sábado, 6 de dezembro de 2014

Literatura Juvenil - Importância dos Romances Espíritas na juventude

 LITERATURA JUVENIL - IMPORTANCIA DOS ROMANCES ESPIRITAS NA JUVENTUDE
Os romances espíritas vieram a lume para “apresentar a magnificência do Bem” 1 expondo paralelamente a Doutrina dos Espíritos. Para os jovens, em especial, se reveste de sensibilidade para atingir aos corações juvenis, conforme no dizer de Áureo, tão cheios de coragem, idealismo, energia e fé.
Relato de Yvonne do A. Pereira:
“O Espírito Adolfo Bezerra de Menezes, em certa obra mediúnica a nós concedida (Dramas da Obsessão), classifica os romances espíritas de similares das parábolas messiânicas, visto serem eles extraídos da vida real do homem, enquanto as parábolas igualmente foram inspiradas ao Divino Mestre pela vida cotidiana dos galileus, judeus e de suas azáfamas diárias.” 2

O JOVEM ESPÍRITA DEVE DEDICAR-SE AO HÁBITO DA LEITURA? 
Percebamos o que nos esclarece Emmanuel: “Ler, sim, e ler sempre, mas saber o que lemos. [...]. Estudar, sim, e estudar sempre, mas saber o que estudamos. Evitemos as páginas em que a loucura e a delinqüência se estampam, muitas vezes, através de alucinações fraseológicas de superfície deleitosa e brilhante, porquanto, buscar-lhes o convívio equivale a pagar corrosivo mental ou perder tempo.”

QUAIS OS BENEFÍCIOS DA LEITURA ESPÍRITA PARA O JOVEM?
O Espírito Manoel Philomeno de Miranda elucida em Tramas do destino dizendo que: “[...] é através da leitura evangélica que o espírito se irriga de esperança e se renova, abrindo verdadeiras clareiras e brechas na psicosfera densa que elabora e de que se nutre, a fim de que penetrem outras energias benéficas que o predisporão para o bem, de intervalo a intervalo, até que logrem modificar a paisagem interior, animando-se a investimentos maiores.”4

DE ONDE PROCEDE A DIFICULDADE DE ALGUNS NA LEITURA ESPÍRITA?
Manoel P. de Miranda orienta que: “Merece considerarmos que, em alguns casos, o amolentamento, a falta de discernimento e a não fixação do conteúdo da leitura procedem da falta de hábito salutar e da convivência com os bons livros. A mente viciosa e indisciplinada, acostumada ao trivial, ao burlesco e ao insensato, se recusa atenção e interesse no esforço novo.”4  Portanto, cabe aos adultos, oferecer e insistir em estimular os jovens na leitura saudável dos romances espíritas. 

O QUE PODEMOS SUGERIR AO JOVEM PARA ESTIMULÁ-LO À LEITURA?
Ainda sugere Manoel P. de Miranda: “Conveniente, desse modo, insistência e perseverança. Leiam-se pequenos textos e façam-se acompanhar as leituras subseqüentes reflexão da parte examinada; tente-se a memorização, a anotação com exercício gráfico, através do que se não conceda, porém, à mente, a ociosidade nem a escusa de nada conseguir nesse capítulo.” 4
O jovem deve ser envolvido pelo processo de entusiasmo do ato de ler. Jamais deverá ser obrigado a ler este ou aquele livro por imposição. Cabem aos pais, educadores e à Mocidade Espírita propiciar momentos de divulgação e contatos do jovem com as obras espíritas. Isso poderá ser feito por de: 
  • Propaganda do livro e do autor (de preferência autor espiritual);
  • Mural (contando trecho ou parte do ensino)
  • Biblioteca da Casa Espírita ou da Mocidade;
  • Ciranda de livros (trocas de livros entre os próprios jovens).
  • Livro do mês. Sugerir aos jovens um livro escolhido para ser estudado naquele mês e posteriormente, (numa data fixa do calendário da Mocidade) avaliá-lo com os jovens.
  • Teatros – escolher um trecho de um livro e encená-lo por meio de um pequeno teatro, provocando nos jovens o interesse por saber o final da história.
  • Realizando pequenos relatos, de outros jovens ou adultos, sobre a obra espírita que mais lhe interessou e o porquê. 5
Nunca nos esqueçamos a quem quer que seja – criança, jovem ou adulto - “Divulgar, por todos os meios lícitos, os livros que esclareçam os postulados espíritas, prestigiando as obras santificantes que objetivam o ingresso da Humanidade no roteiro da redenção com Jesus. A biblioteca espírita é viveiro de luz.”
Concluamos nossas reflexões com o esclarecedor alerta de Bezerra: “Será indispensável, mesmo urgente, porém lecionar a essa juventude tão rica de generosos pendores, tão enamoradas de ardentes ideais quanto desordenada e inconseqüente em suas diretrizes, e a quem escasseiam exemplos edificantes, lições enaltecedoras capazes de impulsioná-la, para a padronização do Bem, porque as escolas do século XX não falam ao sentimentos do coração como não revigoram as lídimas aspirações da alma juvenil, enquanto que as futilidades destrutivas conluiadas como comodismo criminoso do século, aboletadas no seio dos próprios lares, arredaram para muito longe o antigo dulçor dos conselhos maternos como a respeitabilidade dos exemplos paternos [...] Livros nocivos proliferam em estantes de onde os exemplos moralizadores ou educativos desertaram, corridos pela intromissão comercialista de uma literatura deprimente, criminosa na facilidade com que se expande, viciando ou pervertendo os corações em flor de jovens a quem mães descuidosas não apresentaram leituras adequadas; enquanto revistas levianas, deseducativas, destilando o vírus da inconveniência generalizada, seguem com os moços cujas mentes, muitas vezes dotadas de ardores generosos se abastardam e estiolam vencidas por irrupções letais , qual plantazinha mimosa à falta do ar e da luz portadores da Vida![...]Será imprescindível, portanto, que os obreiros espirituais do Grande Educador de Nazaré acorram solícitos, aqui e além, desdobrando-se em vigilâncias incansáveis em todos os setores em que se movimenta a Humanidade – nos pertinentes à literatura também, cuidadosos dos primórdios da grande renovação que já se vislumbra nos horizontes do porvir.[...].
Surgem médiuns pelos quatro cantos do planeta, dispostos aos rigores inerentes aos mandatos especiais que lhes couberam... E os ditados de Além-Túmulo se avolumam na sociedade terrena, apresentando ao homem – à juventude – o passa-tempo literário que lhes convém, em contraposição às más leituras a que se habituaram... assim realizando, de um modo ou de outro, o que as escolas e os lares se descuraram prevenir: - o ensino da Moral, o culto sincero e respeitoso a Deus, à Honra e a Família! 7

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

1-Áureo, Amar e servir, FEB, lição 42.
2-Yvonne A. Pereira, Recordações da mediunidade, p.98.
3-Emmanuel, Livro da esperança, p.199-200.
4-Manoel P. de Miranda, Tramas do destino, p.94.
5-Editora Auta de Souza, Adolescência: um desafio para pais e educadores, p.295 
6-André Luiz, Conduta espírita, p. 52.
7-Adolfo Bezerra de Menezes, Tragédia de Santa Maria, p.07-09


***

Artigo retirado do site Portal Jovem Espírita

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

BOM SENSO E LIBERDADE

murrefblogBOM SENSO E LIBERDADE

    Conta-se que dois homens caminhavam lado a lado. Um era jovem, trazia consigo os sinais da inexperiência. Tinha olhos vivos e atentos a tudo, como quem quer aspirar a vida em um só fôlego.
    Desejava modificar o mundo, revolucionar sua época, ensinar o muito que julgava saber.
    O outro trazia no semblante as marcas do tempo e já não queria tomar o mundo, contentava-se em aprender um pouco, aqui e ali, analisando, sereno, as experiências que a vida lhe apresentava.
    Tampouco desejava deixar suas marcas nos homens e nas coisas que o rodeavam.
    Não queria discípulos, nem seguidores, e não pretendia modificar ninguém, a não ser a si próprio.
    Era cego de nascença. Porém, apesar de ter os olhos do corpo fechados, possuía abertos os da alma.
    Vinham em silêncio quando o jovem, surpreso, exclamou: uma pipa! Uma pipa no céu!
    Por que está tão alegre em vê-la, ainda que distante? Perguntou o cego.
    É que toda vez que vemos uma pipa, uma só ideia nos assalta a alma: a ideia da liberdade e, qual de nós não valoriza a possibilidade de sentir-se livre?
    Disse o jovem.
    Liberdade? Questionou o homem. Estranho, para mim a pipa tem outro significado.
    Outro significado? Como? Sabe o que é uma pipa?
    Sim, meu amigo, eu sei o que é uma pipa, papagaio, pandorga, como queira chamar.
    Pois a imagem desse objeto me traz à mente a ideia de responsabilidade e bom senso.
    Não entendo... disse o jovem.
    E o homem falou com sabedoria: o exercício da liberdade é complexo e fundamental em nossas vidas.
    Todavia, como você pode perceber, a pipa tem uma liberdade muito relativa, graças ao fio no qual está presa.
    Por vezes, o desejo de liberdade nos faz ver as coisas de um ponto de vista muito acanhado e perdemos a noção de limites.
    Muitas pessoas acreditam ter liberdade ilimitada, mas estão presas ao chão pelos fios invisíveis dos vícios de toda ordem.
    Há aqueles que estão presos aos bens transitórios do mundo, como se fossem pássaros cativos em gaiolas de ouro.
    Há os que não conseguem romper com os fios do orgulho e do egoísmo, que os impedem de alçar o voo definitivo, rumo à liberdade.
    Os que não conseguem desatar os nós prejudiciais do desejo de posse sobre familiares e amigos, amargando séculos de infelicidade.
    Há aqueles que estão presos pelas correntes poderosas da prepotência, do preconceito, da ambição desmedida, dos desejos sexuais desenfreados.
    Dessa maneira, meu jovem, muitas vezes os olhos nos enganam. Não basta enxergar, é preciso ver além.
    É preciso perceber que sem romper com os vícios que nos prendem ao solo, a liberdade é impossível.
    Foi por essa razão que Jesus, o grande Sábio da humanidade afirmou:
    "conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres".
    Conhecendo e reconhecendo a sua destinação divina, a sua condição de filhos da luz, os homens farão esforços para cortar as amarras que os retém em mundos inferiores, para alçar o voo definitivo da liberdade sem limites.
    Eis, meu filho, a minha maneira de ver o que significa realmente a liberdade.
    O jovem deu o braço ao cego, calou-se, e, em silêncio, entregou-se a profundas reflexões.
    Pense nisso!
    O limite da liberdade encontra-se inscrito na consciência de cada pessoa, através das leis divinas.
    Assim sendo, é dever de cada ser humano libertar-se do cárcere de sombra e dor, da prisão sem barras em que se mantém, e desenvolver as asas de luz das virtudes que lhe possibilitarão o voo definitivo da liberdade sem limites.
    Pensemos nisso!

(Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em texto cuja autoria nos é desconhecida. www.momento.org.br)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Restaurante temático 'I Love Cocaine' mostra 'explosão' do cérebro ao usar droga

Restaurante temático 'I Love Cocaine' mostra 'explosão' do cérebro ao usar droga

Um restaurante "antidrogas" é a nova atração da pequena Montichiari, norte da Itália.
A escolha não foi por acaso. A cidade, de 25 mil habitantes, é recordista italiana no consumo de cocaína, com 14 doses diárias a cada mil habitantes, segundo recente pesquisa oficial do Ministério da Saúde italiano - superando Milão, com 9,1 doses, em 2009.
A decoração do estabelecimento, chamado de I Love Cocaine (Amo Cocaína, em tradução livre), se inspira nos danos provocados pela droga ao cérebro humano.
Em vez de mesas tradicionais, uma única e longa bancada sinuosa representa a sinapse, a atividade cerebral dos neurônios.
Monitores nas paredes não transmitem programação de emissoras de TV, mas sim depoimentos de ex-viciados em drogas.
E em uma parede de 8 metros quadrados flutua a "projeção" das mentes dos frequentadores. Ao entrar no restaurante, cada um pode personalizar a própria imagem do cérebro em duas dimensões, fotografá-la com um tablet e projetá-la em 3D.
Quando um frequentador se aproxima do enorme monitor, fotocélulas sensíveis ao movimento provocam a "fuga" dos cérebros flutuantes, que vibram, tremem, param e escapam.
A experiência ainda simula a reação dos neurônios ao uso da cocaína. Quando o usuário passa a mão sobre algumas fileiras de farinha branca dispostas numa bandeja no final da parede, o sistema eletrônico é acionado e uma "chuva virtual" de cocaína invade o monitor.
Em seguida, o cérebro do usuário entra numa espécie de curto-circuito e implode na tela.
Ousadia
"Não sabemos se não virá ninguém ou se (o restaurante) vai lotar. É difícil administrar um espaço assim, com esta proposta", reconhece o designer do ambiente, Ermanno Preti, à BBC Brasil.
O proprietário do restaurante, o empresário Mino Dal Dosso, também diz ter se sentido, a príncípio, inseguro com o projeto e com o nome do restaurante. "Depois abracei o projeto, que passa uma importante mensagem ética e social, num lugar público."
Pela manhã, o lugar abrirá as portas para encontros com estudantes das escolas vizinhas para debater o uso de drogas, com palestras de pesquisadores e estudiosos sobre o tema. Depois dos alunos, entrarão os comensais para uma experiência gastronômica.
O I Love Cocaine custou quase 2 milhões de euros (R$ 60 milhões) - um investimento raro em tempos de crise econômica na Itália - e tem um cardápio tradicional, com massas, carnes e verduras.
"Abri um restaurante um mês antes do começo da crise de 2008. Temos hoje 40 empregados e dobramos o faturamento. Honestamente, não acredito na crise, acho que existe uma crise, sim, de valores, uma crise da falta de vontade dos empresários de arriscar", argumenta o dono.
"Achamos que este conceito ético e social (do restaurante) pode funcionar em outros países. Registramos a marca e estamos procurando novos mercados."

Notícia publicada na BBC Brasil, em 11 de novembro de 2014.

Jorge Hessen* comenta

Enquanto há esse nobre e inusitado exemplo na Itália, aqui pelo Brasil surgem os arautos da legalização das drogas. Talvez aí estejamos diante de um complexo dilema: o que seria resolver o problema das drogas? Consentir o consumo? Autorizar a compra e venda só de maconha? Permitir o consumo de outros entorpecentes? Ou a solução é erradicar as drogas do planeta? Como fazê-lo? Será possível uma sociedade livre das drogas? Sempre haverá pessoas interessadas no uso de substâncias que alteram a consciência?
No Brasil, há um inquietante movimento para a liberalização do uso de substância extraída da maconha, apoiado no argumento de que o canabidiol (CBD) seja uma substância terapêutica que não altera os sentidos e não provoca dependência. No entanto, o psiquiatra José Alexandre Crippa, da Universidade de São Paulo, um dos maiores estudiosos do Brasil de canabinóides, alerta que a extração do CBD nunca vem pura; contém sempre alguma quantidade de Tetra-hidrocanabinol (THC), o composto que provoca as alterações dos sentidos, e aí está o perigo.
Mais de 20 países já autorizam o comércio de remédios à base de canabidiol, incluindo alguns estados americanos, Inglaterra, Israel e Uruguai. O Brasil está fora dessa lista, porém importar já é possível, embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) imponha várias exigências ao laudo médico, entre elas a comprovação de que o paciente pode morrer sem administração do medicamento canabidiol. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo autoriza a prescrição de CBD apenas para crianças com algumas doenças específicas.
Cremos que mais importante que discutir a descriminalização de drogas é a urgência de debater a assistência ao contingente assombroso de dependentes químicos que se encontram categoricamente desassistidos pelo Estado. Obviamente as regras que se aplicam às drogas ilegais deveriam ser aplicadas às bebidas alcoólicas (catastrófica droga legalizada) que deveria ser criminalizada no mundo com urgência. Acredita-se que se a maconha for tão acessível para o viciado quanto os alcoólicos, é presumível que desaqueça a bestialidade provinda do tráfico. Porém, não nos enganemos, o consumo alargará, aumentando o número de moléstias e mortes ocasionadas pelo uso permanente de outras drogas.
Sob o ponto de vista espírita, compreendemos que todos os tipos de vícios dão campo a ameaçadores micro-organismos psíquicos no domínio da alma. Transgressões violentas, como uso de drogas (sobretudo bebidas alcoólicas), rompem o revestimento magnético que possuímos e as consequências são a devastação da saúde física e até a morte, às vezes precedidas da loucura. “Paralelamente aos micróbios alojados no corpo físico há bacilos de natureza psíquica, quais larvas portadoras de vigoroso magnetismo animal. Essas larvas constituem alimento habitual dos espíritos desencarnados [obsessores] e fixados nas sensações animalizadas. A indiferença à Lei Divina determina sintonia entre encarnado e desencarnado viciados, este [obsessor] agarrando-se àquele [obsedado], sugando a grande energia magnética da infeliz fauna microbiana mental que hospeda, em processo semelhante às ervas daninhas nos galhos das árvores a sugar-lhes substância vital."(1)
Como se não bastasse, ainda há as chamadas “drogas digitais sonoras” (e-drugs) que estão invadindo a rede mundial de computadores e se proliferam rapidamente nas redes sociais. Criada nos Estados Unidos, a "droga" em referência não é de beber, fumar, cheirar ou injetar, mas de ouvir: sim, (pasmem!) OUVIR!!! São “pílulas” sonoras digitais, que com simples batidas combinadas obrigam o cérebro a tentar equilibrá-las. Daí surgiria o "barato". É uma ação neurológica que consiste na emissão de sons diferentes em cada ouvido (zumbidos, mesmo!), que supostamente estimulam o cérebro a produzir sensações de “euforia”, “estados de transe” ou de “relaxamento”. Tais drogas digitais invadiram a França nos últimos anos e, por enquanto, seus efeitos são desconhecidos.(2)
Ante às leis humanas, não propomos aqui que o vício, especificamente o que escolhemos analisar, seja um problema de criminalidade, mas sim um problema de desequilíbrio íntimo, diante das leis da vida. E isto não apenas no terreno em que o vício é mais claramente examinado. Sobre outros tantos vícios que carregamos, como o de reclamar de tudo e de todos, Chico Xavier, com muito bom humor, explica que “se falamos demasiadamente, estamos viciados no verbalismo excessivo e infrutífero. Se bebemos café excessivamente, estamos destruindo também as possibilidades do nosso corpo nos servir.”(3)
O vício em si mesmo é toda dependência química ou psíquica geradora de solicitudes insustentáveis, capazes de levar o viciado a repetir incessantemente a ação que sacia, temporariamente, essa “aflição”. Em regra, decorre de uma ação repetitiva, que nem sempre proporciona prazer imediato, mas que ao longo do tempo torna-se objeto de necessidade exacerbada, inconveniente e prejudicial ao indivíduo. Quando ponderamos a palavra vício, podemos também citar os corrompidos pelo álcool, cigarro, dinheiro, comida e recordamos ainda os dependentes psíquicos que estão entranhados no vício do sexo aviltante (aqueles que buscam o “barato” na pornografia através da tecnologia, mormente através da internet).
O homem deve valorizar a “drágea” do afeto, o “comprimido” do carinho, a “e-drug” da compreensão, a “gota” de renúncia, o “chá” do amor em família, a “injeção” da caridade, a “internet” da benevolência,  por serem os mais eficazes remédios na cura das patologias espirituais que devastam moralmente todo projeto de vida do ser humano.

Notas e referências bibliográficas:
(1) Xavier, Francisco Cândido. Missionários da Luz, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1945;
(2) Disponível em <
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/e-drugs-o-novo-fenomeno-da-internet-invadem-a-franca>, acessado em 12/11/2014;
(3) Conforme "O Espírita Mineiro", número 179, julho/agosto/setembro de 1979. Publicado no livro CHICO XAVIER - MANDATO DE AMOR, Editado em abril/1993 pela União Espírita Mineira - Belo Horizonte, Minas Gerais.

* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

XXX Curso para Evangelizadores – Araras/SP

cursoevangeli2015ararassp

Mensagens de paz e conforto espiritual pelo celular

A União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo (USE-SP) lança em parceria com a operadora Vivo/Telefônica o Projeto Vivo Espiritualidade.
O serviço consiste no envio diário de SMS (Short Message Service – Serviço de Mensagens Curtas) com textos edificantes, de bom ânimo e conteúdo espiritual para os usuários. Também permitirá ao assinante acessar, gratuitamente, o portal de voz para ouvir mensagens de paz e conforto.
A produção do conteúdo ficará a cargo da própria USE-SP, que será beneficiada financeiramente com a arrecadação. O custo do serviço é de R$ 1,99 por semana, sendo possível experimentar os primeiros sete dias grátis. Para assinar, basta enviar SMS com a palavra “LUZ” para o número 3387.
Mais informações podem ser obtidas no endereço

 http://vivomaissaudavel.com.br/servicos-para-voce/vivo-espiritualidade.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Buscando a resposta…

Perguntas feitas:

1) Dúvida: É possível a cura de um câncer em um cachorro da mesma forma que é feito o tratamento espiritual em um humano? Encontro na internet alguns centros espíritas que recebem os animais com os donos para assistirem à palestra e receberem o passe. Mas outros centros não aceitam. (D)

2) Dúvida: No seu centro entra cachorro? (E)

Recebemos algumas respostas (que colocamos aí depois dos beijos e abraços) e aguardamos a resposta de vocês que pode ser enviada para

(a) comentários (aí no escrito pequenino abaixo) ou

(b) pelo e-mail: cvdeeespnetjovem@gmail.com

Beijos e abraços

Respostas recebidas até agora:

(1) “Sei de um centro espírita em São Paulo que aceita sim animais, faz tratamento espiritual e tudo. Se chama Asseama. Nunca fui lá, porque ela bem longe de mim, mas conheci pessoas que iam e gostavam bastante ;)” (Fúlvia)

(2)  Olá pessoal!

Olha...apesar dos sentimentos que temos pelos animais, não acredito nestas tais cirurgias espirituais e fluidoterapia em animais.

Ora, a base dos tratamentos espirituais é a troca de fluidos entre médium e paciente, e entidades e paciente - como na Gênese "a substituição de um fluido bom por outro doente", organiza o perispírito, interfere no corpo físico. Para que isso aconteça, tanto médium, quanto entidade, quanto paciente têm um elemento em comum, que é o veículo destes fluidos: o perispírito.

Do fato dos animais não possuírem perispírito, não é lógico pensar em tratamento espiritual. Além disso, a causa espiritual que determina as enfermidades nos animais é bem diferente da dos humanos. Nos animais, é impossível crer em expiação e prova.

Enfim, realmente, não acredito em tratamentos espirituais para animais.

Além disso, é importante lembrar de um texto em LM (pois se questionava se animais poderiam ser médiuns): item 234 Mediunidade nos animais, do espírito Erasto. Vale muito à pena ler!

Até mais, Manuel

(3) Amigos,

Dando meu pitaco na questão:

Respondendo objetivamente a pergunta do E, eu não sei dizer se no meu centro entra cachorro ou não. Ao que eu saiba, nunca aconteceu uma situação de alguém desejar entrar com um cachorro no centro, para tratamento espiritual. Mas o que interessa é a questão que motivou a pergunta: se o tratamento espiritual em animais é possível ou não.

Entendo ser perfeitamente possível esse tipo de tratamento. Os animais não são puramente matéria como a conhecemos. Apresentam, além dessa matéria, um revestimento fluídico, que podemos chamar de perispírito ou outro nome qualquer. O que importa é a ideia. Gabriel Delanne, por exemplo, no livro “A evolução anímica”, assim denomina esse envoltório fluídico:“Não só o homem é dotado desse órgão, necessário às funções que exerce; todos os animais mantêm essa ideia diretriz. Até os mais insignificantes insetos são dotados desse organismo. É o perispírito que contém o desenho prévio e que conduzirá o novo organismo ao lugar na escala morfológica, segundo o grau de sua evolução”, explica.

A literatura clássica do Espiritismo, através do próprio Gabriel Delanne, de Ernesto Bozzano e de outros autores, é farta em exemplos de animais desencarnados que são vistos no nosso mundo terreno. Essas aparições somente se podem dar através de uma  forma fluídica de que sua essência espiritual se reveste. Chamar isso de perispírito ou não, é questão secundária. O que importa é não desconhecer a existência desse envoltório fluídico. E de onde são extraídos os elementos que formam esse envoltório fluídico? Somente podemos entender como sendo dos fluidos espirituais do planeta, derivados do fluído cósmico universal. Ou seja, isto significa que esse envoltório fluídico dos animais (que vamos chamar de perispírito, para melhor entendermos a questão) é da mesma natureza do perispírito humano, em graus diferentes de evolução, é claro.

O tratamento espiritual tem como base uma transfusão de energias, operando-se a cura “mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã”, como explica Kardec no capítulo XIV de A Gênese. Envolve energias anímicas do próprio médium e energias oriundas do mundo espiritual, doadas pelos espíritos benfeitores que assistem o trabalho. Essas energias doadas pelos espíritos são extraídas do fluido cósmico universal, podendo, assim, ser absorvidas pelos animais, por intermédio de seu perispíritos. Uma absorvidas pelo paciente através de seu perispírito, repercutirá por todo o organismo físico, operando-se a cura.

Dessa maneira, sendo o perispírito do homem como o dos animais da mesma natureza, guardadas as devidas proporções e constituídos da mesma matéria extraída dos fluídos espirituais que são derivados do fluido cósmico universal, os animais podem ser igualmente beneficiados por estas energias, que serão absorvidas por seu perispírito e repassadas ao organismo material. No caso dos animais, que não ainda têm vida moral, não haverá, em consequência, a incidência da lei de causa e efeito, que interfere no caso do homem.

Quanto a realizar esse tratamento no centro ou em outro local é uma outra questão, unicamente de natureza operacional da instituição. Cada casa deve decidir conforme suas propostas de trabalho.

Abraços a todos, Sergio

(4) Aguardamos a sua resposta :)