sábado, 16 de junho de 2012

Música: Laços de Família


Joanna de Ângelis(in: Estudos Espíritas) traz como um dos conceitos de família o ser "Grupamento de raça, da caracteres e gêneros semelhantes, resultado de agregações afins, a família, genericamente, representa o clã social ou de sintonia por identidade que reúne espécimes dentro da mesma classificação. Juridicamente, porém, a família se deriva da união de dois seres que se elegem para uma vida em comum, através de um contrato, dando origem à genitura da mesma espécie. Pequena república fundamental para o equilíbrio da grande república humana representada pela nação.".

Ainda Joanna diz ser a família "grupo de espíritos normalmente necessitados, desajustados, em compromisso inadiável para a reparação, graças à contingência reencarnatória. Assim, famílias espirituais frequentemente se reúnem na Terra em domicílios físicos diferentes, para as realizações nobilitantes com que sempre se viram a braços os construtores do Mundo. Retornam no mesmo grupo consanguíneo o espíritos afins, a cuja oportunidade às vezes preferem renunciar, de modo a concederem aos desafetos e rebeldes do passado o ensejo da necessária evolução, da qual fruirão após as renúncias às demoradas uniões no Mundo Espiritual..."

O Livro dos Espíritos, na questão 695, nos diz: "Será contrário à Lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres? Resp.: É um progresso na marcha da Humanidade"

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo , no item 8 do capítulo XIV, temos a seguinte assertiva: "Não são os da consaguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes, podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue(...)".

Continuando com Joanna de Ângelis(in: Estudos Espíritas):

"A família é mais do que o resultante genético... São os ideais, os sonhos, os anelos, as lutas e árduas tarefas, os sofrimentos e as aspirações, as tradições morais elevadas que se cimentam nos liames da concessão divina, no mesmo grupo doméstico onde medram as nobres expressões da elevação espiritual na Terra.
(...)
Sustentá-la nos ensinamentos do Cristo e nas ações da reta conduta, apesar da loucura generalizada que irrompe em toda parte, é o mínimo dever de que ninguém se pode eximir."

Vamos, então, fortalecer os laços de família?! :)

Beijos e Abraços


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Espero que você seja...

ESPERO QUE VOCÊ SEJA... GENTIL

Joamar Zanolini Nazareth



Chega a ser engraçado o quanto somos rápidos e decisivos na atitude de cobrar dos outros posturas que entendemos sejam corretas, tais como: respeito ao nosso espaço, cobrança de nossos direitos, reclamações para semos melhor tratados por outrem, a deferência que não recebemos, o carinho de que não somos objeto, a realização de nossas vontades e desejos, etc. Mas quando indagados quanto à nossa maneira de ser diante dos outros, ficamos engasgados, não sabemos responder, não sabemos elencar quais deveres possuímos quanto ao próximo. Outro dia observamos um motorista entrar de maneira perigosa em uma avenida, vindo de rua transversal, inadequadamente, sem apresentar nenhuma sinalização de seu veículo, em seguida mudou de faixa sem novamente ligar a seta, e por fim acabou por passar o sinal vermelho. Metros adiante, teve que reduzir bruscamente porque outro motorista, repentinamente saiu da faixa de estacionamento e entrou na via. O primeiro motorista, indignado, emparelhou o seu veículo com o outro e se dirigiu muito agressivo, cobrando do segundo a manobra infeliz... Assim fazemos. Desculpas ou indiferenças com nossos erros, áspera cobrança dos erros alheios. Isso é fruto do egoísmo e do personalismo. Vemos as outras pessoas como inimigas e ameaças. Precisamos repensar tal atitude. Nosso semelhante é nosso irmão (ã) de jornada. Olhemos para ele (a) com carinho. Mais que isso, sejamos gentis. Na rua, no trânsito, em casa, na escola, no trabalho, no clube, no templo religioso, em todo lugar. Sendo gentis estaremos mudando o mundo.

(autor: Joamar Zanolini Nazareth)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Diferentes ordens de Espíritos

Revista Espírita, fevereiro de 1858

Um ponto capital, na Doutrina Espírita, é o das diferenças que existem, entre os Espíritos, sob o duplo intercâmbio intelectual e moral; seu ensinamento, a esse respeito, jamais variou; mas, não é menos essencial saber que não pertencem, perpetuamente, à mesma ordem, e que, conseqüentemente, essas ordens não se constituem em espécies distintas: são diferentes graus de desenvolvimento. Os Espíritos seguem a marcha progressiva da Natureza; os das ordens inferiores são ainda imperfeitos; alcançam os graus superiores depois de estarem depurados; avançam na hierarquia à medida que adquirem as qualidades, as experiências que lhes faltam. A criança, no berço, não se parece ao que será na idade madura, e, todavia, é sempre o mesmo ser.

A classificação dos Espíritos está baseada no grau do seu adiantamento, nas qualidades que adquiriram, e nas imperfeições das quais, ainda, não se despojaram. Essa classificação, de resto, nada tem de absoluta; cada categoria não apresenta um caráter distinto senão no seu conjunto; mas, de um grau ao outro a transição é imperceptível, e, sobre os limites, a nuança se apaga como nos reinos da Natureza, como nas cores do arco-íris, ou, ainda, como nos diferentes períodos da vida do homem. Pode-se, pois, formar um maior ou menor número de classes segundo o ponto de vista sob o qual se considera a questão. Ocorre aqui como em todos os sistemas de classificações científicas; os sistemas podem ser mais ou menos completos, mais ou menos racionais, mais ou menos cômodos para a inteligência, porém, quaisquer que sejam, não mudam nada no fundo da ciência. Os Espíritos, interrogados sobre esse ponto, puderam, pois, variar no número das categorias, sem que isso tivesse conseqüências sérias. Serviu-se dessa aparente contradição, sem refletir que eles não ligam nenhuma importância ao que é puramente convencional; para eles, o pensamento é tudo; nos deixam a forma, a escolha das palavras, as classificações, em uma palavra, os sistemas.

Acrescentemos, ainda, esta consideração de que não se deve, jamais, perder de vista, que, entre os Espíritos, como entre os homens, há os muito ignorantes, e que não seria demais se colocar em guarda contra a tendência a crer que todos devem tudo saber porque são Espíritos. Toda classificação exige método, análise e conhecimento profundo do assunto. Ora, no mundo dos Espíritos, os que têm conhecimentos limitados são, como aqui os ignorantes, inabilitados a abarcar um conjunto, a formular um sistema; aqueles mesmo que disso são capazes, podem variar nos detalhes, segundo seu ponto de vista, sobretudo quando uma divisão nada tem de absoluta. Linnée, Jussieu, Tournefort, têm, cada um, o seu método, e a Botânica não mudou por isso; é que não inventaram nem as plantas e nem os seus caracteres; observaram as analogias segundo as quais "formaram os grupos ou classes. Foi assim que procedemos; não inventamos nem os Espíritos e nem os seus caracteres; vimos e observamos, julgamo-los por suas palavras e atos, depois foram classificados por semelhanças; é o que cada um teria feito em nosso lugar.

Não podemos, entretanto, reivindicar a totalidade desse trabalho como sendo obra nossa. Se o quadro, que damos em seguida, não foi textualmente traçado pelos Espíritos, e se dele tivemos a iniciativa, todos os elementos dos quais se compõe foram tomados dos seus ensinamentos; não nos restou mais do que formular-lhe a disposição material.

Os Espíritos admitem, geralmente, três categorias principais ou três grandes divisões. Na última, a que está na base da escala, estão os Espíritos imperfeitos, que têm, ainda, todos ou quase todos os degraus a percorrer; caracterizam-se pela predominância da matéria sobre o Espírito e pela propensão ao mal. Os da segunda, caracterizam-se pela predominância do Espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os bons Espíritos. A primeira, enfim, compreende os Puros Espíritos, aqueles que alcançaram o supremo grau de perfeição.

Essa divisão nos parece perfeitamente racional e nos apresenta caracteres bem definidos; não nos restou mais do que fazer ressaltar, por um número suficiente de sub-divisões, as nuanças principais do conjunto; foi isso o que fizemos com o concurso dos Espíritos, cujas instruções benevolentes jamais nos faltaram.

Com a ajuda desse quadro, será fácil determinar a classe e o grau de superioridade, ou inferioridade, dos Espíritos com os quais possamos entrar em intercâmbio, e, conseqüentemente, o grau de confiança e de estima que merecem. De outra parte, nos interessa pessoalmente, porque, como pertencemos, por nossa alma, ao mundo espírita, no qual reentraremos deixando nosso envoltório mortal, nos mostra o que nos resta a fazer para chegarmos à perfeição e ao bem supremo. Faremos observar, todavia, que os Espíritos não pertencem sempre, exclusivamente, a tal ou tal classe; seu progresso, não se cumprindo senão gradualmente, e, freqüentemente, mais num sentido do que num outro, podem reunir os caracteres de várias categorias, o que é fácil de apreciar por sua linguagem e por seus atos.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Estudo Dirigido: O Livro dos Médiuns II

Leia o Cap. II (1a. parte) e preencha os espaços pontilhados:

Segundo Kardec, quem prova a intervenção dos Espíritos é a.....................................................................

A verdadeira crítica deve dar provas de ...................................................... e de........................................

Na sua acepção primitiva a palavra milagre significa............................................, mas essa palavra desviou-se do sentido original e a Academia Francesa define-o como: .......................................................

Afirma Kardec que tanto os milagres como o sobrenatural...........................................................................

(Apostila de estudos das obras codificadas por Allan Kardec. IDE-JF/MG)

domingo, 10 de junho de 2012

Mural Reflexivo: Discussões Estéreis

DISCUSSÕES ESTÉREIS

A linguagem articulada é um dos grandes dons que felicitam a humanidade, distinguindo-a no concerto da criação.

Mediante a linguagem transmitem-se tesouros de pensamento e cultura, tratando-se de um elemento facilitador do progresso.

Importa preservar esse valioso recurso, dando-lhe destinação útil.

Assim verifique o modo como você utiliza a palavra.

Cuide para que esse dom não se converta em instrumento de suplício para seus semelhantes.

É natural e mesmo esperado que você busque compartilhar com o próximo seus ideais e experiências.

Encontrando-se convencido do acerto do seu modo de ver e perceber a vida, pode experimentar a tentação de converter os demais.

Para bem evidenciar a correção de seu pensamento, talvez ache necessário empenhar-se em infindáveis discursos e longas discussões.

Contudo, com esse proceder, bem cedo se tornará cansativo aos seus amigos e familiares.

Uma coisa é trocar idéias com os semelhantes, com humildade e delicadeza, ouvindo e refletindo sobre o que eles têm a dizer.

Outra, bem diferente e antipática, é tentar impor às consciências alheias a sua forma peculiar de entender o mundo.

Constitui sinal de vaidade pensar que apenas você foi brindado com a capacidade de perceber a realidade que o cerca.

É razoável pretender que todos os que o rodeiam permanecem nas trevas da ignorância?

Já imaginou que talvez eles, com mais brilho do que você, compreendam a vida sob prismas mais profundos e lógicos?

Nesse caso, o que os mantém em silêncio não será a humildade?

Ou talvez seja a generosidade que os impede de tentar convencê-lo, por perceberem que você ainda não possui condições para acompanhar-lhes o raciocínio.

É importante pensar nisso antes de assumir o papel de conversor compulsório dos semelhantes.

Mas imaginemos que o seu sistema de pensar e sentir realmente seja o melhor.

Isso o autoriza, de algum modo, a forçar as consciências dos outros?

Se ainda ontem você não havia entendido a lição que hoje quer ensinar, trata-se de um eloqüente sinal de que tudo no mundo tem o seu momento próprio.

É natural que você deseje ver seus amores no melhor caminho, mas violentar o modo de sentir do próximo cria apenas resistência.

Saber respeitar o nível de entendimento dos outros é sinal de sabedoria e de maturidade.

Qualquer corrente filosófica, política ou religiosa que não contenha em suas bases o respeito ao ser humano possui grave falha.

Entretanto, sendo impróprio a você impor suas idéias, nada o impede de evidenciá-las diariamente pelo exemplo.

Assim, viva com a pureza possível de conformidade com os seus ideais.

Torne a sua conduta reta o reflexo de seus pensamentos.

Sendo sublimados os seus atos, os outros não tardarão a perceber a beleza da teoria que os embasa.

Não se perca, pois, em estéreis discussões.

Não enfade seus ouvintes com arengas repetitivas.

Respeite o livre-arbítrio dos que o cercam.

No mundo, é importante dizer o necessário.

Mas também é preciso não perder tempo com quem não tem interesse em suas palavras.

Pense nisso.

(Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita. http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1255&let=D&stat=0)