sábado, 16 de abril de 2016

Artigo: Como Neutralizar as Más Influências Espirituais

Como Neutralizar as Más Influências Espirituais

 
           A influência dos Espíritos em nossos pensamentos e atos é tão comum que os orientadores espirituais afirmam categoricamente: “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, pois, frequentemente, de ordinário, são eles que vos dirigem.”1 Esta informação dos Espíritos pode até surpreender. Porém, se analisarmos mais detidamente a questão, concluiremos que a resposta não poderia ser outra, uma vez que vivemos mergulhados em um universo de vibrações mentais, influenciando e sendo influenciados, como bem  esclarece Emmanuel:
O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção.
Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.
Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.
[…] A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir.
Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente. De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.2
          Por efeito da vontade podemos, conscientemente, aprender a administrar nossas emissões mentais, mantendo-nos em sintonia com os Espíritos benfeitores, encarnados e desencarnados. Da mesma forma, é possível estabelecermos com eles ligações de simpatia, selecionando os diferentes matizes de influências espirituais que favoreçam  nossa harmonia íntima  e que estimulem o nosso progresso moral-intelectual.
               Faz–se necessário, pois, desenvolver controle sobre as próprias emissões e recepções mentais, selecionando as que garantam paz e harmonia e nos  livram das ações dos Espíritos ainda distanciados do Bem:  “Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza.3
             As influências espirituais podem ser leves ou profundas; ocultas, perceptíveis apenas do próprio indivíduo, ou ostensivas, claramente detectadas pelos circunstantes. Neste contexto, é importante distinguir  as nossas ideias  e as que procedem de outras mentes. Trata-se de um aprendizado que exige tempo e perseverança para alcançar bons resultados, pois nem sempre é fácil fazer tal distinção, sobretudo quando a influência é oculta e sutil.
             É válido, portanto,  desenvolver um programa de autoconhecimento em que se considere: a) observar com mais atenção o teor dos pensamentos que usualmente emitimos; b) analisar a carga emocional que impregna as nossas manifestações verbais e as nossas ações; c) procurar identificar, de maneira honesta, inclinações, tendências, imperfeições, assim como virtudes, conquistas intelectuais e morais; d) delinear necessidades reais, estabelecendo um plano de como atendê-las sem lesar o próximo; e) habituar-se a fazer um balanço das influências, boas ou ruins, exercidas pelo meio social (família, amigos, colegas de profissão), no qual estamos inseridos.
         As seguintes orientações de Santo Agostinho, encontradas em O Livro dos Espíritos, nos auxiliam  na elaboração e execução do programa de autoconhecimento:
Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Portanto, questionai-vos, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo agis em dada circunstância; se fizestes alguma coisa que censuraríeis, se feita a outrem; se praticastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda isto: Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada é oculto?  Examinai o que podeis ter feito contra Deus, depois contra vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas acalmarão a vossa consciência ou indicarão um mal que precise ser curado.
O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual.  Mas, direis, como pode alguém julgar-se a si mesmo? […]. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, perguntais como a qualificaríeis se praticada por outra pessoa.  Se a censurais nos outros, ela não poderia ser mais legítima, caso fôsseis o seu autor, pois Deus não usa de duas medidas na aplicação de sua justiça.  Procurai também saber o que pensam os outros e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, já que estes não têm nenhum interesse de disfarçar a verdade e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. Aquele, pois, que tem o desejo de melhorar-se perscrute a sua consciência, a fim de extirpar de si as más tendências, como arranca as ervas daninhas do seu jardim; faça o balanço de sua jornada moral, avaliando, a exemplo do comerciante, seus lucros e perdas, e eu vos garanto que o lucro sobrepujará os prejuízos. […].
Formulai, portanto, a vós mesmos, perguntas claras e precisas e não temais multiplicá-las: pode-se muito bem consagrar alguns minutos para conquistar a felicidade eterna. […].4
Referências
  1. KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 4 ed. 1. Imp. Brasília: FEB, 2013. Q. 459, p. 230.
  2. XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. 13. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Cap. 26, p.111/112.
  3. p.112.
  4. KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 4 ed. 1. Imp. Brasília: FEB, 2013. Q. 919-a, p. 395/396.
 
Fonte: site FEB 


sexta-feira, 15 de abril de 2016

E aí! Assistiu?

Indicamos.
 
628. Por que a verdade não esteve sempre ao alcance de todos?
— E necessário que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: é preciso que nos habituemos a ela pouco a pouco, pois de outra maneira nos ofuscaria.
...
Jamais houve um tempo em que Deus permitisse ao homem receber comunicações tão completas e tão instrutivas como as que hoje lhe são dadas. Havia na Antiguidade, como sabeis, alguns indivíduos que estavam de posse daquilo que consideravam uma ciência sagrada e da qual faziam mistério para os que consideravam profanos. Deveis compreender, com o que conheceis das leis que regem esses fenômenos, que eles recebiam apenas verdades esparsas no meio de um conjunto equívoco e na maioria das vezes alegórico. Não há, entretanto, para o homem de estudo, nenhum antigo sistema filosófico, nenhuma tradição, nenhuma religião a negligenciar, porque todos encerram os germes de grandes verdades, que, embora pareçam contraditórias entre si, espalhadas que se acham entre acessórios sem fundamento, são hoje muito fáceis de coordenar, graças à chave que vos dá o Espiritismo de uma infinidade de coisas que até aqui vos pareciam sem razão, e cuja realidade vos é agora demonstrada de maneira irrecusável. Não deixeis de tirar temas de estudo desses materiais. São eles muito ricos e podem contribuir poderosamente para a vossa instrução.
‪#‎Espiritismo‬
(Espiritismo.net)
 

Qual a sua opinião: Honestidade



A venda de picolés na UTFPR de Cornélio Procópio é um teste de honestidade. Assista o vídeo aqui e deixe a sua opinião. :)

***


A honestidade não tem preço


A história é comovente. Fala de uma honestidade a toda prova, e é contada por Vladimir Petrov, jovem prisioneiro de um campo de concentração no nordeste da Sibéria.
Vladimir tinha um companheiro de prisão chamado Andrey.
Ambos sabiam que daquele lugar poucos saíam com vida, pois o alimento que se dava aos prisioneiros políticos não tinham por objetivo mantê-los vivos por muito tempo.
A taxa de mortalidade era extremamente alta, graças ao regime de fome e aos trabalhos forçados. E como é natural, os prisioneiros, em sua maioria, roubavam tudo quanto lhes caía nas mãos.
Vladimir tinha, numa pequena caixa, alguns biscoitos, um pouco de manteiga e açúcar - coisas que sua mãe lhe havia mandado clandestinamente, de quase três mil quilômetros de distância.
Guardava aqueles alimentos para quando a fome se tornasse insuportável. E como a caixa não tinha chave, ele a levava sempre consigo.
Certo dia, Vladimir foi despachado para um trabalho temporário em outro campo. E porque não sabia o que fazer com a caixa, Andrey lhe disse:
Deixe-a comigo, que eu a guardo. Pode estar certo de que ficará a salvo comigo.
No dia seguinte da sua partida, uma tempestade de neve que durou três dias tornou intransitáveis todos os caminhos, impossibilitando o transporte de provisões.
Vladimir sabia que no campo de concentração em que ficara Andrey, as coisas deviam andar muito mal.
Só dez dias depois os caminhos foram reabertos e Vladimir retornou ao campo.
Chegou à noite, quando todos já haviam voltado do trabalho, mas não viu Andrey entre os demais.
Dirigiu-se ao capataz e lhe perguntou:
Onde está Andrey?
Enterrado numa cova enorme junto com outros tantos prisioneiros, respondeu ele.
Mas antes de morrer pediu-me que guardasse isto para você.
Vladimir sentiu um forte aperto no coração.
Nem minha manteiga nem os biscoitos puderam salvá-lo, pensou.
Abriu a caixa e, dentro dela, ao lado dos alimentos intactos, encontrou um bilhete dizendo:
Prezado Vladimir. Escrevo enquanto ainda posso mexer a mão. Não sei se viverei até você voltar, porque estou horrivelmente debilitado. Se eu morrer, avise a minha mulher e meus filhos. Você sabe o endereço.
Deixo as suas coisas com o capataz. Espero que as receba intactas, Andrey.

*   *   *

Ser honesto é dever que cabe a toda criatura que tem por meta a felicidade.
E a fidelidade é uma das virtudes que liberta o ser e o eleva na direção da Luz.
Uma amizade sólida e duradoura só se constroi com fidelidade e honestidade recíprocas.
Somente as pessoas honestas e fieis possuem a grandeza d'alma dos que já se contam entre os Espíritos verdadeiramente livres.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base em artigo publicado
 na Revista Seleções Reader’s Digest, jan/1950.
Em 06.08.2009.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Mural reflexivo: Agir ou reagir?


AGIR OU REAGIR?
 

    Vez ou outra ela nos atinge. É a violência que vige nas almas e se exterioriza em palavras e ações grosseiras.

    Por vezes, a impressão que se tem é que a grande maioria dos seres anda armada contra seu semelhante.

    São funcionários em estabelecimentos comerciais ou serviços públicos que parecem abarrotados de tarefas e, por isso mesmo, estressados.

    Basta que se lhes peça uma pequena coisa a mais e pronto: lá vem uma resposta grosseira, que soa como um desabafo.

    Às vezes, o que diz o funcionário não é verdadeiramente grosseiro, mas o tom de voz ou a inflexão que imprime aos seus vocábulos, agride.

    São clientes que aguardam o atendimento nota dez e reclamam por ele não se apresentar.

    Assim, em consultórios, é bastante comum se ouvir reclamações acerca do atraso do profissional.  E quem ouve são as recepcionistas, as atendentes.

    O próprio telefone tem se tornado uma arma violenta, na boca de uns tantos.  Através dele, as criaturas se permitem gritar, esbravejar e dizer palavras que, normalmente, face a face, corariam de vergonha em utilizar.

    Por tudo isso é deveras importante que principiemos a nos exercitar para agir nas mais intrincadas situações, a fim de evitar cedermos à onda de agressividade e má educação, que parece levar de roldão a quase todos.

    Usar expressões mágicas como: Por favor.  Seria possível?  Poderia me fazer a gentileza?  Com licença funcionam muito bem.

    Contudo, preparar-se para desarmar quem agride, é imprescindível, mesmo para se evitar ser envolvido em situações constrangedoras.

    Ante um funcionário que reclama do que lhe é solicitado, de bom alvitre solidarizar-se com ele, com frases como: Dificultosa esta sua tarefa, não é?  Ou Deve estar sendo um dia difícil, não é mesmo?

    Perante o cliente enfadado pela demora de mercadoria não recebida, do horário não respeitado, mostrar-se disposto a ajudar, verificar as razões da demora e informar com paciência.

    Temos, de um modo geral, medo de pedir desculpas pois acreditamos que isto significa estar assumindo um erro, que nem sempre é nosso.

    Mas na verdade, desculpar-se significa tomar ciência da frustração do cliente e atender a sua reclamação.

    Em todo momento, buscar soluções é melhor do que perder tempo com discussões e resolver os problemas, antes que mais se agravem.

    Promover a paz nem sempre significa sentar-se à mesa internacional das negociações para decidir sobre a extinção de minas terrestres, de armas nucleares.

    Mas, com certeza, quer dizer desarmar-se, amar-se e amar o próximo, propondo e dispondo a calma, a sensatez e o entendimento.

*  *  *
    Jesus, no Sermão da Montanha, declarou que seriam bem-aventurados os pacíficos, porque seriam chamados filhos de Deus.
 
    Pacífico significa amigo da paz.

 
    Paz é condição intrínseca da criatura, que se reflete em suas atitudes, dissertando da harmonia de que se reveste, não podendo ser alcançada senão à custa da disciplina e de férrea vontade.

 

(Redação do Momento Espírita, com base no cap.  5, versículo 9 do Evangelho de Mateus e no artigo Só discute quem quer, da revista Seleções do Reader´s Digest, de junho de 1997 - www.momento.com.br)

terça-feira, 12 de abril de 2016

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970 - CONCLUSÃO - A015 – Cap. 3 – Técnica de Obsessão – Segunda Parte

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco
A015 – Cap. 3 – Técnica de Obsessão – Segunda Parte
CONCLUSÃO
QUESTÕES PARA ESTUDO
1 – Guilherme, mesmo desencarnado, desconhecia a possibilidade de reencarnação. Não obstante, experimentava intensa repulsa a Mateus e Mariana. Por quê? E qual a consequência silenciosa que Mateus sofria com a presença de Alexandre em sua casa?
A literatura subsidiária ensina que, não obstante o espírito estar desencarnado, nem por isso passa a conhecer todas as leis espirituais de um só momento... Muitos, aliás, transportam para a vida espiritual todos os preconceitos religiosos cultivados na reencarnação, de modo que passam longos períodos ignorando princípios tais como a reencarnação, a mediunidade, a pluralidade de mundos habitados, a Lei de Afinidade e de Causa e Efeito, etc. Esta era a condição de Guilherme... 
Embora não entendesse, sentia-se atraído por Mateus e Mariana. Os dois, apesar de estarem em corpos diferentes, eram os mesmos que o houveram prejudicado na reencarnação anterior. A Lei de Afinidade e de Causa e Efeito os mantinha próximos, mesmo com eles ignorando tais processos. A convivência psíquica de Guilherme e Mateus despertou, neste último, hábitos viciosos de outrora, bem como sentimentos de aversão à filha. Pouco a pouco a obsessão foi se instalando.
2 – Quem era Dr. Teofratus?
Segundo o autor espiritual, Dr. Teofratus fora mago grego das ciências psíquicas e em 1470 foi morto pela Inquisição. Na Espiritualidade, porém, continuou com seus projetos de vingança e poder; e, como conhecia, relativamente aos demais, extensos conhecimentos psíquicos, subjugou na erraticidade diversos espíritos, com os quais mantinha suas relações de ódio e terror. Devido às companhias espirituais da irmã de Mariana, Marta, Guilherme foi apresentado ao mago, que lhe esclareceu o que estava acontecendo, as razões que o prendiam àquela família, e se ofereceu para lhe ajudar...
3 – Qual era o plano de Dr. Teofratus e Alexandre sobre a família Soares?
Dr. Teofratus, desejando auxiliar Guilherme nos seus projetos de vingança, o incentivou a desequilibrar o Sr. Mateus, através dos vícios, e a relação dele com a filha, Mariana. Esta, em um momento de raiva, fugiria de casa para viver com o namorado. Pouco tempo depois, iria engravidar; oportunidade na qual Guilherme iria se reencarnar para mais diretamente prejudicar a família. Como estudamos, Mariana fugiu, como de fato planejado, porém não conseguiu se encontrar com o namorado, e voltou para casa, pela ação dos benfeitores, em intercessão aos pedidos de D. Rosa, mãe de Mariana.

 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Pergunta feita: sobre o desenvolvimento mediúnico


De: MANG
Duvida: No desenvolvimento. Na hora que preparo para receber uma mesagem.Vejo meu espirito ao lado do corpo. E outro no meu lugar pegando o lapís para escrever.Isso e normal acontecer?
RESPOSTA:
MA,
Esta é uma situação absolutamente normal. No momento da comunicação mediúnica sob a forma mecânica, como parece ser o caso, qualquer que seja a modalidade de mediunidade, o espírito do médium afasta-se de seu corpo e permite que o espírito comunicante dele faça uso para se comunicar. O espírito do médium permanece próximo, ao lado do corpo, como que a vigiar a sua utilização por parte do espírito comunicante e pronto para reassumi-lo a qualquer momento que se faça necessário.
Esperando ter contribuído, continuamos à disposição
Muita paz e um forte abraço
Equipe CVDEE

Pergunta feita: Sonambulismo

De: FFS
Duvida: Peço-lhes esclarecimento sobre o termo usado sonambulismo; e, sonambulismo mediúnico, não raro é usado como sinônimos.
RESPOSTA:
F,
O sonambulismo é um estado de emancipação do espírito encarnado em relação ao seu corpo físico, de maior amplitude e mais profundidade do que normalmente ocorre durante o sono comum. O espírito se liberta temporariamente do corpo físico e assume as suas faculdades espirituais, sem as restrições impostas pela matéria. O sonâmbulo tem todas as percepções do espírito quando livre da matéria, que, neste estado, fica como que aniquilada, privada das sensações até que o espírito retorne e volte ao corpo. Nessas ocasiões, o espírito pode utilizar seu corpo físico para executar determinada ação, ocasião em que se serve dele como de um outro qualquer objeto material. Havendo um desprendimento maior do que aquele que comumente acontece durante o sono, o sonâmbulo nada sente. Seu corpo se torna um objeto afastado do espírito, como um objeto qualquer. É nestes casos que se usa o termo “sonanbulismo”. É o sonambulismo comum.
É comum, porém, no estado sonambúlico, a ocorrência de manifestação mediúnica, comunicando-se o espírito emancipado com outro espírito, pois, como neste tipo de fenômeno, o grau de desprendimento é maior, mais facilmente se torna essa comunicação. Como comenta Kardec, no Livro dos Espíritos, "mostra a experiência que os sonâmbulos também recebem comunicações de outros Espíritos, que lhes transmitem o que devam dizer ..
." Nestes casos é que se usa o termo “sonanbulismo mediúnico”.
Portanto, a diferença está em que, no sonambulismo mediúnico, há a interferência de um espírito, enquanto no sonambulismo comum não há qualquer interferência de espírito.
 
Esperando ter contribuído, continuamos à disposição
 
Muita paz e um forte abraço

Equipe CVDEE

domingo, 10 de abril de 2016

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

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ESE059 – Cap. XIII – Itens 17 a 18
Tema:   A piedade
            Os órfãos
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A - Texto de Apoio:
A piedade
17. A piedade é a virtude que mais vos aproxima dos anjos; é a irmã da caridade, que vos conduz a Deus. Ah! deixai que o vosso coração se enterneça ante o espetáculo das misérias e dos sofrimentos dos vossos semelhantes. Vossas lágrimas são um bálsamo que lhes derramais nas feridas e, quando, por bondosa simpatia, chegais a lhes proporcionar a esperança e a resignação, que encanto não experimentais! Tem um certo amargor, é certo, esse encanto, porque nasce ao lado da desgraça; mas, não tendo o sabor acre dos gozos mundanos, também não traz as pungentes decepções do vazio que estes últimos deixam após si Envolve-o penetrante suavidade que enche de jubilo a alma. A piedade, a piedade bem sentida é amor; amor é devotamento; devotamento é o olvido de si mesmo e esse olvido, essa abnegação em favor dos desgraçados, é a virtude por excelência, a que em toda a sua vida praticou o divino Messias e ensinou na sua doutrina tão santa e tão sublime.
Quando esta doutrina for restabelecida na sua pureza primitiva, quando todos os povos se lhe submeterem, ela tomará feliz a Terra, fazendo que reinem aí a concórdia, a paz e o amor.
O sentimento mais apropriado a fazer que progridais, domando em vós o egoísmo e o orgulho, aquele que dispõe vossa alma à humildade, à beneficência e ao amor do próximo, é a piedade! piedade que vos comove até às entranhas à vista dos sofrimentos de vossos irmãos, que vos impele a lhes estender a mão para socorrê-los e vos arranca lágrimas de simpatia. Nunca, portanto, abafeis nos vossos corações essas emoções celestes; não procedais como esses egoístas endurecidos que se afastam dos aflitos, porque o espetáculo de suas misérias lhes perturbaria por instantes a existência álacre. Temei conservar-vos indiferentes, quando puderdes ser úteis. A tranquilidade comprada à custa de uma indiferença culposa é a tranquilidade do mar Morto, no fundo de cujas águas se escondem a vasa fétida e a corrupção.
Quão longe, no entanto, se acha a piedade de causar o distúrbio e o aborrecimento de que se arreceia o egoísta! Sem dúvida, ao contato da desgraça de outrem, a alma, voltando-se para si mesma, experimenta um constrangimento natural e profundo, que põe em vibração todo o ser e o abala penosamente. Grande, porém, é a compensação, quando chegais a dar coragem e esperança a uni irmão infeliz que se enternece ao aperto de uma mão amiga e cujo olhar, úmido, por vezes, de emoção e de reconhecimento, para vós se dirige docemente, antes de se fixar no Céu em agradecimento por lhe ter enviado um consolador, um amparo. A piedade é o melancólico, nas celeste precursor da caridade, primeira das virtudes que a tem por irmã e cujos benefícios ela prepara e enobrece. - Miguel. (Bordéus, 1862)
Os órfãos
18. Meus irmãos, amai os órfãos. Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância! Deus permite que haja órfãos, para exortar-nos a servir-lhes de pais. Que divina caridade amparar uma pobre criaturinha abandonada, evitar que sofra fome e frio, dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre para o vício! Agrada a Deus quem estende a mão a uma criança abandonada, porque compreende e pratica a sua lei. Ponderai também que muitas vezes a criança que socorreis vos foi cara noutra encarnação, caso em que, se pudésseis lembrar-vos, já não estaríeis praticando a caridade, mas cumprindo um dever. Assim, pois, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade: não, porém, a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão em que cai, pois frequentemente bem amargos são os vossos óbolos! Quantas vezes seriam eles recusados, se na choupana a enfermidade e a miséria não os estivessem esperando! Dai delicadamente, juntai ao beneficio que fizerdes o mais precioso de todos os benefícios: o de uma boa palavra, de uma carícia, de um sorriso amistoso. Evitai esse ar de proteção, que equivale a revolver a lâmina no coração que sangra e considerai que, fazendo o bem, trabalhais por vós mesmos e pelos vossos. - Um Espírito familiar.(Paris, 1860.)
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 – Por que a piedade pode ser considerada como o sentimento mais apropriado a fazer com que progridamos?
2 – Por que agrada a Deus quem estende a mão aos órfãos?
3 – Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique.