sábado, 9 de maio de 2009

Biografia: Benedito de São Filadelfo

Este é o nome com que é denominado São Benedito, nos livros litúrgicos. Os franceses, no entanto, a fim de distinguir São Benedito de São Bento, pois que ambos tem o mesmo nome em sua língua, Benoît, passaram a chamar São Benedito de Benedito, o mouro.

O que se sabe é que Benedito nasceu perto de Messina, na ilha da Sicília, ao sul da Itália, no ano de 1526. Era filho de um casal escravo africano, que foi comprado por uma família siciliana, chamada Manasseri.

Benedito significa bendito, abençoado. Por ter sido o primeiro filho do casal, conforme promessa do patrão, nasceu livre. Não teve escola senão o lar e a Igreja. Foi pastor, ajudando o pai no cuidado dos rebanhos do patrão. Logo que as primeiras economias lhe permitiram, ele comprou uma junta de bois e se dispôs a lavrar a terra, vivendo nessa labuta até os 21 anos, com as tristezas e alegrias próprias dos agricultores, que dependem do sol, da chuva e dos ventos.

Nessa idade, um monge eremita chamado Jerônimo Lanza o convidou a compor a comunidade dos Irmãos Eremitas Franciscanos. Professou seus votos solenes, 5 anos depois e as regras rígidas do Convento não o perturbavam. Bastava-lhe uma refeição pobre por dia e o chão duro para dormir.

Como o povoado ficava próximo ao Convento, muita gente vinha pedir bênçãos aos frades e logo se espalhou que Frei Benedito produzia milagres. Levas e mais levas de pessoas passaram a bater à porta do Eremitério sem parar, o que motivou que os frades tomassem a decisão de se transferir para o vale de Nazana, depois para Mancusa, sempre se repetindo a situação. Todos queriam conhecer aquele homem extraordinário a quem Deus dera o dom de curar. Doentes chegavam em macas e carroças e o local se tornou centro de romaria.

Em 1562, com a morte de Jerônimo Lanza, a comunidade foi dissolvida, por ordem do Papa Júlio III. Benedito estava com 36 anos e optou por procurar o Convento Franciscano de Santa Maria de Jesus, a poucos quilômetros de Palermo. Sua fama de santo já o havia precedido e como a violeta que deseja expandir seu perfume, ocultando-se entre as folhas abundantes, Benedito desejava esconder-se dos olhos e da admiração do mundo, mas não obteve êxito.

Por ser um religioso leigo, foi designado para a cozinha do Convento. Fatos estranhos, diziam, acontecia na cozinha. Comentava-se que jovens de grande beleza eram vistos mexendo para lá e para cá na cozinha, enquanto Frei Benedito, por vezes, se demorava a orar na Igreja.

Foi em 1578, portanto nos seus 52 anos de idade, que ele foi nomeado Guardião do Convento de Santa Maria de Jesus. Guardião é o título do Superior dos conventos franciscanos, normalmente, cargo confiado somente aos sacerdotes.

Possivelmente, devem ter descoberto em Benedito qualidades de dirigente, pois além de ser um religioso leigo, era analfabeto. Ele chegou a pedir sua renúncia à designação, mas não foi aceita e durante 3 anos ele ficou no cargo. Como Superior, presidia todas as reuniões da comunidade, as orações comunitárias, dava ou negava licenças pedidas e recebia contas de todos os gastos extras.

A ordem para o porteiro do Convento, durante a sua administração, era clara: nenhum pobre sem atendimento. Nenhum mendigo devia ser despachado sem ajuda.

E, certa vez, ao distribuir pão aos pobres, o porteiro, Irmão Vito da Girgenti, percebeu que a fila era enorme e na cesta os pães estavam por acabar. Decidiu encerrar a distribuição e despachou os demais pobres. Benedito, ao saber, ordenou que todos fossem chamados de volta e que os pães restantes fossem distribuídos. A Providência Divina, afirmou, acharia um meio de os socorrer.

Para espanto e alegria do porteiro, os pães não somente foram suficientes para todos os necessitados, como sobraram na cesta exatamente os necessários para atender aos religiosos.

A Benedito é atribuída sabedoria ao ponto de, sem ser sacerdote, auxiliar na formação religiosa dos noviços. Quem assistisse a uma das suas exposições, guardava a convicção de que estava ouvindo um grande teólogo.

Teólogos de renome, ouvindo falar daquele prodígio, vinham elucidar dúvidas e voltavam para casa plenamente convencidos de que uma inspiração divina tomava conta do religioso leigo.

A portaria do Convento vivia cheia de gente que procurava Benedito: uns queriam conselhos, outros, o retorno da saúde. Alguns, somente desejavam apertar sua mão, conhecê-lo.

Os angustiados, aflitos e desesperados voltavam tranqüilos, consolados e alegres por terem recuperado o rumo de sua vidas, após a palavra do frade.

Seus dias eram tão cheios de trabalho para o povo, a cozinha, a enxada, a vassoura que a noite o encontrava exausto. No entanto, doces visões espirituais povoavam seu descanso.

Fenômenos mediúnicos como o da levitação e o êxtase ocorriam quando ele se punha a orar. O povo, por não entender o que acontecia, tudo reportava à conta de milagre e se aglomerava para ver o frade, à frente de uma procissão, deslizando, acima do solo.

Com o corpo alquebrado pelos trabalhos e sofrimentos da vida, aos 63 anos, Benedito adoeceu. Em fevereiro de 1589 caiu de cama e a doença foi relativamente rápida: dois meses.

No dia 4 de abril, assentou-se na cama e começou a orar, entre visões de espíritos. Ao pronunciar: "Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito", rogativa habitual nos ofícios noturnos do Convento, deitou-se, fechou os olhos e deu o último suspiro.

Dos seus 63 anos, foram 42 dedicados ao bem. O corpo foi velado por poucas horas e enterrado no cemitério do Convento. Não se espalhou a notícia de sua morte, senão depois de sepultado, pois, acredita-se que os frades temessem a multidão que iria comparecer.

Mas, quando o povo soube, compareceu em peso ao túmulo e as visitas numerosas durante até agosto. Dois anos depois, porque a peregrinação prosseguisse ainda intensa, o corpo foi trasladado para a sacristia da Igreja de Santa Maria de Jesus, erguendo-se, mais tarde, uma capela lateral, porque a grande movimentação de pessoas, atrapalhava a realização dos cultos religiosos.

O papa Clemente XIII o beatificou em 1763 e o Papa Pio VII o canonizou em 1807.

Em O Livro dos Médiuns, cap. XXXI, item V, assinando-se São Benedito, escreve: " É bela e santa a vossa Doutrina. (...) A estrada que vos está aberta é grande e majestosa. Feliz daquele que chegar ao porto.(...)"

*

Fonte: www.espirito.org.br

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Desculpas que usamos ...: "É a única saída"




No Labirinto da Vida
Andamos pra lá e pra cá ,
Nos entregamos a sorte,
Aprendemos sobre a morte, mas cremos que nunca teremos que a encontrar.

Queremos poucos esforços,
Fazer o bem ?
Não temos tempo, não temos como ou não nos convém ...
Nos fazemos de cegos, surdos, mudos para não precisarmos ajudar ,
Mas se Deus estiver disposto pedimos para o caminho que leva a felicidade, mais fácil nos indicar.

Se erramos e alguém percebe.
Logo nos desculpamos :
- Era a única saída ...
E nem sequer nos damos conta que neste vai e vem de tantas almas perdidas,
é a própria consciência que encontra-se adormecida .

(Paty Bolonha é membro das Equipes do CVDEE e do Espiritismo.Net)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Biografia: Lázaro

Lázaro é a forma grega da abreviação hebraica lãzãr _ Eleazar - "Deus ajuda".

É apresentado como irmão de Marta e Maria, residentes todos em Betânia, distante cerca de uma hora de Jerusalém. Era uma aldeia singela, cercada "por imensos campos de cevada, pequenos bosques de olivedos e figueiras"(1), no caminho de Jerusalém para Jericó.

A aldeia era um contraste à aspereza da Judéia, pelo verdor de que se revestia. Os declives eram cheios de folhagens, as casas brancas mostravam seus alpendres floridos e flores miúdas enfeitavam o tapete de relva verdejante.

Lázaro, como suas irmãs, amava Jesus e o dizia abertamente. Jesus era como um membro da família e recebido sempre com alegria. Quando o Mestre se encontra nas proximidades, é ali, na casinha risonha e franca que é recebido à porta pelo amigo, com efusivo abraço e o ósculo no rosto.

Em Betânia teve Jesus uma segunda família, no ninho de afeições que lhe oferecem os amigos. O amigo dedicado, Lázaro, lá estava. Era o único lugar onde o Galileu podia gozar algumas horas de sossego, de intimidade familiar _ era como se estivesse em casa. Lázaro é o grande e devotado amigo de Jesus.

É em Betânia, quando o Rabi narra ao amigo os últimos acontecimentos e explana sobre o futuro, enquanto a noite avança, que se deu o célebre episódio em que Jesus enfatiza a escolha da melhor parte, conforme narra Lucas no seu Evangelho, cap. 10:38-42.

Quando Lázaro adoeceu, no mês de shebat (fevereiro), Jesus se encontrava pregando na Peréia e as irmãs lhe remeteram um mensageiro. Foram dois dias de marcha e o recado foi breve: "Senhor, eis que está enfermo aquele que amas."

O profeta de Nazaré o sossega, despedindo-o com a certeza de que aquela enfermidade não levaria à morte, antes era para a glória de Deus. Passados dois dias, Jesus empreende a jornada de retorno à Betânia, portanto, ao chegar ao seu destino Lázaro estava com 4 dias de sepultura, pois morrera na mesma data em que o mensageiro de Marta e Maria transmitira a Jesus o recado.

Por ser uma família distinta e estimada, havia muitas visitas na chácara de Betânia, quando a notícia da presença de Jesus O precede. Marta vai ao Seu encontro e na encruzilhada, à beira da povoação, avistando-O, fala-lhe: "Senhor, se estiveras aqui não teria morrido meu irmão." Parece uma queixa e um velado pedido, que se reveste de leve esperança.

Não longe dali ficava o sepulcro de Lázaro, num rochedo da encosta. O acesso se dava por estreita escada rústica e uma escura galeria subterrânea, com um bloco de pedra, em forma de mó, tapando a boca do sepulcro.

Jesus pede a Marta que chame sua irmã e, acompanhado ainda por todos os judeus que estavam na casa àquela hora e seguiram Maria, o Mestre se dirige ao local onde o corpo do amigo estava encerrado.

Narra o evangelista que Jesus chorou. Embora os judeus tenham comentado que aquela era a demonstração do quanto o Rabi amava Lázaro, as Suas lágrimas sentidas e sinceras se deviam à constatação da ignorância de que os homens ainda eram portadores e conseqüentemente, muitas seriam as dores que os avassalariam por largo tempo empós.

Ao comando de Jesus, Marta manda abrir o túmulo. Um hálito pestífero se espalha pela vizinhança. Envolto em largas faixas embalsamadas de essências raras, o rosto coberto com um sudário, lá está o cadáver.

Ora o Mestre ao Pai e depois brada com voz vibrante: "Lázaro, vem para fora."

Alguma coisa branca se move no fundo escuro da catacumba. Aproxima-se. Os contornos parecem mais nítidos. Caminha lentamente e, enrolado da cabeça aos pés nas faixas do embalsamamento, Lázaro responde a Jesus: "Eis-me aqui, Senhor!"

E quando a noite se fez, Lázaro é novamente o bom hospedeiro, andando, sorrindo, comendo do pão que todos comiam. Era o motivo de todas as alegrias. Ao mesmo tempo um motivo de terror.

Para aquela gente, ele se tornou um enigma. Quais seriam suas recordações daqueles 4 dias em que estivera no Vale da Morte? Mas ninguém ousava lhe perguntar as aventuras da misteriosa viagem.

Pelo desconhecimento da letargia, nas semanas que se seguiram, quase que não se falava de outra coisa em Jerusalém e arredores. Jesus nem tocara no cadáver. Apenas ordenara e Lázaro agora estava no meio deles, em perfeita saúde. Muitos o procuravam e ele se tornou alvo de curiosidade geral. Depois de verem a Lázaro, os curiosos iam ter com Jesus, contemplando com um misto de admiração e medo aquele homem de Nazaré, que dava ordens à própria morte, e a morte Lhe obedecia.

Quando, uma semana antes de Sua morte na cruz, Jesus retorna a Betânia, narram João, Marcos e Mateus que a localidade fervilhava de peregrinos, por causa das celebrações da Páscoa judaica que se avizinhava.

Jesus foi convidado a jantar em casa de um tal Simão, chamado leproso. Talvez um daqueles que Ele curara em algum momento da Sua jornada de luz pela Terra.

Lázaro foi convidado, naturalmente, para tomar lugar à mesa do festim. Personagem tão distinto não poderia faltar. Entretanto, desde que o Amigo Celeste o trouxera de retorno à vida física, despertando-o do sono letárgico, Lázaro não é mais o mesmo. Tudo ao seu redor, a paisagem risonha, a casa confortável, a delícia da vida, tudo se tornou uma coisa sem importância.

Lázaro entendera a mensagem de Jesus. Os homens o temem porque percebem que o sangue palpita nas suas veias, seu corpo é quente, seus olhos brilham, seus lábios sorriem. Ele retornou "do outro lado", mas dentro dele a vida canta "como esplende na paisagem colorida e na asa dos pássaros." (3)

Em Lázaro há uma intensa alegria pois reconhece a verdade nas palavras de Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim viverá, ainda que tenha morrido; e quem em vida crê em mim não morrerá eternamente."

E o amigo de Betânia se dispõe a trabalhar com Jesus, no cortejo de espíritos da equipe do Espírito de Verdade. As suas páginas, A afabilidade e a doçura, Obediência e resignação, A lei de amor, O dever se encontram em O evangelho segundo o espiritismo, no capítulo IX, itens 6 e 8, capítulo XI, item 8 e no de número XVII, item 7, ditadas todas no período de 1861 a 1863 em Paris.

Bem se revela Lázaro como aquele que muito amou a Jesus, elegendo-O à condição de amigo e seguindo-O, na qualidade de Guia e Modelo, quando afirma: "O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência..."

"...A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais...Quando Jesus pronunciou a divina palavra _ amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo."

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI, item 8)

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Fonte: www.espirito.org.br

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Cresce uso de anabolizantes entre jovens, indica Cebrid

Cresce uso de anabolizantes entre jovens, indica Cebrid
Dados revelam que praticamente triplicou nos últimos anos.Em 2001, 540 mil brasileiros admitiram o uso desses produtos.
Da Agência Estado
Levantamento do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) aponta que o uso de anabolizantes vem crescendo entre jovens. Praticamente triplicou nos últimos anos, o que fez a ciência destinar mais pesquisas ao estudo das substâncias. Os resultados revelam até a ligação do produto com a violência.
Em 2001, 540 mil brasileiros admitiram o uso desses produtos, número que passou para 1,2 milhão nos últimos dados do Cebrid, colhidos em 108 cidades com mais de 200 mil habitantes. Já uma outra pesquisa divulgada na semana passada pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo atestou que o anabolizante estimula a agressividade.
"O trabalho foi feito em camundongos, que têm sistema genético parecido com o dos humanos", diz Silvana Chiavegatto, orientadora do estudo. "No córtex, responsável por inibir a atitude agressiva, os danos causados pelo anabolizante foram de 66%."
Não é apenas o dano cerebral que induz à violência. A maior parte dos usuários está em academias, em busca de músculos. A força trazida pela droga tem impacto nas atitudes. A autoconfiança incentiva brigas, diz a psiquiatra do Cebrid Solange Aparecida Nappo. "Apesar de não provocar dependência química, entrevistamos 60 meninos, de 16 a 24 anos, e todos apresentavam sinais clássicos do vício", conta. "Reduziam toda a vida à malhação, ficavam afastados da família e amigos e suportavam qualquer sequela para atingir o objetivo de ficar maiores."
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COMENTÁRIO:
Sabemos que os jovens são alvos muito fáceis para a sociedade mediatizada em que vivemos. Uma sociedade globalizada que cultiva a aparência exterior como um dos mais altos graus de sucesso social. Desejosos de se igualarem aos heróis criados pelos media, receosos por sofrerem o drama da exclusão do grupo em que estão inseridos e iludidos na ânsia de afirmação pessoal a qualquer preço, a imagem e a aparência são elevadas à condição de preponderantes, procurando o culto do corpo físico como uma solução para os medos e desejos que invadem as suas almas.

O surto de academias e ginásios que prolifera nas grandes cidades é elogiável. Proporciona e incute na população a importancia da prática regular de exercício físico. Mas muitas vezes, o bom senso e o exercício regrado cedem lugar ao excesso e ao risco, passando o equilíbrio para um plano bem secundário. Reféns dos seus desejos e aspirações, alguns jovens treinam de forma excessiva, provocando um enorme desgaste físico e mental com consequências na sua saúde. Outros, no entanto, confrontados com o enorme esforço necessário para conquistar o corpo perfeito, desistem facilmente dos métodos convencionais e apelam para os resultados imediatos dos anabolizantes, sem se darem conta dos graves danos que estão a provocar ao organismo físico. Nunca é demais repetir os perigos que o uso de anabolizantes pode provocar: problemas no fígado, inclusive câncer; redução da função sexual; derrame cerebral; alterações de comportamento com aumento da agressividade e nervosismo; aparecimento de acne; diminuição da produção de esperma; retração dos testículos; impotência sexual; dificuldade ou dor ao urinar; calvície; desenvolvimento irreversível de mamas; paragem prematura de crescimento; depressão; fadiga; insónia; diminuição da libido; dores de cabeça; dores musculares; desejo de tomar mais anabolizantes.


Meditemos nesse trecho do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” de Allan Kardec, cap II:


“Pelo simples fato de duvidar da vida futura, o homem dirige todos os seus pensamentos para a vida terrestre. Sem nenhuma certeza quanto ao porvir, dá tudo ao presente. Nenhum bem divisando mais precioso do que os da Terra, torna-se qual a criança que nada mais vê além de seus brinquedos. E não há o que não faça para conseguir os únicos bens que se lhe afiguram reais. A perda do menor deles lhe ocasiona causticante pesar; um engano, uma decepção, uma ambição insatisfeita, uma injustiça de que seja vítima, o orgulho ou a vaidade feridos são outros tantos tormentos, que lhe transformam a existência numa perene angústia, infligindo-se ele, desse modo, a si próprio, verdadeira tortura de todos os instantes.”

A vaida­de é uma paixão muito exigente. É um ditador interno que não se satisfaz com pequenos sucessos e exige cada vez mais, sedento de protagonismo, admiração e de realizações que alimentem o ego e o orgulho. Ofuscado pelas luzes do materialismo e pelo prazer imediato, o Homem vai esquecendo que a transitoriedade da vida física é um facto incontornável. Procura ignorar que as únicas aquisições definitivas são as da alma imortal, relegando a cultura, a ciência, a solidariedade, a caridade, a reforma íntima e a transformação pessoal para o fim da lista das suas prioridades. O organismo físico, instrumento da nossa evolução íntima, deverá ser respeitado de forma cuidada para que seja um veículo eficaz e de longa duração, mas sem os excessos e abusos reportados na notícia, que inevitavelmente provocarão efeitos colaterais, por vezes irreversíveis, e que mais cedo ou mais tarde, fruto da lei de causa e efeito, humilharão a vaidade, o orgulho e instigarão o indivíduo para a necessidade de educação, aprendizado e observância das leis maiores da vida.

(Carlos Miguel Pereira é trabalhador do Centro Espírita Caridade por Amor (CECA), na cidade do Porto, e colaborador regular do Espiritismo.net)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Mural Reflexivo: Os Patins...



OS PATINS...


Existem pessoas que têm medo de viver...


Em certa ocasião, havia um menino que tinha adoração por patins.


Era tudo o que ele queria na vida. Pediu, pediu, tanto fez que, um belo dia, eis que conseguiu. Ficou muito feliz com o par de patins, não desgrudava dele um minuto sequer: era dia e noite, o menino e os patins.


Só que no primeiro tombo, no primeiro arranhão, ele ficou com medo de estragar os patins e resolveu guardá-los. Os patins ainda eram a coisa que ele mais queria, o que ele mais gostava de fazer era estar com eles.


Mas preferiu, apenas, ficar olhando e não usar mais para não estragar.


O tempo foi passando e os patins, guardados.


Passaram-se anos e o garoto esqueceu os patins.


Então, em um belo dia, ele se lembra, sente saudades e resolve recuperar o tempo perdido. Vai até o armário, revira tudo e, finalmente, encontra os patins.


Corre para calçá-los e aí tem uma terrível surpresa.


Os patins não cabem mais nos seus pés.


O menino, acometido de profunda tristeza, chora e lamente os anos perdidos e que não vai mais poder recuperar.


Poderia, sim, comprar outros, mas nunca seriam iguais àqueles.


Assim como o menino da estória, são as pessoas.


Guardam sentimentos, com medo de vivê-los, de se machucar e depois, quando resolvem retomar esses sentimentos, já passaram de sua melhor fase.


Deixe as besteiras de lado, as brigas, os ressentimentos e viva bem o dia de hoje.


Não guarde os patins, talvez hoje ainda haja tempo; amanhã, pode ser tarde demais...



(In: "A LUZ DISSIPA AS TREVAS" - Estórias e fatos para ilustrar palestras e conversações - vol 2, seleção de Paulo Daltro de Oliveira da Gráfica e Editora Paulo de Tarso de Goiânia. Gentilmente enviado por Araci Cornelsen, membro da Equipe do Espiritismo.Net)

Biografia: João Evangelista

Da família Zebedeu, ou Zabdias, de um "pescador bem-sucedido e empresário de vários barcos"4, foram escolhidos por Jesus dois apóstolos: Tiago Maior e João. A cidade era a pequena Betsaida.

Segundo Ernest Renan, "eles estavam imbuídos de energia e paixão. Jesus os havia apelidado, com graça, de `filhos do trovão', por causa do zelo excessivo com que, muitas vezes, teriam feito uso do raio se dele pudessem dispor."4

João era adolescente, portanto idealista. Com Tiago, seu irmão, e Pedro forma um comitê íntimo que se faz presente em momentos muito especiais, durante a trajetória terrena de Jesus.

Os irmãos conheciam as pregações do Batista e foi no Tiberíades, no dia em que a primavera bordava rendados pela praia, que o Rabi os convidou a participar das alegrias da Boa-Nova, transformando-se em "pescadores de homens".4

Humberto de Campos, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, os descreve como "de temperamento apaixonado. Profundamente generosos, tinham carinhosas e simples, ardentes e sinceras as almas."3

Magnetizados pelo olhar enérgico e carinhoso de Jesus, aderem ao sublime convite. No idealismo quente da sua juventude, João falava de seus planos de renovar o mundo, de pregar o Evangelho às nações. Sentia-se forte e bem disposto.

Mais tarde, ao derramar a cornucópia da sua saudade no seu Evangelho, ele falaria dos tantos momentos de êxtase e aprendizado com Jesus.

Ao descrever o encontro do Mestre com Nicodemus, demonstra, com certeza, ter sido testemunha ocular. Uma testemunha que talvez estivesse à porta, como quem se encontra à espreita, velando pela eventual proximidade de alguém que pudesse surpreender o esclarecedor colóquio entre o Rabi Galileu e o doutor da lei.

Quando narra o episódio das Bodas de Caná, João parece reviver o adolescente, maravilhado ante um Rabi pleno de sabedoria, que abençoa a união esponsalícia com a água lustral da Sua presença e a doçura do Seu amor.

Com Jesus, ele adentra "a casa de Jairo, o chefe da sinagoga, cuja filha se encontrava nas malhas da agonia..."1 Há pouco, surpreendera o olhar agradecido de Verônica, a hemorroíssa, curada ao tocar o manto do Mestre.

E quando agosto "derrama sua taça de luz e calor sobre a terra"1, ele acompanha o Rabi na íngreme subida de 562 metros até o cume do Tabor. Após as 4 horas de marcha, ele dorme junto a Pedro e Tiago. A canícula, o cansaço os vence.

Na madrugada que avança, vozes vibram no ar. A visão sublime de Jesus, com as vestes brilhantes, dialogando com Moisés e Elias, o faria mais tarde, evocando a cena inesquecível, iniciar a sua narrativa evangélica, escrevendo: "Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens, a luz resplandecente nas trevas e as trevas não a compreenderam."1

O seu Evangelho foi especialmente dirigido aos cristãos que já conheciam a Mensagem. É o Evangelho espiritual, no dizer do espírito Amélia Rodrigues.

João, jovem, assiste com Maria, os instantes de agonia e morte do seu Mestre e Senhor, a cuja dedicação Jesus entrega sua mãe: "Filho, eis aí a tua mãe!" E desencumbiu-se da missão, oferecendo-lhe "o refúgio amoroso de sua proteção".3

João foi com Pedro à Samaria, depois da ascensão de Jesus, e mais tarde voltou a Jerusalém, trabalhando na Casa do Caminho. Mereceu a prisão com Pedro e, libertado, prosseguiu nas atividades.

Após se instalar em Éfeso, busca Maria e a abriga em sua casa, doada por membro da família real de Adiabene. "No alto da pequena colina, distante dos homens e no altar imponente da Natureza, se reuniriam ambos para cultivar a lembrança permanente de Jesus. Estabeleceriam um pouso e refúgio aos desamparados, ensinariam as verdades do Evangelho a todos os espíritos de boa vontade e, como mãe e filho, iniciariam uma nova era de amor, na comunidade universal."3

Perseguido por Domiciano, foi enviado para Roma, sendo depois exilado na ilha de Patmos, onde teve ocasião de escrever o Apocalipse. Depois da morte de Domiciano, voltou para Éfeso e aí morreu quase centenário.

É o único dos apóstolos a desencarnar de forma natural. A ele são atribuídas também 3 epístolas: a primeira dirigida aos fiéis da Ásia menor e que, segundo alguns, parece ter sido escrita como prefácio ao quarto Evangelho; a segunda à senhora Electa e seus filhos, qualificando-o alguma Igreja na Ásia menor e a terceira, a Gaio, um rico cristão. É uma carta íntima e repleta de gratidão.

No ocaso do século XII, João retorna ao cenário do mundo, na figura de Francesco Bernardone, para se tornar "o pobre de Assis".

"Francisco, ao largo da sua trajetória corporal, tudo de si investiu para que o modelo crístico fosse a sua referência, na sede que demonstrava de segui-Lo, de imitá-Lo.

Trabalhou, sofreu, chorou muito, sem que tivesse imposto a ninguém qualquer dor, qualquer sofrimento. Ao contrário, ocultava suas lágrimas pessoais, quando se tratava de atender a terceiros. Ele conhecia e convivia com o Espírito do Cristo, mas entendia que o semelhante deveria ver o Cristo por meio das suas ações amorosas."2

Como o cantador de Deus, escreveu os doces versos que o espírito Camilo denomina A carta magna da Paz, que inicia com o "Senhor, faze-me um instrumento da tua paz... Daí, desdobram-se rogativas corajosas e estelares, desvelando a pujança das acrisoladas virtudes do Pobrezinho, virtudes que marcariam sua existência até os momentos finais da sua vida terrena."2

É este mesmo João/Francisco/Amor que assina em primeiro lugar os "Prolegômenos"de O livro dos espíritos. O instrumento de Deus atende, outra vez, ao chamado do Pastor e vem oferecer ao mundo o Consolador.

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VIII, item 18, recorda a doçura do encontro de Jesus com as crianças em que o Príncipe da Paz se detém a atendê-las. Nas suas linhas podemos reconhecer o autor do 4º Evangelho e especialmente quando assim se expressa, referindo-se ao Mestre: "Ele foi o facho que ilumina as trevas, a claridade material que toca a despertar.(...)"

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Fonte: www.espirito.org.br

domingo, 3 de maio de 2009

Notícia: "Jovens estão entre as principais vítimas do trânsito".

Por: Marcelo Alves - O Globo Online


RIO - Os jovens são as maiores vítimas da violência no trânsito do país. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) a cada ano tem aumentado o número de mortos e feridos devido a acidentes de trânsito entre pessoas de 18 e 29 anos nas estradas e rodovias. Em 2002, dos 116.720 jovens vítimas de acidentes, 5.006 foram fatais e outros 111.714 não-fatais. Em 2001, embora o número de vítimas fatais tenha sido menor, 4.769, o total de jovens vítimas de acidentes foi de 134.571. Em dados percentuais, as vítimas fatais do trânsito cresceram de 23,7% para 26,5%.

Especialistas acreditam que a mistura de álcool com direção é o maior vilão dessa triste estatística e que o jovem precisa ter mais consciência nas viagens para o Reveillon deste ano.

- Entre 65% e 70% dos acidentes de trânsito houve ingestão de álcool. Se você somar isso ao excesso de confiança do jovem e de velocidade, o resultado pode ser um acidente - afirma o chefe da clínica do setor de Ortopedia do Hospital Lourenço Jorge, o Dr. Ricon Jr., lembrando que nessa época do ano aumenta em 20% o movimento na emergência do hospital.

"Entre 65% e 70% dos acidentes de trânsito houve ingestão de álcool."

(...)

"A pressa não combina com o lazer e é inimiga do trânsito."

Lesões e seqüelas graves

Os jovens não medem as conseqüências de um acidente de trânsito. Segundo o doutor Ricon Jr., os traumas mais comuns de um acidente com automóvel são fraturas nos membros inferiores e no pescoço no caso de colisões frontais. Em caso de colisões laterais há lesões na bacia e nos membros inferiores. Já motociclistas podem apresentar também fraturas expostas e lesões de crânio, assim como os casos de atropelamento. Ricon Jr. diz que dependendo da gravidade do acidente, as seqüelas podem ser graves e irreversíveis:

- Em traumas de crânio as seqüelas neurológicas afetam a parte intelectual, por afetar áreas do cérebro ligadas à inteligência. Podem ser provocados também problemas de fala e de motricidade. No caso de lesões dos membros inferiores, as fraturas expostas provocam perdas ósseas, de músculos, nervos, trazendo problemas nas articulações causando uma deficiência física - afirma.

- Em lesões na coluna cervical ocorrem casos de tetraplegia. No caso da bacia, as cirurgias são grandes e bem complicadas. Por vezes é necessário fazer mais de uma cirurgia. Há consequências como o aparecimento de casos de osteomielite, uma infecção profunda dos ossos, de difícil cura e tratamento. Além dos impactos sócio-econômicos, pois é uma lesão de difícil tratamento com o uso de antibióticos caros - completa.

Para evitar que outros jovens se tornem vítimas do trânsito, Gilberto Cytryn dá algumas dicas:

- O principal é não consumir bebida alcoólica. Os jovens devem utilizar o cinto de segurança, que é responsável por salvar muitas vidas. Quem envolve em um acidente com capotamento, a chance de sobreviver é infinitamente superior, pois ele evita que você seja arremessado para fora do carro, o que aconteceu no caso do acidente da Lagoa.

"Os jovens devem utilizar o cinto de segurança, que é responsável por salvar muitas vidas."

Ricon Jr. também orienta o uso do cinto de segurança a todos os passageiros do veículo, inclusive os que estão no banco de trás.

- Quando o veículo está em alta velocidade, o peso de uma pessoa ao ser lançada sobre a da frente equivale ao peso de um elefante - compara o médico que pede que os jovens respeitem as leis de trânsito.

- A grande maioria dos acidentes são ocasionados pela pressa e pela imprudência. Dirigir nas ruas e nas estradas é diferente, portanto é preciso respeitar as leis, evitar ultrapassar nos trechos de faixa contínua. Aqueles que não estão acostumados com a estrada devem evitar dirigir à noite e saber como estão as condições das estradas.

Cytryn também afirma que os jovens não podem ultrapassar os limites de velocidade das estradas:

- Muitos vão fazer viagem para a praia ou a casa de campo, pegam os carros com amigos, namorados e é coisa do jovem correr um pouco mais, se exceder. Não há a necessidade disso. Não há a necessidade de correr, pois eles estão saindo a passeio e devem chegar com segurança aos seus destinos.

Matéria completa em: http://oglobo.globo.com/rio/segurancanotransito/mat/2006/12/27/287202514.asp
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COMENTÀRIO

A alta taxa de sinistralidade rodoviária dos jovens adultos é um problema que é transversal a inúmeros países e sociedades, havendo várias predisposições para que a relação jovens e acidentes de trânsito seja tão íntima. A transição da juventude para a idade adulta é uma época bastante complexa da existência humana mas que cada vez mais os nossos jovens vêm adiando. Reclamam liberdade mas muitas vezes rejeitam a responsabilidade. Exigem os direitos mas esquecem os deveres e as obrigações. Não possuindo a maturidade da experiência, são facilmente fascinados pelas oportunidades encantadoras que lhe surgem de um momento para o outro, julgam-se invulneráveis, atiram-se com avidez aos novos prazeres sem se darem conta das suas consequências, rendendo-se às sensações fortes que lhes tomam todo o corpo.

O gosto pelo perigo, o fascínio pela velocidade, a impulsividade, a procura de novas experiências e a apetência pela aventura levam muitos jovens a fazer da condução um desporto radical, esquecendo voluntáriamente os riscos que estão a criar em si próprios e nos outros. O automóvel é visto pelo jovem como uma conquista social, uma tentativa de afirmação e valorização pessoal, um meio de exibição perante os outros, sendo frequentes os despiques verbais entre amigos sobre as suas proezas nas estradas, colocando os jovens no fino limite que separa o prazer de ser herói do sofrimento de ser a próxima vítima.

A estes fatores precisamos juntar a apetência que os jovens têm pelo consumo de álcool. Nos bares e nas festas, andar com um copo na mão fá-los sentir mais crescidos. O consumo de álcool, sendo socialmente aceite, está enraízado na cultura ocidental e para os jovens faz parte de um ritual de entrada na vida adulta. Juntar álcool e condução é uma irresponsabilidade tão óbvia e publicitada mas que parece não ser percebida por alguns e aí não podemos acusar os jovens de serem os únicos prevaricadores.

Muitos jovens vivem unicamente o agora, agindo como que por instinto, reagindo mais do que pensando, acumulando por vezes comportamentos de tal risco que são mais do que apenas imprudências, podemos mesmo enquadrá-los como potencialmente suicídas. Através do estudo da Doutrina Espírita, sabemos que as consequências das nossas atitudes não terminam com a morte do corpo. Na erraticidade, o Espírito sofre pela angústia e arrependimento da sua irresponsabilidade e das atitudes irrefletidas, revivendo-as até que as consiga superar.

Como tal, mesmo sabendo que mudar a mentalidade dos jovens não é uma tarefa simples, é necessário investir cada vez mais no único meio capaz de reduzir esses números de uma forma significativa: A educação. Os especialistas consideram que o fato mais importante na transformação dos jovens em condutores prudentes e conscientes é a atitude dos pais ao volante. Pais tranquilos, que cumprem as regras de trânsito e que respeitam os outros condutores, incutem nos seus filhos as mesmas atitudes. É que o exemplo é a melhor maneira de influenciar os outros e se esse exemplo é dado pelos progenitores, torna-se ainda mais fundamental para, nesse caso, atenuar e até mesmo parar com a tragédia que representa a morte de tantos jovens nas nossas estradas. Sabendo do enorme número de acidentes que vitimam os jovens nos primeiros 5 anos depois da aquisição da licença de condução, os pais não devem simplesmente entregar um automóvel nas mãos do filho, precisam antes possuir um papel activo na educação do seu filho na estrada: Viajar bastante tempo ao seu lado, incutir-lhe a importância da segurança na estrada, da necessidade do respeito das regras de trânsito, da responsabilidade que existe em conduzir um automóvel e criando regras de conduta e de utilização do veículo.

Mas acima de tudo isso, é necessário falar aos jovens. Mostrar-lhes que se possuem idade para conduzir, também têm idade para serem responsáveis e medirem as consequências das suas atitudes antes de as provocarem. A irreverência não é sinónimo de irreflexão ou irracionalidade. Todos precisamos parar para pensar. O automóvel é uma arma letal se estiver em mãos negligentes, inconscientes, irresponsáveis e imprudentes. Usem-no com respeito, ignorem os estímulos exteriores e interiores ao exibicionismo gratuito e jamais aceitem entrar num automóvel em que o condutor esteja sobre o efeito do álcool ou de substâncias narcóticas, mesmo que esse condutor sejam vocês mesmo. Peguem um taxi, telefonem aos pais ou a um irmão para os irem buscar. Não existe pai algum nesse mundo que não prefira perder algumas horas do seu sono, a correr o risco de o seu filho ser uma das próximas vítimas dessa tragédia diária que é a sinistralidade rodoviária.

(Comentário por: Carlos Miguel Pereira. Na área espírita, é trabalhador do Centro Espírita Caridade por Amor (CECA), na cidade do Porto, e colaborador regular do Espiritismo.Net)