sábado, 30 de junho de 2018

Crie a história e desenvolva o tema à luz da Doutrina Espírita




Livro em estudo: Grilhões Partidos - B027 – Capítulo 17 – Doutrinação e Surpresas, Primeira parte


Livro em estudo: Grilhões Partidos – Editora LEAL - 1974
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

B027 – Capítulo 17 – Doutrinação e Surpresas, Primeira parte

Capítulo 17
Doutrinação e Surpresas

2º “Pelo fluído dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na razão direta das qualidades do Espírito” “A GÊNESE” — Capítulo 14º — Item 33.
Cada processo obsessivo, face aos fatores que o motivam, tem características especiais, embora genericamente sejam semelhantes. Há que se levar em conta as resistências morais do paciente, os hábitos salutares ou desregrados a que se submeteu, os títulos de enobrecimento ou vulgaridade que coletou, facultando-lhe recursos atenuantes ou agravantes à condição aflitiva.
Normalmente, alem dos implicados na demanda, Entidades ociosas ou perversas agrupam-se em volta do encarnado em desajuste, complicando-lhe a alienação. Quando se trata de Espíritos sequiosos de vingança e possuidores de largos recursos de concentração mental maléfica, fazem-se temidos até mesmo pelos que se lhes assemelham, batendo-os em retirada. Na generalidade, porém, o obsesso experimenta a constrição do seu perseguidor e a perturbação dos que lhe são afins ao problema por sintonia vibratória compreensível.
Iniciada a terapêutica desobsessiva de Ester, com o afastamento do seu algoz para a competente doutrinação, além dos efeitos diretos e colaterais da trama insidiosa, por ajustamentos cármicos, não podia a mesma apresentar-se de inopino restabelecida. Comensais da desordem e viciados desencarnados, que seriam atendidos em momento próprio, prosseguiam assediando-a... Além disso, a engrenagem mental demoradamente prejudicada pela interferência dos fluídos persistentes, deletérios, exigia tempo e tratamento especial para a reorganização. De qualquer forma, a poderosa carga de ódio que a molestava, contristora, diminuía de intensidade, graças à impossibilidade de mais direta influenciação do inimigo desalmado. Não se interromperam, porém, “in totum,” os vínculos que os estreitavam no programa regenerador.
Quando o Comunicante despertou da indução hipnótica e da assimilação dos fluídos, incontinente desejou ir ao Manicômio para a hospedagem psíquica vampirizadora. Assistido pelos dois Enfermeiros Espirituais destacados para o mister, para ele invisíveis, foi reconduzido ao sono, através de cuja terapia se reequilibrava emocionalmente, enquanto se aguardava o próximo serviço socorrista.
Não se pode amar a Deus sem que se sirva com abnegação ao próximo. Da mesma forma, qualquer incursão para ajudar o perturbado, sem a caridade para com o perturbador, redundaria improfícua senão perniciosa. Justo atender aos contendores sem preferencialismos, porqüanto, enfrentando o mesmo problema, ambos são desditosos. E o que aflige é sempre mais desventurado, em se considerando a ingestão do ódio que o desvaira hoje como o inapelável resgate que defrontará amanhã. Piedade, portanto, também, para os que infelicitam, perseguem, atormentam — não sabem o que fazem!
Seguindo a programação traçada para o problema em tela, no dia estabelecido para o novo serviço de assistência, os membros que constituíam o grupo especializado reuniram-se no Centro Espírita, como da vez anterior, conscientes da própria responsabilidade.
Podia-se notar-lhes a satisfação íntima transparente no semblante de todos, exteriorizando otimismo e confiança nos desígnios superiores como inalterável submissão aos resultados buscados, fossem quais fossem.
Procedida à leitura de uma página consoladora e entretecidos leves, agradáveis comentários sobre o texto, foi feita a prece de abertura, que dava início ao intercâmbio entre as duas esferas da vida.
Como fôra providenciado da vez anterior, o enfermo desencarnado foi trazido adredemente e, desde a véspera, quando o médium Joel, em desdobramento pelo sono, foi conduzido àquele recinto, cuidou-se da sua pré imantação fluídica para o ministério em pauta. Com esse recurso valioso, procedia-se a um cuidado propiciatório a mais amplos e frutíferos resultados.
O caroável Bezerra, humilde e diligente, aprestara-se às providências indispensáveis. Ele próprio, profundo conhecedor das enfermidades obsessivas desde quando na roupagem carnal atendera a dezenas de subjugados e obsessos inúmeros, que lhe exigiram expressivas doações de paciência, sabedoria e amor, mediante cujos valores sempre colimava êxito nos tentames socorristas. Afeiçoado aos equivocados, por saber o que os aguardava, zelava pela enfermagem da noite destinada ao implacável antagonista de Ester, com o carinho de extremoso pai, sem, no entanto, os receios, o pieguismo ou a ansiedade dos que se demoram em estágio de infância espiritual.
Todas as atividades eram exercidas com extremada ordem, em esfera psíquica de salutar harmonia.
Tomando a instrumentação mediúnica de Rosângela, que manipulava com habilidade e delicadeza, após a saudação evangélica, expôs, compassivo:
— Aqui estamos sob a égide de Jesus para ajudar, pura e simplesmente.
Candidatamo-nos a socorrer sem maiores ambições, pois que os resultados pertencem sempre ao Senhor, a Quem doamos, também, nossas vidas..
Desse modo, recordemos o Mestre em Gadara ou Gerasa diante do obsidiado em desvalimento: nenhuma exprobração, nenhuma violência, vulgaridade alguma, sem acusação nem reproche. Examinou o drama de dor e sombra que os envolvia, auscultou os receios do perseguidor e as necessidades do perseguido, a ambos libertando, conforme suas condições interiores...
Calmo e íntegro, superior e amoroso, infundiu respeito, concedeu oportunidade liberativa, amparou.
Não desvalorizemos as excelentes possibilidades que Ele nos coloca ao alcance: oração, paciência, caridade... Permeando-nos desses poderes, serão dispensáveis a discussão, a agitação, a ofensa humilhante, a dura verdade para dobrar.
Ninguém está lutando contra outrem a perseguir a própria vitória.
Estamos exercitando vivência cristã fraternal e caridosa para com nós mesmos, através do auxílio ao próximo.”
Depois de breve silêncio, a fim de que todos pudéssemos absorver o tônico das suas palavras, obtemperou, concluindo:
— O irmão em tratamento representa o nosso passado, o que já fomos, e o porvir dos invigilantes, que ainda hoje não despertaram para as responsabilidades que lhes dizem respeito.
Atendido como irmão, que não o seja apenas verbalmente, recebendo o afável tratamento que lhe devemos dispensar.
Oremos e prossigamos!”
O milagre da palavra oportuna concitava-nos a refletir no conteúdo do verbete “irmão”, fácil de enunciar, difícil de, aplicando-o ao próximo, tê-lo em condição que tal.
Meditando nos conceitos expostos, verificávamos, mais uma vez, que o rude e frio, indigitado e agressivo adversário da débil moçoila e de seus pais, era somente o irmão doente da retaguarda, carecente de socorro quanto suas próprias vítimas atribuladas...
Dirigi o olhar aos genitores da obsidiada e ouvi-lhes o pensamento em prece contrita, a emoção em forma de lágrimas, o sentimento extravasando compaixão. por aquele que os martirizava, é certo, todavia, se convertera no motivo precioso do seu encontro com Jesus.

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – Manoel Philomeno afirma que, de modo geral, em uma obsessão, se se encontra uma entidade procurando vingança, há também outras que se aproveitam das condições fluídicas inferiores para parasitarem a obsessa. Como era a situação de Ester? Poder-se-ia esperar uma recuperação imediata?

2 – O benfeitor Bezerra, no início dos trabalhos de nova reunião mediúnica, traz uma importante reflexão sobre nossa postura perante os obsessores. Que postura é essa? E por que a atitude de reprovação e acusação às entidades obsessoras não colabora para a solução da enfermidade espiritual?

Bom estudo a todos!!
Equipe Manoel Philomeno

Cidadão do Universo - Ai, que dor!


quinta-feira, 28 de junho de 2018

13º SIMESPE - Simpósio de Estudos e Práticas Espíritas de Pernambuco.

De 3 a 5 de agosto de 2018 acontecerá no Teatro Guararapes (Centro de Convenções de Pernambuco) o 13º SIMESPE - Simpósio de Estudos e Práticas Espíritas de Pernambuco.
O tema central é "Da Ciência à Religião, da Filosofia aos Desafios Atuais da Humanidade". Na programação, palestras de Divaldo Franco, Haroldo Dutra Dias, Alberto Almeida, Rossandro Klinjey, André Trigueiro, entre outros, além dos convidados Raul Teixeira e Juan Danilo Rodriguez. Haverá também show de Tim & Vanessa.
O Centro de Convenções de Pernambuco fica na Avenida Professor Andrade Bezerra, s/nº - Salgadinho, Olinda/PE. Mais informações podem ser obtidas na página do evento no site da Sympla


Abraço compartilhado

Mais de 30 anos após superar leucemia da filha, família se empenha em ajudar outras vítimas da doença
TEXTO: JÉSSICA NASCIMENTO
EDIÇÃO: BÁRBARA FORTE


Em 1985, o casal Maria Ângela e Roberto Marini recebeu uma notícia que nenhuma família, nem nos piores pesadelos, espera ter: a filha do meio, Joanna, de apenas cinco anos, estava com leucemia - doença na época pouco divulgada. O diagnóstico veio com uma dura realidade: o tratamento tinha apenas 50% de chance de funcionar.
"Perdi o meu chão. Todos fomos pegos de surpresa. Quem imagina que uma criança vai ter câncer? Senti-me culpada por não ter percebido os primeiros sintomas antes. Naquele tempo, a gente quase não ouvia falar sobre câncer infantil", afirma Maria Ângela, de 66 anos, mãe de Joanna, que hoje tem 38 anos.
A dor inicial fez com que Maria, além de outras mães e pais que acompanharam a mesma angústia, se ajudassem, criassem ações para apoiar uns aos outros, além de tornarem a rotina de tratamento o menos traumatizante possível para seus filhos. A iniciativa, mais tarde, culminou com a criação da Abrace, uma instituição que oferece assistência social para crianças e adolescentes com câncer ou problemas hematológicos.
Localizada em Brasília, a Abrace acolhe famílias com dificuldades socioeconômicas e, em seus 32 anos de existência, ajudou a aumentar de 50% para 70% o índice de cura dessas doenças no Distrito Federal.

O câncer da filha

Joanna Marini, aos cinco anos, ficava muito cansada durante o dia, perdia peso rapidamente e apresentava palidez. Depois de algum tempo, manchas roxas apareceram no corpo, mesmo sem ter se machucado. Preocupados, os pais procuraram um médico. O primeiro diagnóstico foi uma anemia profunda. Logo depois, o pediatra pediu um mielograma, um exame que avalia a medula óssea.
Após o resultado, Joana começou o tratamento contra a leucemia no Hospital de Base, que fica no centro de Brasília, uma unidade da rede pública.
Durante o tratamento, a família conheceu outras cinco mães e quatro pais que estavam passando pela mesma situação com os filhos. Com a dura rotina do tratamento, eles foram dividindo tarefas. Uma delas era psicóloga e tirava um tempinho para conversar com os pacientes e acompanhantes, já outras levavam lanchinhos para incentivar os pequenos a comerem. Professora, na época, Maria Ângela lia livros de contos infantis para as crianças passarem o tempo, enquanto se submetiam à quimioterapia.

O nascimento da Abrace

Ao perceber a movimentação dos pais, a chefe do banco de sangue do Hospital de Base sugeriu que o grupo ficasse maior e se tornasse uma associação para ajudar outras famílias que estivessem com o mesmo problema.
Um ano após o diagnóstico de Joanna, foi criada a Abrace (Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Homeopatias). Desde a criação, em 1986, mais de 4.250 famílias já foram assistidas, sendo 922 delas atualmente. A instituição oferece alojamentos na Casa de Apoio, que fica no Guará, para crianças que não moram no Distrito Federal, além de pequenas reformas nas casas das que moram na cidade, mas vivem em condições precárias que colocam em risco a saúde do paciente.
Passagens aéreas, alimentação, medicamentos, transporte, assistência odontológica, psicológica e escolar também são oferecidos gratuitamente. Todos os serviços de assistência social sobrevivem de doações da comunidade e de empresas. Quem escolheu o nome da instituição foi Roberto Marini, pai de Joanna.

Sem traumas

Joanna Marini, hoje jornalista, tem vagas memórias sobre a luta contra o câncer. Mas adianta que, quando criança, achava que estava passando por uma gripe. "Me lembro dos médicos que me tratavam, os enfermeiros. Porém não tinha ideia da gravidade da doença. Meus pais não transpareciam isso para mim, o que fez toda a diferença, sabe? Eu perguntava o que tinha e eles me diziam que era gripe. Eu questionava: 'Eu já tive isso antes?'. E eles respondiam: não e nunca mais vai ter", conta.
A brasiliense também se lembra de flashes ruins, que tendem a permanecer na memória. Uma das coisas que a chocaram foi o corredor do hospital. Segundo ela, o local era escuro e, sempre que passava por ali, via crianças e idosos sofrendo. "Era como se fosse um labirinto. Não era um hospital digno para ninguém. Tinha carência de cuidado, de ser humano, sabe? Associava aquilo ali como o bicho papão."
Após algumas sessões de quimioterapia, o cabelo de Joanna caiu. Apesar de ser vaidosa e acostumada com os fios, ela preferiu não usar peruca. Optava por usar chapéus no colégio. Escolha que, segundo ela, resultou em situações de bullying por alguns colegas.
"Minha mãe foi me preparando, avisando que meu cabelo ia cair. Era algo tranquilo, sereno. Ela comprou uma peruca de cabelo humano, da cor do meu cabelo. Queria me proteger do preconceito. Mas eu não quis usar. Ia com chapéus coloridos para a escola, adorava. Vez ou outra algum colega jogava meu chapéu para o alto, mas não fiquei com traumas. Não sou bitolada com nada."
A forma com que Maria Ângela lidou com a doença da filha fez com que Joanna repassasse, atualmente, o que sentiu na época para as mães que estão hospedadas na sede da Abrace.

Famílias lutando juntas

Osvaldina Ana
Vanuza de Jesus Araújo, de 42 anos, largou tudo o que tinha em Mato Grosso para tentar um tratamento para a filha Osvaldina Ana, de cinco anos, na capital do país. A menina teve diagnóstico de talassemia, doença genética que causa anemia profunda. Por não conhecer ninguém na cidade, foi orientada a procurar a Abrace. Há três meses, mãe e filha moram na Casa de Apoio. Quando chegou a Brasília, a família dependia de transporte público, sendo dois ônibus para ir e dois para voltar do hospital. Hoje, Vanessa e Osvaldina contam com a van da instituição, que faz o trajeto diariamente. "Além de ser desconfortável, era perigoso para a nossa vida mesmo. Já tive até celular roubado. Graças a Deus, conhecemos a Abrace, que hoje é o nosso lar", diz a mãe.
Ana Clara
Já Vanessa Costa, de 27 anos, mãe de Anna Clara, de oito anos, diz que ficou tranquila ao saber que havia outras crianças morando na casa. Segundo ela, o contato com pessoas da mesma idade faz a diferença no tratamento da filha. A pequena enfrenta a leucemia, mas não vai precisar de transplante de medula óssea. "Aqui, os pequenos passam pela mesma situação que a Anna. Ela não se sente excluída, pelo contrário. Fez fortes laços com os amiguinhos. Isso é incrível, sabe? Não parou de estudar, de brincar, de ser criança. Na Casa ela esquece um pouco do tratamento, das dores e isso é que me acalma", conta a mãe.
Agel
Um dos grandes amigos de Anna Clara é o Agel, de 10 anos. Além de compartilharem as mesmas brincadeiras, os dois vêm enfrentando, desde pequenos, a luta contra o câncer. Ambos vieram de Minas Gerais e fazem tratamento no HFA (Hospital das Forças Armadas). Mãe de Agel, Rute Pereira, de 33 anos, se emociona ao falar da importância da Abrace para o tratamento do filho, que enfrenta um tumor maligno nas glândulas renais: "Não tínhamos para onde ir. Nem sei o que faria, se não estivéssemos morando na Casa de Apoio. Aqui é hotel cinco estrelas. Quando descobri que o Agel, meu único filho, tinha câncer, meu mundo caiu. Abriu um buraco e entrei dentro dele", conta, com a voz embargada.

Números que animam

Além de prestar assistência às famílias, a Abrace também deu uma nova chance de tratamento aos pacientes com câncer. Em 23 de novembro de 2011, a instituição inaugurou o Bloco 1 do Hospital da Criança de Brasília José Alencar, referência na cidade.
O espaço, que foi construído somente por meio de doações, é público e atende exclusivamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Hoje, o hospital realiza o tratamento de 1.162 pacientes com câncer, 747 com anemia falciforme, 475 com anomalias neurológicas, 445 com diabetes, 230 com imunodeficiência congênita, 200 com síndrome nefrótica e 110 com fibrose cística.
O grande orgulho da Abrace é o fato de ter contribuído para que o número de cura no Distrito Federal aumentasse de 50% para 70% e de ter revertido o índice de abandono do tratamento de 28% para zero, segundo dados da equipe de oncologia do Hospital da Criança de Brasília José Alencar.
Maria Ângela, que acompanhou a cura da filha, acredita que ajudar outras famílias é sua grande missão de vida:
"A gente se apega a cada família, cada criança. Algumas já viraram anjos e sofremos juntos. Mas o trabalho me gratifica, gosto muito e não me pesa. É prazeroso", completa, emocionada.
Segundo a fundadora da Abrace, os dados positivos do hospital só foram possíveis com a criação da Casa de Apoio. O local disponibiliza, atualmente, 66 leitos para hospedagem dos pacientes, com um acompanhante. Os hóspedes são de outras regiões, como Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que buscam tratamento em Brasília e representam 40% dos assistidos da Abrace. Os outros 60% são crianças moradoras do Distrito Federal e entorno que recebem assistência integral domiciliar.

Serviço

Abrace
Endereço: Guará II QE 25 - Guará, Brasília (DF)
Site: http://www.abrace.com.br/
Contato: (61) 3212-6000
Doações: A Abrace aceita todos os tipos de doações, seja dinheiro ou alimentos, roupas, calçados e até mesmo materiais de limpeza. Para mais informações sobre doações, acesse o site ou envie e-mail para centraldedoacoes@abrace.com.br

Reportagem

Texto: Jéssica Nascimento. Imagens: Kleyton Amorim. Fotografia: Sérgio Dutti. Edição e roteiro: Bárbara Forte. Edição de vídeo: Raquel Arriola.
Reportagem publicada no BOL Notícias, em 5 de junho de 2018.

Telma Simões Cerqueira* comenta

Filha, mãe e pai fizeram com que a leucemia parecesse um pequeno problema frente à esperança e ao apoio que tiveram para encará-la...
Fatos como esse nos leva a refletir em torno da reação diferenciada de cada pessoa diante das diversas situações entendidas como dolorosas, sejam física, emocional ou moral.
Algumas pessoas podem entrar num processo de revolta, outras podem vivenciar estados de angústia e insegurança, outras se sentirem abatidas e deprimidas. Poderíamos enumerar diversas possibilidades de reações diferentes diante do sofrimento causado pela doença. Portanto, o sofrer depende da forma como a pessoa interpreta e vivencia aquela experiência.
Quantos de nós, frente ao mais leve sintoma de uma doença, cuidamos de nos afastar do trabalho ou dos estudos, com atestados médicos de longa duração.
Quantos se aposentam por invalidez e não voltam mais a estudar, sequer desenvolvendo algum trabalho que esteja dentro das novas condições físicas.
Muitos pacientes, diante do diagnóstico da doença, conseguem transformam a dor em esperança e esse movimento desperta, neles, a vontade de lutar por uma vida melhor. Outros, porém, desistem e se entregam, admitindo que estão sob uma sentença de morte. Cada caso é um caso e a cada um a vida responde segundo seus merecimentos.
O conhecimento espírita nos auxilia a transformar a carga mental da culpa, incrustada no perispírito, e nos possibilita maior serenidade ante os desafios da doença. Isso influencia o  sistema imunológico, pois os pensamentos negativos, os sentimentos desequilibrados que alimentamos agem sobre nós mesmos, se transformam em ondas mentais, tumultuando nossas funções orgânicas; esses desequilíbrios desenvolvem as doenças, as enfermidades. Então, quando queremos obter a cura, é preciso fazer o caminho de volta.
Na visão espírita, a cura é o resultado de um movimento pessoal, um encontro do ser consigo mesmo e com o Deus Interno que habita em nós. Ela é fruto do despertar do Espírito. É o resultado da harmonia que é consequência do esforço para a superação e do desenvolvimento das potências amorosas da alma, que são virtudes divinas, latentes em gérmen dentro de nós.
Entretanto, independentemente do tipo de enfermidade, o processo de cura só se concretiza com a devida superação dos obstáculos, das dificuldades, do esforço para vencê-las.
Não são poucas as dificuldades que a luta renovadora oferece. É um verdadeiro desbravamento. Às vezes, os obstáculos se revelam como sendo intransponíveis, em razão dos bloqueios que impomos a nós mesmos, porém, quando estamos na busca do equilíbrio, nos ajustando à orientação das medidas terapêuticas e imbuídos de perseverança e confiança no amor do Deus por nós, conseguimos superar a “multidão” de dificuldades que surge no nosso caminho.
E é nesse instante, através desse movimento de dentro para fora, que nos sentimos encorajados para olhar em torno de nós e ver o muito que podemos fazer por nós e pelo outro, mesmo diante das nossas dificuldades.
O benfeitor Emmanuel nos afirma que “saúde é a harmonia da alma”, e nos dá uma orientação precisa para compreender que o foco de atenção é o espírito imortal, construtor do seu destino e mantenedor dos estados íntimos que constituem a saúde e a doença.
Ele assevera que “o corpo doente reflete o panorama interior do Espírito enfermo”, sendo “a patogenia um conjunto de inferioridades do aparelho psíquico”. Pondera que “é na alma que reside a fonte primária de todos os recursos medicamentosos definitivos. A assistência farmacêutica do mundo não pode remover as causas transcendentes do caráter mórbido dos indivíduos. O remédio eficaz está na ação do próprio espírito enfermiço”.
Se estamos em harmonia, não nos deixaremos vencer pela dor, pelas dificuldades, pela doença, encontraremos coragem, bom ânimo e isso nos fortalecerá para a luta, sabendo que somos filhos de Deus, e Ele não desampara nenhum de seus filhos. E quando olharmos para o nosso lado, perceberemos que outros estão vivenciando experiências difíceis, como nós, então surge aí a oportunidade da compaixão, que me leva a ser solidário; e isso se torna muito significativo, porque eu percebo que a  minha coragem pode ajudar outras pessoas a descobrir também as suas potências íntimas, e possibilitar que sintam esperança, bom ânimo, e se esforcem também para superar a dificuldade, a dor, a doença.
A doença é a linguagem da alma que nos traz valiosas oportunidades de mudanças, de reflexão, de superação, mas, nunca, uma desculpa para desistir.
Diante desse entendimento, se faz necessário que busquemos, acima de tudo, os hábitos salutares da oração, da meditação e do trabalho, que nos fortalecem e nos enriquecem de esperança e de alegria, para nunca desanimarmos diante dos desafios de qualquer doença, ainda que sob o guante de nossos delitos do passado “esquecido”. Lembremos, sempre, que o Evangelho de Jesus nos esclarece que o pensamento puro e operante é a força que nos arroja das trevas para a luz, do ódio ao amor, da dor à alegria.
Que possamos utilizar esse roteiro de amor deixado por Jesus, para a nossa renovação.
Que o exemplo dessa notável senhora nos sirva de reflexão e de exemplo de vida, de gratidão a Deus e nos darmos conta do quanto vale a pena viver!

Bibliografia consultada:

- O Consolador - Emmanuel – Francisco Candido Xavier – Ed. FEB - Q. 95;
- O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Léon Denis – Ed. FEB.

* Telma Simões Cerqueira é Bacharel em Nutrição pela Universidade Veiga de Almeida, artista plástica e expositora espírita. Nasceu em lar evangélico, porém se tornou espírita nos arroubos da juventude, conhecendo a Doutrina Espírita aos 23 anos. Sempre ativa no Movimento Espírita, participa das atividades do Centro Espírita Jorge Niemeyer, em Vila Isabel, Rio de Janeiro/RJ

quarta-feira, 27 de junho de 2018

"Ciclo Kardec - Seminários de Estudos Dedicados ao Codificador".

Nos meses de julho e agosto de 2018 acontecerá no Teatro Vanucci do Rio de Janeiro o "Ciclo Kardec - Seminários de Estudos Dedicados ao Codificador".
O evento, promovido pelo Grupo de Estudos Espíritas Augusto César Vanucci e pelo Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB), ocorrerá de 4 de julho a 29 de agosto, sempre às quartas-feiras a partir das 18h30. Entre os palestrantes estarão Claudio Conti, Cézar Reis, Ana Guimarães e Marcel Souto Maior. Haverá também sessão de passes no dia 25 de julho.
O Teatro Vanucci fica no Shopping da Gávea - Rua Marquês de São Vicente, 52 - Gávea, Rio de Janeiro/RJ. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (21) 2224-0736.


Feira do Livro Espírita com um aulão da Série Psicológica de Joanna de Ângelis.

Acontecerá nos dias 7 e 8 de julho de 2018, de 13h às 18h no Ginásio de Esportes da Mansão do Caminho, a Feira do Livro Espírita com um aulão da Série Psicológica de Joanna de Ângelis.
O tema central é "Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda". O evento contará com as presenças de Divaldo Franco, Juan Danilo, Cláudio e Iris Sinoti. A entrada é franca e o estudo acontecerá de 16h às 18h do dia 7.
A Mansão do Caminho fica na Rua Jayme Vieira Lima, 104 - Pau da Lima, Salvador/BA. Mais informações podem ser obtidas em mansaodocaminho.com.br


O homem que perdeu pernas, dedos e parte do rosto após arranhão e lambida de seu cão

Há um ano e meio, o britânico Jaco Nel brincava com seu cachorro Harvey, um cocker spaniel, quando notou um pequeno arranhão em sua mão.
Ele limpou e desinfetou o corte, e continuou com seus afazeres habituais. Duas semanas depois, ficou doente com o que parecia uma gripe.
Mas Nel não imaginava o que estava a ponto de acontecer: uma bactéria na saliva de seu cão provocou uma infecção que evoluiu para septicemia, uma reação exacerbada do sistema imunológico diante de um processo infeccioso.
A septicemia é a principal causa de morte por infecção no mundo. Nel não morreu, mas diz que esteve "muito, muito perto".
Como consequência de seu choque séptico, ele passou cinco dias em coma e meses no hospital. Perdeu as duas pernas, abaixo do joelho, e todos os dedos de uma mão. Além disso, teve o nariz e os lábios desfigurados, o que lhe causa dificuldade para falar e para comer.
O caso do britânico é muito extremo, mas ele é uma das 20 milhões de pessoas que sofrem de septicemia por ano em todo o mundo.

'Senti depressão e raiva'

Nel não percebeu o quão doente estava porque, ao se sentir como se estivesse gripado, decidiu descansar e dormiu até o dia seguinte.
"Eu devo ter ficado muito doente, porque me sentia confuso e desorientado. Nem escutei o telefone quando os colegas de trabalho me ligaram para saber por que não fui", disse ao programa Victoria Derbyshire da BBC.
"No fim do dia, minha mulher veio para casa e me encontrou em um estado terrível. Mas os serviços de emergência logo se deram conta de que eram sintomas de septicemia e começaram a me tratar com urgência assim que chegaram a minha casa."
Fazer o diagnóstico cedo é a chave para a recuperação da septicemia: de acordo com vários estudos, 80% dos casos podem ser tratados com sucesso caso a infecção seja diagnosticada na primeira hora.
Se isso não acontecer, o risco de morte aumenta a cada hora que passa.
Nel recebeu fluidos por via intravenosa ainda em sua casa e antibióticos na ambulância, a caminho do hospital.
"Mas quando eu cheguei na emergência, desmaiei", recorda.
Ele perdeu a consciência e ficou em coma durante quase cinco dias.
"Quando acordei, tomei um choque ao ver que tinha praticamente o corpo inteiro escurecido: o rosto, as mãos e as pernas estavam necrosando (em processo de morte) por causa dos danos nos tecidos causados pela coagulação anormal do sangue. É algo que ocorre durante um choque séptico", afirmou.
Seus rins também falharam, e ele teve que fazer diálise durante dois meses.
"Eu soube quase desde o princípio que acabaria perdendo as pernas e os dedos, mas não tinha certeza do que aconteceria com meu rosto. No final, perdi a ponta do nariz e meus lábios têm cicatrizes."
"Depois de quatro meses no hospital, os médicos amputaram minhas pernas. Foi um período muito duro."

Aprender a caminhar de novo

"Eu sempre fui uma pessoa determinada, e nada me detém. Mas me senti profundamente deprimido, sentir muita raiva e, em alguns momentos, pensei que não iria suportar", diz Nel.
Com o tempo, ele diz ter conseguido seguir adiante com o apoio-chave dos amigos, familiares e colegas de trabalho.
"Esses pensamentos foram embora quando comecei a ver que podia voltar a fazer coisas, mesmo que me custasse mais tempo e esforço."
Pouco depois da amputação das pernas, Nel começou a fazer reabilitação para voltar a caminhar. Depois de três meses, ele conseguia andar sem ajuda e voltou para casa.
Ele teve, no entanto, de tomar uma decisão dura: sacrificar sua querida mascote Harvey para impedir que ela infectasse outra pessoa, já que o cachorro tinha uma infecção incurável.
Ao relembrar de sua história, Nel diz que não poderia ter feito nada para evitar o que ocorreu. Quando seu cachorro o arranhou e lambeu sua ferida, ele a desinfectou.
Depois, nem ele mesmo notou os sintomas da doença que começava a se manifestar.
"Eu arrastava as palavras ao falar, perdi a coordenação e o equilíbrio, estava com a pele manchada, mas ninguém viu."
Agora, ele dirige um carro adaptado e usa uma prótese no nariz, que disfarça a desfiguração de sua face.
No entanto, ele deixou de usar a prótese por considerá-la "uma máscara" para esconder sua história.

O que é septicemia?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a septicemia ocorre quando o sistema imunológico do corpo se sobrecarrega e tem uma resposta exacerbada a uma infecção.
O problema inicial pode ser leve e começar em qualquer parte, desde um corte no dedo até uma infecção urinária. Mas se isso não for tratado a tempo, pode causar danos catastróficos ao corpo, como lesões nos tecidos, falência generalizada de órgãos e até a morte.
Não se sabe exatamente o que causa a doença, que afeta cerca de 20 milhões no mundo e mata ao menos 8 milhões. Por isso, ela é chamada de "assassina silenciosa".
Identificar um caso de septicemia é difícil, já que os primeiros sintomas variam muito e podem ser facilmente confundidos com gripe ou outras infecções.
De acordo com a ONG britânica UK Sepsis Trust, os seis sinais de alarme mais comuns são: dificuldades para falar ou confusão, calafrios ou dor muscular, ausência de urina, problemas graves para respirar, sensação de que "vai morrer", manchas ou descoloração da pele.
Notícia publicada na BBC Brasil, em 24 de abril de 2018.

Jorge Hessen* comenta

Os sofrimentos e as doenças compõem a lista das provas e das vicissitudes da vida terrena e são inerentes à grosseria da natureza material da Terra e à imperfeição moral do homem. Nos orbes mais avançados, física ou moralmente, o organismo humano, mais depurado e menos material, não está sujeito às mesmas enfermidades da Terra.
Sob o ponto de vista espírita, analisamos as doenças usualmente como espelhos dos distúrbios psicossomáticos. Tanto a medicina quanto a psicologia estão percebendo que não existe separação na inter-relação da mente e do corpo que transitam nos múltiplos contextos da vida social, familiar, profissional e pessoal. Ademais, há, sem dúvida, distintas ocasiões em que as “enfermidades” do corpo são convocadas para “curar” as ulcerações da “alma”.
“Mens sana in corpore sano”, ou seja, "mente sã num corpo são" é uma referência atribuída ao poeta romano Juvenal. A intenção do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações ingênuas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Podemos proferir que a frase de Juvenal é uma afirmação de que somente uma mente sadia pode produzir ou sustentar um corpo saudável.
É verdade! As células do nosso organismo se alimentam do mesmo teor das nossas vontades, pensamentos e desejos. Tudo que se passa na mente se passa no corpo. As doenças nascem não só do descuido com o corpo, mas principalmente da negligência sobre a nossa forma de pensar. A invasão microbiana comumente está vinculada a causas espirituais que fragilizam a imunidade biológica, assim sendo as doenças nascem da mente desorganizada. E dentre os causadores de doenças estão a raiva, a mágoa, as frustrações, o rancor, a inveja, o sentimento de culpa.
Nossas imperfeições morais provocam naturalmente os sofrimentos e as moléstias do corpo físico. As emoções malsãs atingem imediatamente o corpo físico, que serve como um dreno por onde escoam essas potências negativas. Muitas vezes os acúmulos de emoções não escoam, não fluem, ficam presos ao corpo físico e se manifestam em algum órgão em forma de grave doença.
Somos livres para fazermos o que quisermos, mas também somos os responsáveis pelos atos que originam consequências naturais. Recebemos da vida aquilo que à vida oferecemos. Colhemos o que plantamos, pois os nossos males morais são provocados por nós mesmos, daí compete somente a nós modificá-los, a fim de que a doença não se instale em nossa vida como teste compulsório contra os desvios de conduta.
Os mecanismos de causa e efeito não têm caráter punitivo, mas educativo. Enquanto permanecermos na imperfeição moral, o sofrimento e as doenças serão reflexos naturais das nossas livres escolhas, convidando-nos para as obrigações de esforços do aperfeiçoamento espiritual a fim de refazermo-nos conosco mesmos.
Em resumo, ainda que sob o tacão das provas e expiações, somos sempre herdeiros de nós mesmos, pois encontramo-nos em processo de crescimento interior na busca da autoiluminação, que é o destino do qual nenhum de nós consegue escapar.
* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados

terça-feira, 26 de junho de 2018

Espiritismo Net Jovem - nos caminhos do perdão


Mocidade USE - 1ª PRÉVIA DA 40ª COMELESP

Departamento De Mocidade USE diz:


Fala Jovem!👊


Fique atento ao prazo de inscrições para a 1° Prévia da sua região!
Saiba mais nos links abaixo 👇

DM1

DM2

DM3

DM4



E aí, pessoal. como estão? A 1a prévia está chegando!

Nela as mocidades apresentam seu voto para o tema das COMEs de 2019!
As propostas de temário recebidas este ano já podem ser analisadas pelas mocidades no link https://drive.google.com/…/1rtbMyDYvjIJHMMnHXsgR_HSt8d…/view
Consulte, faça o download, se junte à sua mocidade e discutam qual o tema que vocês querem ver na COME do ano que vem!
Se ainda não se inscreveu pra prévia da sua região, corra pra não ficar sem vaga!
Mais informações nas páginas do DM1, DM2, DM3 e DM4