sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão - CONCLUSÃO - A021 – Cap. 7 – Apontamentos Novos – Segunda Parte

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco
A021 – Cap. 7 – Apontamentos Novos – Segunda Parte

CONCLUSÃO
QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – O instrutor Petitinga afirma que, apesar dos avanços da Medicina, ela ainda é incapaz de solucionar uma série de enfermidades psíquicas. O que lhe falta? E quais recursos o Espiritismo dispõem para auxiliar no progresso do tratamento das doenças psíquicas?
Allan Kardec afirma em LM que a Ciência Humana, apesar dos grandes avanços, encontra sempre um limite, no qual ela fica mas o Espiritismo continua avançando... qual é este limite? O reconhecimento do elemento espiritual. A Medicina, embora mapeie o cérebro, compreenda a química dos neurotransmissores e desenhe os genes, ainda se mostra incapaz de solucionar uma série de enfemidades psíquicas porque ainda enxerga o homem tão somente como uma máquina orgânica... Desta maneira, ela ataca o corpo, mas não atinge o espírito, que é definitivamente o elemento inteligente. Assemelha-se ao sujeito que pretende produzir a melhor música apenas afinando os instrumentos, mas ignorando o artista que os pode tocar. A contribuição do Espiritismo é, portanto, lançar o olhar para o artista: reconhecer-lhe existência, e sujeito a uma gama de influências boas ou más.
2 – Quais atividades foram desenvolvidas pela equipe de desobsessão, especialmente, Petitinga, para o tratamento de Mariana?
Petitinga no curso de tratamento de desobsessão manteve as atividades de prece, através do culto do evangelho no lar, fluidoterapia e evangelização. Ora, sabemos que a obsessão não é enfermidade tratada de uma só vez, como se o doente ingerisse uma pílula... A obsessão é construída ao longo de vários dias, senão anos. Portanto, somente em igulal período pode ser desconstruída. Assim, são necessárias atividades contínuas para o tratamento de desobsessão, alicerçados no tripé: prece, estudos e atividades fraternas.
3 – Como Adalberto colaborou para a recuperação de Mariana e para o próprio despertamento?
Adalberto, ignorando que estivesse sob inspiração de bons espíritos, procurou Mariana para ver como ela estava. Neste reencontro, comoveu-se com a situação da menina, e se comprometeu a auxiliá-la. Porém, mal sabia que, ajudando-a, ajudava-se a si mesmo, pois, acompanhando-a na casa espírita, teve contato com a doutrina e o Evangelho. Tais elementos produziram a "fermentação da massa toda"!
E assim acontece com milhares de trabalhadores espíritas! Acreditando auxiliarem, ignoram que recebem a maior parcela de benefícios do trabalho ao se instruírem e exercitarem as potencialidades da própria alma! daí o já começarem a receber o "pagamento pelos bons frutos plantados."

Bom estudo a todos!!

Equipe Manoel Philomeno

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

As Olimpiadas Rio 2016 e os exemplos de superação

Diego Hipólyto fracassou nos Jogos de Pequim e Londres com tombos que arruinaram sua auto-estima. Enfrentou uma depressão, perdeu dez quilos, passou por um tratamento, teve seu técnico afastado da delegação brasileira semanas antes dos Jogos por acusação de assédio e, apesar de tudo isso - ou por tudo isso - alcançou seu objetivo no Rio.
Rafaela Silva era a típica criança em situação de risco, de família humilde, com muitas horas à toa nas ruas da Cidade de Deus, onde brigava por tudo contra todos. O Judô lhe ensinou obstinação e disciplina. Virou judoca de alto nível. Fracassou em Londres ao realizar um movimento não permitido durante uma luta. Foi execrada nas redes sociais com ofensas racistas. Superou o abatimento com a ajuda dos mais próximos. Apesar de tudo isso - ou por tudo isso - alcançou seu objetivo no Rio.
Michael Phelps já era um herói da natação quando perdeu o prumo, a motivação, a vontade de seguir em frente. Se aproximou das drogas e noitadas, deixou a barba crescer e não sabia o que fazer com a dor que o afligia nesta aposentadoria precoce. Enfrentou a depressão, e pensou em suicídio. Aceitou o tratamento, e elegeu novos desafios. Reaproximou-se do pai, teve um filho, preparou-se para sua última jornada olímpica onde esperava conquistar novas medalhas. Apesar de tudo isso - ou por tudo isso - alcançou seu objetivo no Rio.
Muitos atletas reunidos no Rio tem histórias tão lindas de superação quanto essas. A maioria sequer ganhou medalha, mas já conquistou algo ainda mais importante: a certeza de que é sempre possível dar a volta por cima.

Texto por André Trigueiro

domingo, 11 de setembro de 2016

Mural Reflexivo: O ELOGIO DA ABELHA

O ELOGIO DA ABELHA

   Grande mosca verde-azul, mostrando envaidecida as asas douradas pelo Sol, penetrou uma sala e encontrou uma abelha humilde a carregar pequena provisão de recursos para elaborar o mel.
   A mosca arrogante aproximou-se e falou, vaidosa:
   - Onde surges, todos fogem. Não te sentes indesejável? Teu aguilhão é terrível.
   - Sim - disse a abelha com desapontamento -, creia que sofro muitíssimo quando sou obrigada a interferir. Minha defesa é, quase sempre, também a minha morte.
   - Mas não podes viver com mais distinção e delicadeza? - tornou a mosca - porque ferroar, a torto e a direito?
   - Não, minha amiga - esclareceu a interlocutora - não é bem assim. Não sinto prazer em perturbar. Vivo tão somente para o trabalho que Deus me confiou, que representa benefício geral. E, quando alguém me impede a execução do dever, inquieto-me e sofro, perdendo, por vezes, a própria vida.
   - Creio, porém, que se tivesses modos diferentes... se polisses as asas para que brilhassem à claridade solar, se te vestisses em cores iguais às minhas, talvez não precisasses alarmar a ninguém. Pessoa alguma te recearia a intromissão.
   - Ah! não posso despender muito tempo em tal assunto - alegou a abelha criteriosa. O serviço não me permite a apresentação exterior muito primorosa, em todas as ocasiões. A produção de mel indispensável ao sustento de nossa colmeia, e necessária a muita gente, não me oferece ensejo a excessivos cuidados comigo mesma.
   - Repara! - disse-lhe a mosca, desdenhosa - tuas patas estão em lastimável estado...
   - Encontro-me em serviço - explicou-se a operária humildemente.
   Não! não! - protestou a outra - isto é monturo e relaxamento.
   E limpando caprichosamente as asas, a mosca recuou e aquietou-se, qual se estivesse em observação.
   Nesse instante, duas senhoras e uma criança penetraram o recinto e, notando a presença da abelha que buscava sair ao encontro de companheiras distantes, uma das matronas gritou, nervosa:
   - Cuidado! cuidado com a abelha! Fere sem piedade!...
   A pequenina trabalhadora alada dirigiu-se para o campo e a mosca soberba passou a exibir-se, voando despreocupada.
   - Que maravilha! - exclamou uma das senhoras.
   - Parece uma joia! - disse a outra.
   A mosca preguiçosa planou... planou... e, encaminhando-se para a copa, penetrou o guarda-comida, deitando varejeiras na massa dos pastéis e em pratos diversos que se preparavam para o dia seguinte. Acompanhou a criança, de maneira imperceptível, e pousou-lhe na cabeça, infeccionando certa região que se achava ligeiramente ferida.
   Decorridas algumas horas, sobravam preocupações para toda a família.
   A encantadora mosca verde-azul deixara imundície e enfermidade por onde passara.
   Quantas vezes sucede isto mesmo, em plena vida?
   Há criaturas simples, operosas e leais, de trato menos agradável, à primeira vista, que, à maneira da abelha, sofrem sarcasmos e desapontamentos por bem cumprir a obrigação que lhes cabe, em favor de todos; e há muita gente de apresentação brilhante, quanto a mosca, e que, depois de seduzir-nos a atenção pela beleza da forma, nos deixa apenas as larvas da calúnia, da intriga, da maldade, da revolta e do desespero no pensamento.

    Pelo Espírito Neio Lucio. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

    Livro: Alvorada Cristã. Lição nº 20. Página 89.