sábado, 1 de outubro de 2016

Post de hoje do Luz Espírita - Mês de aniversário de Allan kardec

Mês de Aniversário de Allan Kardec

Outubro é o mês de aniversário do codificador espírita Allan Kardec, nascido no terceiro dia de outubro de 1804. Portanto, neste 3 de outubro de 2016, comemoramos o ducentésimo décimo segundo ano de seu nascimento. E, aproveitando o ensejo, trazemos aqui uma série de sugestões para relembrarmos os feitos extraordinários de sua incalculável contribuição à Humanidade:


Enciclopédia Espírita Online

Conheça melhor a biografia deste grande missionário de Jesus, pelo qual a Humanidade pode adentrar na Terceira Revelação divina, através do seu verbete na Enciclopédia Espírita Online (veja aqui).





"Obras Póstumas"

Para começar, que tal conhecer um pouco dos bastidores da fundação do Espiritismo, através de manuscritos do próprio Kardec? Então, a pedida certa é o livro "Obras Póstumas" (ver aqui).




"Kardec, a biografia", de Marcel Souto Maior

Outra excelente sugestão de leitura é a biografia "Kardec, a biografia" (ver aqui), do jornalista Marcel Souto Maior, pela qual temos acesso a detalhes muito interessantes do codificador espírita, que o autor extraiu de uma intensa pesquisa feita em arquivos franceses, detalhes esses não suficientemente disseminados no meio espírita.


Espiritismo: de Kardec aos dias de hoje

Dificuldades para ler? Então vá de vídeo, com o documentário "Espiritismo: de Kardec aos dias de hoje", produzido pela FEB - Federação Espírita Brasileira.
Nesse filme, dirigido por Marcelo Taranto e lançado em 1995, temos uma narrativa muito instrutiva, adocicada pela bela voz da atriz Aracy Balabanian. Nele, o consagrado ator Ednei Giovenazzi interpreta o codificador espírita, retratando desdes os primeiros dias em que o pedagogo foi convidado a conhecer as "mesas girantes" até que então tomasse para si a grandiosa missão de coletar e publicar a Terceira Revelação divina: o Espiritismo.
O documentário é notável por várias razões, por exemplo: a remontagem dos cenários daquela Paris de meados do século XIX; a semelhança e do ator com o personagem, a fidelidade das falas de Kardec à fonte principal (o livro "Obras Póstumas"), além da narração. Vale cada segundo de atenção.



E viva Allan Kardec!
 

Desenvolva esse tema

Quando desejamos algo, o Céu é o limite, certo? E é isso o que gente percebe ao assistirmos esse video. Clica aqui e assista você também. Compartilha com a gente as dificuldades que você ja superou....
 

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Qual sua opinião? - E, aí! O que você vê?

O que você vê nesta imagem?
Bom, eu vejo um guerreiro com o coração cheio de amor e paz apesar da guerra. E também vejo uma menina que sabe que o amor vence a guerra. Ambos têm o mesmo objetivo promover a paz
(colocação de Nego Bom pelo G+)

E, aí! O que você vê?

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Movimento pela paz em SP/SP

Movimento pela paz em SP


Será realizado no dia 16 de outubro de 2016, a partir das 18h no palco externo do Auditório do Ibirapuera em São Paulo, o 2º Movimento Você e a Paz.

O evento é de caráter ecumênico e contará com a presença de Divaldo Pereira Franco, criador do movimento há 19 anos, e representantes de outros segmentos religiosos. O Mestre de Cerimônia será o ator Odilon Wagner e haverá ainda apresentações musicais com Fabiana Cozza e o Coro Luther King.

O Auditório do Ibirapuera fica na Rua Diderot, 30 – Vila Mariana, São Paulo/SP. Mais informações podem ser obtidas em www.reencontro-sp.org.br ou pelo telefone (11) 2028-5222.

Seminário em Pernambuco - Tema: “O Trabalhador Espírita e os Desafios do Mundo Atual”.

Seminário em Pernambuco


Será realizado no dia 9 de outubro de 2016, das 8h30 às 12h30 no Centro Espírita Amor e Caridade, um Seminário com Sandra Borba.

O tema central é “O Trabalhador Espírita e os Desafios do Mundo Atual”. Sandra é Professora da UFRN, palestrante e escritora.

O Centro Espírita Amor e Caridade fica na Avenida Conselheiro João Alfredo, 749 – Centro, Carpina/PE. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (81) 3621-2084.

Mês espírita em São Paulo(Espírito Santo do Pinhal/SP)

Mês espírita em São Paulo

Outubro é o mês espírita em Espírito Santo do Pinhal/SP. O evento é realizado pela União das Sociedades Espíritas Intermunicipal da cidade.

Na programação, palestras nos dias 1º, 15, 22 e 29, sempre às 20h e no dia 9 às 10h. Os expositores serão Wanyr Caccia, Jamiro da Silva, Neio Lucio Pena, Sandro Cosso e Orson Peter Carrara.

Mais informações podem ser obtidas através do site www.usesp.org.br ou pelo telefone (11) 2950-6554.


União com Jesus: ciclo de palestras e concertos


quarta-feira, 28 de setembro de 2016

IX Jornadas de Cultura Espírita do Porto


Revista Espírita - ano VI - junho de 1863 - Algumas refutações

Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VI JUNHO  DE 1863 N o 6

Algumas Refutações

Por vezes a paixão cega, a ponto de fazer cometer singulares inconseqüências. Na passagem citada acima, o Rev. Pe. Nampon diz que “nada é mais vazio de atrativo que essas publicações, cujo sucesso fabuloso, etc.” Não percebe ele que essas duas proposições se destroem reciprocamente; uma coisa sem atrativo não poderia ter nenhum sucesso, porquanto só o terá com a condição de ter atrativo; com mais forte razão quando o sucesso é fabuloso.
Acrescenta que com o dinheiro gasto em Lyon com essas inépcias, facilmente teriam sido criados mais leitos nos hospícios de alienados daquela cidade, superlotados desde a invasão do Espiritismo. É verdade que seriam precisos trinta a quarenta mil leitos, só em Lyon, já que todos os espíritas são loucos. Por outro lado, visto que são inépcias, nenhum valor possuem. Por que, então, lhes dar as honras de tantos sermões, pastorais e brochuras? Quanto à questão do emprego de dinheiro, sabemos que em Lyon muita gente, por certo animada de maus sentimentos, havia dito que os dois milhões fornecidos por esta cidade aos cofres de São Pedro teriam dado mais pão a muitos operários infelizes durante o inverno, ao passo que a leitura dos livros espíritas lhes deu coragem e resignação para suportar sua miséria sem revolta.
O Pe. Nampon não é feliz em suas citações. Numa passagem de O Livro dos Espíritos ele nos faz dizer: “Há tanta distância entre a alma do animal e a alma do homem, quanto entre a alma do homem e a alma de Deus.” (N o 597). Nós dissemos: ...quanto entre a alma do homem e Deus, o que é muito diferente. A alma de Deus implica uma espécie de assimilação entre Deus e as criaturas corpóreas. Compreende-se a omissão de uma palavra por inadvertência ou erro tipográfico; mas não se acrescenta uma palavra sem intenção. Por que essa adição, que desnatura o sentido do pensamento, senão para dar um tom materialista aos olhos dos que se contentarem em ler a citação sem a verificar no original? Um livro que apareceu pouco antes de O Livro dos Espíritos, e que contém toda uma teoria cosmogônica, faz de Deus um ser muito diversamente material, porque composto de todos os globos do Universo, moléculas do ser universal, que tem um estômago, come e digere, e do qual os homens são o mau produto de sua digestão; contudo, nem uma palavra foi dita para o combater: todas as cóleras se concentraram sobre O Livro dos Espíritos. Será, talvez, porque em seis anos chegou à décima edição e espalhou-se em todos os países do mundo?
Não se contentam em criticar: truncam e desnaturam as máximas para aumentar o horror que deve inspirar essa abominável doutrina e nos pôr em contradição conosco mesmo. É assim que diz o Pe. Nampon, citando uma frase da introdução de O Livro dos Espíritos, página XXXIII: “Certas pessoas, dizei vós mesmos, entregando-se a esses estudos perderam a razão.” Damos assim a impressão de reconhecer que o Espiritismo conduz à loucura, ao passo que, lendo todo o parágrafo XV, a acusação cai precisamente sobre aqueles que a lançam. É assim que, tomando um trecho da frase de um autor, poderíamos levá-lo à forca. Os mais sagrados autores não escapariam a essa dissecção. É com tal sistema que certos críticos esperam mudar as tendências do Espiritismo e fazer crer que ele preconiza o aborto, o adultério, o suicídio, quando demonstra peremptoriamente a sua criminalidade e as funestas conseqüências para o futuro.
O Pe. Nampon chega mesmo a apropriar-se de citações feitas com o objetivo de refutar certas idéias. “O autor – diz ele – às vezes chama Jesus-Cristo Homem-Deus; mas alhures (O Livro dos Médiuns, página 368), num diálogo com um médium que, tomando o nome de Jesus lhe dizia: “Eu não sou Deus, mas sou seu filho”, logo replica: “Então sois Jesus? Sim – acrescenta o Pe. Nampon – Jesus é chamado Filho de Deus, mas na acepção ariana, não sendo, portanto, consubstancial com o Pai.”
Antes de mais, não era o médium que se fazia passar por Jesus, mas um Espírito, o que é muito diferente. A citação é feita precisamente para mostrar a velhacaria de certos Espíritos e prevenir os médiuns contra seus subterfúgios. Pretendeis que o Espiritismo negue a divindade do Cristo ou vistes tal proposição formulada em princípio? É, dizeis vós, a conseqüência de toda a doutrina. Ah! se entrarmos no terreno das interpretações, poderemos ir mais longe do que quereis. Se disséssemos, por exemplo, que o Cristo não tinha chegado à perfeição, que teve necessidade das provas da vida corpórea para progredir; que a sua paixão lhe tinha sido necessária para subir em glória, teríeis razão, porque dele não faríamos sequer um Espírito puro, enviado à Terra com missão divina, mas um simples mortal, a quem o sofrimento era necessário, a fim de progredir. Onde encontrais que tenhamos dito isto? Pois bem! aquilo que nunca dissemos, que jamais diremos, sois vós que dizeis.
Ultimamente temos visto, no parlatório de uma casa religiosa de Paris, a seguinte inscrição, impressa em letras grandes e afixada para a instrução de todos: “Foi preciso que o Cristo sofresse para entrar na sua glória, e não foi senão depois de ter bebido a longos sorvos na torrente da tribulação e do sofrimento que foi elevado ao mais alto dos céus.” (Salmo 109, v. 8.) É o comentário deste versículo, cujo texto é: “Ele beberá no caminho a água da torrente e é por ali que erguerá a cabeça (De torrente in via bibet: propterea exultabit caput)”
23 .  Se, pois, “foi preciso que o Cristo sofresse para entrar na sua glória; se não pôde ser elevado ao mais alto dos céus senão pelas tribulações e pelo sofrimento”, é que antes nem estava na glória nem no mais alto dos céus; por conseguinte não era Deus. Seus sofrimentos, pois, não aproveitavam somente à Humanidade, desde que necessários ao seu próprio adiantamento. Dizer que o Cristo tinha necessidade de sofrer para elevar-se é dizer que não era perfeito antes de sua vinda.

23 N. do T.: O comentário referido não corresponde ao salmo citado.

Enviado por: "Joel Silva"

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Se liga... Reflexão... Qual sua opinião?... Desenvolva o tema...


A cultura do estupro

... por que quando um estupro acontece, a primeira coisa que se passa pela cabeça das pessoas é se questionar se a vítima está falando mesmo a verdade? Certamente não é o que ocorre com outros crimes, a não ser que você duvide toda vez que alguém afirma ter sido vítima de um assalto ou roubo. A resposta é simples: por conta da cultura do estupro, que é muito enraizada na nossa sociedade.
 
Uma série de mitos sobre o estupro e a cultura que o perpetua são disseminados diariamente. Você provavelmente já contribuiu para isso ocorrer, mesmo sem querer. Por isso GALILEU consultou pesquisas, relatos e conversou com especialistas para explicar o que é esse infeliz fenômeno, como eles afeta a sociedade e, o mais importante, como podemos melhorar. Confira abaixo: 
 
1 - O que é a cultura do estupro?
O termo foi cunhado na década de 70 por feministas americanas e, de acordo com o Centro das Mulheres da Universidade Marshall, nos Estados Unidos, é utilizado para descrever um ambiente no qual o estupro é predominante e no qual a violência sexual contra as mulheres é normalizada na mídia e na cultura popular. 
Ao disseminar termos que denigrem as mulheres, permitir a objetificação do corpos delas e glamurizar a violência sexual, a cultura do estupro passa adiante a mensagem de que a mulher não é um ser humano, e sim uma coisa. "Vivemos em uma sociedade patriarcal que considera que nós mulheres somos ou sujeitos de segunda categoria, ou em alguns casos, que não somos sujeitos e podemos ser utilizadas ou destruídas", explica Izabel Solyszko, que é professora, assistente social e doutoranda em Serviço Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
 
2 - A cultura do estupro começa no nascimento
Quando uma família dá boas-vindas a um bebê, o recém-nascido vem com várias expectativas: se for menino, espera-se que ele seja agressivo; se for menina, espera-se que seja delicada. São scripts pré-determinados para cada gênero. "O conceito de gênero surge para questionar a ideia de uma essência ou natureza que explique os comportamentos", diz a pesquisadora Jane Felipe de Souza, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). "É essa necessidade de se pautar em aspectos biológicos para justificar diferenças, as colocando como desigualdade, inferioridade, que o conceito de gênero procura combater."
Como aponta Arielle Sagrillo, doutoranda em psicologia forense na Universidade de Kent, na Inglaterra, a sociedade cria expectativas muito grandes para ambos os gêneros. "Não permitimos que as crianças e adultos transitem entre esses espaços. Desde cedo dizemos a esses sujeitos o que eles devem ser, antes mesmo que possam descobrir o que querem, o que lhes afeta e como lidam com suas próprias emoções", afirma.
Dentro das expectativas, observa a advogada americana Reshma Saujani, os meninos são criados para serem corajosos e se arriscarem, enquanto as meninas são criadas para buscarem a delicadeza e a perfeição. Da mesma forma, espera-se que eles sejam mais agressivos ("Homem de verdade não chora", não é mesmo?) e que elas se sintam responsáveis — pela casa, pelos filhos, pelo companheiro e até mesmo pelas violências que sofrem. 
"Os homens são ensinados a usarem a agressividade de maneira violenta, desde a infância são estimuladas a vivenciarem sua sexualidade até um ponto de serem reconhecidos como pessoas que 'precisam de sexo', 'que perdem a cabeça por sexo', que se tornam praticamente 'irracionais' quando o assunto é sexo", explica Solyszko. "Isso faz com que as pessoas pensem que o estupro é uma questão de sexo e sexualidade quando o estupro é uma questão de violência porque se trata de uma agressão bárbara e brutal que invade o corpo de outra pessoa." 
 
3 - Existem vários mecanismos que propagam a cultura do estupro
Pense nos comerciais aos quais você assistiu recentemente. Agora se concentre naqueles que possuem presença feminina. Reflita ainda mais: em quantos deles as mulheres aparecem como um simples corpo para agradar os homens? Quantos deles contam com piadas relacionadas às aparências delas?
Tal representação é chamada de objetificação. Um estudo realizado pela Associação Americana de Psicologia explica que "muitas mulheres são objetificadas sexualmente e tratadas como objetos para serem valorizadas por seu uso", o que só reforça a ideia de que a mulher é uma coisa, e não um ser humano. Segundo Solyszko, além de ser patriarcal, a sociedade em que vivemos é racista e capitalista. "Essas três dimensões de dominação e de opressão vão permitir que as vidas e os corpos das mulheres sejam explorados, mercantilizados, coisificados e, inclusive, agredidos, mutilados, estuprados e assassinados." 
 
4 - Você também contribui com a cultura do estupro
E não precisa ser um estuprador para que isso aconteça. Ao consumir músicas que denigrem a mulher e disseminar vídeos, imagens, comentários e piadas sexistas, por exemplo, você contribui para que a objetificação da mulher seja reforçada. "Nessa cultura machista que só pode se sustentar pela existência de uma sociedade patriarcal, são diversos os mecanismos que vão das piadas que nos desqualificam para dirigir, para ser engenheiras, para ser presidente do país até a violência sexual no transporte público e nas ruas", pondera Izabel Solyszko.
Vale ressaltar que a violência contra a mulher não se restringe ao estupro. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Avon em parceria com o Data Popular, podem ser consideradas formas de assédio cantadas ofensivas ou com apelo sexual indesejado; coerção; a violência física; a desqualificação intelectual e a violência sexual, que vai desde o toque sem consentimento até o estupro. Dados do Think Olga mostram que 48% dos assédios são verbais e 68% deles ocorrem durante o dia. 
 
5 - O estuprador pode ser um cara normal
Existem alguns mitos em torno dos estupradores, sendo os principais deles o de que o agressor é uma pessoa estranha e o segundo de que é um ser cheio de problemas psicológicos. Nenhuma dessas afirmações são verdadeiras.
Um levantamento realizado pelo IPEA em 2014 aponta que 24,1% dos agressores das crianças são os próprios pais ou padrastos, e 32,2% são amigos ou conhecidos da vítima. Isso sem contar casos de violência contra a mulher dentro de relacionamentos como namoros e casamentos, onde as linhas entre o consensual e a violência são mais nebulosas.
Além disso, de acordo com Arielle Sagrillo, os estudos que foram feitos sobre estupradores até o momento não identificaram nenhum tipo de patologia. "O que leva um sujeito a cometer um estupro pode ser uma série de coisas. Entre elas, um não entendimento de que o que está fazendo é violência, não ver seu ato como violência sexual, e isso tem relação com a educação. É uma questão cultural", afirma Sagrillo. 
Ela explica ainda que existem várias "crenças disfuncionais" em relação às mulheres que colabora para que os agressores cometam a violência. "Só é estupro se for em um beco escuro", "uma mulher se comportando ou vestindo uma roupa está pedindo para ser estuprada", "mulheres secretamente desejam que o estupro aconteça" e "o não quer dizer sim, ela deve estar fazendo charme", são alguns deles. 
 
6 - A vítima nunca é a culpada
Como reforça Izabel Solyszko, "independentemente do nosso comportamento e da nossa aparência, nada, absolutamente nada (nem que eu seja garota de programa, nem que eu seja promíscua, nem que eu esteja bêbada, nem que eu esteja sozinha com vários homens em um quarto), realmente nada vai justificar uma violência contra mim".
No livro Missoula, de Jon Krakauer, a promotora Suzy Boylan pondera que o estupro é o único crime em que presume que a vítima esteja mentindo. "Se uma pessoa é assaltada num beco, ficaríamos céticos com o depoimento da vítima só porque não havia testemunha ocular? Nós iríamos duvidar da vítima de um roubo porque ela deixou a porta de casa destrancada?", questiona. 
O silenciamento e a culpabilização das vítimas são alguns dos principais artifícios da cultura do estupro. "Se o sigilo falha, o agressor ataca a credibilidade de sua vítima. Se não consegue silenciá-la totalmente, ele tenta se certificar de que ninguém lhe dê ouvidos. Para tanto, convoca um impressionante esquadrão de argumentos, da negação mais descarada à racionalização mais sofisticada e elegante", explica Judith Lewis Herman em "Trauma and Recovery". "Depois de cada atrocidade, podem-se esperar ouvir as mesmas desculpas previsíveis: jamais aconteceu; a vítima mente; a vítima exagera; a vítima que provocou isso; e em todos os casos é o momento de esquecer o passado e seguir em frente."
O problema é que a cultura do estupro está tão enraizada na sociedade em que vivemos que não é só o agressor que apresenta tal comportamento: profissionais da saúde e da lei também o reproduzem. No relato que deu ao Fantástico, a vítima do estupro coletivo no Rio de Janeiro contou que foi interrogada por vários homens que expuseram imagens do crime para ela, além de realizarem questionamentos absurdos como se já tinha feito sexo grupal. "É fácil esquecer que o dano causado a uma vítima de estupro que é desacreditada pode ser no mínimo tão devastador quanto o dano causado a um homem inocente que é injustamente acusado de estupro", aponta Jon Krakauer em Missoula. "E, sem dúvida, o segundo caso acontece com muito mais frequência."
 
 
(Texto fonte Galileu - Figuras fonte EBC)
 

domingo, 25 de setembro de 2016

Mural Reflexivo: Presente para você



Presente para você

Se um dia ao acordar, você encontrasse ao lado de sua cama, um lindo pacote embrulhado com fitas coloridas, com certeza o abriria para ver o que haveria dentro.

Talvez houvesse ali algo de que você nem gostasse muito. Então guardaria a caixa, pensando no que fazer com aquele presente.

Mas, no dia seguinte, lá está outra caixa. Mais uma vez você abre correndo e, dessa vez, há alguma coisa da qual goste muito.

Uma lembrança de alguém distante, uma roupa que viu na vitrine, um casaco para os dias de frio ou simplesmente um ramo de flores de alguém que se lembrou de você.

Isso acontece todos os dias, mas nós nem percebemos.

Todos os dias quando acordamos, lá está, à nossa frente, uma caixa de presentes enviada por Deus especialmente para nós: um dia inteirinho para usarmos da melhor forma possível.

Às vezes, ele vem cheio de problemas, coisas que não conseguimos resolver, tristezas, decepções, lágrimas.

Mas outras vezes, ele vem cheio de surpresas boas, alegrias, vitórias e conquistas.

O mais importante é que todos os dias, enquanto dormimos, Deus embrulha para nós com todo o carinho, nosso presente: o dia seguinte.

Ele cerca nosso dia com fitas coloridas, não importa o que esteja por vir.

A esse dia quando acordamos, chamamos presente, o presente de Deus para nós.

Nem sempre Ele nos manda o que esperamos ou o que queremos.

Mas Ele sempre nos manda o melhor, o de que precisamos e que, muitas vezes, pode ser mais do que merecemos.

Abra seu presente todos os dias, primeiro, agradecendo a quem o mandou, sem se importar com o que vem dentro da embalagem. Sem dúvida, Deus não se engana na remessa dos pacotes.

Se hoje não veio o presente que você aguardava, espere.

Abra o de amanhã com mais carinho, pois pode ser que, a qualquer momento, os seus sonhos cheguem embrulhados em um presente, de acordo com os planos de Deus para você.

Deus não atende as nossas vontades e sim nossas necessidades.

*  *  *
        Agradeçamos a Deus por cada dia a mais que temos a oportunidade de viver.

Cada dia é realmente um presente de Deus.

Em um dia apenas podemos ter mais uma chance de aprender algo novo sobre a vida ou sobre nós mesmos, de corrigir um erro, de tropeçar, levantar e nos sentirmos mais fortalecidos, de perdoar ou sermos perdoados.

É outra chance que temos de crescer como Espíritos e dar mais um passo em direção à felicidade.

Agradeçamos por mais um ano que se finda no calendário da nossa vida.

Agradeçamos infinitamente, por mais um ano que se inicia em nosso calendário.

Ter um ano inteiro pela frente é como ter um caderno em branco aonde se vai caligrafar.

Nesse caderno podemos deixar registradas histórias coloridas ou em preto e branco, de amores ou dores, de luzes ou de sombras.
 
Tudo dependerá do que carregarmos em nosso íntimo. A escolha pelo caminho do bem, da resignação, da fé e do amor é de cada um.

        Que nossas escolhas agradem a Deus, para que um dia a realização dos nossos sonhos faça parte do plano Divino.
 
Redação do Momento Espírita, com base em  mensagem de autor desconhecido.