sábado, 25 de abril de 2009

Artigo: Guerras: como o Espiritismo explica? - II

Guerras: como o Espiritismo explica?
Hoje, a sociedade se humanizou um pouco mais, embora em diferentes graus, que variam conforme a evolução já alcançada pelos diversos povos que a compõem. Mas ainda nos encontramos moralmente atrasados em comparação com a evolução intelectual alcançada. Assim, a predominância do mal, que caracteriza um mundo de provas e de expiações, impele os mais desenvolvidos intelectualmente e, em conseqüência mais fortes, a buscarem, cada vez mais, ampliar seus poderes em detrimento dos mais fracos.

As conseqüências de uma guerra somente são avaliadas em termos materiais. Estima-se o seu custo econômico e quantas vidas físicas serão ceifadas. Mas as conseqüências espirituais sequer são mencionadas, permanecendo ignoradas pela imensa maioria. O Espiritismo esclarece o quanto os danos materiais, que são passageiros, são ínfimos, se comparados ao custo espiritual que o indesejado acontecimento acarreta. Os seus responsáveis terão de suportar, no mundo espiritual e em encarnações futuras, os efeitos da lei de ação e reação que rege o Universo. Na questão 745 do Livro dos Espíritos, respondendo a Kardec sobre a responsabilidade daquele que suscita a guerra para proveito seu, os Espíritos ensinam que "grande culpado é esse e muitas existências lhe serão necessárias para expiar todos os assassínios de que haja sido causa, porquanto responderá por todos os homens cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição".

No livro "Nosso Lar", André Luiz relata a repercussão, na Colônia do mesmo nome, dos momentos que antecederam a eclosão da segunda guerra mundial. Toda a Colônia se mobilizou em preparativos para receber os espíritos que deixariam a carne em conseqüência do conflito, que, certamente, seriam em grande número, como de fato aconteceu. Do plano espiritual nos vem também a notícia de que muitos dos protagonistas daquele episódio, responsáveis por tantos sofrimentos, expiam suas faltas em regiões da África de absoluta miséria, onde têm de suportar uma existência penosa, sem nenhum tipo de facilidade, como forma de se reequilibrarem perante a Lei.

Portanto, segundo o Espiritismo, a guerra, longe de ser uma situação irreversível, é resultado de um estado passageiro da humanidade. À medida que o homem progride moralmente, ainda que de maneira lenta, pois a Natureza não dá saltos, as guerras tendem a se tornar menos freqüentes, porque ele passa a evitar as suas causas. Dia virá, certamente, em que ela estará totalmente banida do nosso meio, pois a humanidade se elevará e aprenderá a conviver com seus semelhantes, respeitando a Lei de Igualdade.

O ensinamento do Cristo, revivido e esclarecido pelo Espiritismo, é a bússula que nos levará a esse porto seguro. Quando todos conhecerem a a imortalidade do espírito, a realidade da vida futura, o processo da reencarnação e a justiça da lei de causa e efeito, o homem não mais provocará a guerra. Se os govenrantes já estivessem de posse do conhecimento dessas verdades, por certo agiriam de maneira diferente, pois temeriam as conseqüências de seus atos. Enquanto isso não acontece, continuemos fazendo a nossa parte, orando e trabalhando pela paz, rogando todos os dias à Espiritualidade Superior para que ilumine e apascente os homens, fazendo-os moderar suas ambições.
(Sérgio Rodrigues é membro das Equipes do CVDEE e do Espiritismo.Net)

Biografia: Emmanuel

Emmanuel, exatamente assim, com dois "m" se encontra grafado o nome do espírito, no original francês "L'évangile selon le spiritisme", em mensagem datada de Paris, em 1861 e inserida no cap. XI, item 11 da citada obra, intitulada "O egoísmo".

O nome ficou mais conhecido, entre os espíritas brasileiros, pela psicografia do médium mineiro Francisco Cândido Xavier. Segundo ele, foi no ano de 1931 que, pela primeira vez, numa das reuniões habituais do Centro Espírita, se fez presente o bondoso espírito Emmanuel.

Descreve Chico: "Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença, mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz."

Convidado a se identificar, apresentou alguns traços de suas vidas anteriores, dizendo-se ter sido senador romano, descendente da orgulhosa "gens Cornelia" e, também sacerdote, tendo vivido inclusive no Brasil.

De 24 de outubro de 1938 a 9 de fevereiro de 1939, Emmanuel transmitiu ao médium mineiro as suas impressões, dando-nos a conhecer o orgulhoso patrício romano Públio Lentulus Cornelius, em vida pregressa Públio Lentulus Sura, e que culminou no romance extraordinário : Há dois mil anos.

Públio é o homem orgulhoso, mas também nobre. Roma é o seu mundo e por ele batalha. Não admite a corrupção, mostrando, desde então, o seu caráter íntegro. Intransigente, sofre durante anos, a suspeita de ter sido traído pela esposa a quem ama. Para ela, nos anos da mocidade, compusera os mais belos versos: "Alma gêmea da minhalma/ Flor de luz da minha vida/ Sublime estrela caída/ Das belezas da amplidão..." e, mais adiante: "És meu tesouro infinito/ Juro-te eterna aliança/ Porque eu sou tua esperança/ Como és todo o meu amor!"

Tem a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Jesus, mas entre a opção de ser servo de Jesus ou servo do mundo, escolhe a segunda.

Não é por outro motivo que escreve, ao início da citada obra mediúnica: "Para mim essas recordações têm sido muito suaves, mas também muito amargas. Suaves pela rememoração das lembranças amigas, mas profundamente dolorosas, considerando o meu coração empedernido, que não soube aproveitar o minuto radioso que soara no relógio da minha vida de Espírita, há dois mil anos."

Desencarnou em Pompéia, no ano de 79, vítima das lavas do vulcão Vesúvio, cego e já voltado aos princípios de Jesus.

Cincoenta anos depois, no ano de 131, ei-lo já de retorno ao palco do mundo. Nascido em Éfeso, de origem judia, foi escravizado por ilustres romanos que o conduziram ao antigo país de seus ascendentes. Nos seus 45 anos presumíveis, Nestório mostra no porte israelita, um orgulho silencioso e inconformado. Apartado do filho, que também fora escravizado, tornaria a encontrá-lo durante uma pregação nas catacumbas onde ele, Nestório, tinha a responsabilidade da palavra. Cristão desde os dias da infância, é preso e, após um período no cárcere, por manter-se fiel a Jesus, é condenado à morte.

Junto com o filho, Ciro, e mais uma vintena de cristãos, num fim de tarde, foi conduzido ao centro da arena do famoso circo romano, situado entre as colinas do Célio e do Aventino, na capital do Império. Atado a um poste por grossas cordas presas por elos de bronze, esquelético, munido somente de uma tanga que lhe cobria a cintura, até os rins, teve o corpo varado por flechas envenenadas. Com os demais, ante o martírio, canta, dirigindo os olhos para o Céu e, no mundo espiritual, é recebido pelo seu amor, Lívia.

Pelo ano 217, peregrina na Terra outra vez. Moço, podemos encontrá-lo nas vestes de Quinto Varro, patrício romano, apaixonado cultor dos ideais de liberdade.

Afervorado a Jesus, sente confranger-lhe a alma a ignorância e a miséria com que as classes privilegiadas de Roma mantinham a multidão.

O pensamento do Cristo, ele sente, paira acima da Terra e, por mais lute a aristocracia romana, Varro não ignora que um mundo novo se formava sobre as ruínas do velho.

Vítima de uma conspiração para matá-lo, durante uma viagem marítima, toma a identidade de um velho pregador de Lyon, de nome Corvino. Transforma-se em Irmão Corvino, o moço e se torna jardineiro. Condenado à decapitação, tem sua execução sustada após o terceiro golpe, sendo-lhe concedida a morte lenta, no cárcere.

Onze anos após, renasce e toma o nome de Quinto Celso. Desde a meninice, iniciado na arte da leitura, revela-se um prodígio de memória e discernimento.

Francamente cristão, sofreu o martírio no circo, amarrado a um poste untado com substância resinosa ao qual é ateado fogo. Era um adolescente de mais ou menos 14 anos.

Sua derradeira reencarnação se deu a 18 de outubro de 1517 em Sanfins, Entre-Douro-e-Minho, em Portugal, com o nome de Manoel da Nóbrega, ao tempo do reinado de D. Manoel I, o Venturoso.

Inteligência privilegiada, ingressou na Universidade de Salamanca, Espanha, aos 17 anos. Aos 21, está na faculdade de Cânones da Universidade, onde freqüenta as aulas de direito canônico e de filosofia, recebendo a láurea doutoral em 14 de junho de 1541.

Vindo ao Brasil, foi ele quem estudou e escolheu o local para a fundação da cidade de São Paulo, a 25 de janeiro de 1554. A data escolhida, tida como o dia da Conversão do apóstolo Paulo, pretende-se seja uma homenagem do universitário Manoel da Nóbrega ao universitário Paulo de Tarso .

O historiador paulista Tito Lívio Ferreira, encerra sua obra "Nóbrega e Anchieta em São Paulo de Piratininga" descrevendo: "Padre Manoel da Nóbrega fundara o Colégio do Rio de Janeiro. Dirige-o com o entusiasmo de sempre. Aos 16 de outubro de 1570, visita amigos e principais moradores. Despede-se de todos, porque está, informa, de partida para a sua Pátria. Os amigos estranham-lhe os gestos. Perguntam-lhe para onde vai. Ele aponta para o Céu.

No dia seguinte, já não se levanta. Recebe a Extrema Unção. Na manhã de 18 de outubro de 1570, no próprio dia de seu aniversário, quando completava 53 anos, com 21 anos ininterruptos de serviços ao Brasil, cujos alicerces construiu, morre o fundador de São Paulo.

E as últimas palavras de Manoel da Nóbrega são: ` Eu vos dou graças, meu Deus, Fortaleza minha, Refúgio meu, que marcastes de antemão este dia para a minha morte, e me destes a perseverança na minha religião até esta hora.'

E morreu sem saber que havia sido nomeado, pela segunda vez, Provincial da Companhia de Jesus no Brasil: a terra de sua vida, paixão e morte."

A título de curiosidade, encontramos registros que o deputado Freitas Nobre, já desencarnado na atualidade, declarou, em programa televisivo da TV Tupi de São Paulo), na noite de 27 para 28 de julho de 1971, que ao escrever um livro sobre Anchieta, teve a oportunidade de encontrar e fotografar uma assinatura de Manuel da Nóbrega, como E. Manuel.

Assim, o E inicial do nome do mentor de Francisco Cândido Xavier se deveria à abreviatura de Ermano, o que, segundo ele, autorizaria a que o nome fosse grafado Emanuel, um "m" somente e pronunciado com acentuação oxítona.

*

Fonte: www.espirito.org.br

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Artigo: Guerras: como o Espiritismo explica? - I

Guerras: como o Espiritismo explica?
Uma vez mais a humanidade se vê sob a tensão de um novo conflito mundial. Ameaças proliferam a toda hora. O fio da racionalidade se estica a cada dia e pode se romper a qualquer momento. A tensão aumenta, fazendo com que muitos, à essa altura, cheguem a duvidar de uma solução obtida por meios diplomáticos. Um novo conflito de proporções e conseqüências imprevisíveis se desenha no cenário sombrio do Planeta, atemorizando a todos. E o Espiritismo, o que pode nos dizer a respeito? Como Doutrina filosófica, de bases científicas e conseqüências morais, o Espiritismo se relaciona com tudo o que diz respeito ao nosso processo existencial, pois objetiva contribuir para o progresso da humanidade, tornando-a melhor.

Allan Kardec tratou do tema na parte terceira do Livro dos Espíritos, que reservou para o ensinamento dos Espíritos a respeito das Leis Morais. No capítulo referente à Lei de Destruição, a guerra foi arrolada pelos Espíritos como um de seus agentes. Indagados sobre a sua causa, os orientadores espirituais afirmaram que é conseqüência da predominância da natureza animal do homem sobre a espiritual e do transbordamento de suas paixões. Esclarecem, ainda, que Deus permite que assim aconteça para propiciar ao homem a oportunidade de uma evolução mais rápida, no sentido de atingir a liberdade e o progresso.

Temos aí, portanto, pelo ensinamento da Espiritualidade, um diagnóstico das causas desse mal. Ensinam, também, os benfeitores espirituais que, no estado de barbaria, os povos somente conhecem o direito dos mais fortes, daí vivenciarem um estado de guerra permanente, que vai se modificando à medida que o homem progride. Fica-nos, então, um questionamento: da época da revelação dos Espíritos até os dias de hoje, decorridos quase cento e cinquenta anos, não terá a humanidade progredido o suficiente para evitá-la?

A explicação vamos encontrar mais adiante, no capítulo que estuda a Lei do Progresso. Lá encontramos que o progresso possui duas vertentes: a moral e a intelectual. Vemos mais: que o progresso moral decorre do intelectual, que faz o homem compreender a diferença entre o bem e o mal. Enquanto não desenvolve o senso moral, o progresso intelectual é utilizado para a prática do mal, servindo-lhe de instrumento.

Não há como deixar de reconhecer o quanto a humanidade progrediu em termos científicos e tecnológicos, trazendo condições de vida mais seguras e confortáveis a muitos. Todavia, o progresso moral, como disseram os Espíritos, é sempre mais demorado e não consegue acompanhar o avanço da inteligência. Se compararmos com a situação vivenciada há alguns milênios, é claro que a humanidade progrediu também moralmente. Naquelas priscas eras, uma verdadeira selva reinava na face do planeta. O estado de barbaria então vigente é testemunhado em várias obras psicografadas pelos que o viveram, dentre quais podemos destacar as que compõem a chamada "série histórica" de Emmanuel. Naquela época, o direito à vida não era minimamente respeitado e matava-se por tudo e por qualquer coisa.
(continua)
(Sérgio Rodrigues é membro das Equipes do CVDEE e do Espiritismo.Net)

Estudo dirigido 2 : O Livro dos Espíritos VII

Estudo dirigido 2 : O Livro dos Espíritos VII


Analise os itens 149 a 165 e, justificando, responda:

a) Até quando a alma mantém a sua individualidade após a morte e que prova podemos ter dessa individualidade?

b) A separação do Espírito do corpo, por ocasião da morte, é dolorosa? Como se verifica?

c) Que fatores determinam a velocidade da separação da alma do corpo?

d) No momento da morte, qual é o estado consciencial da alma?

e) O que Kardec chama de Perturbação Espírita? Qual a sua duração?

f) Que relação existe entre a perturbação e o caráter do indivíduo e o gênero de morte?


(adaptado de apostila de Estudo das Obras da Codificação e de Allan Kardec, promovido pelo Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora-MG)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Espitirinhas: Desejo...


Biografia: Platão

"É pelos frutos que se conhece a árvore. Toda ação deve ser qualificada pelo que produz: qualificá-la de má, quando dela provenha mal; de boa, quando dê origem ao bem."

Estas palavras bem podem soar, para quem já leu o Evangelho, como palavras textuais do Senhor Jesus.

Contudo, foram anotadas e dadas ao mundo séculos antes de Jesus, por Platão, filósofo grego, discípulo de Sócrates. Seu nascimento data do ano 428 ou 427 a C, na cidade de Atenas, na Grécia.

Pertencente à alta aristocracia, em torno dos seus 20 anos, conheceu e tornou-se amigo do filósofo Sócrates, a quem acompanhou até os seus últimos dias e de quem anotou os ensinos, graças ao que nos chegaram aos dias atuais.

Empreendeu viagem ao Egito e à Itália meridional. Na Sicília freqüentou a corte de um tirano de Siracusa de nome Dionísio. Desejando influir na política da cidade, terminou por se incompatibilizar com Dionísio, que o mandou vender como escravo, na ilha de Egina, que se achava em guerra com Atenas.

Resgatado, retornou para sua cidade natal onde, em torno dos seus quarenta anos, fundou a Academia, na qual ensinou até o final dos seus dias terrenos.

Fácil de se entender porque ele e Sócrates são considerados precursores da idéia cristã e do Espiritismo, bastando se leiam alguns dos seus escritos. A obra kardequiana O Evangelho Segundo o Espiritismo apresenta pequenos trechos que se referem ao conceito dos dois filósofos gregos a respeito da alma, seu progresso, a reencarnação, o mundo espiritual e seus habitantes, bem assim a respeito das mais excelsas virtudes, exatamente traçando um paralelo entre aquelas idéias, as do Cristo e, por conseqüência, os princípios fundamentais do Espiritismo.

Considerado um dos filósofos mais influentes de todos os tempos, pois que seu pensamento dominou a filosofia cristã antiga e medieval, seus escritos nos legaram o pensamento socrático, bem assim os relatos comoventes dos últimos dias de seu mestre. Criador pessoal ainda do diálogo filosófico, espécie de drama de idéias.

Sua obra O Banquete é considerada uma das maiores da literatura antiga. Como poeta, seu estilo é o ponto mais alto da prosa grega e o demonstra nos seus poemas em prosa do mito da Caverna, da Atlântida e de Eros.

Escreveu ele "O amor está por toda parte em a Natureza, que nos convida ao exercício da nossa inteligência; até no movimento dos astros o encontramos. É o amor que orna a Natureza de seus ricos tapetes; ele se enfeita e fixa morada onde se lhe deparem flores e perfumes. É ainda o amor que dá paz aos homens, calma ao mar, silêncio aos ventos e sono à dor."

As obras de Platão discorrem sobre a mentira, a natureza do homem, a piedade, o dever, o belo, a sabedoria, a justiça, a coragem, a amizade, a virtude. No livro VII da República, ele apresenta o célebre mito da caverna: acorrentados no interior de um cárcere subterrâneo e de costas voltadas para a entrada por onde penetra a luz, os que estão ali presos somente podem ver dos homens, dos animais e de tudo o mais que se encontre no exterior da caverna, as sombras que se projetam no fundo dela.

Um homem que consegue se libertar, ofusca-se com a luz do sol no exterior e descobre que tudo o que vira até então era a irrealidade. Ali estava o mundo real. No entanto, se retornar ao interior e desejar transmitir aos demais, ainda prisioneiros, o que viu, sente que corre o risco de ser maltratado e até morto. Esta, segundo Platão, é exatamente a missão do filósofo.

Tendo desencarnado, pleno de lucidez e força criadora, aos 80 anos de idade, da espiritualidade, unindo-se a tantos outros espíritos de envergadura intelecto-moral, Platão continua na sua missão, revelando as nuances do mundo espiritual, o mundo do sol ofuscante, o mundo real, verdadeiro.

Seu nome é citado em Prolegômenos de O Livro dos Espíritos, bem assim assina um dos trechos da resposta à questão 1009 da mesma obra, onde falando a respeito da inexistência das penas eternas bem recorda as exortações de Sócrates, quando ao seu tempo, apresentou a alma migrando através de múltiplas existências, em seguida a mais ou menos longos períodos de erraticidade.

E conclui: "Humanidade! não mergulhes mais os teus tristes olhares nas profundezas da Terra, procurando aí os castigos. Chora, espera, expia e refugia-te na idéia de um Deus intrinsecamente bom, absolutamente poderoso, essencialmente justo."

*

Fonte: www.espirito.org.br

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Mural Reflexivo: Um Exemplo para Imitar

UM EXEMPLO PARA IMITAR



Aconteceu num estádio. O público comparecera para assistir disputado jogo da temporada. Nada menos que vinte mil pessoas aguardavam.

Uma menina, de apenas 13 anos, ganhara como prêmio, a honra de cantar o Hino Nacional do País, os Estados Unidos, na abertura do grande evento.

De vestido longo, cabelo arrumado e um belo sorriso nos lábios, ela toma do microfone e inicia a execução.

Afinadíssima, sua voz se projeta, emocionada, pelo imenso estádio.

Então, o braço treme, ela engasga, esquece a letra.

A câmara televisiva a mostra em close, os olhos marejados de lágrimas, aguardando ansiosamente alguém próximo que a ajude.

Ela se vê absolutamente só. Treze anos. Uma menina. Sozinha, ali, no meio.

O público ameaça uma vaia. E ninguém toma a iniciativa de ir até lá para ajudar. Todos ao seu redor a observam, parados.

De repente, um homem se destaca e caminha ao seu encontro. É Mo Cheeks, técnico dos Portland Trail Blazers.

Postando-se ao lado de Natalie Gilbert, a jovenzinha assustada, ele a abraça.

Ela intenta esconder o rosto em seu peito. Mas o homem alto, encorpado, começa a cantar, incentivando-a a que faça o mesmo.

Ela vacila, mas ele continua, entusiasmando-a. E, depois, com gestos, incentiva o povo a que cante junto.

E, o público, compenetrado agora, percebendo a grande lição de solidariedade do técnico, canta.

Logo mais, o estádio inteiro forma um único coro, emocionado e vibrante.

E Natalie Gilbert conclui o Hino. Olha para o seu salvador e diz: “Muito obrigada”.

* * *
Um homem, um gesto fez a grande diferença. Aquela menina poderia sair dali traumatizada, acreditando-se a última das criaturas, por ter falhado em hora tão importante.

Mas a alma solidária de Mo Cheeks não somente a auxiliou, tanto quanto deu uma lição a vinte mil espectadores.

Uma lição de solidariedade. Uma lição da atitude de um verdadeiro líder, de quem se importa com o outro.

Demonstrou que, quando alguém está em dificuldades, quem estiver mais próximo, tem o dever de ajudar.

Ensinou a utilizar a empatia.

Será que todas aquelas pessoas ali reunidas não pensaram, por um minuto sequer, que poderia ter acontecido com eles, se estivessem no lugar dela?

Será que tantos pais e mães ali presentes não pensaram que poderia ser a sua filha a ter aquele esquecimento?

Naquele dia, Natalie Gilbert realizou o que se propôs.

E Mo Cheeks demonstrou a diferença que faz um ser humano no Mundo.

* * *
Todos nós, onde quer que nos encontremos, podemos e devemos fazer a diferença.

Quando todos observam alguém que perde o equilíbrio, ou tropeça e cai, podemos ser aquele que estende os braços para amparar.

Ante alguém que derruba pacotes em plena rua, podemos ser a mão que auxilia.

Oferecer-se para trocar um pneu, providenciar algumas compras, atender uma criança por alguns momentos.

Quem de nós, onde esteja, não pode fazer algo simples, mas muito especial?

Algo que expresse que o ser humano é um ser de extraordinário potencial de amor, que é acionado ao mais discreto movimento da necessidade alheia.

Pense nisso e, seja você, onde estiver, a criatura especial que faz a grande diferença no Mundo.

Um exemplo para imitar. Um líder para seguir.

(Redação do Momento Espírita, com base em fato real. - www.momento.com.br)

DESCULPAS QUE USAMOS: " eu sou assim mesmo"

Era uma vez pessoas grandes, idosas adultas, jovens em geral,que se conformavam-se como eram...

Mas isso não é um conto de fada, são fatos. Nós podemos amar a nós mesmos, aceitarmos como somos, sermos felizes pelas características que temos na nossa encarnação. Alto, baixo, gordinho, magrinho e etc.

Ser feliz em pertencer a um país, como o Brasil por exemplo, onde todos nó somos mestiços e diversificados dos outros povos, ah! isso émesmo legal não é? !!!! Eu sou assim mesmo!! Motivo de alegria. Devemos só abrir os horizontes íntimos e não usar esse tipo de frase para nos consolar dos nosso defeitos, num conformismo absoluto. Somos espíritos! somos imortais! Podemos e devemos mudar!! Se o meu jeito de ser muitas vezes não tá legal, nós vamos lá dentro do porão da consciência e fazemos aquela faxina, limpeza geral. Vamos arrancar todas as ervas daninhas das nossas imperfeições que insistem de nascer no nosso jardim de vida.

Vamos ajudar, sem recriminar, com diplomacia e amor a tios, avós, pais também, pessoas mais velhas a entender que isso é possivel. Não aceitar porque "já tô velho, não tem jeito", " só na outra encarnação". Nada disso, juntos, jovens e adultos, podem dar-se as mãos para a mudança íntima. A mudança é 'aqui e agora !' A nossa busca pela felicidade para o amanhã ser bem melhor.
Beijos imensos
Juliana Matos.

(Juliana Matos é membro da Equipe do Espiritismo.Net)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Biografia: Timóteo

Junto ao espírito Erasto, ele disserta no item 225 de O livro dos médiuns, acerca do papel do médium nas comunicações.

Dá-nos "Atos dos Apóstolos" a informação de que ele era filho de uma mulher judia e de pai gentio. Na obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, "Paulo e Estevão", contudo, o espírito Emmanuel é pródigo em detalhes a respeito desse a quem Paulo de Tarso chamava de "amado filho na fé". 2

Quando Paulo chegou a Listra foi à casa de Lóide, recomendado pelo irmão daquela, que residia em Icônio. Viúva de um grego abastado, ela vivia em companhia de sua filha Eunice, também viúva e o neto adolescente de 13 anos.

Recebidos Paulo e Barnabé, com inexcedível carinho, em casa de Lóide, naquela mesma noite o apóstolo tarsense pôde observar a ternura com que o rapazola fazia a leitura dos pergaminhos da Lei de Moisés e dos Livros Sagrados dos Profetas. Ao ouvir falar a respeito de Jesus, Timóteo, inteligente e de generosos sentimentos, demonstrou grande interesse, o que levou Paulo a acariciar-lhe a fronte pensativa, várias vezes.

No dia seguinte, o rapaz passou a fazer inúmeras interrogações e, enquanto ele cuidava das cabras, Paulo aproveitou para conversar longamente a respeito da Boa Nova de que era portador. Alguns dias depois, Paulo fundou na cidade o primeiro núcleo do Cristianismo, em humilde casa. O pequeno Timóteo era quem auxiliava em todos os misteres, na recepção dos enfermos e demais necessitados, na ordem, na disciplina.

Em uma das pregações públicas, Timóteo assistiu aterrado o amigo querido ser apedrejado pela população, incitada pelos administradores da pequenina cidade. Desejou intervir, salvando-o, mas prudentemente foi detido por companheiro ponderado que lhe fez ver a inconveniência de se expor, sem nada verdadeiramente poder fazer ante a multidão enfurecida e muito bem conduzida por mentes ardilosas.

No entanto, é ele mesmo que, após acompanhar por vielas extensas, a turba exaltada depositar o corpo do Apóstolo no monturo, distante dos muros de Listra, se aproxima, na sombra da noite para socorrê-lo. Dispensa-lhe os primeiros socorros, buscando água fresca em poço próximo. Depois, banhado em lágrimas, fica ao seu lado, aguardando que desperte do profundo desmaio.

Timóteo, oportunamente, passaria a acompanhar Paulo de Tarso em suas viagens, desejoso de se consagrar ao serviço de Jesus, iluminando o seu coração e a sua inteligência. A caminho da Macedônia, separaram-se ele e Lucas de Paulo, a pedido daquele, tornando a se encontrarem mais tarde.

Para as viagens apostólicas, a fim de evitar as tricas judaicas e eventualmente provocar atritos nas suas tarefas iniciais, Timóteo submeteu-se, a conselho do próprio Paulo, à circuncisão, demonstrando a capacidade de ajustar-se ao que fosse necessário para servir a Jesus.

Timóteo é convidado pelo apóstolo de Tarso a estar com ele, quando da redação das suas famosas epístolas, "cuja essência espiritual provinha da esfera do Cristo"1, e que não serviram somente para a comunidade para a qual foram escritas, mas à cristandade universal.

Esteve com Paulo em Roma, quando este foi prisioneiro dos romanos. Seguiu-o até a Espanha, junto com Lucas e Demas. Demorou-se mais na região de Tortosa, visitou parte das Gálias, auxiliando na conquista de novos corações para o Cristo e multiplicando os serviços do Evangelho. Afeiçoado a Paulo, Timóteo foi por ele encarregado em mais de uma oportunidade, a levar mensagens para as comunidades cristãs nascentes. Assim, da Espanha partiu para a Ásia, carregado de cartas e recomendações amigas.

Quando Paulo de Tarso retornou a Roma, a pedido de Simão Pedro, escreveria tomado de singulares emoções as últimas disposições ao filho do coração, Timóteo: "Apressa-te a vir ter comigo. (...) Só Lucas está comigo. (...) Quando vieres, traze contigo a capa que deixei em Trôade em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos. (...) Apressa-te a vir antes do inverno. (...)"2

Roga ainda os seus bons ofícios para que João Marcos venha a Roma, a fim de o auxiliar no serviço apostólico. Lucas é o encarregado de expedir a Epístola e percebe os lúgubres pressentimentos que tomam de assalto o velho Apóstolo.

Em verdade, Timóteo não chegou a rever Paulo na vida física, mas guardou n'alma as suas últimas exortações: "Foge das paixões da juventude, segue a justiça, a fé, a esperança , a caridade e a paz com aqueles que invocam o Senhor com um coração puro.(...)"

"Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que está em Jesus-Cristo; e o que ouviste de mim, diante de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de instruir também a outros.(...)"

"Esforça-te por te apresentares a Deus digno de aprovação, como um operário que não tem de que se envergonhar, que distribui retamente a palavra da verdade. (...)"


*

1 - XAVIER, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Paulo e Estevão , cap. IV a X
2 - Bíblia Sagrada - I Epístola a Timóteo
3 - Bíblia Sagrada - II Epístola a Timóteo
4 - Bíblia Sagrada _ Atos dos Apóstolos

*
Fonte: www.espirito.org.br

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Notícia: Inca quer fim do cigarro com sabor.

Maior parte dos consumidores é jovem e optou pela marca por ter produto flavorizado, segundo pesquisa. - Fabiana Cimieri, RIO.

Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) alerta que a maioria dos consumidores de cigarros no Brasil é jovem e que, daqueles que fumam regularmente, 44% já utilizaram cigarros com sabores, ou flavorizados, 5% deles habitualmente - situação que levou o órgão a passar a defender a proibição desses cigarros no País.

"Os jovens têm uma ideia, vendida pela propaganda, de que o cigarro de menta, de cravo, é mais natural. Existem hoje países, como os Estados Unidos, que estão no processo de proibir. O estudo do Inca chegou à mesma conclusão", disse ao Estado a coordenadora do Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Ministério da Saúde/Inca, Tânia Cavalcante.

No início do mês, uma comissão da Câmara dos Deputados norte-americana deu parecer favorável a uma lei que proíbe a comercialização de cigarros flavorizados. A medida deve ser votada em plenário neste ano e tem o apoio dos democratas e do presidente Barack Obama.

No Brasil, a prevalência de fumantes na população caiu de 34,2%, em 1989, para 22,4% em 2003. Mas, segundo o novo trabalho do Inca, dos 23 milhões de fumantes brasileiros, apenas 7 milhões têm mais de 30 anos.

O estudo cita ainda uma pesquisa global aplicada em 13 mil estudantes entre 13 e 15 anos, de 170 escolas públicas e privadas de 10 capitais brasileiras, que indicou que 11,7% deles fumam regularmente. Ao analisar as razões que levaram o adolescente a escolher sua marca de cigarro, 52% dos que fumam os flavorizados apontaram o sabor como principal motivo.

As pesquisadoras do instituto Valeska Figueiredo, Letícia Casado e Ana Lúcia Mendonça apresentaram o estudo na 14ª Conferência Mundial em Tabaco, no início do mês, na Índia.

OPINIÃO

Tânia CavalcanteCoordenadora do Programa Nacional de Controle do Tabagismo"Os jovens têm uma ideia, vendida por meio da propaganda, de que o cigarro de menta, de cravo, é mais natural. Existem hoje países que estão no processo de proibir".

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090322/not_imp342737,0.php

========================================================
COMENTÁRIO:
Durante a adolescência o jovem atravessa um enorme turbilhão de emoções, desejos e ansiedades. Procura a sua identidade, a sua afirmação pessoal, sofre pela insegurança, busca o seu corpo em permanente mutação, faz exigências e contraria a autoridade, afirma a sua vontade de compreender, refuta o que está estabelecido para melhor iniciar e construir. Tudo isto cria uma predisposição natural pelo risco e uma necessidade de afirmação perante a sociedade e perante si mesmo. Essa necessidade de afirmação e o medo de não serem aceites, empurra alguns jovens para uma despersonalização do seu caráter, desistindo da sua criatividade e da ousadia de se destacarem pela originalidade de pensamento, atitude e vivência própria. Preferem o caminho mais simples de colagem comportamental às suas referências, procurando igualar-se àqueles com que se identificam em gostos e tendências, seguindo os mesmos gestos, comportamentos, tiques e vícios.
Ao contrário de outros tempos em que o consumo de tabaco era incentivado através de anúncios publicitários que criavam a ilusão de que fumar era um ato de afirmação pessoal e social, hoje são por demais conhecidos e publicados estudos demonstrativos dos malefícios que o tabaco provoca no organismo. A venda de tabaco flavorizado (com sabores), é uma aposta clara das tabaqueiras no segmento de mercado dos jovens, criando um produto atrativo, muitas vezes com embalagens diferenciadas, sabendo que é na juventude que maioritariamente o consumo se inicia, consolida e se torna um vício muito difícil de largar.
Vamos esquecer a atitude pouco ética de colocar sabores aprazíveis num produto que provoca tantos malefícios e dependências e vamos centrar a nossa análise na necessidade de proibir ou não a sua comercialização. As proibições servem para defender os cidadãos e contornar um deficiente défice evolutivo da sociedade. Se no mundo em que vivemos ainda precisamos de proibições é porque na maior parte das ocasiões o interesse individual suplanta em muito o interesse comunitário. Por isso as leis do Homem se modificam constantemente ao contrário das Leis de Deus que são imutáveis, como nos refere a resposta à questão 616 de “O Livro dos Espíritos”:
“Deus não se engana; os homens é que são obrigados a modificar as suas leis, que são imperfeitas, mas as leis de Deus são perfeitas. A harmonia que regula o universo material e o universo moral se funda nas leis que Deus estabeleceu por toda a eternidade.”
Proibir a venda destes produtos, especialmente aos jovens, seria uma atitude de bom senso que teria como objetivo a sua proteção. Mas os jovens não podem se esquecer da sua responsabilidade individual, nem usar essa juventude como um escudo para as sucessivas tropelias que cometem. Hoje existe uma grande quantidade de informação disponível sobre as graves consequências que o tabaco tem no corpo físico, e esse corpo, apesar de temporário e perecível, é um instrumento precioso e fundamental para que possamos evoluir e aprender. Merece pois, o corpo material, todo o nosso cuidado e atenção, para que não o transformemos com o tempo numa ferramenta desajustada.
(Comentário por: Carlos Miguel Pereira. Na área espírita, é trabalhador do Centro Espírita Caridade por Amor (CECA), na cidade do Porto, e colaborador regular do Espiritismo.Net)

Desculpas que usamos: "É A VONTADE DE DEUS"


Olá amigos queridos!

Nos nossos dias de hoje enfrentamos muitas tribulações, agonias, agitações e etc... E nos perguntamos infinitas vezes qual é a vontade de de Deus para conosco? "Meu destino é sofrer?" "É isso que Deus quer para mim?
Pois é amigos de estrada, Deus quer para nós a felicidade, isso com certeza! Todos os momentos difíceis que passamos são aqueles que precisamos para aprender algo. Precisamos passar por provas e testes, fazer exames para ser promovido na escola da vida!
Nós insistimos ainda, em plantar no jardim da nossa vida mais plantinhas parasitas do que belas flores ou belas árvores! Eis uma lei natural, lei divina na qual não podemos escapar, que cada ação nossa terá o seu efeito. Planta-se flores, rosas? Rosas e flores serão colhidas... E assim ao contrario.
Então, a vontade de Deus é a nossa felicidade, e, para sermos felizes, precisamos passar por um processo educativo, e eis que a vida nos faz! Nos educa!! Como crianças, sim! Eis o que somos, crianças ainda cheias de caprichos e vontades! e nessa infância moral na qual ainda permanecemos, Deus como "pai" amoroso nos conduz a escola do crescimento.
Não significa que em momentos de tristes nós devemos só ficar ali molhando o travesseiro e chorando... nada disso! Significa que devemos admitir as nossas falhas sacudir a poeira e fazer melhor do que ontem, hoje!
Vamos lá! Nòs somos capazes! E Deus, na sua vontade de nos conduzir a felicidade, que " ainda não é desse mundo ", nos reerguerá como vitoriosos, num momento de amor infinito, porque para isso que existimos! Força e coragem amigos!
Beijos
Juliana Matos
(Juliana Matos é membro da Equipe Espiritismo.Net)

domingo, 19 de abril de 2009

Mensagem ao Jovem: ORAÇÃO E NÓS

Cara, você pergunta porque rezar e pensar em Deus e quando é que a pessoa deve fazer isso. Compreendi as graçolas da embalagem com que você envolveu a indagação. Mas o seu assunto é sesquipedal e não posso calçar as suas milongas com mandolina e correr com elas pras cucuias. Ponha graxa na sua cuca, antes de colocar os seus pensamentos pra jambrar e ouça lá. Imagine você sem micha de grana. Você pode esbuguelar-se, xingando a vida e atirar uma brasa pra cima de qualquer Governo, mas precisará sempre da nota que o Governo garante. Pois olhe. A comparação é de mocorongo porque de religião estou de bulhufas, mas não adianta você largar a idéia de Deus, porque a idéia de Deus não larga ninguém. É isso aí. Até parece o tutu. Sem ele no bolso é fossa na zula. E quanto a rezar, tenho aprendido por aqui que a oração é a fronteira que separa os bichos da cidade dos bichos do mato. E a gente faz isso muito mais pra evitar bananosa que pra pedir maré mansa. Se você quer mesmo sacolejar a moringa, pense nas jogadas perigosas que tentarei tirar aqui no caprichado. Quando você estiver diante de alguém que goste de onda careca, dessas que atiram qualquer pessoa no centro de brejo; se topa alguma carveira cheia convidando a você para uma golada; se algum cupincha pede a você para dar uma experimentada na erva de início, numa hora em que você ficar doido da vida querendo escrachar algum escamoso; se alguém patoludo chamar você para escafeder-se pela tubulação, buscando guinchar a nota alta; e quando você sentir o impulso de dar a louca pra cima de gurias e longilinhas, especialistas em toques de embalo, você corra pra algum lugar e reze como souber ou repita as orações que aprendeu no colo da mamãe, porque sem essa vacina, você entrará em puas na certa e, em vez de ficar na proteção de Deus, você talvez terá pela frente o socorro de majuras pra ficar instalado em pensão do Governo, não se sabe até quando. O negócio é esse aí. Que eu falei, falei, mas você somente acreditará se quiser.

(Francisco Cândido Xavier por Augusto Cezar Netto. In: Falou e Disse)

(Fonte: Universo Espírita)