sábado, 8 de março de 2014

Revista Espírita: Da Comunhão do pensamento

A PROPÓSITO DA COMEMORAÇÃO DOS MORTOS

A Sociedade Espírita de Paris reuniu-se especialmente, pela primeira vez, a 2 de novembro de 1864, visando a oferecer uma piedosa lembrança a seus falecidos colegas e irmãos espíritas. Naquela ocasião o Sr. Allan Kardec desenvolveu o princípio da comunhão do pensamento, no discurso seguinte:
Caros irmãos e irmãs espíritas,
Estamos reunidos, neste dia consagrado pelo uso à comemoração dos mortos, para dar aqueles dos nossos irmãos que deixaram a terra, um testemunho particular de simpatia, para continuar as relações de afeição e de fraternidade, que existiam entre eles e nós, enquanto vivos, e para chamar para eles as bondades do Todo-Poderoso. Mas, porque nos reunirmos? porque nos desviarmos de nossas ocupações? Não pode cada um fazer em particular aquilo que nos propomos fazer em comum? Não o faz cada um pelos seus? Não o pode fazer diariamente todos os dias e à cada hora? Qual, então, a utilidade de assim se reunir num dia determinado? É sobre este ponto, senhores, que me proponho apresentar-vos algumas considerações.
O favor com que a idéia desta reunião foi acolhida é a primeira resposta a essas diversas questões. Ela é o índice da necessidade que experimentamos ao nos acharmos juntos numa comunhão de pensamentos.
Comunhão de pensamentos! Compreendemos bem todo o alcance desta expressão? É permitido duvidá-lo, pelo menos do maior número. O Espiritismo, que nos explica tantas coisas pelas leis que revela, ainda vem explicar a causa, os efeitos e a força dessa situação de espírito.
Comunhão de pensamento quer dizer pensamento comum, unidade de intenção, de vontade, de desejo, de aspiração. Ninguém pode desconhecer que o pensamento é uma força. É, porém, uma força puramente moral e abstrata? Não: do contrário não se explicariam certos efeitos do pensamento e, ainda menos, da comunhão de pensamento. Para compreendê-lo é preciso conhecer as propriedades e a ação dos elemento que constituem nessa essência espiritual, e é o Espiritismo que no-las ensina.
O pensamento é o atributo característico do ser espiritual; é ele que distingue o espírito da matéria; sem o pensamento o espírito não seria espírito. A vontade não é um atributo especial do espírito; é o pensamento chegado a um certo grau de energia; é o pensamento transformado em força motriz. É pela vontade que o espírito imprime aos membros e ao corpo movimentos num determinado sentido. Mas se tem a força de agir sobre os órgãos materiais, quanto maior não deve ser sobre os elementos fluídicos que nos rodeiam! O pensamento age sobre os fluídos ambientes, como o som sobre o ar; esses fluidos nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som. Pode, pois, dizer-se com toda a verdade que há nesses fluidos ondas e raios de pensamento que se cruzam sem se confundir, como há no ar ondas e raios sonoros.
Uma assembléia é um foco onde irradiam pensamentos diversos; é como uma orquestra, um coro de pensamentos onde cada um produz a sua nota. Disto resulta uma porção de correntes e de eflúvios fluídicos dos quais cada um recebe a impressão dos sons pelo sentido da audição.
Mas, assim como há raios sonoros harmônicos ou discordantes. Se o conjunto for harmônico a impressão é agradável; se for discordante, a impressão será penosa. Ora, por isto, é necessário que o pensamento seja formulado em palavras; a radiação fluídica não deixa de existir, quer seja, ou não expressa. Se todas forem benevolentes, todos os assistentes experimentarão um verdadeiro bem-estar, sentir-se-ão à vontade; mas se se misturarem pensamentos maus, produzirão o efeito de uma corrente de ar gelado num meio tépido.
Tal é a causa do sentimento de satisfação que se experimenta numa reunião simpática; aí como que reina uma atmosfera salubre, onde se respira à vontade; dai se sai reconfortado, porque aí nos impregnamos de eflúvios salutares. Assim também se explicam a ansiedade, o mal-estar indefinível dos meios antipáticos, onde pensamentos malévolos provocam, por assim dizer, correntes fluídicas malsãs.
A comunhão de pensamentos produz, pois, uma espécie de efeito físico que age sobre o moral. Só o Espiritismo poderia faze-lo compreender. O homem o sente instintivamente, desde que procura as reuniões onde sabe encontrar essa comunhão; nessas reuniões homogêneas e simpáticas, colhe novas forças morais; poderia dizer-se que aí recupera pelos alimentos as perdas do corpo material.
Essas considerações, senhores e caros irmãos, parecem nos afastar do objetivo principal de nossa reunião e, contudo, elas para aqui nos conduzem diretamente. As reuniões que têm por objeto a comemoração dos mortos repousam na comunhão de pensamentos. Para compreender a sua utilidade, era necessário bem definir a natureza e os efeitos desta comunhão.
Para a explicação das coisas espirituais, por vezes me sirvo de comparações muito materiais e, talvez mesmo, um tanto forçadas, que nem sempre devem ser tomadas ao pé da letra. Mas é procedendo por analogia, do conhecido para o desconhecido, que chegamos a nos dar conta, ao menos aproximadamente, do que escapa aos nossos sentidos; é tais comparações que a doutrina espírita deve, em grande parte, ter sido facilmente compreendida, mestiço pelas mais vulgares inteligências, ao passo que se eu tivesse ficado nas abstrações da filosofia metafísica, ainda hoje ela não teria sido partilhada senão de algumas inteligências de escol. Ora, desde o princípio, importava que ela fosse aceita pelas massas, porque a opinião das massas exerce uma pressão que acaba fazendo lei e triunfando das oposições mais tenazes. Eis por que me esforcei em simplificá-la e torná-la clara, a fim de a pôr ao alcance de todos, com o risco de a fazer contestada por certa gente quanto ao título de filosofia, por que não é bastante abstrata e saiu do nevoeiro da metafísica clássica.
Aos efeitos que acabo de descrever, tocante a comunhão de pensamentos junta-se um outro, que é sua conseqüência natural, e que importa não perder de vista: é a força que adquire o pensamento, ou a vontade, pelo conjunto dos pensamentos ou vontades reunidas. Sendo a vontade uma força ativa, essa força é multiplicada pelo número de vontades idênticas, como a força muscular é multiplicada pelo número de braços.
Estabelecido este ponto, concebe-se que nas relações que se estabelecem entre os homens e os Espíritos haja, numa reunião onde reine perfeita comunhão de pensamentos, uma força atrativa ou repulsiva, que nem sempre possui a criatura isolada. Se, até o presente, as reuniões muito numerosas são menos favoráveis, é pela dificuldade de obter uma perfeita homogeneidade de pensamentos, e que se deve à imperfeição da natureza humana na terra. Quanto mais numerosas as reuniões, mais aí se mesclam elementos heterogêneos, que paralisam a ação dos bons elementos, e que são como os grãos de areia numa engrenagem. Assim não é nos mundos mais avançados e tal estado de coisas mudará na terra, à medida que os homens se tornarem melhores.
Para os Espíritas, a comunhão dos pensamentos tem um resultado ainda mais especial. Temos visto o efeito desta comunhão de homem a homem. O Espiritismo nos prova que ele não é menor dos homens aos Espíritos, e reciprocamente. Com efeito, se o pensamento coletivo adquire força pelo número, um conjunto de pensamentos idênticos, tendo o bem por objetivo, terá mais força para neutralizar a ação dos maus Espíritos. Também vemos que a tática destes últimos é levar à divisão e ao isolamento. Sozinho, um homem pode sucumbir, ao passo que se sua vontade for corroborada por outras vontades, ele poderá resistir, conforme o axioma: A união faz a força, axioma verdadeiro, tanto no moral quanto no físico.
Por outro lado, se a ação dos Espíritos malévolos pode ser paralisada por um pensamento comum, é evidente que a dos bons Espíritos será ajudada; sua influência salutar não encontrará obstáculos; seus eflúvios fluídicos, não sendo detidos por correntes contrárias, espalhar-se-ão sobre todos os assistentes, precisamente porque todos os terão atraído pelo pensamento, não cada um em proveito pessoal, mas em proveito de todos, conforme a lei da caridade. Descerão sobre eles como em línguas de fogo, para nos servirmos de uma admirável imagem do Evangelho.
Assim, pela comunhão de pensamentos, os homens se assistem entre si e, ao mesmo tempo, assistem os Espíritos e são por estes assistidos. As relações do mundo visível e do mundo invisível não são mais individuais, são coletivas e, por isto mesmo, mais poderosas em proveito das massas, como no do indivíduos. Numa palavra, estabelece a solidariedade, que é a base da fraternidade. Ninguém trabalha para si só, mas para todos; e trabalhando para todos, cada um aí encontra a sua parte. É o que o egoísmo não compreende.
Todas as reuniões religiosas, seja qual for o culto a que pertençam, são fundadas na comunhão de pensamentos; é aí, com efeito, que podem e devem exercer toda a sua força, porque o objetivo deve ser o desligamento do pensamento do domínio da matéria. Infelizmente a maioria se afasta deste princípio, à medida que tornam a religião uma questão de forma. Disto resulta que cada um, fazendo seu dever consistir na realização da forma, se julga quites com Deus e com os homens, desde que praticou uma formula. Resulta ainda que cada um vai aos lugares de reuniões religiosas com um pensamento pessoal, por conta própria e, na maioria das vezes, sem nenhum sentimento de confraternidade, em relação aos outros assistentes: isola-se em meio à multidão e só pensa no céu para si próprio.
Certamente não era assim que o entendia Jesus, quando disse: Quando estiverdes diversos, reunidos em meu nome, eu estarei em vosso meio. Reunidos em meu nome, isto é, com um pensamento comum. Mas não se pode estar reunido em nome de Jesus sem assimilar os seus princípios, a sua doutrina. Ora, qual é o princípio fundamental da doutrina de Jesus? A caridade em pensamentos, palavras e ação. Os egoístas e os orgulhosos mentem quando se dizem reunidos em nome de Jesus, porque Jesus não os conhece por seus discípulos.
Tocados por esses abusos e desvios, algumas pessoas negam a utilidade das assembléias religiosas e, conseqüentemente, dos edifício a elas consagrados. Em seu radicalismo, pensam que seria melhor construir hospícios do que templos, visto como o templo de Deus está em toda a parte e em toda a parte pode ser adorado, que cada um pode orar em sua casa e a qualquer hora, ao passo que os pobres, os doentes e os enfermos necessitam de lugar de refúgio.
Mas porque se cometem abusos, porque se afastam do reto caminho, segue-se que não existe o reto caminho e que é mau tudo de que se abusa? Não, por certo. Falar assim é desconhecer a fonte e os benefícios da comunhão de pensamentos, que deve ser a essência das assembléias religiosas; é ignorar as causas que a provocam. Que os materialistas professam semelhantes idéias, compreende-se; porque, para eles, em tudo fazem abstração da vida espiritual; mas da parte dos espiritualistas e, melhor ainda, dos Espíritas, seria insensatez. O isolamento religioso, como o isolamento social, conduz ao egoísmo. Que alguns homens sejam bastante fortes por si mesmos, fartamente dotados pelo coração, para que sua fé e caridade não necessitem ser aquecidas num foco comum, é possível. Mas não é assim com as massas, a que falta um estimulante, sem o qual poderiam deixar-se tomar pela indiferença. Além disso qual o homem que poderá dizer-se bastante esclarecido para nada ter que aprender no tocante aos interesses futuros? bastante perfeito para prescindir dos conselhos para a vida presente? Será sempre capaz de instruir-se por si mesmo? Não. A maioria necessita de ensinamentos diretos em matéria de religião e moral, como em matéria de ciência. Sem contradita, tais ensinos podem ser dados em toda a parte, sob a abóbada do céu, como sob a de um templo. Mas, por que os homens não haveriam de ter lugares especiais para as coisas celestes, como os têm para as terrenas? Porque não teriam assembléias religiosas, como têm assembléias políticas, científicas e industriais? Isto impede as fundações em beneficio dos infelizes. Dizemos, ainda mais, que quando os homens compreenderem melhor seus interesses do céu, haverá menos gente nos hospícios.
Falando de maneira geral e sem alusão a nenhum culto, se as assembléias religiosas muitas vezes se afastaram de seu objetivo principal, que é a comunhão fraterna do pensamento; se o ensino que aí é dado nem sempre seguiu o movimento progressivo da humanidade, é que os homens não cumprem todos os progressos ao mesmo tempo; o que não fazem num período, fazem em outro; à medida que se esclarecem, vêem as lacunas existentes em suas instituições, e as preenchem; compreendem que o que era bom numa época, em relação ao grau de civilização, torna-se insuficiente numa etapa mais adiantada, e restabelecem o nível. Sabemos que o Espiritismo é a grande alavanca do progresso em todas as coisas; ele marca uma era de renovação. Saibamos, pois, esperar, e não peçamos a uma época mais do que ela pode dar. Como as plantas, é preciso que as idéias amadureçam para colher os frutos. Saibamos, além disso, fazer as necessárias concessões às épocas de transição, porque nada na natureza se opera de maneira brusca e instantânea.
Em razão do motivo que hoje nos reúne, senhores e caros irmãos, julguei oportuno aproveitar a circunstância para desenvolver o princípio da comunhão de pensamentos, do ponto de vista do Espiritismo. Sendo o nosso objetivo unirmo-nos em intenção para oferecer, em comum, um testemunho particular de simpatia aos nossos irmãos falecidos, poderia ser útil chamar nossa atenção para as vantagens da reunião. Graças ao Espiritismo, compreendemos a força e os efeitos do pensamento coletivo; podemos melhor explicar-nos o sentimento de bem-estar que se experimenta num meio homogêneo e simpático; mas, igualmente, sabemos que o mesmo se dá com os Espíritos, porque eles sabem receber os eflúvios de todos os pensamentos benevolentes, que para eles se elevam, como uma nuvem de perfume. Os que são felizes experimentam a maior alegria neste concerto harmonioso; os que sofrem sentem com isto o maior alívio. Cada um de nós, em particular, ora de preferência por aqueles que o interessam ou que mais estima. Façamos que aqui todos tenham sua parte nas preces dirigidas a Deus.

Ufólogos se reúnem em centro espírita e buscam apoio do governo

Ufólogos se reúnem em centro espírita e buscam apoio do governo

ANNA VIRGINIA BALOUSSIERDE SÃO PAULO

Pedro Álvares Cabral, quando vislumbrou terra à vista, os viu. Pois, 513 anos depois, o governo brasileiro começa a abrir os olhos também.
Ademar José Gevaerd, 51, é quem assina embaixo. Para ele, há tempos sabemos que há extraterrestres entre nós. "Uma coisa tão óbvia...", diz uma das autoridades em ufologia do Brasil.
Professor de química, divorciado, pai de três filhos, o curitibano alisa com a mão os cabelos brancos, alguns fios abduzidos por iminente calvície.
"A sociedade ridiculariza cada vez menos. Não somos loucos, somos pessoas normais, fazendo pesquisa", continua o editor (e redator, fotógrafo, diagramador...) da revista "UFO", há 30 anos em circulação.
E o que caiu do céu e não são óvnis, para Gevaerd, é a nova posição do Planalto - comandado pela presidente Dilma, que em agosto disse ter "muito respeito pelo ET de Varginha".
Em 18 de abril, o secretário-geral do Ministério da Defesa, Ari Matos, recebeu integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos. "As partes estão em contato com o objetivo de constituir uma comissão", segundo a pasta.
Se o grupo vingar, civis e militares unirão forças pela primeira vez para apurar as "inúmeras ocorrências" de veículos aéreos "com tecnologia incompatível com as conhecidas pela ciência terrestre atual" (fenômeno que teria sido registrado pelas Forças Armadas no território brasileiro).
Essas informações estão descritas numa carta enviada pelos ufólogos ao ministro Celso Amorim. A ideia de montar a comissão, diz o governo, é "dar início" à investigação conjunta.

JESUS, UM ET
Música para os ouvidos dos 270 inscritos no 2º Encontro de Ufologia Avançada em São Paulo, realizado no fim de semana passado, numa casa na Vila Clementino (zona sul) que, geralmente, dedica-se ao espiritismo.
Uma forte corrente alia evidências de vida fora da Terra a manifestações em geral vistas como religiosas.
Uma certeza desse grupo: o próprio Jesus Cristo veio de fora, implantado no ventre da mãe. "Foi inseminação artificial mesmo, em Maria", diz Mônica de Medeiros, que coordena a Casa do Consolador e lançou, no evento, "Projeto Contato", livro escrito em parceria com Margarete Áquila.
Margarete ajeita o tubinho verde com ares de anos 1970, camisa social de manga comprida e gola para fora, e lembra do francês Allan Kardec - pai da doutrina espírita que já mencionava a "pluralidade dos mundos".
Um desses mundos fez contato com 189 pessoas em dezembro de 2004, na praia de Peruíbe (SP), diz Mônica. Os seres tinham "pele de golfinho" e uma cabeça que parecia "bola de futebol americano". Todos viram luzes coloridas no céu, e a temperatura "despencou em pleno verão".
Com cinco anos, Mônica acredita ter sido abduzida por um "camarada branco, leitoso e cabeçudo". Hoje, avalia assim: "Pra mim, era o Gasparzinho. Eles usam o imaginário da criança [para estabelecer contato]".
Se é verdade que os ETs estão por aí há tempos, a meta, para os ufólogos, é estreitar o relacionamento.
No mural, o cartaz anuncia: "Contatos imediatos de 5º grau". A imagem traz aliens com mãos para cima e dedos separados (lembra a saudação de "Star Trek") e uma vaquinha sendo levada pela faixa de luz de uma nave.
Gevaerd, o editor da "UFO", elenca eventos que comprovariam as visitas dos forasteiros - que, para ele, têm formato humano e preferem se comunicar por telepatia (quando não, aprendem "o idioma do interlocutor").
Episódio marcante, diz, foi a "noite oficial dos óvnis", em 19 de maio de 1986. Na data, a Aeronáutica teria avistado nos céus de vários Estados "21 ufos esféricos, com 100 metros de diâmetro, o tamanho de uma quadra urbana". Campo de visão privilegiado: aeroporto de São José dos Campos.
"Toda região ficou coalhada desses objetos", afirma Gevaerd.
Ele faz as contas: "dez elevado a 70 é o número de estrelas que existe. São 70 zeros depois do dez". Estarmos sozinhos no universo seria matematicamente ridículo, sustenta o crédulo.
Todos querem acreditar.
No intervalo do encontro, Telma Pires, 60, está sentada numa cadeira de plástico branco, bebendo o último gole de sua Coca-Cola Zero. Diz que trabalha com um "tribunal arbitral", para ajudar pessoas a se conciliarem. Aproximar humanos e alienígenas, contudo, é a causa mor na vida dessa senhora que, quando criança, "desenhava ETzinhos nas paredes de casa".
Fã do livro "Eram os Deuses Astronautas?" (1968), Telma diz que seu filho nasceu alienígena. Quando criança, bonecos aliens eram os favoritos dele na loja de brinquedos. Quando o menino tinha dois anos, viu os pais brigando e declarou: "Mamãe, não chora, nunca vai dar certo, o papai não é do mesmo planeta que nós".
Como tantos outros entusiastas da ufologia, Telma crê que a humanidade está sendo estudada por seres de outro planeta. "Me sinto dentro da Matrix." E ela se resigna: hoje, infelizmente, "reptilianos comandam tudo".

PROCURE SABER
As versões são numerosas: ETs frequentam centros espíritas, simulam a imagem de Gasparzinho para se aproximar de crianças ou "entram pelas paredes como se elas não fossem sólidas e fazem coleta de pele e de sangue, um grande banco de dados da humanidade" (aposta de Gevaerd).
Tudo o que os ufólogos pedem, no fim, são recursos para poderem estudar os viajantes espaciais. Daí o afã com o aceno do Ministério da Defesa.
Na era da Lei de Acesso à Informação, o governo abriu 4.500 documentos secretos sobre o que seriam investigações federais na área da ufologia, guardados no Arquivo Nacional, em Brasília. "Mas sabemos que são pelo menos 10 vezes isso", diz Gevaerd.
Notícia publicada no Jornal Folha de São Paulo, em 8 de setembro de 2013.

Sergio Rodrigues* comenta
Com base na razão e no uniforme ensinamento dos Espíritos, Allan Kardec concluiu pela pluralidade mundos habitados, e no livro “O que é o Espiritismo” incluiu essa questão como um dos problemas solucionados pelo Espiritismo. Embora a ciência humana ainda se debata com a ideia, buscando comprovação, a Doutrina Espírita tem como um dos postulados básicos essa premissa, afirmando que a reencarnação dos espíritos dá-se não apenas na Terra, mas também em outros mundos. “Acreditar que só haja seres vivos no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há de ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista...”, comenta o Codificador.
Segundo estudos das ciências astronômicas, existem no Universo vários bilhões de galáxias. Um número tão grandioso que fica difícil imaginar. A Terra pertence a uma galáxia conhecida como “Via Láctea” (do latim “caminho do leite”, por sua aparência leitosa). Só a nossa galáxia abriga entre 200 e 400 bilhões de estrelas, com os seus sistemas planetários. A nossa galáxia não é das maiores galáxias do Universo, mas se fizermos uma estimativa com base nas dimensões da nossa galáxia e do número de planetas que o nosso sistema solar possui, e se implementarmos uma progressão geométrica desses valores a todo o Universo, vamos chegar a um número inimaginável de planetas. Acreditar que tudo exista para nada ou unicamente em função da Terra é ferir a razão. Nada poderia justificar o privilégio exclusivo de ser ela habitada com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos.
À época de Kardec, vários Espíritos deram testemunho de vida em outros planetas, como podemos constatar na Revista Espírita de 1858, com mensagens dos espíritos Mozart e Pallissy, testemunhando a vida no planeta Júpiter, que pertence ao nosso sistema solar. Alguns anos depois (1935 e 1939), nas obras “Cartas de Uma Morta” e “Novas Mensagens”, os espíritos Maria João de Deus (mãe de Chico Xavier) e Humberto de Campos também trazem testemunho da vida no planeta Marte.
Portanto, para o Espiritismo, a existência de vida em outros planetas é uma questão resolvida, não restando qualquer dúvida a respeito. A notícia comenta que entidades governamentais estão dando suporte a pesquisas levadas a efeito por entidades não-governamentais nessa direção. Resta-nos aguardar que esses estudos prosperem, novos conhecimentos sejam trazidos e que possam ser utilizados para o bem da humanidade.
Com relação a alguns pontos da matéria, algumas observações devem ser feitas, sob a ótica do ensinamento espírita:
1) “Uma forte corrente alia evidências de vida fora da Terra a manifestações em geral vistas como religiosas.”
É preciso entender que essa não é uma questão que envolve religiosidade. Não se trata de uma questão de fé, mas de fato, de comprovação científica. O tema deve ser estudado e pesquisado independente de qualquer denominação religiosa, sem sofrer influência de suas concepções, princípios e artigos de fé. A questão é de natureza científica e como tal deve ser abordada.
2) “Uma certeza desse grupo: o próprio Jesus Cristo veio de fora, implantado no ventre da mãe. Foi inseminação artificial mesmo, em Maria."
Esta é uma conclusão que não pode ser acolhida pelo Espiritismo. Essa possibilidade não é citada em nenhum dos Evangelhos, nem encontramos qualquer argumento racional que pudesse justificar essa conclusão. É semelhante à teoria da concepção de Jesus pelo Espírito Santo, criada pela Igreja para afirmar uma hipotética virgindade de Maria. Kardec explica no livro “A Gênese” que Jesus foi concebido e nasceu como todos os homens nascem na Terra, de acordo com as Leis Naturais, por processo absolutamente conforme essas leis.
3) “Um desses mundos fez contato com 189 pessoas em dezembro de 2004, na praia de Peruíbe (SP), diz Mônica. Os seres tinham "pele de golfinho" e uma cabeça que parecia "bola de futebol americano". Todos viram luzes coloridas no céu, e a temperatura "despencou em pleno verão".
A possibilidade de habitantes de outros planetas virem à Terra também é aceita expressamente pela Doutrina, conforme a questão 94a de “O Livro dos Espíritos”. Nesta hipótese, o espírito precisaria revestir seu perispírito de elementos extraídos do fluido cósmico do planeta.
4) “As versões são numerosas: ETs frequentam centros espíritas, simulam a imagem de Gasparzinho para se aproximar de crianças ou entram pelas paredes como se elas não fossem sólidas e fazem coleta de pele e de sangue, um grande banco de dados da humanidade" (aposta de Gevaerd).
O fato de espíritos de outros planetas se apresentarem em centros espíritas é absolutamente normal, como aconteceu à época de Kardec com os espíritos acima citados. Penetrar pelas paredes como se elas não fossem sólidas é uma faculdade do espírito, pois a nossa matéria não lhes obsta o deslocamento. Quanto a fazerem coleta de pele e de sangue para formarem um grande banco de dados da humanidade é uma informação que ainda carece de comprovação.

* Sergio Rodrigues é espírita e colaborador do Espiritismo.Net.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Estudo dirigido: O Evangelho segundo o Espiritismo

O ponto de vista (Estudo 8 de 135)               
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EESE008b - Cap. II - Itens 5 a 7
Tema: O ponto de vista
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A - Questão para estudo e dialogo virtual:
 
1 - À medida que a compreensão sobre a vida futura aumenta, de que modo as
pessoas passam a encarar os bens terrenos?

 

B - Texto de Apoio:
 
* A ideia clara e precisa que se faca da vida futura proporciona inabalável
fé' no porvir, fé' que acarreta enormes consequências sobre a moralização
dos homens, porque muda completamente o ponto de vista sob o qual encaram
eles a vida terrena. Para quem se coloca, pelo pensamento, na vida
espiritual, que e' indefinida, a vida corpórea se torna simples passagem,
breve estada num pai ingrato.
 
* Pelo simples fato de duvidar da vida futura, o homem dirige todos os seus
pensamentos para a vida terrestre. Sem nenhuma certeza quanto ao porvir, da'
tudo ao presente. (...) Colocando o ponto de vista, de onde considera a vida
corpórea, no lugar mesmo em que ele ai´ se encontra, vastas proporções
assume tudo o que o rodeia. O mal que o atinja, como o bem que toque aos
outros, grande importância adquire aos seus
olhos.
 
* Aquele que se acha no interior de uma cidade, tudo lhe parece grande:
assim os homens que ocupem as altas posições, como os monumentos. Suba ele,
porem, a uma montanha, e logo bem pequenos lhe parecerão homens e coisas.
 
* E' o que sucede ao que encara a vida terrestre do ponto de vista da vida
futura; a Humanidade, tanto quanto as estrelas do firmamento, perde-se na
imensidade. (...) Dai´ se segue que a importância dada aos bens terrenos
esta' sempre em razão inversa da fé' na vida futura.
 
* (...) o desejo do bem-estar forca o homem a tudo melhorar, impelido que e'
pelo instinto do progresso e da conservação, que esta' nas leis da Natureza.
Ele, pois, trabalha por necessidade, por gosto e por dever, obedecendo,
desse modo, aos desígnios da Providencia que, para tal fim, o pos na Terra.
Simplesmente, aquele que se preocupa com o futuro não liga ao presente mais
do que relativa importância e facilmente se consola dos seus insucessos,
pensando no destino que o aguarda.
 
* Deus, conseguintemente, não condena os gozos terrenos; condena, sim, o
abuso desses gozos em detrimento das coisas da alma. Contra tais abusos e'
que se premunem os que a si próprios aplicam estas palavras de Jesus: Meu
reino não e' deste mundo.
 
* O Espiritismo dilata o pensamento e lhe rasga horizontes novos. Em vez
dessa visão, acanhada e mesquinha, que o concentra na vida atual, que faz do
instante que vivemos na Terra único e frágil eixo do porvir eterno, ele, o
Espiritismo, mostra que essa vida não passa de um elo no harmonioso e
magnifico conjunto da obra do Criador.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Mural reflexivo: Valores éticos





Valores éticos
           
 Hoje em dia pode-se perceber a luta inglória travada pelos valores éticos contra os interesses egoístas dos cidadãos.
Infelizmente esse problema só se resolverá quando a educação tomar para si essa responsabilidade.
Talvez sem refletir muito a esse respeito, os pais são os primeiros a dar exemplos de violação dos princípios éticos que deveriam nortear as ações do homem de bem.
Um ponto bastante crítico é a questão dos direitos autorais.
A pirataria de CDs, vídeos, ideias e outros produtos é assustadora.
A aquisição de peças em oficinas de desmanche de automóveis roubados, mesmo sabendo disso, por custar mais barato, ou de outra mercadoria produzida por meios ilícitos, também são formas de alimentar essa agressão aos princípios da ética.
Geralmente o indivíduo que comete essa falta alega que não poderá ser responsabilizado por isso, pois não foi ele quem roubou o carro, nem fez as cópias ilegais.
A esse propósito, Allan Kardec propôs aos Espíritos Superiores a seguinte questão:
Aquele que não pratica o mal, mas que se aproveita do mal praticado por outrem, é tão culpado quanto este?
Os Benfeitores responderam:
É como se o houvera praticado. Aproveitar do mal é participar dele. Talvez não fosse capaz de praticá-lo; mas, desde que, achando-o feito, dele tira partido, é que o aprova; é que o teria praticado, se pudera, ou se ousara.
Hoje em dia é muito comum se jogar a culpa na Internet, pois alega-se que a falta de leis próprias para esse fim e o anonimato favorecem esse tipo de crime.
No entanto, o bom senso diz que a Internet apenas mostra o problema ético existente, porém, não o cria.
Se o internauta desonesto gosta de uma mensagem que encontra divulgada em algum site, ele a copia e passa a divulgar como se fosse sua ou como sendo de autoria desconhecida.
Mas se o internauta é honesto ele repassará a mensagem preservando os créditos a quem de direito.
Como se pode perceber, o problema não é do meio de comunicação, mas do indivíduo.
Ambos os indivíduos são filhos de alguém, foram alunos de alguém, conviveram com alguém que foi responsável pela sua educação.
Quando a criança respira os valores éticos em seu lar, dificilmente os desprezará quando jovem ou adulta.
Mas se não recebe essas noções de honradez na infância, raramente as respeitará mais tarde.
Assim, vale a pena pensar um pouco sobre essas questões tão importantes e tão graves.
E, se houver dúvidas quanto a uma ação estar certa ou errada, quanto a se é um bem ou mal, basta seguir a orientação do maior Mestre que a Terra conheceu e fazer aos outros o que gostaria que os outros lhe fizessem.
Ou seja, colocar-se no lugar daquele a quem se dirige a ação e se perguntar se gostaria de estar no seu lugar.
Se a resposta for positiva, pode-se agir sem a menor preocupação, mas se for negativa, certamente trará dissabores, mesmo que a ação escape às leis dos homens.
Todos nós, sem nenhuma exceção, responderemos por nossos atos perante o tribunal da própria consciência e receberemos de acordo com as nossas obras. E isso nós já sabemos há mais de dois milênios.
Portanto, se você deseja ter uma consciência limpa, não acumule detritos morais, pois eles o perturbam e infelicitam, neste mundo ou no além-túmulo.
*   *   *
Se você quer ter seus direitos respeitados, respeite os direitos alheios.
Faça ao outros somente o que gostaria que os outros lhe fizessem.
E para garantir a felicidade dos seus filhos, passe a eles a herança moral da honestidade e da honradez, considerando sempre que a vida não acaba no túmulo, e que as nossas ações seguirão conosco como testemunhas silenciosas, aplaudindo-nos ou reprovando-nos.
Pense nisso, mas pense agora!
 
Redação do Momento Espírita, com base no item 640 deO livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.

quarta-feira, 5 de março de 2014

EJEAS 2014 - Encontro de Juventudes Espíritas do alto Sertão Paraibano

O Evento

O encontro de juventudes espíritas do alto sertão paraibano - EJEAS, é promovido pela Coordenadoria Espírita do Alto Sertão. Tem como objetivo integrar as juventudes espíritas da Paraíba e Região. O investimento é de R$ 40,00 para os jovens. Para crianças de 5 a 11 anos o preço é de R$ 15,00.


Grandes presenças estão confirmadas para a 23ª edição do EJEAS. Iara Machado abrilhanta o evento com seu vasto conhecimento sobre a doutrina com o simpósio "O jovem e a relação com o corpo, instrumento da evolução" e sua palestra "O Jovem Espírita e as Mídias Sociais". Ela também participará da Arena Jovem.
José Otávio Aguiar, convidado de Campina Grande e velho conhecido do encontro, fará sua participação trazendo reflexões a luz do espiritismo em seu simpósio "Buscando a interdependência na relação familiar" e na Arena Jovem.
Nosso irmão novato e Pernambucano Alisson Guedes não só fará parte da nossa Arena Jovem como também nos encantará com o seu simpósio "Investindo nos talentos da alma para brilhar no mundo".
Os grupos musicais como em todos os anos são mais um dos pontos ricos e de muita beleza do evento. Os grupos de música espírita Anima, Sonata e Harmonia e Luz são os convidados deste ano.

Local
O encontro será realizado na cidade de Cajazeiras na Paraíba. Cidade situada no alto sertão Paraibano, tem tradicionalmente , ao longo de tantos anos de história do EJEAS, abrigado o evento. O local será o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB) Campus Cajazeiras.

Novidade
Este será um ano de inovações para o EJEAS, para os trabalhadores que fazem o evento e os jovens que participam. Este ano teremos, na noite de sábado, um luau preparado com muito carinho pela organização do evento, onde vamos felizes confraternizar e cantar músicas espíritas.

MAIORES INFORMAÇÕES:

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terça-feira, 4 de março de 2014

Pergunta feita: Juventude atual.

Nome: B.D.C.
Idade: 18
estado: RJ
Assunto: Juventude atual.

Mensagem: Bom dia. Antes de mais nada gostaria de parabenizá-los pelo site, frequento sempre e acho um trabalho lindo e iluminado.
Trago muitas questões em meu coração e procuro respostas que me ajudem a decifrá-las. Tenho 18 anos e não me considero uma adolescente comum, gosto de coisas diferentes das pessoas da minha idade, enquanto a maioria ouve músicas agitadas, eu prefiro MPB, enquanto meus amigos saem para festas, eu prefiro estar em casa lendo ou estudando. Minhas amigas sempre me contam que beijaram vários meninos em uma só noite e eu posso dizer que eu nunca tive vontade de fazer isso. Já namorei duas vezes e me senti bem assim, eu não sinto a necessidade de ''colecionar'' beijos diferentes. Mas apesar de achar que estou tendo uma conduta correta, ela me traz muitos conflitos, pois agindo diferente deles, eu acabo ficando isolada, meus amigos se afastam de mim, e muitos me acham esquisita. Diversas vezes eles já me zoaram por eu não gostar de carnaval, ou por eu recusar o que eles chamam de ''ficar'' simplesmente porque eu não quero me relacionar com alguém sem ter amor. Isso me deixa muito triste, pois eu gostaria de ser eu mesma e ter amigos ao mesmo tempo. Parece que eles não me aceitam, eu me sinto sozinha por isso. Gostaria que vocês me ajudassem a iluminar minha mente para que eu entenda se eu estou sendo muito radical ou se estou no caminho certo.
Agradeço desde já.
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RESPOSTA:
Olá, B.!
Muita paz a você!
Compreendemos suas dúvidas e angústias, mas, desde já, saiba que você não é a única que pensa assim ou que passa por isso.
Existe uma ideia geral, especialmente entre os jovens, de que a vida torna-se mais interessante se for vivida rápida e intensamente, valendo o “curtir todos os prazeres”. Faz parte dessa fase da vida, pela qual todos passamos, o afloramento de sentimentos e sensações, com mais destaque para a afetividade e a sexualidade. Lembremos que elas são um processo e não apenas um relacionamento ou o ato sexual em si. Tudo começa com o envolvimento e pode culminar no encontro sexual em determinado momento, mas nesse meio, vemos as aventuras, as experiências e as descobertas, também naturais, e cada pessoa as vivencia a seu modo, segundo seus impulsos, valores e tendências.
A Doutrina Espírita nos demonstra os aprendizados que precisamos absorver para começarmos a construir a nossa verdadeira felicidade, e percebemos que em nenhum momento nos deparamos com uma proibição ou algum ensinamento que nos diga taxativamente o que fazer ou não fazer; ao contrário, sempre recebemos esclarecimentos e orientações que nos apontam as ações e suas reações, as causas e seus efeitos, as escolhas e suas consequências. A partir daí, temos nosso livre-arbítrio para tomarmos as decisões que desejarmos e, inevitavelmente, teremos as consequências. Há um pensamento budista que reforça esses princípios espíritas e que nos diz que não há escolhas certas ou erradas, mas há consequências boas ou ruins, e ele se encaixa bem quando entramos nos campos da afetividade e da sexualidade.
As dúvidas que você traz em seu coração, irmãzinha, estão muito mais relacionadas com os julgamentos que recebe das pessoas que com as escolhas que tem feito, e com as quais se sente muito bem. Inicialmente, o caminho correto, conforme você pergunta, é o que lhe faz bem, que não prejudica ninguém e que está próximo de tudo o que Jesus nos ensinou. Quando nosso Mestre nos disse para amarmos nosso próximo como a nós mesmos, a primeira ideia que precisamos cultivar é que devemos nos amar antes de tudo, ou seja, se eu me amo, tudo o que escolher será para minha felicidade, por respeito ao meu corpo, à minha saúde, aos meus sentimentos, aos meus valores e crenças, e somente depois serei capaz de amar, respeitar e ser verdadeiramente amigo de alguém. Assim, se suas escolhas condizem com esses princípios, seu caminho é o correto.
Depois, termos amigos e formarmos nossos grupos fazem parte da nossa natureza, e sabemos que nos aproximamos uns dos outros pela afinidade, ou seja, por aquilo que temos em comum. Devemos, então, escolher os reais amigos, que são raros, mas que nos respeitam e nos aceitam por aquilo que somos, e vice-versa. Nem sempre os encontraremos, infelizmente, por isso sermos flexíveis e compreensivos com aqueles do nosso convívio é a chave para nosso sucesso social. Todo radicalismo é negativo, mas se tivermos o bom-senso para respeitar as escolhas dos outros e sabermos nos posicionar para que sejamos respeitados, teremos sempre relações saudáveis.
A diversidade de amigos será maior se tivermos uma maior quantidade de interesses, ou como nos diz a frase jornalística, “quanto mais interesses você tem, mais interessante você fica”. Por isso, viva aquilo que gosta, mas cultive sempre novas amizades. Conheça ambientes onde possa compartilhar suas ideias, convide seus amigos para estarem com você na mesma proporção que aceita os convites que receber para estar com eles. Se nos fecharmos em nosso mundo particular, o risco de nos isolarmos é grande, já que ninguém será perfeito em nossa visão, bem como não seremos perfeitos para ninguém.
Converse com tranquilidade com seus amigos, aceite as brincadeiras e brinque com os gostos deles, mas demonstre com personalidade e caráter o que espera dessas amizades sem se desviar do caminho que escolheu. Enquanto estiver feliz convivendo com eles, ótimo. A partir do momento em que se sentir constrangida, utilize sua juventude e desbrave novas relações. O fato de muitos fazerem o que não é saudável não significa que os poucos que escolheram outra direção estejam errados. Cada um busca aquilo que é de seu interesse, e a vida nos trará a todos os respectivos resultados de nossas escolhas, cedo ou tarde.
A fase que vive agora é maravilhosa, B., e está cheia de possibilidades e oportunidades. Continue sendo forte em seus princípios e convicções e cresça de forma equilibrada e produtiva.
Disse-nos Joanna de Ângelis, Espírito amigo, através da psicografia de Divaldo Franco: "Não lamentes os que param, os que se mudam, os que não te compreendem. Cumpre com o teu dever em reta consciência e sê aquele que não deserda, que não lastima, que não se queixa nunca, ciente que após o teu calvário íntimo, a ressurreição gloriosa é a etapa feliz imediata que esplenderá em bênçãos de libertação".
E não deixe de participar das atividades voltadas para os jovens realizadas num Centro Espírita próximo de você. Estude, trabalhe e faça amigos.
Mais abaixo, deixamos alguns áudios e vídeos que vão lhe ajudar em suas reflexões. Ouça e assista com atenção.
Estamos à disposição para auxiliar no que for necessário e conte sempre conosco.
Um abraço,
André.
Equipe Espiritismo.net Jovem
Dúvidas e Sugestões: www.cvdee.org.br/netjovem.asp
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Vídeos:
Programas Espíritas
- Terceira Revelação - 11 - Autoamor
http://www.youtube.com/watch?v=jHCWz0EIXzg
 
Programa Transição
- Programa 138 - Por amor a Si Mesmo - Alberto Almeida
http://www.kardec.tv/video/transicao-tv/240/transicao-138-por-amor-a-si-mesmo
- Programa 224 - Sexualidade
http://www.kardec.tv/video/transicao-tv/152/transicao-224-sexualidade
 
Palestras:
O “ficar” – Dr. Alberto Almeida
http://www.espiridigi.net/arquivos/ficar.zip
 
A Juventude – Dr. Alberto Almeida
http://www.espiridigi.net/arquivos/juventude.zip
 
Leitura recomendada:
“Não pise na bola” – Richard Simonetti
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TEXTO PARA REFLEXÃO
 
Em torno do sexo, será justo resumirmos as normas seguintes:
Não proibição, mas educação.
Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo.
Não indisciplina, mas controle.
Não impulso livre, mas responsabilidade.
Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um."
Emmanuel, no Livro Vida e Sexo de psicografia do Médium Chico Xavier.
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Música: Juventude Espírita
http://www.youtube.com/watch?v=PQS77NgoS3A

segunda-feira, 3 de março de 2014

Revista Espírita: Cura de uma Obsessão

O Sr. Dombre, presidente da Sociedade Espírita de Marmande, manda-nos o seguinte: “Com o auxílio dos bons espíritos, em cinco dias livramos de uma obsessão muito violenta e muito perigosa, uma jovem de treze anos, do poder de um mau espírito, desde 8 de maio último. Diariamente, às cinco da tarde, sem faltar um só dia, ela tinha crises terríveis, de causar piedade. Essa menina mora em bairro distante e os pais, que consideravam a doença como epilepsia, nem falam mais. Entretanto, um dos nossos que mora nas vizinhanças, foi informado e uma observação mais atenta dos fatos permitiu-lhe facilmente reconhecer a sua verdadeira causa. Seguindo o conselho dos nossos guias espirituais, imediatamente nos pusemos à obra. A 11 deste mês, às 8 horas da noite, reuniões começaram por evocar o Espírito, moralizá-lo, orar pelo obsessor e pela vitima e a exercitar sobre esta uma magnetização mental. As reuniões eram feitas todas as noites e na sexta-feira, dia 15, a menina sofreu a última crise. Só lhe resta a fraqueza da convalescença, conseqüência de tão longos e tão violentos abalos, e que se manifesta pela tristeza, pela languidez e pelas lágrimas, como nos havia sido anunciado. Pelas comunicações dos bons Espíritos, diariamente éramos informados das várias fases da moléstia.
“Essa cura que, noutros tempos, uns teriam considerado como um milagre, e outros como um caso de feitiçaria, pelo que, segundo a opinião, teríamos sido santificados ou queimados, produziu uma certa sensação na cidade.”
Felicitamos os nossos irmãos de Marmande pelo resultado que obtiveram no caso e somos felizes de ver que aproveitaram os conselhos contidos na Revista, por ocasião de casos análogos, relatados ultimamente. Assim, puderam convencer-se da força da ação coletiva, quando dirigida por uma fé sincera e uma ardente caridade. 

Revista Espírita, fevereiro de 1864

Buscar muita informação sobre uma tragédia pode ser pior do que vivê-la

Buscar muita informação sobre uma tragédia pode ser pior do que vivê-la

Segundo pesquisa, stress após atentado na maratona de Boston foi maior entre pessoas que passavam mais de seis horas por dia atrás de informações sobre o ataque do que entre aquelas que o presenciaram

Um novo estudo sugere que passar muitas horas atrás de informações sobre uma tragédia deixa uma pessoa mais traumatizada do que se ela tivesse presenciado o acontecimento. A pesquisa, publicada nesta terça-feira na revista PNAS, avaliou o impacto psicológico da exposição repetida à violência no ataque à maratona de Boston, em abril deste ano, que deixou três mortos e mais de 260 feridos, muitos deles mutilados.
De acordo com os autores do trabalho, os veículos de comunicação não mostraram imagens de pessoas que perderam algum membro na explosão das bombas. Mesmo assim, essas imagens circularam em redes sociais.
O estudo, feito na Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos, avaliou 4 675 americanos de duas a quatro semanas após o ataque de Boston. Os autores perguntaram aos participantes quanto tempo dedicaram a algum meio de comunicação (internet, televisão, jornal, rádio ou redes sociais) na semana seguinte ao atentado. Os voluntários também foram avaliados em relação a seus níveis de stress.
Em média, os entrevistados passavam quase cinco horas por dia em algum veículo de comunicação – principalmente em redes sociais, assistindo vídeos sobre os ataques, lendo reportagens e vendo o noticiário da televisão.
Stress agudo — Os níveis de stress foram mais elevados entre pessoas que estavam na maratona ou que conheciam alguém que presenciou o ataque. O trauma, porém, foi maior entre indivíduos que não estavam na prova, mas dedicaram mais de seis horas diárias à procura de notícias, imagens, vídeos e outras informações sobre o atentado.
O estudo ainda mostrou que pessoas que passaram mais de seis horas por dia em busca de informações sobre a tragédia foram até nove vezes mais propensas a apresentar stress agudo do que quem passou uma hora e meia diante dessas notícias. De acordo com Roxane Cohen Silver, uma das autoras da pesquisa, uma reação aguda de stress após uma situação como a tragédia de Boston inclui sintomas como pensamentos repetitivos, flashbacks ou tentativas mal sucedidas de evitar a lembrança de um acontecimento.
"Não é que a exposição direta não tenha sido importante, mas, mais do que ter estado lá, a exposição aos meios de comunicação foi o principal indicador de reação aguda ao stress", diz Roxane.
(Com AFP)
Matéria publicada na Revista Veja, em 10 de dezembro de 2013.

Sergio Rodrigues* comenta
O estudo a que se refere a notícia comentada levanta a hipótese de que “passar muitas horas atrás de informações sobre uma tragédia deixa uma pessoa mais traumatizada do que se ela tivesse presenciado o acontecimento”. Essa conclusão foi obtida após avaliar o impacto psicológico que a exposição repetida a esse fato pode ocasionar. Para tanto, foram entrevistados mais de quatro mil norte-americanos que se dedicaram, pelos diversos meios de comunicação, em busca de informações sobre o atentado ocorrido durante uma maratona que se realizou na cidade de Boston, em abril do ano passado.
Sem deixar de considerar que apenas os mais insensíveis deixam de se sentir afetados por semelhantes acontecimentos, o fato é que, muitas vezes, a maioria das pessoas deixa-se impressionar um pouco além do aceitável, o que faz com que o impacto psicológico causado pelo acontecimento nelas seja mais expressivo, podendo chegar a produzir desequilíbrios emocionais. É o que parece ter acontecido com a maioria dos entrevistados. Qual a causa disto acontecer? Uma hipótese bem provável é que essas pessoas se deixam impressionar excessivamente devido ao desconhecimento da realidade da vida espiritual. Kardec explica que é importante termos uma ideia clara e precisa a respeito da vida futura, pois do conceito que dela fazemos dependerá a nossa compreensão da vida atual e a aceitação resignada das vicissitudes e tribulações da vida terrena. Para aquele que se preocupa com esta vida como se fosse a única, tudo toma maiores proporções, o mal ganha maior dimensão. Para aquele que já conhece a realidade da vida futura, as dificuldades enfrentadas, as vicissitudes e as tribulações da vida presente não passam de incidentes transitórios, pois percebe ser tudo temporário. Esta compreensão não tira a dor nem o impacto que o acontecimento pode ocasionar, mas, com toda certeza, faz suportá-lo e aceitá-lo com mais resignação.
É claro que não conhecemos o pensamento filosófico acerca da vida por parte de cada uma das pessoas a que se refere o estudo. Contudo, certamente, não conhecem essa realidade e, por isso, foram levadas a se deixarem impressionar além do devido, chegando a terem seu equilíbrio emocional afetado, como mostra o estudo. Vemos, dessa maneira, o quanto é importante direcionarmos nosso ponto de vista acerca da nossa existência no sentido certo, tendo uma ideia clara e precisa a respeito da vida futura. É do conceito que dela fazemos que dependerá a nossa compreensão e aceitação resignada de acontecimentos como o mencionado na notícia. Essa compreensão evitará que nos portemos como as pessoas entrevistadas, fazendo-nos consumir horas em busca de informações sobre o assunto, o que causará o impacto psicológico negativo concluído pelo estudo, maior até do que o provocado pelos que o presenciaram.

* Sergio Rodrigues é espírita e colaborador do Espiritismo.Net

domingo, 2 de março de 2014

Comentário de filme: Jogos Vorazes - segunda parte 2013

Jogos Vorazes - Em Chamas
Filme: Jogos Vorazes - Em Chamas


Lançamento :
(2h26min
Dirigido por:
Francis Lawrence
Com :
Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth mais
Gênero :
Ação , Drama , Ficção científica
Nacionalidade :
:EUA



Sinopse e detalhes :

Não recomendado para menores de 14 anos

Este é o segundo volume da trilogia Jogos Vorazes, baseada nos romances de Suzanne Collins. A saga relata a aventura de Katniss (Jennifer Lawrence), jovem escolhida para participar aos "jogos vorazes", espécie de reality show em que um adolescente de cada distrito de Panem, considerado como "tributo", deve lutar com os demais até que apenas um saia vivo. Neste segundo episódio da série, após a afronta de Katniss à organização dos jogos, ela deverá enfrentar a forte represália do governo local, lutando não apenas por sua vida, mas por toda a população de Panem.


Comentário de José Antonio M. Pereira:
O filme Jogos Vorazes, em cartaz ao final de 2013 em sua segunda sequência, pode parecer ao espectador despreocupado, um simples filme pós-fim de mundo como muitos outros, com a violência típica de Hollywood e um monte de elementos para atrair o público jovem.

No filme, que lembra os espetáculos das arenas romanas e conta com muitas referências à crueldade nazista da Segunda Guerra Mundial, jogadores representantes de comunidades, os “distritos”, de uma nação chamada Panem, dominadas por um governo autoritário e fortemente militarizado, devem disputar entrem si até que só um sobreviva. O jogo violento, transmitido ao vivo para toda a população, é um instrumento usado pelo tal governo para divertir as massas e amenizar sua insatisfação que parece oculta, e até mesmo evitar possíveis rebeliões. É o velho conceito romano do “pão e circo”, aplicado numa sociedade do futuro, altamente tecnológica.

Mas um olhar mais atento sobre o que pode estar por traz do filme nos leva a reflexões mais profundas. Não seria isso que, de certa forma, estamos vivendo hoje? A sociedade mundial globalizada, estoura os índices de audiência de reality shows e lutas, tais como os BBB's, MMA's; concursos de música, de moda, decoração, culinária, etc, normalmente como parte da programação dos maiores veículos de comunicação de massa do momento: a televisão e a internet. É o que a própria autora dos livros que deram origem à saga, Suzanne Collins, revela ter sido a inspiração para a história, além das guerras atuais, verdadeiros espetáculos da mídia mundial.

A intenção aqui não é tanto uma provocação iconoclasta, mas um convite à análise sobre aspectos que as vezes não nos damos conta. É que o pior desses programas pode não ser a violência de alguns, o vazio ou a futilidade de outros. E justiça seja feita, nem todos são tão ruins assim. O pior talvez seja o fato de que sua característica principal é a competição.

É fácil culpar o sistema ou os grupos que dominam os meios de comunicação, pelo uso de artifícios que julgamos inapropriados, como a sensualidade exagerada, violência, polêmicas, voyerismo e outros mais, com o objetivo de obter audiência, e finalmente gerar lucros. Evidentemente, aqueles  que detém o poder da mídia e das decisões tem sua parcela de responsabilidade. Mas tudo isso só funciona porque as massas se deixam levar... e pelo pior dos seus instintos.

A necessidade de destruir o outro, de se ter apenas um vencedor, lembra os instintos naturais dos quais os animais dependem para sobreviver. Para conseguir alimento as vezes escasso, para se alimentar mesmo às custas de outros seres vivos, para eliminar predadores, é preciso competir e derrotar.

O Livro dos Espíritos, na questão 895, nos diz que “o apego às coisas materiais constitui sinal notório de inferioridade, porque, quanto mais se aferrar aos bens deste mundo, tanto menos compreende o homem o seu destino”*. Não seria essa sede de competição, de certa forma, um sinal de apego às coisas materiais, resquício ainda de nossa luta pela sobrevivência? E o fato de sermos o todo tempo bombardeados com esses estímulos que as vezes beiram a insanidade, não seria uma forma de nos mantermos longe de nossa destinação espiritual? É claro que o mercado de trabalho,o comércio, a vida mesmo em si, ainda é muito competitiva, mas precisamos criar disputas onde elas não existem?

Esse tempo já passou e enquanto somos quase que escravizados por essas batalhas frenéticas, deixamos de nos dedicar ou cultivar valores mais importantes. Jesus e outros tantos mestres da sabedoria nos orientaram a abandonar os antigos traços do egoísmo e abraçar a fraternidade, a solidariedade, a colaboração, como formas mais produtivas e felizes de viver e crescer como seres humanos, ou melhor ainda, como seres espirituais.

E se ainda precisamos de competição, se ainda sentimos falta dessa adrenalina, existem maneiras mais saudáveis e até mesmo educativas para se canalizar esta “energia”. O esporte por exemplo, cujo o objetivo intrínseco é derrotar o outro, desde que seja praticado com respeito e ética, nos dá a possibilidade de disputar, sem “destruir” o adversário e pode mesmo ser um fator de união ou socialização entre competidores, torcedores e nações. Isso sem falar que a luta por superar a nós mesmos em nossas habilidades, conhecimentos, conquistas, já pode ser algo suficientemente excitante.

Apesar de tudo, esperamos que não esteja tão longe, o dia em que a rivalidade entre as nações, os torcedores, os times, as pessoas, fique só nas olimpíadas, nas quadras, nos tabuleiros, e que nossa sensação de felicidade não dependa tanto de competirmos uns contra os outros.
15 de fevereiro de 2014
José Antonio M. Pereira
Espiritismo.Net

Fontes:
* O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Ed. FEB. Perg 895. Ver também as perg. 913. e 914. Acesse online: http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/135.pdf