sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB–1970 – CONCLUSÃO A009 – Examinando a obsessão - 5ª parte

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970

Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

A009 – Examinando a obsessão - 5ª parte

CONCLUSÃO

1) Por que Manoel Philomeno mostra o exercício da prece como algo “imprescindível” para o Homem que não deve ser ignorado, apesar das dificuldades do dia a dia?

O autor esclarece que é o Espírito tem necessidade de estar em comunhão com Deus e é através da prece que nos aproximamos de Deus.

A prece é como uma “lâmpada acesa no coração” que nos auxilia na caminhada, proporcionando paz e fortalecimento moral ao Espírito e atuando como um impeditivo a obsessão. A prece deve ser um hábito para o Espírito.

2) Existem “condições” necessárias para realizar uma prece?

Não, a prece deve ser realizada em qualquer ocasião. Mas, é importante que esta conversa seja realizada com a sinceridade de sentimentos e intenções.

Não se deve descuidar da prece por cansaço ou dificuldades, pois a oração é também uma contribuição ao repouso, refazimento e renovação interior.

3) O que seriam possuir uma “nuvem de testemunhas” de acordo com o entendimento deste texto?

A Doutrina Espírita nos esclarece que os laços afetivos não se acabam com a desencarnação. Cada um possui Espíritos a sua volta com as quais se afinizam, sejam estes bons ou maus.

Cada um possui então, uma “nuvem de testemunhas” ou seja, Espíritos que lhe observam e buscam de acordo com os interesses em comu.

4) Que tipo de “predisposição” uma pessoa pode trazer a obsessão? Por que isso acontece?

Uma pessoa pode trazer em seu perispírito as condições próprias à obsessão. Isso acontece por manter em si mesmo inconscientemente complexos de inferioridade e culpa que são resultados de suas ações equivocadas de outras existências.

Em todos os casos, mesmos os indivíduos que renascem em condições aflitivas e com antipatias espirituais, poderão se precaver da obsessão se pautarem sua vida em busca de uma renovação moral.

5) Que tipo de prevenção a Doutrina Espírita pode oferecer contra a obsessão?

O estudo da Doutrina Espírita com a compreensão da vida espiritual oferece meios para que uma pessoa busque sua renovação moral e atraia os Bons Espíritos para perto de si mesma.

Ao fazer da prece um hábito sincero, buscar a renovação de pensamentos para o bem e realizar ações em favor do bem estar geral, a pessoa cria proteção eficaz para prevenção da obsessão.

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Hora Vazia

Cuidado com a hora vazia, sem objetivo, sem atividade.

Nesse espaço, a mente engendra mecanismos de evasão e delira.

Cabeça ociosa é perigo à vista.

Mãos desocupadas facultam o desequilíbrio que se instala.

Grandes males são maquinados quando se dispõe de espaço mental em aberto.

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Se, por alguma circunstância, surge-te uma hora vazia, preenche-a com uma leitura salutar, ou uma conversação positiva, ou um trabalho que aguarda oportunidade para execução, ou uma ação que te proporcione prazer...

O homem, quanto mais preenche os espaços mentais com as ideias do bem, mediante o estudo, a ação ou a reflexão, mais aumenta a sua capacidade e conquista mais amplos recursos para o progresso.

Estabelece um programa de realizações e visitas para os teus intervalos mentais, as tuas horas vazias, e te enriquecerás de desconhecidos tesouros de alegria e paz.

Joanna de Angelis (Cap. 8 - Episódios Diários)

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Vídeo - HAROLDO DUTRA FALA SOBRE A TRADUÇÃO DO NOVO TESTAMENTO

HAROLDO DUTRA FALA SOBRE A TRADUÇÃO DO NOVO TESTAMENTO

Sandro Fontana nos indicou este vídeo que contém um seminário feito em Franca. Neste seminário, Haroldo Dutra conta o processo de tradução de O Novo Testamento e também fala um pouco do estudo do hebraico para a tradução das epístolas. Ele explica por que optou pelas fontes gregas, fala da septuaginta (o Antigo Testamento traduzido para o grego) e sobre o processo da tradução da vulgata por Jerônimo. 

O vídeo vale suas duas horas de exposição, tendo problemas apenas com o áudio das pessoas que perguntam, que não foi capturado.

Haroldo opta por uma abordagem histórico-racional do entendimento e interpretação dos textos bíblicos. Ainda não sei dizer claramente de quais fontes gregas Haroldo traduziu o Novo Testamento, mas seus cuidados ao longo do trabalho são admiráveis.

Após assistir o vídeo tenho que corrigir algo que publiquei quando dei notícias da tradução. Haroldo afirma que "a tradução foi feita por um espírita, mas não é uma tradução espírita."

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

E, aí! Já leu?

EM BUSCA DA LITERATURA ESPÍRITA INFANTO-JUVENIL

Nos corredores do 1o. Encontro da Cultura e Pesquisa Espírita - XII Colóquio França-Brasil, estávamos conversando sobre a literatura espírita para adolescentes. É uma demanda muito específica, seja pelo tipo de interesse literário, seja pela linguagem, que está cada dia mais distante da que foi utilizada no início do século XX.
Recentemente, decidimos estudar "O Evangelho Segundo o Espiritismo" em nossa reunião familiar. Tenho duas filhas "teenagers", uma no começo e a outra no fim da adolescência.
Nossa reunião sempre se direcionou pela compreensão do sentido do que líamos. Minhas filhas têm muita liberdade para perguntar as palavras que não entendem e sempre discutimos o conteúdo do que lemos.
Ao ler "O Evangelho Segundo o Espiritismo" no original, houve uma dificuldade de ler o texto (usamos a tradução de Guillon Ribeiro), e um aumento da dificuldade de entendê-lo, pelas muitas paradas, palavras "engasgadas" e desconhecidas. Optamos então por prepararmos a leitura, os pais, e apenas explicar o conteúdo, o que não foi de agrado geral.
Semana passada minha esposa encontrou no meio de seus livros de evangelização, "O evangelho segundo o espiritismo para jovens", escrito por Laura Bergallo, que é uma escritora premiada por seus livros infanto-juvenis e editora.
Minha filha de treze anos dispôs-se a ler a parte "Diferentes categorias de mundos habitados", após a reclamação de que este assunto já havia sido muito estudado no Centro Espírita. Ela leu fluentemente e entendeu a parte. Sobreveio uma discussão conceitual sobre a diferença entre mundos felizes e mundos divinos. Houve alguma decepção com a classificação do nosso planeta na escala de Kardec. Enfim, o texto foi lido, seu sentido compreendido e discutido, que é o que mais esperamos em uma reunião familiar.
Ainda não li o livro como um todo, mas vou correr o risco de recomendá-lo, assim como "O livrinho dos espíritos" que a autora publicou pelo Centro Espírita Léon Denis, segundo encontrei  na internet.
(Fonte: Blog Espiritismo Comentado)







E, aí! Já leu?! (2)

PROMOÇÃO DA EDITORA LACHÂTRE

O Instituto Lachâtre tem sido nosso parceiro na publicação dos livros psicografades e traduzidos. Já está quase no fim a revisão do texto de mais um livro de Alfred Russel Wallace.

Recentemente o Instituto lançou uma promoção de combos envolvendo os autores que publicam: Hermínio Miranda, Palhano, Ada May, Amália Domingo Soler, Mauro Camargo, Wallace Neves e muitos outros.

Os livros "O observador e outras histórias" (composto de psicografias de depoimentos de Espíritos) e "Casos e descasos na casa espírita" (histórias do Espírito Conselheiro, sobre situações polêmicas nos centros e no movimento espírita) estão com um bom desconto (20%), se comprados juntos. Confiram:

http://www.lachatre.com.br/loja/combos-2/combo-jader-dos-reis-sampaio.html

http://www.lachatre.com.br/loja/combos-2.html

terça-feira, 13 de outubro de 2015

RECUPERADO FILME SOBRE O PRIMEIRO CONGRESSO DE MOCIDADES ESPÍRITAS DO BRASIL

RECUPERADO FILME SOBRE O PRIMEIRO CONGRESSO DE MOCIDADES ESPÍRITAS DO BRASIL
RECUPERADO FILME SOBRE O PRIMEIRO CONGRESSO DE MOCIDADES ESPÍRITAS DO BRASIL

Leopoldo Machado e Lins de Vasconcellos foram os organizadores do Primeiro Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, acontecido em 1948. Leopoldo defendia ideias de fortalecimento das atividades espíritas ligadas à ação social e aos problemas humanos. Ele intitulava de Cruzada de Espiritismo dos Vivos, estes princípios.

O vídeo parece ter sido criado como propaganda do evento, ele destaca a abertura, os apoios, as instituições que colaboraram com sua realização e os destaques, mas não apresenta o conteúdo ou suas deliberações.

As principais ideias de Leopoldo Machado para as mocidades espíritas encontram-se no livro "Cruzada do Espiritismo dos Vivos", publicado em 1948 pela editora paulista O Clarim, de Matão-SP. Como foi publicado no mesmo ano do Congresso, não há nele informações sobre o que foi defendido ou deliberado.

O Anuário Histórico Espírita, organizado por Eduardo Carvalho Monteiro, traz mais algumas informações sobre o evento, que foram obtidas em entrevista de Thaumaturgo José Luz com Antônio Lucena.

Gabriela Araújo Costa, em sua biografia sobre Leopoldo, publicou as informações abaixo sobre o Congresso:

"Ainda em 1948, Leopoldo Machado, por sua preocupação e dedicação ao movimento espírita jovem, é convidado para presidir o I Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil. Leopoldo recusa, dizendo pertencer a FEB o direito à presidência do Congresso. A FEB, por sua vez, recusa o convite, alegando já haver a União das Juventudes Espíritas do Distrito Federal. Leopoldo então aceita o convite para presidir o Congresso e, em 17 de julho de 1948, inicia-se uma das mais belas manifestações do Espiritismo de Vivos. Foram mais de 600 jovens de vários estados trocando experiências sobre o funcionamento de suas Mocidades, obras assistenciais, edição de jornais, entre outras atividades.

Transcrevemos as conclusões do evento em outra matéria do Espiritismo Comentado, baseada em um livro de Clóvis Ramos, cedido por Eduardo Carvalho Monteiro. Confira:

http://espiritismocomentado.blogspot.com.br/2008/03/quais-foram-as-concluses-do-congresso.html

domingo, 11 de outubro de 2015

Artigo: Administrar Com Jesus (parte 1)

2906Administrar Com Jesus
(Parte 1)

André Henrique de Siqueira

A administração é um tema que tem recebido a atenção de todos os que pretendem melhorar o uso de recursos e gerar valores para si ou para a sociedade. Segundo Peter Drucker, um dos mais importantes estudiosos do assunto, administrar é colocar o conhecimento em ação. É dele uma obra de particular interesse para os que administram organizações do terceiro setor, aquelas organizações não-governamentais que se dedicam ao oferecimento de serviços sem fins lucrativos. Trata-se do livro “Administração de Organizações sem Fins Lucrativos”(1), no qual Drucker desenvolve o tema em cinco partes:

1. A definição da Missão
2. A criação de Estratégias para o Desempenho
3. O Ato de Gerenciar para obter Desempenho
4. Atenção com as Pessoas e Relacionamentos
5. O Administrador: seu desenvolvimento como pessoa, como executivo e como líder.

Seguindo o modelo de exploração de Drucker, buscaremos desenvolver reflexões sobre o tema e acrescentar pequenas contribuições para a sua aplicação no contexto do trabalho da administração no Movimento Espírita. O trabalho estará dividido em 5 partes. Esta é a primeira delas. Trataremos da missão institucional.
1. A DEFINIÇÃO DA MISSÃO
Uma organização – como o Centro Espírita, por exemplo – é um conjunto de recursos (financeiros e materiais), um conjunto de conhecimentos e um conjunto de pessoas, todos reunidos com vistas ao desempenho de uma função específica. É a sua função que define o que uma organização (instituição), é em sua essência. O que a instituição é traduz-se naquilo que ela faz. A missão de uma instituição é a tradução de sua razão de existência. É o motivo pelo qual se reúnem as pessoas, os recursos e os conhecimentos. Fundamental, portanto, é a definição clara da missão institucional.
Para definir a missão de uma organização é fundamental levar em conta que quando alguém perguntar coisas como “Para que serve esta instituição?”, “Qual o papel desta organização?” ou “Qual a função desta organização?” a resposta será dada pelo texto da declaração da missão. Este texto precisará ser claro o suficiente para que todos entendam o que a instituição faz de mais importante.
Um aspecto particular das organizações espíritas é o seu caráter doutrinário. Uma doutrina é um conjunto coerente de ideias que pretendem ser compreendidas e aplicadas. Nas instituições espíritas o fundamento doutrinário é o estudo, a vivência e a difusão do Espiritismo, cuja própria missão é “instruir e esclarecer os homens, abrindo uma Nova Era para a regeneração da Humanidade”(2), (KARDEC, 1857/1944).
As instituições espíritas deveriam fundamentar as suas missões a partir do próprio objetivo do Espiritismo. Lembremo-nos que o papel fundamental da instituição espírita é promover o estudo, a vivência e a difusão do Espiritismo, e para isto é necessário levar em consideração a própria função do Espiritismo como um instrumento de educação da espiritualidade humana.
Como ilustração, vejamos alguns exemplos que podem ser declarados como missões para as instituições espíritas:

(a) Promover a integração do indivíduo consigo, com o próximo e com Deus,  através do estudo e prática do Espiritismo.
(b) Instruir e esclarecer os indivíduos e a sociedade sobre os propósitos superiores da Vida Espiritual criando oportunidades para o estudo e a prática da Caridade, segundo os ensinamentos do Espiritismo.
(c) Promover a prática incondicional da Caridade através do estudo, da vivência e divulgação da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus.


Observemos que ambas respondem bem às perguntas propostas:

Ex1.  “Para que serve esta instituição?” – para (a) Promover a integração do indivíduo consigo, com o próximo e com Deus,  através do estudo e prática do Espiritismo.
Ex. 2 “Qual o papel desta organização?”  - (b) Instruir e esclarecer os indivíduos e a sociedade sobre os propósitos superiores da Vida Espiritual criando oportunidades para o estudo e a prática da Caridade, segundo os ensinamentos do Espiritismo
Ex. 3 “Qual a função desta organização?” – (c) Promover a prática incondicional da Caridade através do estudo, da vivência e divulgação da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus.


Vejamos que (a), (b) ou (c) são bons exemplos de declarações de missões para as casas espíritas de um modo geral. E, para completar os exemplos, oferecemos algumas descrições de uma declaração de missão para instituições responsáveis pelos trabalhos da Unificação do Movimento Espírita:

  • Aplicar os ensinamentos do Espiritismo, na dinamização das atividades do movimento espírita (regional) visando promover e realizar o estudo, a divulgação e a prática do Espiritismo e promover a construção da melhoria moral da humanidade.
  • Promover o estudo, a prática e a divulgação do Espiritismo através da coordenação de atividades do movimento espírita com vista a Unificação de propósitos e União fraterna entre as instituições espíritas e pessoas envolvidas.


Note-se a diferença entre as missões das instituições espíritas e a das entidades federativas. Os indivíduos buscam a própria melhoria e a da sociedade, as casas espíritas devem instruir e esclarecer a humanidade através da promoção do estudo, vivência e difusão do Espiritismo visando a melhoria moral dos indivíduos e das sociedades. As entidades federativas regionais, estaduais, nacionais ou internacional  devem promover a dinamização das atividades das casas espíritas e a união e solidariedade dos espíritas e de suas instituições em seus respectivos espaços de atuação.

No próximo artigo refletiremos sobre a criação de estratégias de desempenho. Até lá!

Referências:

1 - DRUCKER, P. Administração de Organizações sem fins lucrativos. São Paulo: Pioneira, 1994. (Biblioteca Pioneira de administração de negócios).
1 - Vide O Livro dos Espíritos no item Prolegômenos.

5 de Outubro 2015

Continua em breve