sábado, 16 de setembro de 2017

Cine: O Homem Aranha


Cine: O Homem Aranha 

Edgar Egawa # FM! 28  10/08/2012   


O Homem Aranha(2000) é o meu paradigma de filme aparentemente sem relação com a Doutrina Espírita, mas que, sob uma análise mais atenta, revela nuances que eu espero descrever com propriedade neste artigo . O filme é uma salada bem temperada de aspectos fundamentais do Espiritismo: o moral, o fenomênico e o de relações com os espíritos. Tanto a interpretação quanto os feitos especiais ajudam a compreender melhor cada um deles.

A omissão, causa e efeito, o homem de bem Peter é levado por um desejo egoísta após adquirir seus poderes, a usá-lo na obtenção de dinheiro para compra de um carro e facilitar a conquista da garota de seus sonhos (Mary Jane). Ao ser enganado pelo dono da arena de luta-livre, ele tem a oportunidade de deter o ladrão que roubou a féria do dia, mas deixa-o passar. Ao voltar para a biblioteca, onde deveria encontrar seu tio Bem, encontra-o moribundo. Peter, ou o Homem Aranha, como o chamou o locutor da arena, parte em busca do assassino de seu tio, para no final descobrir que era o mesmo ladrão a quem facilitara a fuga. Corroído pela culpa, ele parte para o combate ao crime. Isso remete à questão 642 do Livro dos Espíritos:

É suficiente não fazermos o mal para agradarmos a Deus e assegurarmos nosso futuro? E a resposta: Não. É necessário fazermos o bem no limite de nossas forças; porque o homem responderá por todo o mal gerado pelo bem que ele deixou de fazer, o que é traduzido pelo pai adotivo de Peter: “Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”. E o Homem Aranha compensa uma atitude impensada e imatura que gerou um desastre observando as características do homem de bem, como descritas no Evangelho Segundo o Espiritismo.
Mediunidade em ação, o sentido de aranha nada mais é do que a clarividência em ação, da maneira como é descrito no filme. Logo após jogar involuntariamente sobre Flash Thompson a bandeja de comida, Parker vai até o armário, onde tem a visão de um punho indo em sua direção em câmera lenta . Ele se desvia, evitando o golpe. Há um outro momento em que fica evidente a clarividência, mas deixo ao espectador o trabalho de descobrir.

Obsessão. Observe atentamente a cena após o atentado na feira (estreia do Duende Verde), em que Norman Osborn se espanta ao descobrir que os diretores de sua empresa - o mesmo grupo que votou pela venda do conglomerado - foi morta durante o evento pelo Duende Verde. O diálogo entre Osborn e o Duende explicitam um dos mecanismos utilizados pelos obsessores: a sedução através dos vícios presentes no caráter do obsedado - no caso, a ânsia pelo poder.

Quaisquer obras, analisadas sob a ótica de nossa experiência de vida - o que abrange nossa formação profissional, familiar, moral, religiosa, filosófica - podem servir como exemplos para aquilo que queremos abordar. Para isso, é preciso que sempre estudemos e que tenhamos um olhar atento para o mundo. O próximo filme a ser abordado será Por um fio. Até breve.

Fonte - Revista Fala Meu!)
 

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

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EESE – Cap. XXII – Itens 1 a 4
Tema:  Indissolubilidade do casamento
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A - Texto de Apoio:

Indissolubilidade do casamento

1. Também os fariseus vieram ter com ele para o tentarem e lhe disseram: Será permitido a um homem despedir sua mulher, por qualquer motivo? Ele respondeu: Não lestes que aquele que criou o homem desde o princípio os criou macho e fêmea e disse: -Por esta razão, o homem deixará seu pai e sua mãe e se ligará à sua mulher e não farão os dois senão uma só carne? - Assim, já não serão duas, mas uma só carne. Não separe, pois, o homem o que Deus juntou.
Mas, por que então, retrucaram eles, ordenava Moisés que o marido desse à sua mulher um escrito de separação e a despedisse? - Jesus respondeu: Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés permitiu despedísseis vossas mulheres; mas, no começo, não foi assim. - Por isso eu vos declaro que aquele que despede sua mulher, a não ser em caso de adultério, e desposa outra, comete adultério; e que aquele que desposa a mulher que outro despediu também comete adultério. (S. MATEUS, cap. XIX, vv. 3 a 9.)

2. Imutável só há o que vem de Deus. Tudo o que é obra dos homens está sujeito a mudança. As leis da Natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os países. As leis humanas mudam segundo os tempos, os lugares e o progresso da inteligência. No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos, para que se opere a substituição dos seres que morrem; mas, as condições que regulam essa união são de tal modo humanas, que não há, no inundo inteiro, nem mesmo na cristandade, dois países onde elas sejam absolutamente idênticas, e nenhum onde não hajam, com o tempo, sofrido mudanças. Daí resulta que, em face da lei civil, o que é legítimo num país e em dada época, é adultério noutro país e noutra época, isso pela razão de que a lei civil tem por fim regular os interesses das famílias, interesses que variam segundo os costumes e as necessidades locais. Assim é, por exemplo, que, em certos países, o casamento religioso é o único legítimo; noutros é necessário, além desse, o casamento civil; noutros, finalmente, este último casamento basta.

3. Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir. Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor é tida em consideração? De modo nenhum. Não se leva em conta a afeição de dois seres que, por sentimentos recíprocos, se atraem um para o outro, visto que, as mais das vezes, essa afeição é rompida. O de que se cogita, não é da satisfação do coração e sim da do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: de todos os interesses materiais. Quando tudo vai pelo melhor consoante esses interesses, diz-se que o casamento é de conveniência e, quando as bolsas estão bem aquinhoadas, diz-se que os esposos igualmente o são e muito felizes hão de ser.
Nem a lei civil, porém, nem os compromissos que ela faz se contraiam podem suprir a lei do amor, se esta não preside à união, resultando, frequentemente, separarem-se por si mesmos os que à força se uniram; torna-se um perjúrio, se pronunciado como fórmula banal, o juramento feito ao pé do altar. Daí as uniões infelizes, que acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que se evitaria se, ao estabelecerem-se as condições do matrimônio, se não abstraísse da única que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor. Ao dizer Deus: "Não sereis senão uma só carne", e quando Jesus disse: "Não separeis o que Deus uniu", essas palavras se devem entender com referência à união segundo a lei imutável de Deus e não segundo a lei mutável dos homens.

4. Será então supérflua a lei civil e dever-se-á volver aos casamentos segundo a Natureza? Não, decerto. A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo com as exigências da civilização; por isso, é útil, necessária, mas variável. Deve ser previdente, porque o homem civilizado não pode viver como selvagem; nada, entretanto, nada absolutamente se opõe a que ela seja um corolário da lei de Deus. Os obstáculos ao cumprimento da lei divina promanam dos prejuízos e não da lei civil. Esses prejuízos, se bem ainda vivazes, já perderam muito do seu predomínio no seio dos povos esclarecidos; desaparecerão com o progresso moral que, por fim, abrirá os olhos aos homens para os males sem conto, as faltas, mesmo os crimes que decorrem das uniões contraídas com vistas unicamente nos interesses materiais. Um dia perguntar-se-á o que é mais humano, mais caridoso, mais moral: se encadear um ao outro dois seres que não podem viver juntos, se restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumenta o número de uniões irregulares.

 B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Em que sentido devemos entender as palavras de Jesus: "Não separe o homem o que Deus juntou"?
2 - O que muitas vezes ocorre aos que se casam por interesses materiais?
3 - As separações são contrárias à lei de Deus?

4 - Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Minha Nada Mole Encarnação - Balada


Peça "Irmã Sheilla - A Enfermeira do Alto".

Nos dias 23 e 30 de setembro de 2017 será encenada do Teatro Henriqueta Brieba a peça "Irmã Sheilla - A Enfermeira do Alto".
O espetáculo teatral produzido pelo Junto e Misturado Associados Teatrais e dirigido por Claudio Juarez encerra o ciclo de apresentações em dois sábados no Rio de Janeiro.
O Teatro Henriqueta Brieba fica no Tijuca Tênis Clube: Rua Conde de Bonfim, 451 - Tijuca. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (21) 3294-9400.

Livro em estudo: Grilhões Partidos – B002 – Prolusão – A equipe de trabalho

Livro em estudo: Grilhões Partidos – Editora LEAL - 1974
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

B002 – Prolusão – A equipe de trabalho

PROLUSÃO

Tendo em vista o grave problema da obsessão, que aflige multidões e as infelicita, o grupo que se afeiçoe a esse ministério de socorro a obsidiados e obsessores deve observar, pelo menos, os seguintes requisitos mínimos:

1) A equipe de trabalho
Toda e qualquer tarefa, especialmente a que se destina ao socorro, exige equipe hábil, adredemente preparada para o ministério a que se dedica.
O operário siderúrgico, a fim de poder executar o trabalho junto às fornalhas de alta temperatura, resguarda-se, objetivando a sobrevivência, e adestra-se, a benefício de resultados vantajosos.
O tecelão preserva o aparelho respiratório com máscaras próprias e articula habilidades que desdobra, de modo a atender aos caprichos de padronagem, cor e confecção com os fios que lhe são entregues.
O agricultor apreende os cuidados especiais de que necessitam o solo, a semente, a planta, a floração e o fruto, com o fito de recolher lucros no labor que enceta.
O mestre, o cirurgião, o artista, o engenheiro, o expositor, o escrevente, todos os que exercem atividades, modestas ou não, se dedicam com carinho e especializam-se, adquirindo competência e distinção com o que se capacitam às compensações disso decorrentes.
No que tange às tarefas da desobsessão, não menos relevantes são os valores e qualidades especiais exigíveis, para que se logre êxitos.
Nos primeiros casos, necessita-se de fatores materiais, intelectivos e artísticos, inerentes a cada indivíduo que se dedica ao mister, seguindo a linha vocacional que lhe é própria ou estimulado pelas vantagens imediatas, através das quais espera rendas e estipêndios materiais.
No último caso, deve-se examinar a transcendência do material em uso — sutil, impalpável, incorpóreo — a começar desde a organização mediúnica até as expressões de caráter moral das Entidades comunicantes.
A equipe que se dedica à desobsessão — e tal ministério somente é credor de fé, possuidor de valor, quando realizado em equipe, —que a seu turno se submete à orientação das Equipes Espirituais Superiores — deve estribar-se numa série incontroversa de itens, de cuja observância decorrem os resultados da tarefa a desenvolver.
O “milagre” tão amplamente desejado é interpretação caótica e absurda de fatos coerentes, cuja mecânica escapa ao observador apressado. Não ocorre, portanto, uma vez que tudo transcorre sob a determinação de leis de superior contextura e de sábia execução.
Assim, faz-se imprescindível, na desobsessão, quando se pretende laborar em equipe:
a) harmonia de conjunto, que se consegue pelo exercício da cordialidade entre os diversos membros que se conhecem e se ajudam na esfera do quotidiano;
b) elevação de propósitos, sob cujo programa cada um se entrega, em regime de abnegação, às finalidades superiores da prática medianímica, do que decorrem os resultados de natureza espiritual, moral e física dos encarnados e dos desencarnados em socorro;
c) conhecimento doutrinário, que capacita os médiuns e os doutrinadores, assistentes e participantes do grupo a uma perfeita identificação, mediante a qual se podem resolver os problemas e dificuldades que surgem, a cada instante, no exercício das tarefas desobsessivas;
d) concentração, por meio de cujo comportamento se dilatam os registros dos instrumentos mediúnicos, facultando sintonia com os comunicantes, adredemente trazidos aos recintos próprios para a assistência espiritual;
e) conduta moral sadia, em cujas bases estejam insculpidas as instruções evangélicas, de forma que as emanações psíquicas, sem miasmas infelizes, possam constituir plasma de sustentação daqueles que, em intercâmbio, necessitam dos valiosos recursos de vitalização para o êxito do tentame;
f) equilíbrio interior dos médiuns e doutrinadores, uma vez que, somente aqueles que se encontram com a saúde equilibrada estão capacitados para o trabalho em equipe. Pessoas nervosas, versáteis, susceptíveis, bem se depreende, são carecentes de auxílio, não se encontrando habilitadas para mais altas realízações, quais as que exigem recolhimento, paciência, afetividade, clima de prece, em esfera de lucidez mental. Não raro, em pleno serviço de socorro aos desencarnados, soam alarmes solicitando atendimento aos membros da esfera física, que se desequilibram facilmente, deixando-se anestesiar pelos tóxicos do sono fisiológico ou pelas interferências da hipnose espiritual inferior, quando não derrapam pelos desvios mentais das conjecturas perniciosas a que se aclimataram e em que se comprazem.
Alegam muitos colaboradores que experimentam dificuldades quando se dispõem à concentração. No entanto, fixam-se com facilidade surpreendente nos pensamentos depressivos, lascivos, vulgares, graças a uma natural acomodação a que se condicionam, como hábito irreversível e predisposição favorável.
Parece-nos que, em tais casos, a dificuldade em concentrar-se se refere às idéias superiores, aos pensamentos nobres, cujo tempo mental para estes reservado, é constituído de pequenos períodos, em que não conseguem criar um clima de adaptação e continuidade, suficientes para a elaboração de um estado natural de elevação espiritual;
g) confiança, disposição física e moral, que são decorrentes da certeza de que os Espíritos, não obstante, invisíveis para alguns, se encontram presentes, atuantes, a eles se vinculando, mentalmente, cm intercâmbio psíquico eficiente, de cujos diálogos conseguem haurir estímulos e encorajamento para o trabalho em execução. Outrossim, as disposições físicas, mediante uma máquina orgânica sem sobrepeso de repastos de digestão difícil, relativamente repousada, pois não é possível manter-se uma equipe de trabalho dessa natureza, utilizando-se companheiros desgastados, sobrecarregados, em agitação;
h) circunspeção, que não expressa catadura, mas responsabilidade, conscientização de labor, embora a face desanuviada, descontraída, cordial;
i) médiuns adestrados, atenciosos, que não se facultem perturbar nem perturbem os demais membros do conjunto, o que significa adicionar, serem disciplinados, a fim de que a erupção de esgares, pancadas, gritarias não transforme o intercâmbio santificante em algaravia desconcertante e embaraçosa. Ter em mente que a psicofonia é sempre de ordem psíquica, mediante a concessão consciente(*) do médium, através do seu perispírito, pelo qual o agente do além-túmulo consegue comunicar-se, o que oferece ao sensitivo possibilidade de frenar todo e qualquer abuso do paciente que o utiliza, especialmente quando este é portador de alucinações, desequilíbrios e descontroles de vária ordem, que devem, de logo, ser corrigidos ou pelo menos diminuídos, aplicando-se a terapêutica de reeducação;
j) lucidez do preposto para os diálogos, cujo campo mental harmonizado deve oferecer possibilidades de fácil comunicação com os Instrutores Desencarnados, a fim de cooperar eficazmente com o programa em pauta, evitando discussão infrutífera, controvérsia irrelevante, debate dispensável ou informação precipitada e maléfica ao atormentado que ignora o transe grave de que é vítima, em cujas teias dormita semi-hebetado, apesar da ferocidade que demonstre ou da agressividade •de que se revista;
(*) Referimo-nos à lucidez da auto-doação do médium para o intercâmbio e não à memória, velada ou não, durante o transe. Nota do Autor espiritual.
1) pontualidade, a fim de que todos os membros possam ler e comentar em esfera de conversação edificante, com que se desencharcam dos tóxicos físicos e psíquicos que carregam, em conseqüência das atividades normais; e procurarem todos, como leciona Allan Kardec, ser cada dia melhor do que no anterior, e de cujo esforço se credenciam a maior campo de sintonia elevada, com méritos para si próprios e para o trabalho no qual se empenham...
Claro está que não exaramos aqui todas as cláusulas exigíveis a uma tarefa superior de desobsessão, todavia, a sincera e honesta observância destas darão qualidade ao esforço envidado, numa tentativa de cooperação com o Plano Espiritual interessado na libertação do homem, que ainda se demora atado às rédeas da retaguarda, em lento processo de renovação(*).

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – Como uma conduta moral e sadia colabora para o tratamento dos espíritos infelizes?

2 – De que forma o equilíbrio interior dos tarefeiros da reunião mediúnica influi nos trabalhos espirituais?

3 – Que são médiuns adestrados, segundo o autor espiritual?

Bom estudo a todos!!
 Equipe Manoel Philomeno

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

16ª Semana Espírita de Valinhos/SP - Tema central : "Novos Tempos para o Espírito".

De 2 a 10 de outubro de 2017 acontecerá a 16ª Semana Espírita de Valinhos/SP. 
O tema central é "Novos Tempos para o Espírito". Na programação, palestras de Vania Mugnato, Orson Peter Carrara, Luiz Góes, Angelica Carlini, Rogério Sanches, André Luiz Rosa e Marcos Gabriel Bassoli. Sempre a partir das 20h. O evento é promovido pela União Espírita do município.
Mais informações sobre a programação completa podem ser obtidas através do e-mail uev.divulgacao-espirita@gmail.com.

Doação de medula une homem e família do bebê que ele salvou

Robin Levinson-King
Da BBC News em Toronto


Estatisticamente falando, eles eram um par improvável. Mas depois que Michael Menafee doou sua medula para o pequeno Jaxson Slade, três anos atrás, os dois criaram uma conexão que hoje vai além de sangue e osso.
Quando Menafee chegou ao aeroporto de St John, na ilha canadense de Newfoundland, em abril, ele não sabia o que esperar. O homem de 32 anos, natural de Chicago (EUA), havia viajado mais de 4 mil km para passar a Páscoa com uma família que ele nunca havia conhecido.
Ao ser recebido por estranhos no aeroporto, porém, ele rapidamente percebeu que já era parte da família Slade.
"Eu me senti muito confortável, foi como se nos conhecêssemos há anos", disse ele à BBC em sua casa na Guatemala, onde ele trabalha para o Corpo da Paz dos Estados Unidos.
Em 2014, Menafee doou parte de sua medula para Jaxson Slade, que foi diagnosticado com leucemia mieloide aguda quando ele tinha apenas 13 meses de idade.
Apesar de o procedimento de doação ser doloroso, Menafee disse que é "viável" e que ele se recuperou em duas semanas.
Sua doação foi feita ao hospital da Universidade de Georgetown, em Washington, e Jaxson recebeu o transplante no Hospital Infantil de Toronto. Doador e receptor sequer sabiam o nome um do outro.
Menafee só soube que Jaxson havia sobrevivido ao transplante quando a mãe do menino, Melissa Slade, pediu seus contatos ao programa responsável pela doação, DKMS, em 2016. Segundo as regras de doação, os participantes precisam esperar dois anos para revelar suas identidades, e apenas se o doador concordar.
Para Melissa Slade, agradecer a Menafee foi tão importante quanto o próprio transplante no processo de cura do filho.
"Eu sou a mãe dele, mas eu não conseguia lhe dar a vida de fato. Foi Michael quem lhe deu o dom da vida", diz a mãe. "Como você agradece a alguém por isso?"
Quando Jaxson foi diagnosticado com leucemia, em 2013, os médicos disseram que a única coisa que poderia curá-lo seria um transplante de medula. Mas, na ausência de um doador compatível em sua família, Jaxson precisou recorrer a um desconhecido.
Cerca de metade das pessoas na lista de doação não encontram um doador com compatibilidade, mas Jaxson teve sorte. Menafee havia visto um cartaz sobre doação de medula óssea na Universidade do Estado de Indiana, onde ele cursava sua graduação em Saúde Pública.
Menafee sabia quão importante é ser doador voluntário: sua mãe morreu de leucemia em 2006. Mas a maioria das pessoas que doam uma amostra de sangue não são chamadas para doar a medula, de acordo com o DKMS.
Quando Menafee ficou sabendo que havia um menino de um ano de idade precisando de sua medula no Canadá, ficou entusiasmado. Sua compatibilidade surpreendeu os médicos porque Menafee é negro e Jaxson, branco.
Os médicos medem a compatibilidade de medula óssea de acordo com proteínas chamadas de antígenos leucocitários humanos (HLA, na sigla em inglês). Com tantos marcadores HLA diferentes, pode ser especialmente difícil conseguir compatibilidade entre pessoas de raças diferentes.
"Os pacientes têm mais chances de encontrar compatibilidade com um doador da mesma origem étnica", diz David Means, diretor de logística médica do DKMS.
Essa é uma das razões pelas quais os programas de doação estão sempre buscando diversidade entre os voluntários.
Ao descobrir que Jaxson estava vivo e saudável, Menafee diz ter sentido um alívio enorme. Sua própria mãe morreu devido a complicações resultantes de um transplante de células-tronco e ele temia que sua doação não fosse suficiente para salvar Jaxson.
Mas no final os dois eram um "par perfeito", disse Means à BBC.
"Eu estava surpreso e grato por descobrir que eu tinha uma compatibilidade 10/10, o que é extremamente raro em raças diferentes", diz Menafee.
Depois de os dois lados terem se comunicado regularmente por e-mail, os Slades convidaram Menafee para visitar a família em Newfoundland na Páscoa.
E fez uma festa em casa para recebê-lo. Menafee foi levado para as cidades litorâneas da região, viu icebergs e experimentou a culinária típica da parte atlântica do Canadá.
"Ele realmente se sentiu parte da família, foi uma conexão imediata", diz Slade.
E Jaxson - que agora já tem quase cinco anos - pôde conhecer o homem que salvou sua vida, mesmo sem entender realmente como. Segurando um ursinho de pelúcia branco, Jaxson deu um abraço apertado em Menafee e sorriu, especialmente quando viu que Menafee carregava uma sacola de Mario Brothers com um presente para ele.
Agora, seu câncer está em remissão e há uma chance muito pequena de voltar, diz Slade.
"Você jamais imaginaria isso ao vê-lo hoje. Ele é uma bola de energia que não para nunca".
Menafee e a família Slade não sabiam da existência um do outro até o ano passado e agora eles se falam toda semana. Quando Menafee deixou Newfoundland depois do feriado, ele prometeu voltar.
"Isso não é um adeus, é um até logo", disse.
Notícia publicada na BBC Brasil, em 15 de junho de 2017.

Marcia Leal Jek* comenta

O livro "O Espiritismo em sua Expressão mais Simples" esclarece-nos que em cada existência corpórea o Espírito deve cumprir uma missão proporcional a seu desenvolvimento; quanto mais ela for rude e laboriosa, maior seu mérito em cumpri-la. Cada existência é, assim, uma prova que o aproxima do alvo. O número de suas existências é indeterminado. Depende da vontade do Espírito, quer dizer, da nossa vontade, de abreviá-las, trabalhando ativamente em seu aperfeiçoamento moral.
Contudo, todas as coisas que vivemos hoje são resultado de nossas escolhas e ações no passado e na existência atual. Para alcançarmos uma vida melhor é necessário esforço para vencer as dificuldades e resignação nas lutas que a vida nos impõe.
A nossa missão maior neste mundo é trabalhar pelo nosso próprio aperfeiçoamento moral. Este trabalho se dá à medida que vamos identificando em nós imperfeições e más inclinações e vamos trabalhando para superá-las, iluminados pela luz dos ensinamentos de Jesus.
Somos favoráveis pela doação de órgãos. Não há maior dádiva do que vai oferecer algo que não é mais útil e que vai salvar uma vida.
Perguntaram a Chico Xavier se os espíritos consideram os transplantes de órgãos prática contrária às leis naturais e Chico respondeu: “Não, eles dizem que assim como nós aproveitamos uma peça de roupa que não tem utilidade para determinado amigo e esse amigo, considerando a nossa penúria material, nos cede essa peça de roupa, é muito natural, aos nos desvencilharmos do corpo físico, tenhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados dele, que possam utilizá-los com segurança e proveito.”
Todos podemos doar órgãos. A extração de um órgão não produz reflexos traumatizantes no perispírito do doador. O que lesa o perispírito, que é o nosso corpo espiritual, são as atitudes incorretas perpetradas pelo indivíduo, e não o que é feito a ele ou ao seu corpo por outras pessoas.
“Em princípio, a doação de órgãos é ato sublime, que denota clara evolução espiritual. Assim, para quem a faz movido pela compaixão, pelo puro desejo de ajudar seu semelhante, a remoção em nada lhe afetará, colhendo a alegria de quem faz o bem.” (1)
O Evangelho de Jesus dá a base para a verdadeira caridade e amplia o conceito de amor ao próximo, conforme foi feito por Menafee.
A vida compõe-se de mil desafios, e bem vivê-los é treinamento difícil, mas a cada dia estamos tentando a fim de aprendermos a nos instruir nesse complicado ofício. Não é raro pensarmos que os sofrimentos, as decepções, as experiências sofridas, são as que nos derrotam e abatem. Esquecemos que é justamente o contrário. A Doutrina Espírita nos esclarece que essas experiências, muitas vezes sofridas e complicadas, são exercícios diários de enriquecimento e aprendizado. Oportunidades abençoadas de nos reequilibrarmos perante as Leis de Deus, que são de Amor, Equilíbrio e Harmonia.
Deus é dentro de nós, e nos deu o livre-arbítrio para que tenhamos o poder de decisão.

Bibliografia:

(1) “Descobrindo o Espiritismo” - Zalmino Zimmermann - Editora Allan Kardec.

* Marcia Leal Jek é espírita e colaboradora do Espiritismo.net.

Mísseis x antimísseis: o que está em jogo na troca de ameaças entre Coreia do Norte e EUA?

UOL
Em Seul

As ameaças cruzadas entre Coreia do Norte e Estados Unidos têm como protagonistas o míssil norte-coreano Hwasong-12 e os antimísseis americanos SM-3 e THAAD:

O míssil norte-coreano: Hwasong-12

O Exército norte-coreano explicou que o seu projeto, no qual fará os últimos ajustes em meados de agosto, implicava em quatro mísseis Hwasong-12 que cairão a 30 ou 40 km de Guam.
Em um primeiro teste, em maio, este míssil de médio alcance (IRBM) percorreu 787 km. Foi lançado com um ângulo elevado e, segundo os especialistas, com um alcance máximo de 5.000 km.
O que coloca Guam, a 3.300 km das bases de mísseis norte-coreanas, ao seu alcance.
Especialistas descartam a possibilidade de que os mísseis possam falhar em seu objetivo, e advertem que estes poderiam cair na própria ilha.
Talvez o Hwasong-12 não seja o míssil mais preciso - tem uma tecnologia militar similar à da União Soviética nos anos 1970 - mas "pode falhar em seu objetivo, no máximo, em cinco quilômetros", indicou à AFP o pesquisador do fórum sobre Defesa e Segurança KODEF Yang Uk.
Diante das distâncias de voo anunciadas por Pyongyang, "o risco de atingir a ilha acidentalmente parece mais baixos, por enquanto".

O interceptador número 1: SM-3

Em caso de lançamentos efetivos, serão colocadas à prova as capacidades balísticas americanas na região.
O Japão advertiu que derrubaria qualquer míssil norte-coreano que ameaçasse o seu território. Tanto Tóquio como Washington contam com um sistema de mísseis interceptadores Standard Missil-3 (SM-3).
Este sistema usa a força bruta - o equivalente a um caminhão de 10 toneladas lançado a 1.000 km/h - para destruir o seu alvo, se chocando contra ele. Pode sair da atmosfera terrestre e interceptar mísseis balísticos a grande altitude.
A fabricante, Raytheon, compara esta técnica com a de "interceptar uma bala com outra bala".
"Se os mísseis atacarem Guam, os Estados Unidos agirão, é natural", considera o especialista em temas de Defesa e professor da Universidade Takushoku, Takashi Kawakami.
"Japão e Estados Unidos atuam juntos. A probabilidade de uma interceptação deve aumentar", explicou à AFP. "Mas também é possível que certos mísseis falhem".
O Japão dispõe do sistema antimísseis Patriot, que pode ser utilizado em menor altitude.

O interceptador número 2: THAAD

Washington colocou o potente escudo antimísseis Terminal High Altitude Area Defense (THAAD) na região Ásia-Pacífico, incluindo Coreia do Sul, Japão e Guam.
Como o SM-3, o sistema utiliza a energia cinética do interceptador para destruir o seu objetivo, com a força do impacto, e foi testado com sucesso contra um IRBM pela primeira vez em julho, no Alasca.
Mas a interceptação acontece na fase "terminal" do voo e é pouco provável que as baterias instaladas na Coreia do Sul e no Japão sejam eficazes.
Segundo os especialistas, para o escudo de Guam pode ser difícil neutralizar o ataque de quatro mísseis simultâneos.
"Quatro alvos ao mesmo tempo prometem ser divertidos", tuitou Jeffrey Lewis, do Instituto Middlebury de estudos internacionais, da Califórnia. "Eu acrescentaria um ou dois Aegis", acrescentou, em alusão ao sistema de defesa que incorpora os navios americanos e japoneses, e que inclui o SM-3.
Notícia publicada no BOL Notícias, em 10 de agosto de 2017.

Jorge Hessen* comenta

O Japão tem advertido que derrubaria qualquer míssil norte-coreano que ameaçasse o seu território. Tanto Tóquio como Washington contam com um sistema de mísseis interceptadores. Mas a interceptação acontece na fase "terminal" do voo na região Ásia-Pacífico, incluindo Coreia do Sul, Japão e Guam e é pouco provável que as baterias instaladas na Coreia do Sul e no Japão sejam eficazes.
Nesse tétrico cenário de guerra, sabe-se que Donald Trump é apaixonado pelas guerras, incluindo as armas nucleares. Tem prometido instituir leis e ordens “fortes”, “rápidas” e “justas”. Em verdade, nosso planeta jaz na UTI. Os governantes atuais permanecem moral e espiritualmente seriamente enfermos.
Há milênios entronizamos o debate sobre a razão humana, e permanecemos na guerra da destruição quais irracionais; exaltamos as mais elevadas demonstrações de inteligência, porém engendramos todo o conhecimento para os impiedosos massacres humanos. Em 2016, a Rússia mostrou um novo míssil nuclear que supostamente poderia devastar uma área do tamanho do estado do Texas, nos Estados Unidos.
No início de outubro de 2016, 40 milhões de cidadãos russos participaram do maior “teste” nuclear desde o fim da Guerra Fria, usando máscaras de gás e se preparando para fugir para bunkers. As tensões entre a Rússia e os Estados Unidos têm se mantido altas desde que os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções econômicas ao país devido às ações da Rússia na Ucrânia em 2014.
O General Richard Shirreff, comandante supremo da OTAN na Europa entre 2011 e 2014, descreveu a guerra nuclear com a Rússia em 2017 como algo “inteiramente plausível”. Cristina Varriale, do Royal United Service Institute (RUSI), disse ao The Sun que Putin está “pronto” para colocar as forças nucleares russas em alerta.
Não desejando ser pessimista, porém, na qualidade de historiador, não posso deixar de refletir que há menos de 100 anos o mundo experimentou duas guerras devastadoras na Terra. Mas, reflitamos o seguinte, qual a base lógica que justifica uma guerra? Os Espíritos admoestam que a guerra é a predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e satisfação das paixões.
Combates militares existem há mais de 5 mil anos, desde os primitivos embates entre os Mesopotâmios, entre gregos e persas, entre Atenas e Esparta, entre Roma e Cartago. O Século XX, recentemente findo, foi o século mais sangrento de todos os anteriores. Após a Segunda Guerra Mundial, já ocorreram centenas conflitos bélicos, resultando em mais de 40 milhões de mortos. Se contabilizarmos os resultados dessas paixões primitivas desde 1914, estes números sobem para 401 guerras e aproximadamente duzentos milhões de mortos, numa projeção bem superficial.
Ainda amargamos os disparates de uma soberaníssima tecnologia no campo bélico, do avanço da informática, do mapeamento dos genomas, das excursões espaciais, dos voos supersônicos, das maravilhas dos raios laser, ainda sobrevivemos com o massacre da dengue hemorrágica, com a chacina da febre amarela, com o desafio da tuberculose, com a provocação da AIDS e com todas as escandalosas invasões das drogas (cocaína, heroína, skanc, ecstasy, o crack, etc.).
Nesse funesto e real cenário planetário, a nossa esperança é a prática da mensagem do Cristo, que decididamente foi, é e sempre será o instrumento de pacificação entre os homens, sendo, portanto, o mais diligente convite contra a guerra e definitivamente o grande fanal para a redenção humana.

* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Qual sua opinião? - Desenvolva o tema à luz da Doutrina Espírita

Ei, Galera! Beleza aí? Recebemos o texto abaixo pelo face, achamos legal trazer aqui para a nossa reflexão. Vamos a ela? Beijos e abraços.
“Em junho de 2013, poucos dias antes do dia dos namorados, minha namorada terminou comigo. Eu fiquei sem entender. Voltei pra casa e durante todo o caminho me perguntava: “Por que?”. A única coisa que vinha na minha cabeça era a voz dela dizendo: “Eu amo você”. Eu passei um mês sofrendo procurando respostas para o que estava acontecendo.
Um dia, entrei no quarto do meu pai chorando e perguntei: “Pai, ela dizia que me amava. Então, por que ela terminou comigo?”. Ele respondeu: “Meu filho,quando alguém entra na sua vida e depois de algum tempo vai embora, pode ser qualquer coisa menos amor”. Eu disse: “Não da para entender. Um dia, existe amor e no outro tudo acabou”. Ele respondeu: “Você nunca vai superar seus traumas se continuar procurando no amor uma lógica. Construa uma nova história”. Eu perguntei: “E de onde vem essa força pra começar algo novo?” Ele respondeu: “Não se preocupe com isso todo começo vem de um final”.
Uma semana depois, meu pai foi diagnosticado com uma doença rara e degenerativa que iria matá-lo em alguns dias. Minha mãe não o abandonou. Ela ficou. Meu pai saia toda sexta para comer pizza com dois irmãos. Quando ele parou de andar, meus tios começaram a trazer a pizza aqui em casa.
Eles diziam: “Sem o seu pai, não tem graça”. E ficavam a noite inteira dando gargalhadas. Hoje, meu pai não consegue mais comer. Mesmo assim, toda sexta meus tios passam aqui em casa. Meu pai estudou em Ouro Preto-MG. Na formatura ele combinou com três amigos de se encontrarem de cinco em cinco anos. Este ano, meu pai não pode ir porque ele não anda mais. Os amigos dele saíram do interior de Minas e vieram até aqui em casa. Todo formando tem uma foto pregada na parede na república que estudou. Os amigos do meu pai trouxeram a foto dos quatro. Pregaram a foto de cada um na parede do quarto e disseram: “Agora, a nossa república é a sua casa”. E combinaram que daqui cinco anos estariam de volta.
Meu pai chorou. Meus pais completaram 47 anos de casados dia 2 de junho. Eles sempre dançaram nesse dia. Meu pai não consegue mais se levantar. Minha mãe entrou no quarto e colocou a música que eles dançavam. Ela disse: “Meu filho, traz a cadeira de rodas”. Eu perguntei: “O que você vai fazer?” Ela respondeu: “Vou fazer o que seu pai faria por mim”. Eu busquei a cadeira de rodas. Minha mãe colocou meu pai na cadeira. Ela ajoelhou ao lado dele e disse: “Vamos dançar”. Abraçou meu pai e fez a cadeira girar. Ela ficou ajoelhada a música toda. Meu pai chorava e ria ao mesmo tempo. Eles ficaram ali dançando e se divertindo. Eu voltei pro meu quarto chorando.
Abri o notebook e resolvi escrever esse texto.
Porque eu vejo o mundo distorcendo ou complicando demais o amor. Um monte de gente dizendo fique com alguém que faz isso, que faz aquilo, que te de isso, que não sei o que mais. Esse monte de regras e exigências são coisas criadas pela cabeça. E, meu velho, não sei se você sabe mas o amor é criado pelo coração. O resto, é ilusão.
Então, acredite. O amor, amor completo é quando você quer o outro sempre perto.
Só isso.”


Texto de Ique Carvalho - enviado pela Márcia Bernades via facebook

Artigo : POR QUE OCORREM NUMEROSAS MORTES SIMULTÂNEAS EM CATÁSTROFES NATURAIS E ACIDENTES? EXISTE DESTINO?

POR QUE OCORREM NUMEROSAS MORTES SIMULTÂNEAS EM CATÁSTROFES NATURAIS E ACIDENTES? EXISTE DESTINO?


Fonte da imagem: http://averdadequeamidianaomostra.blogspot.com.br/2012/04/nao-e-brincadeira-uma-grande-tsunami.html

Fábio José Lourenço Bezerra

            Em terremotos, tsunamis, incêndios, desastres aéreos e automobilísticos, além de outros tipos de tragédia, várias pessoas morrem ao mesmo tempo e da mesma forma, muitas vezes sob intenso sofrimento. Outras, nessas mesmas ocorrências, incrivelmente, sobrevivem, quando eram enormes as probabilidades de terem morrido. Quais as causas dessas mortes coincidentes, e dessas inacreditáveis sobrevivências?
         Sendo Deus todo-poderoso, soberanamente justo e bom, jamais permitiria que suas criaturas sofressem sem uma finalidade que lhes fosse benéfica posteriormente.
            Conforme já mencionamos no texto Por Que Devemos Fazer o Bem?, neste blog, todos nós somos irmãos em Deus, e é nosso dever nos ajudarmos mutuamente. Tudo o que fizermos de mal, conscientemente, aos nossos irmãos, ou toda a ajuda que deixarmos de prestar e, por conta disso, eles sofrerem, este mal se voltará contra nós, obedecendo à Lei de Causa e Efeito. Podemos não sentir enquanto estamos no corpo físico, mas, após a morte, temos nossa sensibilidade bastante aumentada, e é outro o nosso ponto de vista. Nossas imperfeições, quando estamos no mundo espiritual, são, para nós, como nódoas, manchas em nosso Espírito, que repercutem em nosso corpo espiritual de diversas formas. O sentimento de culpa, advindo de nossos erros, castiga nossa consciência (muitas vezes de forma bastante violenta), que necessita, para seu alívio, reparar o erro cometido. Esta reparação é feita, muitas vezes, em encarnações onde nos comprometemos a fazer o bem, ajudando aqueles a quem fizemos mal, ou a outras pessoas, ou voltamos para sofrer da mesma forma que aqueles a quem prejudicamos. Tal mecanismo não possui caráter de castigo, mas tão somente educativo, para modificar as disposições íntimas do Espírito, más tendências profundamente enraizadas em seu subconsciente. Sabendo aproveitar as reflexões aí proporcionadas, avança muito na sua evolução moral.
         Ocorre que muitos Espíritos, juntos ou não, praticaram o mal de forma semelhante em existências pretéritas, e lhes é concedido resgatarem o sofrimento que infligiram ao semelhante ao mesmo tempo, através de calamidades naturais ou acidentes. Assim, não é necessário que haja malfeitores para provocarem-lhe o sofrimento reparador. No Espiritismo, o fenômeno destas mortes semelhantes e simultâneas chama-se Resgate Coletivo.
        Mas como isso se dá? Por fatalidade, isto é, acontecimentos que estão irremediavelmente programados para ocorrer?  Aliás, existe fatalidade nos acontecimentos da vida?
            Na pergunta Nº 851 de “O Livro dos Espíritos”, temos: “Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?”
Resposta: “A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir. Ao vê-lo fraquear, um bom Espírito pode vir-lhe em auxílio, mas não pode influir sobre ele de maneira a dominar-lhe a vontade. Um Espírito mau, isto é, inferior, mostrando-lhe, exagerando aos seus olhos um perigo físico, o poderá abalar e amedrontar. Nem por isso, entretanto, a vontade do Espírito encarnado deixa de se conservar livre de quaisquer peias.”
Na pergunta Nº 852, temos: “Há pessoas que parecem perseguidas por uma fatalidade, independente da maneira por que procedem. Não lhes estará no destino o infortúnio?”
Resposta:“São, talvez, provas que lhes caiba sofrer e que elas escolheram. Porém, ainda aqui lançais à conta do destino o que as mais das vezes é apenas consequência de vossas próprias faltas. Trata de ter pura a consciência em meio dos males que te afligem e já bastante consolado te sentirás.”
Comentário de Allan Kardec: "As idéias exatas ou falsas que fazemos das coisas nos levam a ser bem ou malsucedidos, de acordo com o nosso caráter e a nossa posição social. Achamos mais simples e menos humilhante para o nosso amor próprio atribuir antes à sorte ou ao destino os insucessos que experimentamos, do que à nossa própria falta. É certo que para isso contribui algumas vezes a influência dos Espíritos, mas também o é que podemos sempre forrarnos a essa influência, repelindo as idéias que eles nos sugerem, quando más".

Na pergunta Nº 853, temos: “Algumas pessoas só escapam de um perigo mortal para cair em outro. Parece que não podiam escapar da morte. Não há nisso fatalidade?”
Resposta:“Fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte o é. Chegado esse momento, de uma forma ou doutra, a ele não podeis furtar-vos.”
a) — “Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou, não morreremos?”
“Não; não perecerás e tens disso milhares de exemplos. Quando, porém, soe a hora da tua partida, nada poderá impedir que partas. Deus sabe de antemão de que gênero será a morte do homem e muitas vezes seu Espírito também o sabe, por lhe ter sido isso revelado, quando escolheu tal ou qual existência.”

Na pergunta Nº 854, temos: “Do fato de ser infalível a hora da morte, poder-se-á deduzir que sejam inúteis as precauções que tomemos para evitá-la?”
Resposta:“Não, visto que as precauções que tomais vos são sugeridas com o fito de evitardes a morte que vos ameaça. São um dos meios empregados para que ela não se dê.”
Na pergunta Nº 855, temos: “Com que fim nos faz a Providência correr perigos que nenhuma conseqüência devem ter?”
Resposta:“O fato de ser a tua vida posta em perigo constitui um aviso que tu mesmo desejaste, a fim de te desviares do mal e te tornares melhor. Se escapas desse perigo, quando ainda sob a impressão do risco que correste, cogitas, mais ou menos seriamente, de te melhorares, conforme seja mais ou menos forte sobre ti a influência dos Espíritos bons. Sobrevindo o mau Espírito (digo mau, subentendendo o mal que ainda existe nele), entras a pensar que do mesmo modo escaparás a outros perigos e deixas que de novo tuas paixões se desencadeiem. Por meio dos perigos que correis, Deus vos lembra a vossa fraqueza e a fragilidade da vossa existência. Se examinardes a causa e a natureza do perigo, verificareis que, quase sempre, suas conseqüências teriam sido a punição de uma falta cometida ou da negligência no cumprimento de um dever. Deus, por essa forma, exorta o Espírito a cair em si e a se emendar.” 

Na pergunta Nº 856: “Sabe o Espírito antecipadamente de que gênero será sua morte?”
Resposta: “Sabe que o gênero de vida que escolheu o expõe mais a morrer desta do que daquela maneira. Sabe igualmente quais as lutas que terá de sustentar para evitá-lo e que, se Deus o permitir, não sucumbirá.”

Na pergunta Nº 859: “Com todos os acidentes, que nos sobrevêm no curso da vida, se dá o mesmo que com a morte, que não pode ser evitada, quando tem de ocorrer?”
Resposta: “São de ordinário coisas muito insignificantes, de sorte que vos podemos prevenir deles e fazer que os eviteis algumas vezes, dirigindo o vosso pensamento, pois nos desagradam os sofrimentos materiais. Isso, porém, nenhuma importância tem na vida que escolhestes. A fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que deveis aparecer e desaparecer deste mundo.”
a) — “Haverá fatos que forçosamente devam dar-se e que os Espíritos não possam conjurar, embora o queiram?”
“Há, mas que tu viste e pressentiste quando, no estado de Espírito, fizeste a tua escolha. Não creias, entretanto, que tudo o que sucede esteja escrito, como costumam dizer. Um acontecimento qualquer pode ser a conseqüência de um ato que praticaste por tua livre vontade, de tal sorte que, se não o houvesses praticado, o acontecimento não se teria dado. Imagina que queimas o dedo. Isso nada mais é senão resultado da tua imprudência e efeito da matéria. Só as grandes dores, os fatos importantes e capazes de influir no moral, Deus os prevê, porque são úteis à tua depuração e à tua instrução (grifo nosso).”

Na pergunta Nº 860: Pode o homem, pela sua vontade e por seus atos, fazer que se não dêem acontecimentos que deveriam verificar-se e reciprocamente?
Resposta: “Pode-o, se essa aparente mudança na ordem dos fatos tiver cabimento na seqüência da vida que ele escolheu. Acresce que, para fazer o bem, como lhe cumpre, pois que isso constitui o objetivo único da vida, facultado lhe é impedir o mal, sobretudo aquele que possa concorrer para a produção de um mal maior.”

As grandes calamidades naturais também possuem uma finalidade geral para o progresso da humanidade. Vejamos:

Na pergunta Nº 737: “Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?”
Resposta: “Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência,sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são freqüentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.” 

Na pergunta Nº 738: “Para conseguir a melhora da Humanidade, não podia Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores?
Resposta:“Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém não se aproveita desses meios. Necessário, portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua fraqueza.”
a) — “Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe o homem de bem como o perverso. Será justo isso?”
“Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de maneira diversa pensa depois da morte. Ora, conforme temos dito, a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso mundo não passa de um relâmpago na eternidade . Logo, nada são os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que tanto vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real. Esses os filhos de Deus e o objeto de toda a sua solicitude. Os corpos são meros disfarces com que eles aparecem no mundo. Por ocasião das grandes calamidades que dizimam os homens, o espetáculo é semelhante ao de um exército cujos soldados, durante a guerra, ficassem com seus uniformes estragados, rotos, ou perdidos. O general se preocupa mais com seus soldados do que com os uniformes deles.”
b) — Mas, nem por isso as vítimas desses flagelos deixam de o ser.
“Se considerásseis a vida qual ela é e quão pouca coisa representa com relação ao infinito, menos importância lhe daríeis. Em outra vida, essas vítimas acharão ampla compensação aos seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem murmurar.”
Comentário de Allan Kardec: “Venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de flagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo. Se, pelo pensamento, pudéssemos elevar-nos de maneira a dominar a Humanidade e a abrangê-la em seu conjunto, esses tão terríveis flagelos não nos pareceriam mais do que passageiras tempestades no destino do mundo.”

Na pergunta Nº 739: “Têm os flagelos destruidores utilidade, do ponto de vista físico, não obstante os males que ocasionam?”
Resposta:“Têm. Muitas vezes mudam as condições de uma região. Mas, o bem que deles resulta só as gerações vindouras o experimentam.”

Na pergunta Nº 740: “Não serão os flagelos, igualmente, provas morais para o homem, por porem-no a braços com as mais aflitivas necessidades?”
Resposta: “Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo.”

Na pergunta Nº 741: “Dado é ao homem conjurar os flagelos que o afligem?”
Resposta: “Em parte, é; não, porém, como geralmente o entendem. Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem. À medida que adquire conhecimentos e experiência, ele os vai podendo conjurar, isto é, prevenir, se lhes sabe pesquisar as causas. Contudo, entre os males que afligem a Humanidade, alguns há de caráter geral, que estão nos decretos da Providência e dos quais cada indivíduo recebe, mais ou menos, o contragolpe. A esses nada pode o homem opor, a não ser sua submissão à vontade de Deus. Esses mesmos males, entretanto, ele muitas vezes os agrava pela sua negligência.”
Comentário de Kardec: “Na primeira linha dos flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, devem ser colocados a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais às produções da terra. Não tem, porém, o homem encontrado na Ciência, nas obras de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e nas irrigações, no estudo das condições higiênicas, meios de impedir, ou, quando menos, de atenuar muitos desastres? Certas regiões, outrora assoladas por terríveis flagelos, não estão hoje preservadas deles? Que não fará, portanto, o homem pelo seu bem estar material, quando souber aproveitar-se de todos os recursos da sua inteligência e quando, aos cuidados da sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento de verdadeira caridade para com os seus semelhantes?" 

Pergunta Nº 783: Segue sempre marcha progressiva e lenta o aperfeiçoamento da Humanidade?
Resposta: “Há o progresso regular e lento, que resulta da força das coisas. Quando, porém, um povo não progride tão depressa quanto devera, Deus o sujeita, de tempos a tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma.”
Comentário de Kardec: “O homem não pode conservar-se indefinidamente na ignorância, porque tem de atingir a finalidade que a Providência lhe assinou. Ele se instrui pela força das coisas. As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram nas idéias pouco a pouco; germinam durante séculos; depois, irrompem subitamente e produzem o desmoronamento do carunchoso edifício do passado, que deixou de estar em harmonia com as necessidades novas e com as novas aspirações. Nessas comoções, o homem quase nunca percebe senão a desordem e a confusão momentâneas que o ferem nos seus interesses materiais. Aquele, porém, que eleva o pensamento acima da sua própria personalidade, admira os desígnios da Providência, que do mal faz sair o bem. São a procela, a tempestade que saneiam a atmosfera, depois de a terem agitado violentamente.”

Abaixo, colocamos um vídeo de Divaldo Pereira Franco, que fala, como sempre com bastante propriedade, sobre os resgates coletivos:




OBRA CONSULTADA:

KARDEC, Allan O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. FEB. Versão digital: L.Neilmoris – 2007;


ENDEREÇO ELETRÔNICO:

http://www.youtube.com/watch?v=LJXmnyiKWCg&feature=youtu.be

https://www.youtube.com/watch?v=LJXmnyiKWCg

Fonte: http://espiritismoparainiciantes.blogspot.com.br/2013/02/por-que-ocorrem-numerosas-mortes.html