação magnética, problema até aqui inexplicado, e sobre o qual tanto se divertiram os incrédulos, está agora resolvido. Realmente, sabemos que não são apenas os Espíritos dos mortos que atuam, mas que os dos vivos igualmente têm a sua cota de ação no mundo invisível: o homem da tabaqueira dá-nos a prova disso. Que há, pois, de admirável em que a vontade de uma pessoa, agindo para o bem, possa operar uma transformação da matéria primitiva e imprimir-lhe determinada propriedade? Em nossa opinião, aí se encontra a chave de muitos efeitos supostamente sobrenaturais, dos quais teremos oportunidade de falar. É assim que chegamos, pela observação, a perceber as coisas que fazem parte da realidade e do maravilhoso. Mas quem garante que essa teoria seja verdadeira? E aí, como ficamos? Pelo menos ela tem o mérito de ser racional e concordar perfeitamente com os fatos observados. Se algum cérebro humano achar outra mais lógica do que esta, fornecida pelos Espíritos, que
sejam comparadas. Um dia talvez reconheçam que abrimos o caminho ao estudo racional do Espiritismo.

“Eu bem que gostaria – dizia-nos certo dia uma pessoa – de ter às minhas ordens um Espírito serviçal, mesmo que tivesse de suportar algumas traquinadas de sua parte.” É uma satisfação que muitas vezes desfrutamos sem perceber, porquanto nem todos os Espíritos que nos assistem se manifestam de maneira ostensiva. Nem por isso deixam de estar ao nosso lado e, por ser oculta, sua influência não é menos real.
R.E. , agosto de 1859, p. 322